segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Balanço do CineEco que este ano mobilizou mais de 6 mil espetadores


  
Fechou o pano da 19ª edição do CineEco e mais uma vez Seia foi o foco das atenções, numa demonstração de vitalidade, através deste festival de cinema ambiental, que é uma imagem de marca do concelho de Seia.

Da minha parte, como disse na cerimónia de encerramento, agradeço a confiança depositada em mim pelo Presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo, para assumir a direção do festival, um trabalho partilhado com Carlos Teófilo, José Vieira Mendes e uma vasta equipa de profissionais e voluntários.


Também como disse na sessão de entrega de prémios, o balanço é bastante positivo, sobretudo porque se deu grande expressão aos três eixos principais que tinham sido definidos – qualidade, público e notoriedade.

Como se viu, ouviu e constatou, a qualidade dos filmes a concurso, foi das melhores de sempre, do conjunto de quase 100 filmes exibidos, do leque de mais de 400 enviados para concurso e oriundos de 40 países.

Relativamente ao público, o festival registou mais de 6 mil entradas nas duas salas da Casa Municipal da Cultura, o que representa mais de 1.700 espetadores que no ano passado e mais de 2.500 que em 2011. Este fato deveu-se sobretudo ao trabalho de maior proximidade com as escolas, que também prepararam e mobilizaram alunos para sessões a concurso, mas também o chamado “público espontâneo” aderiu em maior número, quer às sessões do Panorama, quer às sessões em competição.


A notoriedade do festival ganhou igualmente maior dimensão, fruto da grande divulgação feita nos meios de comunicação e redes sociais, reforçando a imagem de marca do CineEco. Uma afirmação mais projetada a nível nacional e internacional, ancorada na plataforma Green Film Network constituída por 21 festivais internacionais de cinema ambiental e de que o CineEco é um dos membros fundadores.

Este ano também marcaram presença entre nós, os responsáveis das várias extensões do CineEco no nosso país:
- Joaquim Ramos Pinto, Presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, que promove o CineEco em Monção, Bragança, Porto, Aveiro, Leiria, Lisboa e Horta;
- Carla Dâmaso do Observatório do Mar dos Açores e Jorge Bruno, Presidente do Cineclube da Ilha Terceira, nos Açores;
- Cristina Ferreira do Departamento de Ambiente da Câmara de Lisboa;
- Fátima Batista, organizadora da Feira Alternativa de Lisboa;
- António Tavares, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Figueira da Foz;
- Manuela Penafria e Luís Nogueira da Universidade da Beira Interior (UBI);

Para além destas, registou-se a presença de atores e atrizes, conhecidos do grande público pela sua participação em trabalhos de cinema, teatro e televisão e que ajudam a promover o festival e locais de interesse turístico do concelho, sobretudo através de reportagens fotográficas que vão sendo publicadas em revistas nacionais.


É igualmente oportuno dizer-se que o CineEco enquanto pequeno festival de grande dimensão internacional, se realizou com um orçamento reduzido e com vários contributos de patrocinadores locais e nacionais, bem como de uma pequena parcela de fundos comunitários, aliviando os cofres do município. As parcerias com várias entidades foram alargadas, destacando-se o contributo da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, uma das grandes alavancas para o desenvolvimento cultural do concelho de Seia e da região. Assim como o contributo da Escola Profissional da Serra da Estrela, que mobilizou alunos, promoveu debates e disponibilizou a sua orquestra de sopros para um grande concerto de encerramento do festival. Um momento que assinalou o arranque da comemoração dos 20 anos deste estabelecimento de ensino, que tem cada vez mais intervenção cultural na cidade.

Foi igualmente reforçada a característica de festival de afetos, onde se juntam realizadores, membros do júri, diretores de festivais, jovens atores, cineastas, pessoas de cá e gente de fora, numa troca saudável de pontos de vista e novos conhecimentos. No Júri da competição internacional destacou-se a presença do novo diretor da Cinemateca Brasileira, Lisandro Nogueira, a diretora do Filmambiente do Rio de Janeiro, Suzana Amado e do músico Luís Portugal (ex-Jafumega).

Todavia, merece particular relevo a participação de vários jovens locais no Júri da Juventude assim como a exibição de 7 curtas-metragens no Panorama Regional, que este ano reforçou a aposta de aproximação do festival à comunidade. Uma proximidade verificada igualmente na realização de várias atividades paralelas, como sejam a exposição de pintura de um dos mais conceituados artistas locais – Luiz Morgadinho; uma exposição de fotografia de Sérgio Viana; um concerto de olhos vendados de Luís Antero, entre outros.

Muito mais há para dizer, mas no rescaldo desta edição é o que sobressai, desta aposta do município de Seia, que faz deste festival uma “bolsa de resistência”, nos dias que correm, e não esmorece, antes rejuvenesce!


Mário Jorge Branquinho






quinta-feira, 10 de outubro de 2013

UMA COMPETIÇÃO COM MELHORES FILMES AMBIENTAIS DO MUNDO


O Júri do CineEco, presidido pelo novo Diretor da Cinemateca Brasileira, Lisandro Nogueira, terá a árdua tarefa de selecionar os melhores filmes da Competição Internacional. Uma competição que contempla Planeta Oceano, de Yann Arthus-Bertrand & Michael Pitiot, (França), um filme que capta imagens extraordinárias dos oceanos, fonte de toda a vida no planeta.
CAÇADORES DE FRUTA do realizador Yung Chang (Canadá), premiado em vários festivais e conduzido pelo actor Bill Pullman, ou A QUINTINHA, do grego Nikos Dayandas, que faz a abordagem a um número cada vez maior de atenienses, que em plena crise grega se mudam para o interior, na esperança de melhorar as suas vidas.
EM TRANSIÇÃO 2.0, de Emma Goude, (Reino Unido), proporciona uma inspirada reflexão sobre as ideias do movimento de Transição e reúne histórias de todo o mundo (incluindo da Amoreira, uma pequena aldeia no Alentejo, em Portugal) contadas por pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias, pelo meio-ambiente.
METAMORFOSE, do alemão Sebastian Mez, conta a história de uma população que vive num dos locais mais radioativos da Terra, perto das instalações nucleares ‘Mayak, a principal produtora de material para as armas nucleares da União Soviética.
NO VENTRE DE TÓQUIO, de Reinhild Dettmer-Finke, (Alemanha) relata a propagação de falsas informações sobre Fukushima, sobre relatórios de negação da contaminação de água e esgotos e como foi manipulada a cobertura mediática, de manifestações e outras ações de desobediência civil.
VAMOS SALVAR OS ALIMENTOS, de Valentin Thurn, (Alemanha), aborda a maneira como agricultores, gerentes de supermercado, cozinheiros, estudantes de design e simples donas de casa tentam diferentes maneiras de lidar com comida.
o ÚLTIMO OCEANO, de Peter Young, (Nova Zelândia), levanta o véu sobre a pesca comercial no ecossistema marinho mais primitivo do Planeta Terra: o Mar de Ross, na Antártida, seguindo o apetite insaciável da humanidade por peixe.
O NEGÓCIO DO CARVÃO, de Lorena Luciano & Filippo Piscopo, (EUA) onde os moradores de uma comunidade rural de West Virginia, nos EUA, acusam a principal companhia de carvão Massey Energy, pela contaminação da água, causadora de doença generalizada.
ABELHAS E HOMENS, de Markus Imhoof, (Alemanha/Suiça, Austria), busca resposta para a causa de morte das abelhas em todo o mundo.
VELOCIDADE, de Ivó Vinuesa, (Espanha)
Uma história sobre a relação entre uma via rápida e uma via lenta, neste ponto da fronteira, entre o processo de construção de um viaduto e a população que teve que viver com a transformação da sua paisagem.

Organizado pelo Município de Seia e dirigido por Mário Branquinho, José Vieira Mendes e Carlos Teófilo, o CINE’ECO é um dos membros fundadores da plataforma Green Film Network, que integra mais de 20 festivais de cinema de ambiente de todo o mundo - www.greenfilmnet.org

Comunicado de imprensa - 09/10/2013

terça-feira, 8 de outubro de 2013

CINE’ECO 2013: VEM AÍ A GRANDE FESTA DO CINEMA AMBIENTAL





O melhor da produção mundial de filmes de temática ambiental e preservação da natureza, vai estar novamente no 19º CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental, que se realiza na Casa Municipal da Cultura de Seia, (em pleno Parque Natural da Serra da Estrela) de 19 a 26 de Outubro, próximos. Vamos festejar o bom cinema de consciência ambiental!

O CineEco é uma festa de afetos, e principalmente um festival de descoberta e intercâmbio de ideias sobre questões ambientais e sociais, prementes ao nosso tempo. Com entradas gratuitas em todas as sessões de filmes ambientais, o CineEco 2013, oferece ao público internacional, nacional e local, um programa único, constituído por longas, médias e curtas-metragens (documentários e ficções), destinadas a sensibilizar as pessoas para as grandes questões ambientais, sociais, humanitárias e as problemáticas do desenvolvimento sustentável. A Competição Internacional 2013, que arranca sábado dia 19 com ‘Planeta Oceano’ de Yann Arthus-Bertrand & Michael Pitiot (França) e encerra quase uma semana depois, com ‘Velocidade’, de Ivo Vinuesa (Espanha), integra cerca de 11 longas e 20 curtas metragens, sobre temas pertinentes ao quotidiano do cidadão comum, como: a preservação dos oceanos e das espécies animais, como as abelhas, alimentação racional, contaminação das reservas de água potável, efeitos radioativos, transformação da paisagem, regresso à agricultura de subsistência, formas de vida alternativa, equilíbrio e desenvolvimento sustentável). 

UM FESTIVAL PARA TODOS 
O CineEco apresenta assim um conjunto de filmes que abordam temas simples, que vão muito para além da pura militância ambientalista, dirigidos essencialmente aos interesses do grande público e dos espectadores infanto-juvenis, cada vez mais sensibilizados pelos temas ambientalistas e para a preservação do planeta e dos seres vivos, que nele habitam. Os países da língua portuguesa estão representados com a sua diversidade cultural, através de uma rica e variada seleção de 17 curtas, médias e longas-metragens, que constituem a importante Competição Lusófona. Cerca de 7 destes filmes, integram ainda a exclusiva secção Panorama Regional, com uma série de obras únicas e muito particulares, realizadas por cineastas da região e sobre temáticas ambientais, ligadas a Seia e Serra da Estrela. Do vasto programa do CineEco 2013, destaque ainda para 11 sessões especiais, com filmes sobre os temas como: ‘nature extreme sports’ (destaque para a inusitada projecção em plena Serra da Estrela, do filme de surf, ‘Zon North Canyon-Nazaré Calling Garrett MacNamara’); natureza & aventura (‘Xingu’), arte & natureza (‘Alumbrones’) ou figuras como o filme ‘José Bonifácio’, sobre o fundador da ecologia. E ainda um programa complementar constituído por uma sessão de 10 “curtinhas” para o público infantil, uma mostra de 7 curtas numa sessão de Cinema pela “inclusão social”, em parceria com o FESTin-Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, 3 longas no Panorama Infantil (destaque para o famoso filme brasileiro ‘Tainá, A Origem’) e 5 na secção Panorama, que incluem filmes que estrearam nas salas comerciais e que de alguma forma se ligam com a temática ambiental (‘Jurassic Parque’ 3D, ‘Terra Prometida’, ‘Jobs’, ‘Elysium’). Ao todo são mais de 90 filmes entre curtas-médias e longas-metragens, numa autêntica festa do cinema, naquele que é o único festival de cinema ambiental que se realiza em Portugal e um dos mais antigos do mundo.


Nota de Imprensa

sábado, 5 de outubro de 2013

Notas Soltas do CineEco


Em contagem decrescente para a realização da 19ª edição do CineEco, e na sequência do diálogo que se tem mantido ao longo do ano, é altura de dar mais informação relativa ao andamento de festival.


Promoção
Depois de terminada a ExpoSocial, evento importante do calendário do município, eis que arrancou este sábado uma etapa de divulgação do CineEco, com a colocação de mupis e outros painéis na cidade, seguindo-se durante a semana a distribuição de cartazes, mais mupis e catálogos do festival por cá e por concelhos vizinhos.
Até aqui a RTP era media partner do festival, juntamente com o grupo de rádios da RDP, no entanto e fruto das transformações da empresa pública, este ano não foi dada continuidade a esta parceria. Está a fechar-se outra, que será anunciada no início da semana, já que o spot está pronto e publicado no site do festival.
Parcerias
Têm decorrido várias reuniões nos Agrupamentos das Escolas de Seia, para que os alunos vão ver filmes a concurso, e devidamente preparados para retirar dos seus conteúdos aproveitamento pedagógico. Estão também a ser convidadas escolas de concelhos vizinhos dos 2º e 3ºs ciclos, enquanto que os Jardins de Infância e escolas do 1º ciclo estão a organizar-se para as sessões do Panorama Infantil.
Para além destas parcerias com Agrupamentos de Seia e da região, regista-se a parceria com a Escola Superior de Turismo e Hotelaria, com a mobilização de voluntários, com serviço de restauração e catering, com divulgação do festival junto dos alunos e indicação de professor e alunos para os júris. Outra parceria estabelecida é com a Escola Profissional da Serra da Estrela, no envolvimento dos alunos nas temáticas dos filmes a concurso e também na participação da sua Orquestra na sessão de encerramento do festival, entre outros contributos.
Outra parceria relevante tem a ver com o envolvimento da Universidade da Beira Interior (UBI), que este ano colaborou com o festival, e que está já a lançar desafios aos seus alunos de Licenciatura e Mestrado de Cinema para concepção de trabalhos para a 20ª edição do CineEco – documentários, best off 20 anos CineEco, spot’s, etc. O próprio júri da juventude tem alunos de Mestrado da UBI e estão a mobilizar-se voluntários desta escola superior para o festival. E em Maio do próximo ano haverá uma Extensão do CineEco na UBI.
Atividades paralelas
Este ano há dois artistas locais a expor no CineEco. Luiz Morgadinho, com uma exposição de pintura nas Galerias da Casa da Cultura, com o tema “Liberdade às imagens e às palavras” e Sérgio Viana, com uma Exposição de fotografia na entrada do Cinema, designada “CineContrastes na estrela”. O programa contempla ainda um concerto de olhos vendados, uma mesa-redonda sobre festivais de cinema e claro, um concerto com a Orquestra da EPSE. O Novo Mercado de Seia, que ocorre no dia 19, terá desta vez um cunho do CineEco, pela sua componente de “reciclagem criativa”.
Mas este é um festival de cinema e por isso, para não dispersar, as atenções vão para a “festa do cinema”, com a realização de várias secções, com o que de melhor se produziu no último ano em matéria de filmes de ambiente de todo o mundo.
Júris
Para além do júri da Competição Internacional, o Festival tem o Júri da Lusofonia e o Júri da Juventude. Nos dois primeiros estão integrados directores de festivais e outras personalidades convidadas, entre eles professores de escolas de Seia.
O Júri da Juventude é este ano composto por quase 20 jovens na sua maioria do concelho de Seia e região, e que é uma aposta do município para dar oportunidade aos seus jovens de participarem por dentro do festival. Desta forma, os jovens, para além de visionarem filmes, têm acesso a uma experiência altamente enriquecedora.  
Cartaz
No intuito de abrir cada vez mais o festival à comunidade, à semelhança de tantas iniciativas de todos conhecidas, foi aberto concurso para a concepção do cartaz. Três artistas locais apresentaram propostas, no entanto, entendeu a organização que os mesmos não satisfaziam as pretensões. Uma decisão sempre arriscada, tendo em conta que no campo artístico a subjectividade é profunda, atendendo à conceitualidade emergente, à harmonia estética, mensagem, percepção e outros valores - sempre discutíveis.
Por isso, e ultrapassado um bom lapso de tempo, recorreu-se ao Gabinete de Design do Município que a partir de uma fotografia de um trabalho de reciclagem criativa na Ludoteca Municipal elaborou a proposta do cartaz que viria a ser aceite unanimemente. Aos artistas concorrentes o município agradeceu e isso não deve esmorecer, já que a autarquia tem dado o seu apoio incondicional aos criadores locais e muito mais vai continuar a dar, certamente.
Outras notas
Como habitualmente acontece, os Bares da cidade e da região estão a ser convidados para fazerem “Festas CineEco” e os comerciantes desafiados a decorar montras com motivos de cinema e ambiente.
Por último, está a ser implementada a ideia do cartão “Amigos do CineEco”, uma iniciativa simples e informal que tem em vista alargar a rede de amigos do festival, para que estes façam cada vez mais do CineEco uma imagem de marca de Seia, que projecte e nos faça bem ao Ego de senenses! Porque um amigo é aquele que ajuda, independentemente de ter ou não ter cartão!
Agora, o que é preciso é mobilizar pessoas ás salas da Casa da Cultura, onde decorrerá o festival, e para isso estamos também a desafiar colectividades e empresas, além das escolas.
Mário Jorge Branquinho



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O setor social no concelho de Seia


Participei hoje num debate sobre os novos desafios que se colocam ao setor social no concelho de Seia, e que se inseriu no âmbito da programação da ExpoSocial, organizada pelo Município de Seia, na Casa da Cultura.

Dos vários temas em debate sobressaiu desde logo, o peso e a importância que este setor representa no tecido económico e social do concelho, que emprega hoje cerca de 600 pessoas, no apoio a segmentos fragilizados da nossa sociedade. Nesse contexto, foi reforçada a necessidade de incremento de parcerias entre as instituições, tendo como pólo central o município, através da Comissão Local de Acompanhamento – CLAS. Ou seja, o município tem tido um papel preponderante na articulação de mecanismos de intervenção, sendo um dos de referência no Distrito e deve continuar a reforçar essa articulação. E o desafio, neste domínio de cooperação institucional, será o de envolver cada vez mais as instituições, pela via do CLAS, onde têm assento 60 instituições do concelho. Todavia, este órgão tem tido nos últimos tempos pouco mais de uma dezena de pessoas. Uma questão pertinente, quando por vezes, ouvimos algumas vozes a reclamar mais intervenção da comunidade, sem que depois não tenha expressividade prática na ação, pecando por ausência.

Sob o lema, Intervenção Social na atualidade - desafios, soluções e integração, o debate conduzido pela Vereadora Cristina Sousa e Carmo Ambrósio da ADRUSE, levou ainda os participantes a refletir sobre a necessidade de procurar novas formas de sustentabilidade para as instituições, tendo em conta as novas realidades que o setor atravessa. Por um lado, pela existência de uma vasta rede de Lares de Idosos no Concelho e por outro, pelo crescente aumento de despesas sem o consequente aumento de receitas. Novos caminhos, novas valências, numa perspetiva de inovação e qualidade dos serviços prestados, são igualmente fatores a ter cada vez mais em conta. E sobretudo, quando está cada vez mais em voga o chamado empreendedorismo social, um “chavão” tantas vezes repetido, mas que terá inevitavelmente de estar sempre presente nos processos de crescimento e de sustentabilidade das nossas instituições.

 A articulação de projetos de intervenção, evitando sobreposições de técnicos e ações e a delimitação de intervenção territorial, para que as IPSS não se “atropelem” nos serviços à comunidade, foram igualmente aflorados no debate que contou com cerca de 20 participantes.

O excesso de burocracia no setor, imposto pela tutela, foi também trazido à conversa, impondo-se novas formas simplificadas de atuação.

Como se vê, a economia social encara novos desafios no concelho de Seia, os seus agentes estão atentos e fazem por trazer à praça pública os assuntos que se entendem cada vez mais como pertinentes. Ou não fosse o setor social um dos mais importantes no processo de desenvolvimento económico e social do concelho, com o município a criar condições para o seu fortalecimento, envolvendo os demais agentes da comunidade. O município que tem apostado no combate à pobreza, numa perspetiva de inclusão social, bem como na cooperação institucional, sobretudo com Instituições Particulares de Solidariedade Social.