quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mais de 40 oradores, entre ativistas, políticos e investigadores na Conferência de Seia

 
Está marcado para os das 11 e 12 de Outubro, em Seia, o Glocal 2012, uma iniciativa onde mais de 40 oradores, entre ativistas, políticos e investigadores, se vão debruçar sobre a sustentabilidade e o empreendedorismo local. Tendo em conta a conjuntura de crise, a iniciativa, sob o lema “pensar global, agir local”, vai debater temas como as economias de baixo carbono, a alimentação sustentável ou projetos de inovação social, com o objetivo de projetar um futuro económica e ambientalmente sustentável. O Glocal 2012 – Conferência da Agenda 21 e Sustentabilidade Local está integrado na programação do Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental da Serra da Estrela.
 
Durante os dois dias do evento, serão ainda apresentados os resultados do Projeto Querença, no qual cinco jovens licenciados residiram em Querença, Loulé, durante nove meses, com o objetivo de resgatar “territórios em estado crítico, gravemente atingidos por processos de desertificação e abandono dos seus capitais, natural, produtivo e social, e cada vez mais próximos de limiares perigosos de irreversibilidade de desenvolvimento”, segundo explica a página do projeto.
Esta é já a quarta edição das conferências Agenda 21 Local, centradas numa estratégia que integra as populações na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida a nível regional.
 
 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Cine'Eco está a chegar




O 18ºCineEco-Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela vai realizar-se de 6 e 13 de Outubro, em três auditórios da Casa Municipal de Cultura de Seia e com a habitual Competição de filmes dedicados à ecologia e preservação da natureza.
As inscrições encerraram a 6 de agosto e foram inscritos 297 filmes provenientes de vários países que serão selecionados e divididos nas secções competitivas e paralelas. A programação vai ser anunciada em meados de setembro.
Embora a base da programação do Cine'Eco continue a assentar na vertente de filmes de ambiente, este ano vai incluir ainda os temas das culturas tradicionais, viagens e turismo, referências às quais estão intimamente ligadas a cidade de Seia e toda a região da Serra da Estrela.
A comissão de seleção é constituída por Mário Branquinho, (responsável da Casa Municipal da Cultura de Seia), o advogado e professor senense Carlos Teófilo e o jornalista, crítico de cinema e programador, José Vieira Mendes.
As obras cinematográficas inscritas no Cine'Eco 2012, vão ser selecionadas para as seguintes secções: Competição Internacional, que integra longas, médias e curtas metragens de ficção, animação e documentário; Competição Lusófona, curtas, médias e longas metragens de países da língua portuguesa.
Todas as obras cinematográficas inscritas no Cine'Eco foram produzidas em 2012/2011. Relativamente às secções paralelas destaque para: Panorama, que vai mostrar alguns dos melhores filmes do ano do cinema mundial; Panorama Infanto-Juvenil e Panorama Senior, seções compostas por filmes dedicados a escolas, famílias e aposentados; Sessões Especiais, que vão incluir antestreias, filmes-concerto e sessões ao ar livre. Haverá ainda uma Homenagem, a um realizador e diretor de fotografia do cinema português: ‘António Escudeiro, um Eco-Cineasta’.
A seleção de filmes terá em conta igualmente a realização do Ano do Brasil em Portugal, com uma forte presença de filmes brasileiros, tanto a concurso como integrados nas seções paralelas.
Local de descoberta e de reflexão sobre a preservação do meio ambiente, o Cine'Eco apresenta em complemento da programação de cinema, um conjunto de atividades paralelas, como é o caso este ano da GLOCAL 2012 - Conferência de Agenda 21 Sustentabilidade Local, uma iniciativa única que terá lugar em Seia nos dias 11 e 12 de Outubro. Além disso vão-se realizar masterclasses e workshops, sobre temas relacionados com o ambiente e o cinema.
O Cine'Eco tem como principal objetivo a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e de atividades culturais, que abordam temas da atualidade como a biodiversidade, sustentabilidade, energias renováveis, requalificação urbana, alimentação biológica e compromissos ambientais de uma forma abrangente e pedagógica.

(Comunicado de imprensa)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Do que falamos, quando escrevemos no verão

No verão, por natureza, escreve-se, quem escreve, sobre assuntos chamados leves, para descontrair, para nos entretermos uns aos outros nos momentos de lazer, enquanto não acaba a época a que se convencionou chamar de “tempo de férias”. Os mais finos chamam-lhe “Silly season”!
Por isso e também por não valer a pena pensar muito sério sobre os maus presságios da vida que passam todos os dias nas televisões, que vemos cada vez menos, ou nos jornais que praticamente deixámos de comprar, vamos discorrendo na descontração dos dias e dos temas que espreitam à esquina de qualquer texto.
Isso não nos impede de pensar no muito que temos de fazer, mal passe este interregno estival. Naturalmente que, do ponto de vista pessoal, cada um sabe de si, das tarefas que tem de empreender, das atitudes a tomar e das múltiplas formas de dar a volta à adversidade. Mantendo o emprego quando é o caso, ou partindo para outra, quando já nem o emprego resta. E partir para outra, começa a ser cada vez mais sinónimo de partir para outro país, em busca da salvação. Mas pronto, é a vida, cada vez mais dura a trazer à memória os difíceis anos 60, para não falar de outras épocas em que o português se virou e foi à luta.
Fora a questão pessoal, há o lado coletivo, em que também somos obrigados a pensar, pelo menos aqueles que ainda vão ficando neste território cada vez menos exíguo, cada vez mais folgado de espaço e cada vez menos frequentado.
Neste sentido, importa pensarmos seriamente sobre o que aí vem e o muito que temos a reivindicar, para não termos de ficar ainda mais tesos e mais desolados nesta geringonça de vida a que atribuímos cada vez menos valor. Já se sabe, já se disse, já se escreveu, já se leu, já se ouviu e até já quase se abomina essa lenga-lenga de que temos de ser críticos, interventivos e assumidamente agentes de desenvolvimento na nossa comunidade, como em qualquer outra plataforma donde somos parte integrante. E isto, mesmo dito e sabido à exaustão, continua a ser tão importante como o pão para a boca, para que não se instale o marasmo e não reine a apatia e o “deixar-andar”, como parece que está a acontecer um pouco por todo o lado.
Sabe-se que não há dinheiro para nada, mas tem de haver inteligência e dinâmica suficiente para nos animarmos uns aos outros, pelo menos, e procurarmos ir pelo entusiasmo da corrente, de modo a fazer brotar mais do que aquilo que temos visto. Nos tempos mais difíceis e duros, sobra-nos muito mais espaço para sermos ainda mais criativos e repensar tudo o que andámos e andamos a fazer e para onde queremos ir. Podemos até pensar em entregar tudo ao poder central, ou àqueles supra-sumos e “chicos-espertos” desta ditosa pátria que têm sempre remédio para tudo quando estão de um lado, mas que depressa se abotoam e perdem a noção do que proclamaram, quando passam para o outro lado. Mas aí já se sabe qual o caminho e o destino.
Fora isso, há que exigir a quem tem poder e o dever de fazer. Seja a nível local, regional ou nacional, tem que haver pressão constante, sob pena de se adormecer ou se embalar num discurso ou numa ideia errada de que se está a fazer tudo o que é possível, quando há muito para ouvir e para fazer.
Sempre se ouviu dizer, não é de agora – político que se amedronta com as críticas não presta.  Saber ouvir é uma virtude e por isso importa falar e ouvir, democraticamente. E nesse sentido, alguém vai ter que as ouvir sobre o que estão a fazer ao nosso país e em particular ao nosso Interior, onde tudo definha cada vez mais depressa a um ritmo alucinante.
Mas disso vamos falando porque essa é a nossa luta!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Deambulando na cidade


Esta cidade com a serra ao fundo, ou esta montanha com a cidade no sopé. É assim Seia, uma cidade pequena, ou uma vila de tamanho maior, que em certos dias cresce um pouco mais e se agita, e noutros fica quase sem ninguém na rua. Sinais dos tempos.
Hoje, porém, quarta-feira, a primeira de agosto, em dia de feira semanal, registou-se grande movimento matinal na sua principal artéria, a avenida 1º de Maio. De manhã, pelo menos, notava-se mais a presença maciça de emigrantes, que são cada vez em maior número. Pessoas de Seia, mas certamente das várias aldeias do concelho que se vão despovoando ao longo dos anos. Emigrantes que encheram hoje e enchem por estes dias as lojas de comércio da pequena cidade, onde os cafés abarrotam e onde não há mãos a medir.
Pensei que muitas das tais quatro mil e tal pessoas do concelho que se foram embora entre 2000 e 2010 e das mil ou duas mil que partiram nos últimos dois anos, muitas estão agora por aqui também, de carro novo, calção e sandália, poder de compra e sotaque.
Num dos sítios da avenida onde parei, ouvi uma senhora dizer assim ao homem, que devia ser marido - Ai João, já não conheço ninguém. E o marido, supostamente marido, a responder-lhe assim, meio à bruta – eu não, já tou farto de distribuir bacalhau. Estou farto de ver gente conhecida.
Mais adiante, no meio do carreiro de gente à pinha, a caminhar do lado da sombra da avenida, ainda ouço uma senhora dizer que em França é que é. Que lá as coisas são diferentes. A gente trabalha, mas vê o dinheiro ao fim do mês. Pois é - responde a outra - a brincar a brincar, só em pequenas coisas, esta manhã já gastei 400 euros. Também chegámos ontem e não tínhamos nada lá em casa. E continuam a falar e eu continuo a caminhar até deixar de as ouvir.
E passo junto à feira e levo com o perfume das bifanas e grelhados que se vão fazendo lá em baixo junto às barracas, onde também não faltam tintos, brancos e traçados e amendoins e tremoços e coiratos e petiscos e outras coisas assim. E houve-se o cigano a oferecer duas camisolas pelo preço de uma, ou mais adiante um cliente a regatear o preço de umas alpercatas e por aí fora, nesta feira de farrapos que se faz há décadas, e que por estas alturas triplica de clientes. No ar há música pimba e cheio a suor, quando a sirene dos bombeiros já dá meio dia. E Seia, no sopé da serra, tem por estes dias nova vida. Novas vidas, por uns dias até voltar a normalidade.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Curiosidades d'aqui do Blogue!


A média diária de visitas ao blogue Seiaportugal nos últimos tempos tem sido de pouco mais de 200. Entretanto este domingo teve um efeito extraordinário, registando 1.114 visitas e na segunda-feira aproximou-se das 700 visitas.
Este fenómeno fez-me ver as estatísticas e verifiquei que mesmo sem grande atividade, no último mês, o blogue registou 6.760 visualizações de páginas, num histórico total de 260 mil visualizações de páginas em 4 anos.
Neste conjunto, há mais de 101 mil visitas de Portugal, 9 mil e tal do Brasil, 6.735 dos Estados Unidos, 1.613 de França, 1.450 de Alemanha e por aí fora, incluindo 316 visualizações a partir do Japão.
Curiosidades de um blogue que ultimamente tem tido pouca atividade. Perante isto, prometo dar mais vida ao blogue e escrever mais, sobre Seia, sobre a serra da Estrela e sobre Portugal.
Nada mais do que isso, porque afinal há um ponto de encontro, um ponto que nos une e onde vamos conversando, dando notícias, dando ideias, partilhando reflexões, pontos de vista e etc e tal.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Promoção da região na televisão

Por estes dias a serra da Estrela esteve em grande destaque nas televisões portuguesas.  Primeiro foi na sexta – feira, com a transmissão na RTP em direto do Vale do Rossim, depois no domingo em direto de Loriga, ambas no âmbito das 7 maravilhas das praias de Portugal e  também no domingo, foi a vez da TVI transmitir durante toda a tarde até às 20 horas em direto de Oliveira do Hospital.
No Vale do Rossim, juntaram-se 3 Câmaras Municipais – Gouveia, Seia e Manteigas e promoveu-se esta região no contexto da serra da Estrela, numa demonstração de solidariedade entre municípios, dando a conhecer ao mundo, as enormes potencialidades, quer daquela praia de barragem, enquanto candidata a uma das 7 maravilhas; quer outras potencialidades ligadas também ao turismo. Embora a barragem se situe no concelho de Gouveia, as suas envolventes estendem-se ao concelho de Seia (freguesia do Sabugueiro) e ao concelho de Manteigas.
De tudo o que se viu, sobressaiu a ideia de que o Vale do Rossim está diferente. Mais atrativo. Com infraestruturas de qualidade, a começar pelo café e restaurante, assim como o parque de campismo, que incluiu um eco-resorte de luxo. Ali a dois passos de uma unidade hoteleira também ela de luxo, a Casa das Penhas Douradas AQUI
Para além disso, o Vale do Rossim tem equipamentos de recreio e de aventura. Mas tem sobretudo beleza e águas cristalinas, com uma envolvente verdejante de rara beleza. Uma praia que a partir de agora vai certamente atrair muita gente da região. Penso mesmo que o Vale do Rossim, que há 30 anos tinha milhares de pessoas no verão, vai voltar a ter esse efeito de atração. Por um lado porque está melhor equipada e por outro, porque há muita gente que já não tem dinheiro para ir para o Algarve e aproveita esta praia ao pé de casa!
Mas a televisão deu também destaque a Loriga, através do programa de Domingo. Foi uma grande jornada de promoção das potencialidades da vila de Loriga, de Seia e da serra da Estrela em geral. Já se sabia, mas demonstrou-se mais uma vez o potencial turístico daquela encosta, onde há cada vez mais dinamismo e redobrado empenhamento dos agentes locais, porque afinal, nem tudo é mau.
Ao longo do programa foi visível o dinamismo de Loriga e o sentimento de identidade comunitária, numa vila situada nos contrafortes da serra da estrela, com recantos de rara beleza. Uma imensa beleza, retratada nas encostas, nas águas cristalinas, nos socalcos e no  labor do homem enquanto elemento essencial e principal deste espaço.
Foi bonito de ver, num programa onde as pessoas falaram da terra, das atividades, de projetos, do presente, do passado e do futuro. Foi bonita a imagem que passaram, todos os intervenientes no programa. Foi uma jornada de grande divulgação, que não caiu na monotonia nem no exclusivo do lugar comum, abrindo-se a outras  dinâmicas do concelho que acabem por se cruzar com as de Loriga, enquanto aldeia de montanha e elo de uma cadeira de um projeto de desenvolvimento turístico, que não se faz num dia. Que se vai fazendo, fazendo caminho.
Acabou por ser um dia em cheio na promoção da serra da Estrela, onde Loriga ocupa um lugar de excelência, numa jornada que muito contribuiu para repor alguma justiça que finalmente começa a fazer-se em relação à proeminência de Loriga no quadro turístico da serra da Estrela. Uma proeminência que Loriga não tem tido no passado, mas que importa ter. Que se impõe que tenha!
E até Setembro, vamos continuar a ouvir falar de Loriga. Todavia, importa começar a pensar no dia seguinte. Importa aproveitar a dinâmica criada com este concurso das melhores praias para continuar a dar a Loriga o lugar que merece nesse tal quadro turístico da região. Um desafio para as entidades oficiais, mas também e sobretudo para os cidadãos em geral. O exemplo dado neste caso pelo cidadão Carlos Amaro é bem elucidativo daquilo que cada um pode fazer. Um contributo dado de forma simples, descontraída, humilde e dedicada. Longe, tão longe de algumas lógicas por vezes viciadas de agremiações onde espreita a miúde, tiques de protagonismo nada benéfico a estas coisas.
Por último, uma referência à transmissão em direto de Oliveira do Hospital, feita pela TVI e que ao mostrar as potencialidades deste concelho, deu também a conhecer aspetos importantes da serra da Estrela. Parabéns a Oliveira, ao seu Presidente da Câmara pelo muito que tem feito neste concelho vizinho, que embora pertencendo ao Distrito de Coimbra, está cada vez mais perto da serra e junto a Seia. Um concelho que tem dado provas de muito dinamismo, o que é positivo para tudo o que está à volta, porque contagia e estimula. Parabéns!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

GLOCAL 2012 – Conferência de Agenda 21 e Sustentabilidade Local no Cine’Eco

A GLOCAL 2012 – Pensar Global, Agir Local - IV Conferência Internacional de Agenda 21 e Sustentabilidade Local terá lugar em Seia nos dias 11 e 12 de Outubro de 2012 integrada na programação do Cine’Eco.
Em contexto de crise, de reforma do poder local, num mundo de redes sociais e crescente exigência dos cidadãos, que novos modelos são necessários para promover a sustentabilidade local? Economia verde e baixo carbono, inovação social, empreendedorismo local, simplicidade voluntária, boa governança, capital natural, gastronomia sustentável, resgate territorial e muito mais. 
Políticos, técnicos, ativistas e investigadores reúnem-se para conhecer o estado da arte, partilhar as boas ideias com resultados visíveis, debater os novos paradigmas e construir redes.
GLOCAL 2012 - este ano em Seia em paralelo com o Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela.
A organização é do Município de Seia, Município de Cascais, Universidade Católica do Porto e Mais Momentos.
Mais informações em: http://www.agenda21local.info/