segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Corrupção levou muito publico ao cinema
Mérito a Mário Patrão

O jovem Campeão que nasceu em Paranhos da Beira em 12 de Outubro de 1976, já há vários anos tem vindo a ganhar inúmeras provas de motociclismo, vê assim reconhecido o seu mérito pela entidade máxima daquela modalidade em Portugal.
Daqui endereçamos também os nossos parabéns e a admiração que já vem de longe, incluindo a atribuição do Prémio na 1ª Gala do Concelho de Seia, realizada pelo Noticias da Serra e Orfeão de Seia, em Junho de 2002.
Bom ano 2008 a um ritmo novo
Antes de mais, que todos entrem com o pé direito e claro, direitos aos desejos e anseios, com saúde e muita paz. Formulações banais e outras que tais mas sem as quais nada bate certo.
Neste canto da Europa Ocidental, neste país complexo, neste concelho extremo do Distrito, nesta cidade que abre a porta para a serra da Estrela e que é Seia, o que se quer, é o que se diz - que 2008 seja melhor que 2007!
Que haja a tal saúde, individual e colectiva e empregos para as pessoas. Formas de ganhar a vida e formas de prender as pessoas á terra que os vê nascer e por aí fora, para que não vão embora.
Desafios de todos, com todos, num espírito que apela cada vez mais á união e á participação, antes que seja tarde. É que o tempo voa e tal como os comboios que passam, também a vida se submete á velocidade que nos trucida e nos deixa tantas vezes apeados.
Que 2008 acerte o ritmo da justiça e da igualdade, da harmonia e da criatividade, do empreendedorismo, dinamismo e por aí fora, na esperança de dias melhores.
Bom ano a todos.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
À Noite, o Natal em Seia
Imagens de Seia - o lado bucólico Natalício
domingo, 23 de dezembro de 2007
Bom Natal, Boas Festas e Bom Ano
Poema de Natal - Vinicius de Moraes
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
sábado, 22 de dezembro de 2007
Fernando conta em livro a sua história dura e real

A cerimónia integrada na festa de Natal do Centro de Explicações de Seia, decorreu á tarde no Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura e contou com uma apresentação de Carlos Teófilo, que foi professor do Fernando.
O livro conta a história complicada deste jovem natural de Alvoco da Serra, que tem conseguido com sacrifício ultrapassar a “partida de saúde que a vida lhe pregou”, mas que mesmo assim não o impediu de tirar um curso superior. A receita do livro, que estará á venda nas papelarias de Seia, é para o sustento do Fernando, que entretanto anda á procura de emprego.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Avaria no fuso horário do blogue
Troca de correspondência com João Tilly
Mário Jorge:
Só hoje tive conhecimento do seu blog.
Embora a nossa relação não tenha, desde sempre, sido a melhor, enquanto decano destas lides em Seia quero felicitá-lo e desejar-lhe as boas vindas ao ciber-espaço de opinião livre.
Seia já teve vários blogs activos simultaneamente. Hoje em dia até na sua sistematica desistência se revela o avanço inexorável da desertificação das ideias e do pensamento livre na nossa Terra.
Esperando que o seu blog não se constitua como mais um mero orgão de propaganda do seu Partido (antecipo que não, porque isso iria, a curto prazo, reduzir as suas visitas ao nível zero de outras tentativas que simplesmente não vingam), desejo-lhe os maiores sucessos.
E vou inserir um link no meu blog para o seu, se não se opuser.
Boas Festas e Feliz 2008 para si e para os seus, são os meus votos sinceros
João Tilly
A seguir respondi-lhe e perguntei se podia publicar as nossas mensagens num post do meu blog, ao que me respondeu:
Concerteza que pode. Tudo quanto escrevo ou digo mantenho.
Nunca retirando uma vírgula. Nunca acrescentando o que quer que seja.
Nem sempre somos felizes na forma como expressamos as nossas ideias, elas próprias nem sempre felizes.
É preciso perceber isso.
Com respeito (reconheço que nem sempre o tive) e consideração
João Tilly
A minha resposta foi a seguinte:
Viva, boa noite, João Tilly
ao longo da minha vida procuro nunca estar parado, quer na profissão que me dá o sustento, quer na "coisa" pública, desenvolvendo projectos culturais e sociais em prol da comunidade, de forma gratuita e voluntária.
Há cerca de dois anos procurei enveredar pela política e dessa forma tentar contribuir para a abertura de uma nova fase política em Seia, que nos últimos anos tem sido marcada, para o bem e para o mal, por duas pessoas, uma das quais, o actual Presidente. Como sempre disse, não sou contra o Eduardo Brito, com quem disputei eleições para a Presidência do PS, apenas entendia e entendo que ao fim destes anos todos ele devia abrir espaço a novos protagonistas, sem necessariamente ter de se retirar.
Quanto ao resto, sempre procuro não ficar a mal com ninguém, por feitio e por entender que já somos muito poucos para ajudar ao "barco", pelo que não vale a pena zangarmo-nos.
Diferentes e divergentes nas ideias e nos projectos, mas solidários nas causas e sensatos nos relacionamentos.
O blogue surge agora porque me estava a faltar algo mais para fazer nos tempos livres.
Desde muito cedo, com os meus dezoito anos comecei a fazer rádio, no tempo da "pirataria", cheguei a passar "João Tilly e os Portugueses Suaves" (!) cujo disco ainda possuo. Colaborei com muitos jornais, fui correspondente de vários nacionais e no dobrar do século cheguei a ter um jornal o "Noticias da Serra", que me custou os "olhos da cara" manter, num meio pequeno como é Seia. Depois desse projecto, como havia um vazio, que culminou também com o meu pedido de saída de adjunto do Presidente da Câmara, dediquei-me a estudar e a concluir um curso superior. Agora, como faltava qualquer coisa, aí estou a falar comigo e com um conjunto de amigos que fazem o favor de espreitar nesta janela a que chamei "seiaportugal".
Por natureza digo e que penso e procuro pensar bem aquilo que digo ou escrevo. Umas vezes dou-me bem, outras nem por isso, mas nem assim perco a ideia de procurar explanar e ás vezes remar contra certas marés. Pensar não é proibido e que eu saiba é do debate que nasce luz e no caso de Seia sou dos que acham que há défice de discussão, sobretudo daquela que tem o selo de "saudável".
No blogue, começo a descobrir esse palco, qual canal privilegiado para explanar ideias, sugestões e reflexões.
Se tivéssemos rádio também seria interessante a organização de debates públicos, como não há contentemo-nos com o que temos!
Enfim, partilhemos ideias, na ténue esperança de contribuir para alguma coisa, nem que seja para estreitar laços de amizade entre todos os que estão de boa vontade e boa fé.
Nota: se não se opuser, gostaría de colocar a sua mensagem e a minha como um post no meu blogue para partilhar com os leitores. Posso?
Boas Festas e feliz 2008, para si e para os seus também
Mário Jorge Branquinho
Temas para o futuro
Deixo aqui alguns temas a desenvolver em futuros post’s deste blogue, agora que se aproxima o final do ano:
- Porque será que o Distrito da Guarda tem tantos políticos reformados no activo? Ainda há dias se contava que mais de metade dos 14 Presidentes de Câmara do Distrito são reformados, além da Governadora Civil e outros.
Porque é que o PSD em Seia se afunda dia-a-dia?
Onde páram os barões do PSD de Seia?
Aonde pára o Pina Moura? Na TVI ou na Repsol, ou nos dois lados? Está-se a pagar do preço que pagou na clandestinidade, passado e amargado ao lado de Álvaro Cunhal e Zita Seabra?
Quem serão os candidatos aos prémios de mérito municipal a atribuir em 2008 pelo município?
Quem será o próximo Presidente da Câmara?
Quem é quem em Seia?
A verdadeira história de Camilo Coelho e os “homens da massa de Seia” ou “Camilo Babá e os 40 ladrões?”
As verdadeiras histórias que se contam e a gente nem acredita.
E por aí fora, até dizer chega!
Prendas de Natal em Seia

Desde logo um anúncio oficial e definitivo, quanto antes de traçados e contra traçados para levar muita gente daqui para fora e trazer muitos outros de tantos lados e lugarejos quanto possíveis.
Com bons traçados, sempre podemos pedir para Seia mais meios para desenvolver a “coisa”. E podemos pedir mais empregos, mas isso como é coisa séria não se brinca!
Na área cultural, o que se pede com urgência é uma “dose de cavalo” para a Banda de Seia, sob pena de se ir abaixo das canetas, que isto do associativismo também não está fácil. Já não bastava a União Desportiva ter ido á vida!
No comércio pede-se mais compras nas pequenas lojas e menos despesas em “chinesices”. Pede-se igualmente a exterminação da ASAE, tal como ela actua essa espécie de luminária, que está a pôr tudo em estádio de sítio e já não há quem aguente tanto aperto e tanto “coice”.
Para as nossas aldeias pede-se descarregamento de cegonhas a fim de fazer subir o mais rapidamente possível a taxa de natalidade e descer o tédio dos pais e o desespero dos Presidentes de Junta que daqui a pouco não têm quem nas suas terras peça licenças para qualquer coisa.
Para Loriga, pede-se que a “calhorra”, que é uma espécie de feijão no feminino seja adoptada como o produto local de grande valor, capaz de atrair aquela vila do concelho muitos turistas para provar a “delícia”. Com um bocado de jeito, até se pode pedir a realização anual do Festival da Calhorra de Loriga. Alvaiázere também tem o Festival do Chicharro e Manteigas tem a Confraria da Feijoca!
Já agora e em matéria agrícola pede-se uma política agrícola comum a todas as freguesias do concelho, com a introdução de plantios diversos nos vários campos de futebol espalhados por aí. Os únicos que devem ser excluído deste plano serão os de Teixeira, que tem um posto lá dentro e é o único clube que anda nas distritais; o de Girabolhos que ainda lá penduram a roupa nas balizas e o do Sabugueiro, onde de vez em quando se põem um burro a pastar.
No Desporto, há quem peça mais utilização do Estádio Municipal, porque senão também pode um dia destes algum burro querer aparar a relva!
Pede-se igualmente uma Piscina coberta nas imediações do Estádio e um estalo na cara para quem pinta as paredes dos prédios da cidade.
Para as escolas um manual de paciência a distribuir pelos professores, além de uns rebuçados para a tosse de uns quantos, a tomar nas aulas de substituição.
Para o Centro de Saúde um relógio de ponto para controlar os horários dos médicos, porque se consta que trabalham lá horas de mais e não há necessidade disso. Já agora para o ainda Director do Centro de Saúde um livro de São Cipriano e para o Director do Hospital de Seia, um livro de poesias do Xico Melo.
Se houver possibilidade, que se ofereça também ao novo Director do Centro de Emprego um conjunto de Playstation’s para distribuir em caso de necessidade. E ao Director da Escola Superior de Turismo um fato da confraria do queijo da serra para que dê o exemplo de como se pode valorizar o que é nosso, salvo seja, o Pastor da serra.
E por fim, que se atribua ao senhor Reitor de Seia o prémio do “Pior do Ano de 2007, no concelho de Seia” porque num tempo de crise, em que devia apoiar os pobres, se põe a esmifrar-lhe o pouco que têm para contribuírem para a Igreja Nova. Até se diz que ele devia era preocupar-se em encher de fieis a que tem.
Enfim, há muita prenda para atribuir neste Natal e da nossa parte ainda podemos voltar a elas ou não.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Cai neve na serra
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
"O que nos divide" - Pensamento e reflexão

Igreja da Misericórdia nas alturas


Também aqui se combina o património construído com a presença humana, sob a forma instrumental,...
Fotos recolhidas esta tarde em Seia com a colaboração dos professores António José Novais e António Baptista. A eles o meu muito obrigado, além do frio do fim da tarde.
A minha visão do Plano e Orçamento da Câmara para 2008
Nos documentos estão as principais linhas de orientação no que diz respeito ao desenvolvimento do concelho de Seia, num ano particularmente difícil em termos de conjuntura nacional e internacional. Ali, nos textos que nos foram distribuídos, dá-se conta do muito que se pode fazer com tão poucos recursos.
As dificuldades são muitas, mas é nestas alturas que se vê quem tem coragem e dinamismo suficiente para enfrentar as adversidades, executar obra e fazer o concelho andar para a frente.
O Plano para 2008, em termos de Grandes Opções e é disso que devemos falar e por ventura discordar, contempla desde logo áreas que o Partido Socialista considera fundamentais para o futuro, como sejam os novos equipamentos na área da educação e da cultura, as políticas de coesão social e a valorização do ambiente, como factor de riqueza e captação de novos investimentos.
Como se vê há novidade e ambição suficiente no quadro de apostas do município para o futuro. Governar é decidir e neste contexto a Câmara traça um rumo estratégico assente nestas áreas da educação, cultura, ambiente e solidariedade social.
O Centro Escolar de Seia será uma realidade que marcará uma época e uma etapa importante no panorama concelhio.
A compra de casas degradadas na zona histórica de Seia para Galerias de Arte e outros espaços dá bem a ideia da aposta na cultura como factor de afirmação do nosso concelho.
O reforço do sector social, para ajuda aos mais carenciados é uma realidade e com isso não se brinca – não se pode nem deve fazer gincana política, porque todos tem direito á dignidade na vida, independentemente de dificuldades que momentaneamente se atravessem. É um dado adquirido que há pobreza envergonhada, nesta como em tantas outras terras, mas por isso, temos de nos empenhar todos, de forma discreta, sem parangonas, a ajudar quem precisa. Longe de festas de solidariedade ou de acções a “ajudar o pobrezinho”.
E nós autarcas da Assembleia e Presidentes de Junta temos cada vez mais também as nossas responsabilidades, porque esta como outras áreas não é um exclusivo da Câmara. Os tempos estão a mudar e temos de inovar os nossos papéis, mesmo ás vezes discordando. De resto, a Câmara, como se pode constatar nos documentos, reforça a sua confiança no trabalho efectuado pelas Juntas de Freguesia e pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social, como parceiros privilegiados no desenvolvimento do concelho.
Numa altura em que nos encontramos a meio do mandato, verificamos que o executivo socialista lança aqui importantes pontes para o futuro, em termos de acção prática, como mola impulsionadora para o desenvolvimento do concelho, a par de importantes obras lançadas e preparadas pelo governo, de que damos apenas como exemplo o Hospital de Seia, a Variante e os Itinerários complementares.
Quanto a números, embora não sendo especialista, verifico que mais uma vez estamos perante boas contas.
Ousados, comedidos e realistas, são adjectivos que se podem aplicar simultaneamente ao espirito dos documentos apresentados.
Ousados porque se propõem novos e importantes desafios em áreas fundamentais; Comedidos porque há rigor e não há esbanjamento. Há sim, uma procura constante de boa gestão dos dinheiros públicos em prol das populações; Realistas, porque o que se escreve é o que se pretende, sem utopias nem falsos romantismos. Só se anuncia aquilo que se pode concretizar. Já lá vai o tempo em que muitos prometiam mundos e fundos, para cumprir os mínimos.
Assim sendo, temos um orçamento de aproximadamente 40 milhões de euros – 8 milhões de contos - que cobrem compromissos de divida e um total de 28, 4 milhões para as Grandes Opções do Plano.
Como não há fundos comunitários injectados no circuito, o orçamento não cresce, pelo contrário, diminui em cerca de 1 milhão de euros.
No fundo, o valor é na sua essência resultado da adaptação ás novas exigências económico-financeiras.
Números são números e o Orçamento é tão realista quanto ambicioso. Só o PSD parece não querer ver.
Mas o PSD que critica e vota contra não diz onde tirava dinheiro para dar prioridade a quê! Consultou apenas os manuais de desenvolvimento e debitou os conceitos teóricos sobre a matéria, quando nós sabemos quanto é diferente a teoria da realidade! É que aqui cabe um papel sério e institucional das oposições – dizerem o que na sua opinião está mal e o que em seu entender devia ser feito. Que prioridades? Que estratégia? Que rumo?
Em nosso entender este Orçamento e Plano surpreendem precisamente pela novidade e se quisermos pela imaginação, no meio das dificuldades.
domingo, 16 de dezembro de 2007
Assembleia Municipal cheia de assuntos
No tal chamado “Período-Antes-da-ordem-do-dia” os deputados municipais falaram de assuntos diversos, tendo-se aí destacado a intervenção de Quim Nércio do PS sobre a situação do Hospital, criticando o comunicado do PSD, o tal que falava do “mata e esfola”!
Da bancada do PSD, Nuno Almeida foi o “homem de serviço” com criticas diversas á Câmara, mas que acabariam por se revelar com muita fragilidade e pouco sustentadas no verdadeiro conhecimento dos assuntos tratados.
Da minha parte, neste período, comecei por falar dos dois assuntos do momento – os IC’s e o Hospital, onde o governo está a dar mostras de grande empenhamento, além de ter destacado a importância de se fazer desta Assembleia, sede da democracia local, o lugar privilegiado para o confronto de ideias.
Do lado dos Presidentes de Junta, a surpresa veio de S. Martinho, com António Albuquerque a atirar-se ferozmente á Câmara por esta ter autorizado e licenciado uma festa em S. Martinho “para a qual a Junta não foi tida nem achada”.
O Presidente de Junta de São Romão, Hortêncio Páscoa também desafinou, pelo facto do Presidente da Junta de Seia dar prendas ás crianças no Natal e ele não o poder fazer (!)
O Presidente da Câmara surpreendeu igualmente, ao referir-se a umas cartas anónimas que têm circulado na cidade. Para dissipar algumas dúvidas que possam surgir sobre o seu eventual enriquecimento ilícito, entregou na Mesa, para quem quiser consultar a sua Declaração de Rendimentos e referiu-se a uma investigação que a Polícia Judiciária lhe terá feito há dois anos, no âmbito de uma denúncia anónima com acusações a um arquitecto da autarquia. Na altura Eduardo Brito foi ouvido, pensando que estava a ser testemunha, mas veio a saber no final que também estava a ser investigado, todavia a PJ não lhe apontou qualquer ilicitude.
Agora, quem quiser saber mais pormenores pode dirigir-se á Mesa da Assembleia Municipal e consultar os “papéis”.
Sobre este assunto, algo melindroso, da minha parte o que posso dizer é que todo e qualquer escrito anónimo é um acto cobardemente vergonhoso, que condeno veementemente. Eu próprio já fui vitima deste tipo de cobardia e sei bem o que é, saber identificar o energúmeno autor do “crime” e não lhe poder “ir á cara” por falta de “provas materiais suficientes”.
Voltando á Assembleia, no Período da Ordem do Dia, foi aprovado o Orçamento da Câmara para 2008, com 43 votos a favor, sete contra e três abstenções.
Sobre este assunto, coube-me fazer uma intervenção de fundo, cujo extracto coloco no post seguinte.
Para além de alguns regulamentos e diversos outros assuntos agendados pelo município, foi aprovada uma proposta sobre a escolha do melhor traçado dos Itinerários Complementares para a Região.
Como se sabe, o governo apresentou 3 sugestões, havendo na sociedade senense uns que se inclinam para uma solução de túneis para a serra e outros que refutam essa sugestão.
A Câmara propôs o cenário 5, que aposta na ligação de Catraia dos Poços a Torroselo, seguindo para Fornos de Algodres com ligação á A25 e que é o IC6 e no IC7 a ligar Covilhã, Unhais da Serra, Alvoco da Serra, Sandomil e Torroselo, seguindo para Viseu.
De facto, esta é uma solução de traçados que melhor serve o desenvolvimento da nossa região, a que tem menores custos económicos e a que possibilita uma execução muito mais rápida.
O PSD, quando toda a gente esperava que fosse a favor dos túneis, já que o candidato à Câmara, Nuno Vaz defendeu na reunião do executivo, a solução dos túneis e o Presidente do PSD tinha dado a entender o mesmo no “Porta da Estrela”, afinal deu uma pirueta e disse na Assembleia pela voz de Nuno Almeida que afinal não era a favor dos túneis, mas também não era a favor de nenhuma das propostas apresentadas pelo governo. Era isso sim, favorável a uma quarta solução em tudo idêntica ao cenário 5 defendido pela câmara, só que o nó de ligação do eixo que vem de Viseu se devia fazer em Pinhanços e não em Torroselo.
No final, a proposta da Câmara foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contra.
Por fim, o que se pode dizer é que muito mais se podia escrever sobre esta sessão, mas ficamos por aqui, rematando apenas com uma questão que tem a ver com o PSD. É que este, como principal partido da oposição, devia ter outra responsabilidade perante os grandes temas do concelho, mas em definitivo, está a passar um mau momento e é mau para o concelho, que precisa de uma oposição atenta, responsável e dinâmica.
O que transpareceu na bancada do PSD na Assembleia, é que todos se calam, deixando “todas as despesas” por conta de Nuno Almeida, que traz os assuntos preparados de casa com o líder do Partido, António Andrade. Só que este não tem assento neste órgão, e assim esta estratégia revela-se desastrosa, revelando várias vezes desconhecimento e impreparação na abordagem de assuntos muito importantes. De resto, como tive oportunidade de dizer na minha intervenção, o Presidente do PSD devia ter metido um dia de férias para se sentar ao menos ao fundo da sala e inteirar-se dos assuntos e por ventura dar indicações e sugestões á sua bancada.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Igreja de Seia nas alturas


terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Conhecer as nossas terras - ALVOCO DA SERRA

Esta localidade foi das primeiras a industrializar-se na área dos lanifícios embora, hoje, nada mais exista do que algumas ruínas e outros sectores em implementação.
Alvoco da Serra tem ainda outras obras de valor das quais se distingue o Centro Paroquial de Assistência fundado em 1955 pelo padre Jaime Pinto Pereira. Para além desta instituição com fins assistências e educativos existe um Posto Médico e salas de recreio para jovens e crianças.
Quem visita esta antiga Vila de gente tranquila e hospitaleira, tem a agradável surpresa de aqui encontrar confortáveis instalações, algumas igrejas de curiosa construção e mesmo uma piscina onde, durante o Verão, ocorrem as gentes desta bela Freguesia.
Capela de St António - Construção de finais do séc.XVIII, situada junto à Ponte Romana, à saída da povoação uma capela artística e diz-se que foi obra de um homem que foi a Roma, a pé, três vezes.
Capela de S. Pedro - Capela primitiva situada a meio da povoação. Foi renovada no séc. XVII.
Capela de S. Sebastião - Situada a Norte da povoação, à entrada de quem se servia do caminho Romano. Foi construída neste local para o santo não deixar entrar os "males" para os habitantes da aldeia. Foi renovada no séc. XVII.
Casa da Ponte - É uma antiga construção, situada na encosta sudoeste da Serra da estrela, junto à ribeira de Alvôco. Dada a sua privilegiada localização entre relva e arvoredo e junto de uma piscina natural, é, como muitas outras na região, uma casa de Turismo no espaço rural.
Igreja Matriz - A igreja cujo orago é N. Sra do Rosário. É bastante espaçosa e de bom traçado. Fundada em 1745, a imagem da Padroeira é em pedra, desconhecendo-se a data da sua elaboração.
Ruínas Industriais - Na ultima metade do séc. XIX, no tempo dos Barões e dos Mascaranhas, Alvoco da Serra era o principal centro da indústria de Lanifícios da Serra após a Covilhã e Gouveia.Algumas fábricas vinham aí ultimar e lustrar os seus tecidos. As fábricas acabaram por fechar, só a água da ribeira continua a correr...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Dias de Música Electroacustica no Conservatório
Festival da Canção Jovem na Casa da Cultura

sábado, 8 de dezembro de 2007
Inauguração de urinol público e outras histórias no livro “senalonga”

São histórias deliciosas passadas em 1900 na vila de Senalonga, com todas as personagens, desde o Adrianinho Melo da Farmácia, o regedor Tónio-do-fogo; a Joana Benta, o Zé Boi, o Jesué Dião, de Coitela; a Maria Pitorra, o sapateiro Lis-Circo; o Juiz Marcos Figueira e outras tantas.
Das mais saborosas histórias, sobressai a que se refere a um grande melhoramento na vila de Senalonga – a construção de um urinol público!
“Um urinol público para quê?” perguntou na altura o senhor Conselheiro Dr. Amâncio. “Toda a vida se passou nesta vila linda sem urinol! Uma parede qualquer ou um recanto serve para uma pessoa se aliviar”. Mas pronto, apesar da polémica, já na altura, a obra lá se fez.
Para o dia da inauguração foi proposto o seguinte alinhamento de programa:
“1º - Que se coloque bem esticada uma fita de seda a vedar o mijadoiro; 2º - que o senhor Presidente entregue ao senhor Governador Civil uma tesoura para ele, em nome Del-Rei, cortar a dita fita; 3º - que o senhor Governador Civil seja o primeiro a ir verter as águas, como se fosse el-rei a vertê-las; 4º - que depois se sigam a fazer o mesmo todos os senhores Vereadores e funcionários camarários pela ordem e grau das suas funções, a começar no senhor Presidente; 5º - Que só depois se abra o mijadoiro ao público” (...)
Diz o autor do livro que as histórias da vila de Senalonga foram escritas em Lisboa nos meses de Janeiro e Fevereiro de 1964, sem apoio de documento escrito, publico ou particular, sem recorte de qualquer jornal da época, sem fotografias de locais ou retratos de pessoas, sendo por isso, tudo, produto da imaginação.
Há histórias dessa época que nos fazem lembrar cenários actuais desta ‘sena’ do século XXI.
É um livro que já li várias vezes e que recomendo para este Natal e deve estar á venda nas melhores papelarias de Seia.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Teatro na Casa da Cultura, este Domingo á noite
Chega o dia das partilhas e a confusão instala-se. Mãe, filhos e nora, todos discutem por uma “Herança Maldita”. Durante hora e meia de espectáculo os problemas da sociedade moderna passam pelo seio desta família. São personagens avarentas, neuróticas e extravagantes que podem ser qualquer cidadão comum. A peça faz rir, faz rir muito. E também faz pensar. Como todos os espectáculos que a Barraca montou durante a sua já longa existência.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Assembleias Municipais podem vir a ter outros poderes

Entre outras, compete ás Assembleias - Aprovar as Opções do Plano e o Orçamento Anual do Município; Apreciar e Votar Contas Anuais do Município; Autorizar a contracção de Empréstimos; Estabelecer taxas municipais e quantitativos; Fixar anualmente taxa Contribuição Autárquica; Aprovar Posturas e Regulamentos Municipais; Autorizar o município a integrar-se em associações e federações de municípios; Aprovar referendos locais; Discutir e Votar Moções de Censura á Câmara Municipal; Tomar posição perante órgãos do poder central sobre assuntos de interesse para o município, etc.
Reúnem ordinariamente 5 vezes por ano - em Fevereiro, Abril, Junho, Setembro e Dezembro, além das Sessões Extraordinárias.
No caso de Seia, este órgão é composto por 59 elementos, dos quais 29 são os Presidentes de Junta.
Actualmente o PS e o PSD discutem no Parlamento nacional uma reforma do sistema eleitoral autárquico e começa a haver consenso num novo modelo, em que poderá deixar de haver uma eleição para a Câmara e outra para a Assembleia, havendo só uma e depois o candidato a Presidente da Câmara vencedor, além de assegurar uma maioria, escolherá os seus Vereadores de entre os vários Deputados Municipais.
Desta forma, serão dados outros poderes ás Assembleias Municipais e aí sim, deixarão de ser órgãos decorativos, onde ás vezes se discutem assuntos relevantes, passando a exercer verdadeiramente competências práticas e consentâneas com a realidade.
Fala-se que este modelo poderá entrar já em funcionamento nas próximas autárquicas de 2009 e se o entendimento for até ao fim, estaremos perante uma reforma importante do sistema eleitoral autárquico que há muito era necessária.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Democracia aberta e participada na Assembleia Municipal
Para além dos pontos agendados, há um período – Antes da Ordem do Dia – para os Deputados Municipais e Presidentes de Junta colocarem questões á Câmara, interpelando-a sobre assuntos que julguem pertinentes.
Por isso e porque eu entendo que a democracia participada é salutar, se os leitores do blogue quiserem colocar alguma questão para eu levar á sessão, onde tenho assento, façam o favor de mas enviarem – sugestões, problemas, realidades, etc.
Já agora, quero agradecer as inúmeras manifestações de apreço e simpatia pelo surgimento do blogue, que é mais um contributo para a reflexão de temas á nossa escala e em torno de assuntos que nos dizem respeito.
Está a ser uma experiência encantadora, neste mundo da blogosfera onde há muito para fazer e dizer.
Correspondam e disponham…
Lembrar Fernando Pessoa

Das coisas impossíveis que procuramos em vão
Dos sonhos que vem ter connosco ao crepúsculo, á janela,
Dos propósitos que nos acariciam
Nos grandes terraços dos hotéis cosmopolitas
Ao som europeu das músicas e das vozes longe e perto,
E que doem por sabermos que nunca os realizaremos…
Vem e embala-nos,
Vem e afaga-nos.
Beija-nos silenciosamente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós
Onde têm raiz todas essas árvores de maravilha
Cujos frutos são os sonhos que afagamos e amamos
Porque os sabemos fora de relação com o que há na vida…
Álvaro de Campos – “Dois excertos de Odes”
Poema para assinalar a passagem do 72º aniversário da morte do poeta.
Fernando Pessoa (13/06/1888 – 30/11/1935)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Gentes e Locais da nossa Terra
Joaquim Melo, foi também ensaiador do Rancho de Seia e aqui vêmo-lo a tocar flauta numa das edições da Feira do Queijo de Seia.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Imagem com Neve
Blogue com os leitores
Em cada 100 crianças de Loriga, 80 querem ir embora

Este foi o resultado de um inquérito conduzido naquela vila do concelho de Seia, pelo geógrafo João Luís Fernandes, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
A informação foi dada pelo próprio docente no debate sobre “perspectivas de desenvolvimento do interior serrano”, que decorreu no passado Sábado, dia 1 de Dezembro, no âmbito das comemorações dos 30 anos do Jornal senense “Porta da Estrela”.
Este é um fenómeno que não é novidade para nós, que sabemos que o interior do país está a sofrer grandes “sangrias” em termos populacionais.
É “normal” que os jovens de Loriga queiram seguir as rotas da emigração ou de outros movimentos migratórios para os arredores de Lisboa, como fizeram familiares seus. Todavia, é urgente encarar este fenómeno como um desígnio de todos, políticos e não políticos. Não basta vir o Presidente da República dizer que é preciso fomentar a natalidade, porque ele também já teve responsabilidades políticas e o interior ficou mais interior. No fundo, podemos dizer que toda esta “mazela” começou com as políticas de betão cavaquista! Mas enfim,…
É evidente que isto não vai lá só com lamentos nem com conversa do costume, mas não faz mal a ninguém ouvir de vez em quando especialistas em desenvolvimento.
O debate do Porta da Estrela que decorreu no auditório da Escola Profissional com uma assistência de aproximadamente 80 pessoas, deu-nos um bom retrato da situação actual desta zona do Interior e das inúmeras potencialidades que ela encerra, sobretudo em matéria de património cultural, arquitectónico e paisagístico.
Joaquim Alcoforado, ex- Delegado do IEFP Centro e Docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Universidade de Coimbra falou de Educação e Recursos Humanos. Pedro C. carvalho, Arqueólogo e Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra centrou a sua intervenção na questão do património cultural como vector de desenvolvimento regional da beira interior serrana. Por sua vez, João Luís Fernandes, falou de ambiente e desenvolvimento territorial.
Parabéns ao Porta da Estrela e a toda a equipa pelo 30º aniversário e parabéns pelo livrinho “Poetas da nossa terra” .
sábado, 1 de dezembro de 2007
Seia, era assim em 1996

sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Imagem de Seia
Imagem de Seia de outros tempos, com neve
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
E se deixar de nevar na Serra?

Aqui na serra da Estrela os efeitos são bem visíveis, no dia-a-dia e a cada ano que passa. O tempo já não é o que era e neva cada vez menos. Faz frio no Verão, aquece cada vez mais no Inverno e até as andorinhas andam baralhadas. Este ano, por exemplo, estamos quase no Natal e ainda não nevou a sério. Havia anos em que começava a nevar fortemente no início de Outubro. Há poucos anos atrás, a cidade de Seia autodenominou-se inclusivamente a “Capital da Neve”!
No Sabugueiro, a minha aldeia, há 25 anos atrás, por exemplo, tínhamos que abrir “carreiros” para se passar de umas casas para as outras e às vezes não podíamos vir para o Liceu de Seia porque a neve impedia a passagem. O Sabugueiro está a 1.050 metros de altitude. Agora, quando neva, normalmente é para cima da quota dos mil e quinhentos, ou seja, para cima da Lagoa Comprida.
Isto está mesmo mau e cada vez pior. Até o tempo! E quem está fortemente a pagar este descontrolo é o comércio em geral e o turismo em particular.
E nesse propósito, estaremos nós a preparar-nos para estas alterações? Não estará na altura de deixar cair certos mitos de que “a serra é só neve”? É que, segundo sei, o trimestre com maior ocupação de hotelaria na região é o terceiro, ou seja, Julho, Agosto e Setembro. Isso quer dizer que muitos visitantes e turistas querem da serra outras coisas que não o frio e a neve. Por isso, torna-se cada vez mais imperioso lançar outros tipos de actividades para oferecer aos turistas, sem contar apenas com a neve.
A vinda do residente da República por estes dias ao Interior, relançou a discussão sobre a importância do turismo e da cultura para o desenvolvimento da região. É bom que se tenha esta preocupação presente e se faça mais do que tem sido feito. A serra da Estrela não pode ficar para traz.
O Alentejo, por exemplo, está a renascer das cinzas, para o turismo, e como marca pode estar á beira de nos ultrapassar.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Politica sim, mas saudável
Normalmente passa muito tempo sem que os responsáveis dos partidos políticos apareçam a dizer alguma coisa, a produzir ideias e depois, quando surge uma ou outra opinião, costuma cair o “Carmo e a Trindade”, ás vezes a roçar quase para o insulto gratuito ou a virar para a gincana política.
A política é a arte de esgrimir argumentos para satisfazer os problemas às populações e criar-lhes melhores condições de vida. Para isso há os partidos, que têm pessoas, eleitas para os seus órgãos, para trabalhar e trabalhar nos aparelhos políticos é, além de procurar mecanismos de manutenção do poder, provocar o debate das ideias e o confronto de opiniões, para depois o povo escolher os melhores. E é aqui que julgo que há um grande défice e chega a ser confrangedor, não ver os debates públicos, a decorrer de forma saudável.
Não quer dizer que não haja debate, mas é pouco e o pouco ás vezes é trauliteiro. Veja-se o recente comunicado do PSD sobre o Hospital de Seia, além de vergonhoso é demagógico e desproporcional. Estando a decorrer, como está o debate sobre as valências para o Hospital de Seia, o que seria curial e que merecia aplausos, seria o PSD manter uma posição mais institucional, e colocasse as suas propostas e não partir logo para o insulto barato, dizendo que o “poder socialista mata o hospital de Seia”.
Valha-nos Deus!
Discordar sim, mas partir logo para a ofensiva desta maneira, Não.
Mas esta situação é muitas vezes transversal a outros partidos. A sensatez nos discursos também faz falta e as populações apreciam.
Por mim, que estou a procurar dar passos no plano politico a nível local, na medida em que posso, tenho tentado e vou continuar a tentar enveredar por novas formas de acção politica, para humildemente dignificar a actividade. As minhas prestações, encaro-as sempre numa perspectiva de participação activa e em espírito de missão. Procuro dar á comunidade, através da política, contributos válidos, como já o tenho feito ao longo dos anos, noutros planos.
A vida é assim e sem medo de me expor, porque estar na politica é isso, é estar mais exposto, é subir ao palco e falar, á vista de todos, quer gostem, quer não!
Por isso, aqui estou e estarei neste blogue como em qualquer outro palco.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Imagens de Seia 2

Estátua Afonso Costa, em pleno centro da cidade, para recordar que este ilustre republicano era natural de Seia, uma cidade que forneceu ao país, ao longo dos anos, várias "estrelas" de constelações diversas.
Imagens de Seia
Governo aposta na saúde em Seia

Esta é uma boa noticia que vem de encontro ao que tenho defendido e que é o facto de uma instituição particular de solidariedade ter este tipo de valência, como complemento ao Hospital de Seia. Agora o que se espera é que o Hospital, para além de dever ter também 12 ou 15 camas para este tipo de "cuidados profundos", possa reforçar a cirurgia de ambulatório nas várias especialidades, incluindo oftalmologia, bem como o reforço da medicina física e de reabilitação.
Socrates anuncia autoestradas, e nós?
Tudo meras intenções. O pior é o resto, e o resto é mau, muito mau.
Da nossa parte, aquilo que mais se pede agora é a execução dos famosos Itinerários Complementares (IC’s) para nos tirarem deste buraco em que estamos metidos.
Para já o Secretário de Estado tem dado garantias de que os IC’s vão avançar. Temos razões para acreditar, todavia, temos direito às nossas reservas. È que Sócrates anunciou, ele próprio, nos últimos dias Auto-estradas para o Interior e sobre os famosos IC’s não falou nada. Será que ainda vai anunciar?
E se um dia destes o Secretário de Estado Paulo Campos se vai embora numa eventual remodelação do Ministro Mário Lino, não ficará esta pretenção comprometida?
Não queremos ser aves agoirentas, mas seria imperioso que o Primeiro Ministro viesse a Seia inaugurar o CISE, por exemplo e aí anunciasse o avanço das obras?
É só uma ideia.
sábado, 24 de novembro de 2007
Assuntos nacionais da actualidade
O primeiro tem a ver com a passagem das estradas para o domínio de uma empresa pública. Está bem de ver que se trata de uma questão de engenharia financeira. Ou seja, o estado não tem dinheiro para as estradas, logo, passa as estradas para uma empresa e assim pode ir á banca!
Nas Estradas de Portugal ficamos mais descansados, quando é anunciado o nome do administrador da empresa a criar, nem mais do que Almerindo Marques, ele próprio, o mesmo que endireitou as finanças da RTP.
Outro assunto da ordem do dia é a profissionalização dos partidos. Luís Filipe Menezes parece que quer profissionalizar o seu PSD. Faz bem e outros partidos deviam fazer o mesmo. É que a sociedade muda, tudo muda e só os partidos parecem funcionar como há trinta anos atrás.
Por fim, tem-se falado muito de Hugo Chavez, mas o melhor que já li nos últimos tempos sobre o assunto foi a crónica de Miguel Sousa Tavares no Expresso de hoje http://www.expresso.pt/
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
baile de solidariedade

Esta é uma iniciativa meritória da Associação incrementada e dinamizada por Mónica Monteiro.
Compareçam, divirtam-se e colaborem.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Cavaco inaugura Museu em Gouveia
Cavaco Silva visitará ainda a Fundação D. Laura dos Santos, em Moimenta.
O museu surge de uma parceria entre a autarquia de Gouveia, Clube Escape Livre, Automóvel Club de Portugal e Fernando Taborda, coleccionador que cedeu a sua colecção de automóveis em miniatura ao museu. Este novo museu dispõe de salas dedicadas à exposição de miniaturas automóveis, tendo algumas exposições permanentes e outras temporárias e temáticas, com uma rotatividade que variará entre os três e os seis meses.No total, estarão expostas entre 2.500 a 3.000 miniaturas. Um outro espaço será dedicado ao fenómeno automóvel, em geral, e será dinamizado pelo Clube Escape Livre. Aqui serão realizadas, trimestralmente, exposições, colóquios ou conferências, relativos ao automóvel.
Esta é mais um complexo ao serviço do turismo cultural que se aplaude.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Mergulhadores retiram lixo da Lagoa
Nos dias 17 e 18 deste mês de Novembro, teve lugar uma acção de limpeza na Lagoa Comprida, em plena Serra da Estrela. A diferença desta acção de limpeza foi ser feita num meio pouco usual. Foi subaquática.
Um grupo de 9 mergulhadores liderados por Francisco Borges e Fernando Cardoso com o apoio da MERGULHOCEANO e CASAS da RIBEIRA, efectuou dois mergulhos com a duração total de cinquenta minutos á profundidade de 15,40 metros, com excelente visibilidade, cerca de 5 metros.
Os mergulhadores, além de serem acompanhados de várias trutas curiosas (!) conseguiram uma recolha de lixo de aproximadamente 6 kg. entre garrafas, latas e sacos de plástico.
Foi com muita satisfação que toda a equipa de mergulhadores e organizadores, onde pontua João Trabuco, das Casas da Ribeira, repararam que a Lagoa Comprida está bem preservada do ponto de vista ambiental, goza de excelente saúde!
Agua de boa qualidade, muita quantidade de vida (peixes) e muito pouco lixo.
Estão todos os utilizadores desta lagoa de parabéns.



segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Itinerários Complementares para Seia e região, já!

Para já resulta claro que o governo está a dar sinais bastante positivos do que pretende para o desenvolvimento do interior do país. E o concelho de Seia pode ver finalmente abrir-se a possibilidade de ser desencravado deste buraco em que está metido.
Considerando que o concelho de Seia se situa na confluência de diversos concelhos e no eixo das várias ligações entre si e as principais cidades da região – Viseu, Coimbra, Guarda e Covilhã, não devemos perder tempo e dizer claramente o que queremos. E o que se quer é que o IC6 passe entre a Póvoa das Quartas e Folhadosa, ou Torroselo, iniciando-se aí o IC37 para Viseu e o IC7 para Fornos de Algodres, onde terminará na A25 (Vilar Fomoso-Aveiro).
Nesse sentido, ao governo pede-se a maior urgência na execução destes traçados, cuja falta está a comprometer seriamente a economia regional.
Todavia, entendo que a comunidade local deve por de parte, de forma liminar, a questão dos túneis da serra da Estrela, que em nosso entender apenas servirão como pretexto para se atrasar ainda mais a execução das vias de acesso mais rápido a esta região.
Estas questões devem por isso ser transmitidas ao governo e aos partidos políticos para que se conheça a posição de força de Seia.
Valências do Hospital de Seia

Para já o que se sabe é que o Hospital vai ser integrado na Rede Nacional de Cuidados Continuados, mas tal decisão pode ser precipitada, podendo por isso ser reivindicadas outras valências mais adequadas e conducentes às expectativas dos cidadãos.
Esta posição resulta do facto de haver em Seia vontade por parte de uma ou mais instituições privadas em criarem este tipo de Unidades de Saúde que englobem unidades de internamento de cuidados continuados, de cuidados paliativos e recuperação global; pelo que não fará muito sentido este tipo de iniciativa no âmbito do Hospital.
Neste contexto, é também pertinente questionar se vão ser mantidas ou não as actuais valências de Medicina Interna e Cirurgia, porque isso seria ainda mais grave para a satisfação das necessidades dos doentes de Seia e da região.
Por isso e porque se está em fase de discussão de projectos para o futuro do Hospital de Seia, julgo que é oportuno uma posição de firmeza e recomendação de modo a poder dar-se ao concelho e á região os serviços mais adequados em matéria de saúde.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Serra da Estrela. De quem é a marca?

Vêem-se projectos pontuais de sucesso e pouco mais.
Há 30 anos que se fala que a serra é um gigante adormecido, que tem muitas potencialidades, etc., etc.
Passam os anos e a conversa é sempre a mesma. De quando em vez encomenda-se um estudo, um projecto e o resultado é sempre igual – é preciso avançar com uma estratégia global capaz de dar o dinamismo que o sector merece e carece! O PETUR foi um exemplo recente disso mesmo e é caso para dizer, “tanto trabalho para quê?” É que não deu em nada e gastou-se o dinheiro.
O drama é que os anos passam e não se passa daqui. Da espuma das intenções do colectivo, depressa se vai na onda do “cada um por si”, porque há muita gente a mandar na serra e no sector em verdadeiro espirito de capelinha. São as Câmara Municipais cada uma a puxar para si, é a Turistrela, a AIBT, os Bombeiros, a GNR, e Região de Turismo. Até os Governos Civis – Guarda e Castelo Branco às vezes chocam.
E como é que uma região pode ser vendida se não há uma estratégia global definida! E como é que se define uma estratégia se não há um comando central? Um dono da marca que faz a gestão dessa marca?!
Ainda recentemente o professor Daniel Bessa, que curiosamente está a fazer mais um estudo para a região (?) defendeu, na conferência do Cine’Eco de Seia sobre Desenvolvimento Sustentável, isso mesmo, a existência de uma entidade com plenos poderes e meios para gerir a marca “Serra da Estrela”. E nessa mesma conferência foi dado um bom exemplo prático de como estas coisas funcionam com estratégia e um comando próprio - as “Aldeias de Xisto”, - um projecto de desenvolvimento turístico que abrange 23 aldeias do Pinhal Interior.
A serra da Estrela está farta de palpites e de ideias desgarradas.
A Região de Turismo podia ser a verdadeira gestora da marca “Serra da Estrela” e aglutinar em seu redor todos os outros parceiros, mas não tem capacidade técnica e financeira para o fazer. A menos que a dotem de meios suficientes ou então se crie uma agência que levante esta empreitada do chão.
Tudo isto fica ainda mais complicado quando se ouve dizer que a Região de Turismo da Serra da Estrela irá passar a integrar a Região de Turismo do Centro.
Mas como somos espectadores e não actores deste filme, ficamos a ver da bancada, as cenas deste e de outros capítulos na vã esperança de não andar mais trinta anos a ouvir e a falar do mesmo.
Mário Jorge Branquinho
In Jornal Terras da Beira, Guarda 8 de Novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Direcção de Estrada, abandono, gargalhada e publicidade

Nos finais da década de 1970 começou a despertar para o turismo, com o surgimento de pequenas lojas de venda de charcutaria e artesanato, impulsionadas na grande maioria por pessoas anteriormente ligadas a outras actividades, nomeadamente ao operariado têxtil.
De então para cá nunca houve uma política de planeamento para este sector turístico, que aos poucos foi emergindo.
Por alturas de Inverno o país inteiro ouvia falar dos acessos condicionados à serra, com a queda de neve a partir do Sabugueiro, ou dos engarrafamentos aos fins de semana na estrada de acesso ao maciço central e pouco mais. Ou seja, esta aldeia turística tem estado ao longo destes mais de 30 anos votada ao abandono por parte das várias entidades responsáveis.
Este lado da serra foi sempre esquecido ao longo dos anos sem que ninguém fizesse nada, a não ser criticar os comerciantes, que foram fazendo pela vida. Comerciantes esses que ainda foram os poucos a animar a economia desta zona, mal ou bem, mas sempre entregues à sua sorte.
Tudo tem passado ao lado desta encosta, quando há muitos anos se pede pelo menos, a valorização do eixo Viseu – Seia – Torre.
Para vermos ao ponto que isto chegou, basta olhar para a estrada da serra – EN 339 - parece um autêntico “caminho de cabras”, agora remediado com a colocação de “railes” de protecção e de uma placa a informar “Piso degradado”. Cosméticas essas quase sempre efectuadas uns dias antes de passar a volta a Portugal em Bicicleta.
Neste quadro terceiro mundista, surge então a gargalhada geral para rematar. A Direcção de Estradas da Guarda notifica os proprietários para pagarem as licenças de publicidade dos seus estabelecimentos. Talvez a verba suficiente para pagar os tais railles de protecção agora colocados numa das estradas mais inseguras do país.
Salvo melhor opinião, as referidas taxas serão cobradas pelo Município, que em devido tempo transferiu tal responsabilidade para a Junta de Freguesia.
Posto isto, os cerca de 50 comerciantes fizeram um abaixo-assinado de protesto e indignação que poderá não ficar por aqui.
O minimo que pedem às diversas entidades responsáveis, é que primeiro se façam as obras mínimas necessárias e se proceda depois aos respectivos pagamentos de taxas e outras licenças, a quem de direito, sob pena de se estar a aniquilar o ganha pão de muitas famílias desta zona.
É caso para dizer que este é um assunto sério de mais para a brincadeira ou,... incompetências políticas!
Mário Jorge Branquinho
In Jornal Terras da Beira, Guarda 23 de Agosto de 2007
Associativismo enfraquece e o combate arrefece

Estamos no Verão e a época aconselha relaxamento e descanso, na frescura dos dias e das leituras ligeiras, em dias quentes de Agosto.
Quem escreve crónicas em jornais, ainda que esporadicamente, chega ao Verão e procura aligeirar a escrita e assim sendo, o melhor é girar em torno desse chavão que se chama “reflexão em tempo de Verão”.
No nosso caso, o exercício tanto nos pode levar ao muito que fizemos nos últimos meses, como ao que nos devemos propor para os próximos, no putativo afã do contributo para a causa pública.
Pode parecer estranho para quem pensa que não podemos fazer muito pela comunidade, no entanto, há sempre um espaço para o nosso dever de cidadania, para o modesto contributo em prol da dita.
E tanto contribuímos fazendo, como fazendo fazer, escrevendo ou brincando nas entrelinhas do que se vê e se pensa.
Do que se tem visto, sobressai um défice de participação cívica em muitos sectores da sociedade, o que não é de estranhar nos dias de hoje, ou porque não estamos para perder tempo, não ganhar dinheiro, evitar “chatice”, ou outra contrariedade qualquer.
O associativismo, já se sabe, enfraquece e até o combate arrefece. “Já nada é como dantes”, cada um trata de si!
Do que se sabe e do que se vê, pouco estimulo também tem sido dado aos poucos que muito fazem pela comunidade – no clube, na banda, no rancho, no jornal, no bairro, na vida e pela vida colectiva.
Quem não cuida dos seus que se cuide e as ditas entidades oficiais, locais, nacionais e outras que tais, têm uma palavra a dizer, que é como quem diz, precisam de acarinhar os seus para uma sociedade mais dinâmica e uma região mais prospera.
No desapego dos que partem e na indiferença dos que ficam, reina a melancolia desta história toda, a ver medrar o marasmo e a marcar no ferrete os mesmos que ainda vão fazendo.
As terras valem pelas pessoas que têm, pela sua valentia, ousadia, dinâmica e acção empreendedora. O pior é quando o espírito de missão se apaga.
Valha-nos a resistência dos que vão pelo seu próprio pé.
Mário Jorge Branquinho
In Jornal Terras da Beira, Guarda 9 de Agosto de 2007