segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço politico em Seia


Durante 2012 tudo o que correu mal a Seia, veio de fora.
Colapso e mais colapso, austeridade e mais austeridade, impostos e mais impostos e decisões erradas, que aos poucos vão esvaziando este interior cada vez mais “esquecido e ostracizado”, como na rábula do Herman José.
Durante o ano que agora termina, o Estado não fez obra nenhuma. Retirou investimentos que estavam assegurados, como sejam a remodelação da Escola Secundária e do Centro de Saúde.
Neste ano o governo lançou povos contra povos, ao querer “casar” freguesias à força, numa putativa reforma administrativa que tem tudo para não dar certo.
Lançou o IMI às cegas, obrigando o cidadão a desembolsar ainda mais do seu bolso, atirando o odioso da questão para cima das Câmaras Municipais, já de si condicionadas pelos sucessivos apertos financeiros. E para cima dos Municípios lançou também o odioso de ter que encerrar Empresas Municipais e lançar assim centenas de trabalhadores no desemprego, sem acautelar os interesses dos trabalhadores e a continuidade das acções que vinham a ser desenvolvidas. E agora, bem mais recentemente, quase na clandestinidade, lança a reforma das Comunidades Intermunicipais (CIM) e “agrega” municípios sem lançar o grande debate junto das forças vivas das comunidades. No caso de Seia, que até aqui integra a CIM da Serra da Estrela, com Gouveia e Fornos, vai juntar-se aos municípios da Comurbeiras, da qual fazem parte mais 13 municípios, entre eles, Covilhã, Guarda e Fundão. Ou seja, uma reforma com implicações tão importantes para a vida das pessoas em matéria de saúde, educação, planeamento, mobilidade de trabalhadores, etc. é feita quase pela calada. Não basta ao Presidente da CCDRC falar com os Presidentes das Câmaras e dar-lhes um prazo de uns dias para se pronunciarem!
Mas nesta senda de atropelos, o governo ainda esvaziou de competências vários serviços da administração central situados em concelhos como o nosso, como é o caso do Centro de Emprego e do Tribunal. Tentou entregar o Hospital à Misericórdia e só o facto da Câmara ter saído a terreiro em tempo oportuno, impediu que tal viesse a acontecer.
Nomeou uma Administração da ULS da Guarda que foi um desastre, não tendo contribuído nada para a dignificação da saúde no distrito e do Hospital de Seia em particular, acabando por ser demitida há pouco tempo. E na sequência da substituição dessa administração desastrada, não foi integrado nenhum quadro de Seia, o que também não augura nada de bom, na perspectiva de acautelar interesses do nosso concelho em matéria de saúde.
Além das extensões de saúde nas freguesias, já encerradas, o governo não avançou com um único km de estrada, nos troços dos IC’s. E se não havia dinheiro do orçamento de Estado, também não aproveitou nada, ou quase nada dos fundos do Quadro Comunitário de Apoio, o chamado QREN, que acabará em 2013. Espera-se no entanto que pelo menos neste ano que agora vai começar, Seia ainda beneficie de algumas verbas deste QREN.  Senão teremos de esperar pelo QEC, que é assim que será designado o próximo Quadro Estratégico Comum, que vai de 2014 a 2020.
Como se constata, 2012 não foi um ano fácil para Seia, uma vez que o governo em vez de ajudar só criou problemas e atirou para cima do município o ónus de muitas das suas decisões.
Mas isso não nos deve esmorecer. Devemos ser positivos e acreditar. E dentro dos poucos recursos que temos, devemos continuar a apostar no incremento de novas actividades produtivas e de serviços. Na valorização dos nossos recursos e na dinamização de actividades culturais e sociais, numa perspectiva integrada, num espirito colectivo e de empenhamento comum. E com uma certeza, de que acima das politiquices, está o interesse do concelho de Seia, porque o que for bom para uns, será bom para todos.
Desiludam-se aqueles que se julgam senhores das verdades e dos desígnios que vão salvar o concelho. É que as realidades de hoje não são iguais às do passado, nem nos meios disponíveis, nem nos propósitos a seguir. Independentemente de alguns “azelhas” que vamos vendo na praça.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Partir daqui a partir de agora


Uma espécie de criativa

Bate a incerteza no parapeito de uma qualquer vontade que sabemos, nem sempre dominamos e isso basta-nos para perceber que nem sempre vamos onde queremos, nem como, nem nada! Sobra sempre a imprevisibilidade dos nossos atos, atando ou desatando nós de sensibilidades, tantas vezes retraídas, como que a quebrar um galho qualquer de uma qualquer indiferença.


Percebe-se, nos dias de hoje, que planear é quase um ato de contrição, tal é o estado da vida, no desconcerto da arte de viver, com tanta incerteza por toda a parte, tanta indiferença e tanta volatilidade que enxameia e polui a onda da criatividade que nos impele e do querer que nos anima. Não é fácil, como não fácil é perceber a encruzilhada do certo e do errado, de tanto valor enterrado e de tanta doutrina mal compreendida e desatualizada. Só podemos dizer que estamos a perceber, sem podermos dizer que não percebemos bem, porque fomos formatados para um desígnio, de moral e boa conduta e afinal vemos que vamos sem desígnios, rumo a uma bolsa de poucos valores radicada em lugar incerto e sem nada em concreto. E não é numa reta que seguimos, nem em círculo, nem semicírculo; talvez assim-assim, a fazer andar à meia-volta, a andar ao redor, meio à tona, tontos a ver e a rever cenários, a esperar e a rodopiar em contemplações, à espera da nossa vez, se tivermos vez. Nem sempre temos vez para dizer, para intervir, assumir, interpretar, desatar ou até partir. Sim, sempre podemos partir e ir, ir por aí. Até podemos partir, mas quem nos recebe?

Atrás de tanta pergunta de que nem fazíamos ideia, sobra a inquietante incerteza de também não sabermos se amanhã vamos estar de acordo com hoje e se afinal hoje partimos para onde sonhamos estar amanhã. E se o verbo partir, poderá afinal conjugar-se com a realidade que cruzamos, nesta onda de amizade que ainda cultivamos, apesar do tempo, apesar de tudo. E essa realidade, dura realidade, conjuga-se e desconjuga-se nos impulsos da ida, nas certezas da saída e da falta de alternativa, porque afinal o país não dá e os pais já deram.

Na terra onde o nunca acaba e o inconformismo se apodera dos que afinal não ficam, sobra a coragem de partir e assumir que aqui tanto faz, como tanto fez, por isso o melhor é partir de vez.

Nas veias de quem parte, corre sangue novo dos avós, desses que desbravaram outros rumos, por mar ou por terra, nos tempos que o tempo ditava regras e leis, na linha da luz ao fundo do túnel, buscando certezas, sonhos e realidades. Porque hoje, hoje mesmo, o que há mais são banalidades e nessa linha, nem sabemos se o que dizemos tem cotação no mercado. Se as palavras, outrora carregadas de simbologia ou de significado concreto, têm aceitação, ou se afinal, não passam disso mesmo – meras palavras. Se afinal, tudo não passa de paleio, como das intenções de que está o inferno cheio e nós aqui a engonhar, por entre vírgulas e inquietações, quando há mais que fazer e sem tempo a perder.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Assembleia aprova orçamento do município



A Assembleia Municipal de Seia aprovou hoje o orçamento do município para o próximo ano, com 8 votos contra da bancada do PSD.

A este propósito fui lá dizer que este orçamento é marcado pela contenção, dadas as fortes restrições orçamentais decorrentes do fato do município se encontrar numa situação de reequilíbrio financeiro.

Aproveitei para dizer que não bastam os números apresentados, que praticamente não dão margem de muita manobra, uma vez que vai quase tudo para encargos fixos e para o tratamento de águas e resíduos. É preciso que o governo aprove projetos apresentados e incentive investimentos. Que não corte cegamente na ação dos municípios e não esvazie de serviços os territórios do interior, como tem acontecido em matéria de saúde, justiça, emprego, etc.

Que o tempo agora não é para construções, mas para contenções. Para se apostar na inovação e na criatividade. Por isso, lancei o desafio ao PSD para que ajude o concelho de Seia, reivindicando junto do governo PSD / CDS a pelo menos manter em Seia o que é de Seia. Porque o que tem acontecido tem sido mau de mais. Este governo está a acabar com as freguesias, está a fechar empresas, como é o caso da Empresa Municipal, está a esvaziar serviços e a comprometer o futuro.

Agora a última tem a ver com a criação das Comunidades Intermunicipais, que vão passar a ter muitos poderes, que são depositados nas mãos de pessoas nomeadas, muito provavelmente de Presidentes de Câmara que já não se podem recandidatar. E em contrapartida, retiram poderes às Câmaras que são eleitas. Um verdadeiro atentado à democracia local. E sobre isto o PS de Seia já reagiu em comunicado, denunciando e repudiando mais uma forma encapotada de fazer uma reforma da administração, sem dar a voz ao povo.

Como se vê, o tempo não se afigura de grande esperança, mas mesmo assim, temos de fazer das fraquezas força. E foi isso que transmiti hoje na Assembleia Municipal, onde se discutiu muito sobre o futuro e das dificuldades que este governo teimosamente nos atira.

O concelho de Seia está a ser fortemente penalizado por este governo e isso é preciso dizê-lo. Mas vamos ter esperança e viver este Natal em paz e harmonia.

Governo esconde reforma das populações


Comunicado do PS de Seia


O Partido Socialista de Seia manifesta o seu mais veemente repúdio por, mais uma vez, o governo da coligação PSD / CDS, relativamente às Comunidades Intermunicipais, fazer por decreto e sem ouvir quem os elegeu, uma das reformas mais importantes dos últimos anos que, certamente, trará muitas consequências para as pessoas, nomeadamente as do interior do país.

O concelho de Seia, juntamente com Gouveia e Fornos de Algodres, integra, atualmente, a Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela que, em comparação com outras estruturas deste tipo, possui pouca representatividade e necessita de se agregar a outros municípios para ganhar maior escala.

No entanto, todo este processo deveria ser debatido com a seriedade devida, por forma a serem acautelados os interesses das populações, já que, a nova lei em perspetiva, altera substancialmente as atribuições, quer dos municípios, quer das Comunidades Intermunicipais.

Contudo, o governo escondeu esta reforma das populações e tenta impor soluções aos municípios. O modelo proposto a Seia inclui a integração da Comunidade da Serra da Estrela na COMURBEIRAS, juntamente com os municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Trancoso e Penamacor.

Sem ouvir, de uma forma oficial, os órgãos eleitos, o governo, mais uma vez, a partir dos gabinetes de Lisboa, traça a régua e esquadro um novo desenho da região centro. Todavia, o município não aceita esta solução sem que, todas as demais sejam estudadas e todas as contrapartidas equacionadas.

Num processo que foi mal conduzido, sempre na sombra e ocultação, num processo que necessitava de tempo e amplo diálogo, verificou-se por parte do governo PSD/PP uma pressa desmesurada e um apelo à não informação, como de resto vem sendo a sua matriz. O povo tem o direito de participar e de ser ouvido. O povo tem o direito a que o governo lhe diga o porquê das opções tomadas e quais as suas consequências.

Neste contexto, o PS de Seia, reafirma o seu repúdio e condena esta forma antidemocrática de criar modelos de governação supramunicipal, baseados em nomeações, em detrimento da legitimidade democrática do Poder Local, que leva mais uma forte machadada, com consequências imprevisíveis.

Embora concordando com a necessidade de uma reforma administrativa ao nível das NUT III e das comunidades intermunicipais, o PS de Seia tudo fará para ajudar o Município a salvaguardar os interesses do concelho.

Conscientes da necessidade da articulação destas novas unidades com o próximo quadro comunitário de apoio 2014-2020, asseguramos que a Câmara Municipal, apesar destas contrariedades, conseguirá que a construção dos itinerários da Serra da Estrela (IC6, IC7 e IC37) sejam colocados na mesa das negociações do envelope financeiro a negociar com Bruxelas, e que Seia possa criar as condições necessárias para albergar um novo mecanismo de desenvolvimento a ser criado: os Investimentos Territoriais Integrados. Com base nestas premissas o município vai prosseguir as negociações, garantindo, igualmente, que o nosso maior ativo territorial, a Serra da Estrela não desapareça. A manutenção da unidade, da marca e da individualização da Serra da Estrela é algo pelo qual nos iremos bater, não permitindo o seu desmembramento ou a beneficiação de apenas alguns dos concelhos que a rodeiam. Neste novo enquadramento Seia terá de ter o papel que sempre lhe esteve reservado, na gestão da Serra da Estrela.

Contudo, estaremos atentos e vigilantes para que, ao mais pequeno deslumbre, e sempre que estas premissas negociais não estejam a ser cumpridas, as denunciaremos às instâncias competentes para que os pressupostos iniciais de coesão, alegados para esta nova reforma, sejam cumpridos.

No meio de uma discussão tão decisiva para o futuro da nossa terra convém perguntar onde está o PSD local. Sobre este assunto não lhes é conhecida opinião e mais uma vez reparamos num seguidismo constrangedor em relação às políticas governamentais, sejam elas quais forem. Para quem diz que “o concelho está sempre à frente dos interesses partidários” tem aqui a sua prova. Conhecedores de que esta matéria estava a ser discutida nos corredores de Lisboa nunca promoveram o debate e discussão em Seia colocando mais uma vez as gentes da sua terra em segundo plano. O Partido socialista de Seia continuará a estar atento numa lógica de defesa dos interesses do nosso concelho e das suas gentes que sabem com quem podem contar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fundação Vodafone cria projeto piloto tecnológicamente avançado no Sabugueiro



A Câmara Municipal de Seia e a Fundação Vodafone anuncia que vãotransformar a aldeia de Sabugueiro, a mais alta do país, num ícone ao nível da sustentabilidade ambiental, economias criativas, urbanismo,mobilidade e novas tecnologias, fazendo deste território uma “montra de boas práticas e inovação”.


A autarquia refere, em comunicado, que as duas entidades vão implementar o projeto ‘Smart Mountain Village’, que visa a disponibilização de soluções tecnológicas na aldeia de Sabugueiro “que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos” e funcionem como “alavanca para a melhoria do desempenho ambiental” daquele espaço rural.


O projeto integra intervenções em áreas como a gestão de infraestruturas (energia elétrica e água), saúde (monitorização de sinais vitais), mobilidade e entretenimento.

O valor global da operação estima-se em cerca de 700 mil euros, inteiramente financiada pela Fundação Vodafone.
 


A sua implementação também envolve a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Junta de Freguesia do Sabugueiro, a Associação de Beneficência do Sabugueiro e a empresa Águas do Zêzere e Côa.



Imagem da sessão de apresentação do projeto na sede da Associação de Beneficência do Sabugueiro, na presença de responsáveis da Fundação Vodafone, do Presidente da Câmara, Vereadores, Presidente de Junta do Sabugueiro e da Associação.




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Assembleia Municipal de Seia reune sexta-feira



A Assembleia Municipal de Seia reúne esta sexta-feira no Auditório da Casa da Cultura.  A sessão começa pelas 9:30h, prevendo-se que a parte da manhã seja preenchida com assuntos do chamado período antes da ordem do dia. Depois disso, a tónica dominante será o Plano e Orçamento do Município para 2013, um ano de fortes restrições orçamentais, apesar de ano eleitoral.
As sessões da Assembleia Municipal têm no inicio um período destinado à intervenção do público, por isso, todos os interessados podem comparecer.
E um dia antes, nesta quinta-feira, dia 20 tem lugar, provavelmente, a última reunião da assembleia da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Serra da estrela, já que esta CIM vai desaparecer. É que esta comunidade só integra 3 concelhos - Seia, Gouveia e Fornos de Algodres, e ao que tudo indica, o governo já a juntou à força a outra comunidade. Mas esse é um assunto demasiado importante, sério e grave e que será noticia nos próximos dias em Seia e no país.

Pavilhão do CACE acolhe este Sábado X-MAS IN DANCE

 
Decorre este sábado, dia 22 de dezembro, no Pavilhão do CACE o X-Mas In Dance.
X-Mas in Dance em Seia é um evento que tem como objectivo proporcionar momentos de entretenimento e convívio no âmbito da comemoração da época natalícia 2012, uma iniciativa que contribui, igualmente, para a dinamização da cidade de Seia (capital da Serra da Estrela), promovendo e valorizando os recursos empresariais e culturais da região.
O evento conta com GLOVE, ORLANDINI, RICHARD, LUIS CAVALEIRO, P∆BLO, NITRO SESSION e CATICA.
Mais informações deste evento que pode ser o primeiro de muitos em: http://xmasseia.wix.com/xmas
INFO: 962894102 / 912042065
é já este Sábado

Filmes 3D no Cinema de Seia



No próximo fim de semana, passa no Cinema de Seia o filme "ASTÉRIX E OBÉLIX: AO SERVIÇO DE SUA MAJESTADE", em versão Portuguesa e em suporte 3D.

E vem isto a propósito do fato do público de Seia e concelhos limitrofes poderem ver filmes 3D, a baixo custo, numa aposta do município, que se tem revelado positiva.

Ou seja, Seia tem um bem precioso para quem gosta de cinema e para quem se queixa de não ter pretextos para sair à rua e encontrar-se com os outros.

O Cinema de Seia é cada vez mais um equipamento dos senenses, cabendo a cada um ajudar a promover a sua programação, no espirito do "grupo dos amigos do cinema de Seia". Amigos que convidam amigos. Pessoas que colaborem na divulgação.

Fica a ideia e,... este convite para a sessão deste fim de semana do ASTÉRIX E OBELIX em 3D, para rir e descontrair, que os filmes também fazem bem à cabeça!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Iluminação de natal em Seia sem custos

Este ano, nesta época natalícia, a cidade de Seia não está como no ano passado, nem como há três. Este ano há luzes cintilantes a lembrar a quadra, graças à parceria entre o Município e duas unidades comerciais. A Câmara terá tido receptividade do Intermarché, por isso a rotunda junto aos Martinhos está iluminada e do Muito Menos, daí a rotundo junto àquele estabelecimento também estar “engalanada”.
O Largo da Câmara tem também motivos natalícios, graças ao trabalho dos trabalhadores do Município.
Em tempos de pouco dinheiro, todas as colaborações são louváveis, neste como noutros casos, para haver um mínimo de dignidade naquilo que se faz com espirito comunitário.
Além das luzes natalícias, há ainda a registar o som de rua, garantido pela Junta de Freguesia de Seia e animação pelas ruas da cidade.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Teatro em Seia em véspera de Natal


“Talvez Algo de Natal” é a proposta de teatro de João Simão para o público de Seia nestes próximos dias, direcionado para toda a família.

Trata-se de uma pequena história em que três pessoas se propõem contar a sua versão do nascimento de Jesus. É-lhes confiada a missão de irem a Belém ver o “Deus Menino”. Com percalços e aventuras, percorrem o longo caminho até chegarem ao destino final. Conseguirão cumprir a sua missão? Será “Talvez algo de natal”?

Com encenação, dramaturgia e direção de atores de João Simão e interpretação de Maria Rita Veiga, Joana Melo, Sofia Alves e João Simão, o espetáculo sobe ao palco do Auditório da Casa Municipal da Cultura, esta quinta-feira, dia 6, às 21:30 horas, repetindo nos dias 8 e 9, (sábado e domingo) às 16 horas.


“Talvez Algo de Natal” é um projeto de teatro que se alarga também às escolas, já que vai estar nos centros escolares de Seia e São Romão, escola de Loriga, entre outros, nos dias 10, 11, 12, 13, 20 e 21 de Dezembro. Esta será também a ponte para uma próxima produção do grupo de atores e conta com o apoio do Município de Seia.

João Simão é licenciado em Teatro, professor de expressão dramática e animador.

(Nota de imprensa)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Vencedor do Prémio Lusofonia do Cine’Eco passa na Casa da Cultura de Seia



O Documentário “Fé nos Burros”, de João Pedro Marnoto, vencedor do Prémio Lusofonia / Camacho Costa, no Cine’Eco 2012, vai se exibido esta quinta-feira, dia 6 de Dezembro, pelas 21:30H, no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia.


Pretendendo enaltecer a importância da relação Homem-Animal, com especial relevância para as burras, burros, mulas e machos no concelho de Alfândega da Fé, iremos descobrir facetas do quotidiano dos seus donos, da sua cultura material e tradição oral, modos de pensar, até aos seus sentimentos e emoções.


O filme tem a duração de 37 minutos e a sessão, que tem entrada livre, deverá contar com a presença de alguns membros do júri da lusofonia do Festival para diálogo com o público.

A exibição insere-se na rúbrica "Cine'Eco todo o ano" impulsionada pelo Município de Seia.


(Nota de imprensa)

sábado, 1 de dezembro de 2012

“A Máquina de Fazer Espanhóis”, de Valter Hugo Mãe

Por estes dias dei comigo a sair das rotinas para entrar noutros universos e dou de novo de caras com a prosa de Valter Hugo Mãe, aquela com quem já me tinha cruzado n’ “O Apocalipse dos Trabalhadores”. Desta vez entrei no universo d’ “A Máquina de Fazer Espanhóis”, que é uma aventura trágica e divertida ao mesmo tempo, sem deixar de ser irónica e que tem como ponto central o sentimento dos mais velhos da vida. Sentimentos soltos, num universo que é um Lar de Idosos, (Feliz Idade) um lugar onde António Silva, de oitenta e quatro anos se repensa para reincidir uma vida ou mesmo mudar, no dia em que violentamente o seu mundo se transformou. É no fundo uma história simples de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com pequenas manifestações sentimentais.
Quase sem se dar por isso, vamos assistindo a um jogo de acidentes e peripécias que desviam a personagem de atingir o seu objectivo, atrasando-o, jogando-o por caminhos e situações insólitas e por sentimentos e estados interiores que lhe são totalmente desconhecidos, forçando-o a ceder ou a resistir, a recuar ou a avançar, a hesitar e a conciliar.
O lugar onde se desenrola a acção, já se sabe, é um Lar de idosos “Feliz Idade”, qual depósito de farrapos, para onde se vai, para não mais sair a não ser pela morte, a caminho de cemitérios diferenciados. Porque até na morte há diferenças de classes! Simultaneamente, ficamos também a perceber, dolorosamente a perceber, como é que é ser velho nos dias de hoje. Como é perder a dignidade, quando a sociedade os chuta para fora do jogo.
Com a entrada de António Silva no Lar, começam a desfiar histórias de vidas, vidas que vão trocando de quartos, numa magnífica metáfora da própria vida, como se os “inquilinos” do Feliz Idade, aos oitenta anos, regressassem ao banco de suplentes depois do aquecimento, não havendo no entanto nada a seguir: nem jogo (a vida?), nem jogadores (os que vão primeiro?), nem sequer o árbitro (Deus?). Apenas o Cubillas na parede do quarto da D. Leopoldina.
A dada altura, o senhor Silva retracta bem o seu sentimento, que é o sentimento central de todo o romance - «pegaram em mim e puseram-me no lar com dois sacos de roupa e um álbum de fotografias. foi o que fizeram. depois, nessa mesma tarde, levaram o álbum porque achavam que ia servir apenas para que eu cultivasse a dor (…). depois, ainda nessa mesma tarde trouxeram uma imagem da nossa senhora de fátima e disseram que, com o tempo, eu haveria de ganhar um credo religioso, aprenderia a rezar e salvaria assim a minha alma.»
Um dos pontos altos do romance é o diálogo delicioso entre o senhor Silva e o senhor Pereira, quais traquinices de dois velhos de oitenta anos, de mãos dadas a espreitarem de madrugada os quartos uns dos outros, como se regressassem a uma infância saudosa. É que, as pessoas sendo diferentes, reagem normalmente de maneira diferente e o medo da morte pode levar a sentimentos semelhantes.
Seja como for, no texto está lá tudo: as memórias de supostos “fantasmas”, da ditadura, do fanatismo do futebol, da igreja, do pessimismo com que os portugueses parecem não conseguir sobreviver. E estão lá os fantasmas dessas memórias, sem lençol na cabeça, bem espremidos, como que servidos num prato em que cada um só come o que quer.
No processo criativo, o autor define o lar como o espaço da acção, de onde emanam todos os rituais, pensamentos e demais orientações e movimentações. De onde partem as simbologias dos objectos e das memórias, e onde as palavras e sons da lida nos quartos e do imaginário ganham fôlego, do pouco que resta da vida.
Neste romance, e para quem leu outros anteriores, nota-se um afinar e consolidar de estilo, de escrita e de tema. E aí não faltam as fatalidades do povo português “fomos sempre um povo de caminhos salgados. ainda somos um povo de caminhos salgados. isto é coisa para nos amargar o sangue…”. Ou seja, apesar do titulo, neste livro, Valter Hugo Mãe escreve sobre Portugal e acima de tudo sobre o que é ser português, ou de “como por vezes Portugal parece ser uma máquina adormecida no tempo e que acordando de um marasmo sonolento só sabe fazer espanhóis”.
No fundo, esta máquina tritura por vezes tudo o que um “bom homem” tem ainda para dar ao seu país, esquecendo por vezes o que devia ter dado quando teve oportunidade.
Contudo, “a máquina de fazer espanhóis” é um livro optimista ao tornar possível no nosso pensamento a ideia de que podemos, através de uma catarse, expulsar alguns dos males com que vivemos, mas que fazem parte da nossa herança social e cultural do século passado.
“A máquina de fazer espanhóis” é o quarto romance do autor, os outros três são – “O Apocalipse dos trabalhadores” (2008); “O Remorso de Baltazar Serapião” (2006) e “O nosso reino” (2004).
Para quem nunca leu Valter Hugo Mãe, a primeira impressão que fica é a de que não há letras maiúsculas. É tudo seguido, num estilo novo e porventura controverso, mas não menos interessante e refrescante. José Saramago, chamou à escrita de V.H.M. um “tsunami” não no sentido destrutivo mas da força”. Por isso, não é de estranhar o facto do romance “o remorso de baltazar serapião” ter sido o prémio literário José Saramago - 2007. Ou seja, estamos perante um fenómeno novo na literatura portuguesa, com esta inovadora forma de escrita, polida, refrescante e rica, de Valter Hugo Mãe, um jovem de 39 anos, nascido em Angola, morador em vila do Conde, Caxinas, terra de sofrimento, ali, onde uma mãe vê os filhos e o marido levados pelo mar, para sempre, mas que não desiste de viver, de lutar e resistir.
Valter Hugo, que vive em Vila do Conde desde 1981, é licenciado em direito, é pós graduado em literatura portuguesa moderna e contemporânea.
 
* Crítica literária feita no âmbito da cadeira de Processos de Criação Artística, no Mestrado de Animação Artística, sobre o livro de Valter Hugo Mãe, que ganhou agora o grande prémio Portugal Telecom

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A luta das freguesias continua

Esta sexta feira, dia 30 novembro, pelas 14.30Horas, no Auditório da Casa da Cultura de Seia reúne a Assembleia Municipal de Seia, em sessão extraordinária por causa da não agregação de freguesias. A luta pela manutenção das atuais 29 freguesias do concelho mantém-se até ao fim. São Romão é uma importante vila do concelho que não pode nem deve ser agregada a Seia. Cabeça não fica mais perto de Vide e todas as outras freguesias ainda não justificam qualquer encerramento.
Ainda por cima a Unidade Técnica Territorial enviou agora uma retificação de 6 pontos, o que quer dizer que se enganou em vários aspetos, mas continua a incorrer em erros que Seia vai contestar.
E 70% das Assembleias Municipais do país estão a fazer o mesmo.
Apareçam, deem força a esta luta, que é de todos, pelas 29 freguesias do concelho!
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A minha defesa da honra e dignidade na defesa da manutenção das 29 freguesias do concelho de Seia


Porque correu um certo boato em São Romão de que eu teria responsabilidades no ofício que a Mesa da Assembleia Municipal mandou para a Assembleia da República, relativamente à posição de Seia sobre a não agregação de qualquer freguesia, fiz hoje seguir para a Assembleia Municipal um pedido de esclarecimento sobre esta matéria.


Pese embora ser líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, e independentemente do conteúdo do dito oficio que comunicou a manutenção das atuais 29 freguesias do concelho, não tive nem tenho nada a ver com os trabalhos da Mesa, que é um órgão autónomo. Logo não tive nada a ver, direta ou indiretamente com tal oficio.


Remeto este pedido para minha defesa pública pessoal, numa altura em que parece haver quem queira arranjar um “bode expiatório” para uma situação que todos nós sabíamos que ia ser difícil.


Posto isto, reafirmo o meu maior empenhamento na defesa dos interesses da freguesia de São Romão, povo que inclusivamente acompanhei num dos seus autocarros a Lisboa, na manifestação em defesa das freguesias no dia 31 de Março. Ao contrário de outros que deviam ter ido e não foram.


Até o fato de ter escrito que São Romão vai ter mais um quartel e que este será o terceiro num raio de 3 quilómetros serviu para me arremessarem criticas e ofensas.


Quando escrevo isso e digo que tal construção é feita numa altura em que se fala da reformulação dos bombeiros em Portugal, faço-o numa perspetiva de grandiosidade, de quem não tem receio e avança. Sou e sempre fui a favor do desenvolvimento do concelho e se há verbas disponíveis no Quadro Comunitário de Apoio, há que aproveitá-las, enquanto as há, senão, como digo tantas vezes, em vez de virem para Seia, vão para outras terras.


Por isso, parabéns aos empreendedores!


Muito mais poderia dizer sobre estes propósitos, mas o fato de haver muito nervosismo, numa altura em que devemos estar unidos fico por aqui, reiterando o meu empenhamento na luta pela defesa das 29 freguesias do concelho de Seia. Continuo empenhado, até ao último dia. Uma luta e uma entrega com tanto trabalho, dedicação e abnegação, como nunca me aconteceu noutras tantas causas que já abracei.


Em prol das 29 freguesias do concelho de Seia e neste caso em particular da defesa de São Romão!

Foto da minha presença na Manifestação do dia 31 de Março em Lisboa, junto ao Presidente da Junta de São Romão e seu povo, num dia que mais de 500 pessoas do concelho de Seia rumaram até à capital.

sábado, 24 de novembro de 2012

São Romão vai ter novo quartel de bombeiros

A vila de São Romão terá dentro de pouco tempo dois quarteis de bombeiros, depois de ter sido hoje lançada a “1ª pedra” do novo edifício. O equipamento, que terá um custo de cerca de um milhão de euros, passará a ser o 3º quartel, num raio de 3 quilómetros, numa altura em que se fala na reforma no sector dos bombeiros.
Segundo o Jornal Porta da Estrela, dirigido por Eduardo Brito, que é também Presidente da Direção dos Bombeiros de São Romão, “a construção do novo quartel (…) é um investimento de 953.971.64 euros e tem uma comparticipação de 667.780,15 euros pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Apesar deste importante apoio financeiro, os Bombeiros Voluntários ficam com a responsabilidade de pagar 286.191,49 euros. «Trata-se de uma verba ainda muito significativa e que será preciso muito trabalho e esforço para a conseguir reunir», salienta a direcção. Apesar do momento difícil que o país atravessa, a direcção acredita que «pode realizar a obra» e vai lançar uma campanha de recolha de fundos, «para que cada um, de acordo com as suas possibilidades, possa dar o seu contributo para que esta importante obra se realize».



Nota:
Em parte alguma, no texto acima escrito digo que sou contra a construção deste quartel, apenas constato.
E nada disto tem a ver com a questão das agregações de freguesias, uma luta na qual estou envolvido e em particular na defesa da freguesia de  Romão, povo que inclusivamente acompanhei na manifestação a Lisboa, num dos seus autocarros. E nunca estive tão empenhado na defesa duma causa, como esta em particular, dentro das minhas limitações.

Ninguém de Seia na ULS da Guarda e ninguém diz nada

Mais uma história rocambolesca aconteceu por estes dias na Guarda. Ana Manso, destacada militante do PSD foi afastada do cargo de presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde por alegadas irregularidades, segundo a imprensa. Segundo ela, Ana Manso, citada pela Rádio Altitude, tratou-se de «um processo político», com origem dentro do próprio PSD, partido de é militante e já foi presidente da comissão política distrital e que, segundo diz, nunca conviveu pacificamente com a sua nomeação, há menos de um ano. 
Coisas da política à moda da Guarda!
Agora a história que se segue também promete não ser pacífica. É que a pessoa indicada para o seu lugar é Vasco Lino, um gestor que já esteve à frente do agrupamento de centros de saúde e do Centro Hospitalar da Cova da Beira, Covilhã. Os restantes elementos que compõem o novo Conselho de Administração da ULS da Guarda são Flora Teixeira da Silva, Fernanda Trovão Maçoas, como directora clínica para os cuidados hospitalares, Gil Barreiros, como director clínico para os cuidados primários e João Rebelo Marques, como enfermeiro director. Ou seja, só Gil Barreiros será do Distrito, neste caso de Gouveia.
Num cenário destes, o que se pergunta é se não há no Distrito da Guarda gente capaz que esteja à altura dos cargos. Ao que parece não há!
Ao que parece, o Presidente da Distrital do PSD da Guarda, Júlio Sarmento não terá visto com bons olhos estas nomeações, que de pendor politico pouco têm.
 
Politicamente em Seia ainda ninguém se manifestou, mas é obvio que faz falta alguém da nossa cidade nesta equipa, para representar os interesses do nosso concelho em matéria de saúde. Senão, corremos o risco de continuar a ver esvaziar o nosso hospital das suas competências. Um mau pronuncio para Seia e para a própria Guarda, que pode ver aqui o princípio do fim da sua autonomia, uma vez que será mais fácil, com gestores da Covilhã de levar a estrutura da Guarda para aquela cidade. Há de resto um estudo que aponta para aí. Agora, além do estudo, há uma equipa que poderá fazer o caminho.
Mau prenúncio. Mas pode ser que me engane.
É bom lembrar que a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda abrange os hospitais da Guarda e de Seia e 12 centros de saúde do distrito.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Festivais na Casa Municipal da Cultura de Seia


No próximo fim-de-semana, a Casa Municipal da Cultura de Seia irá acolher dois festivais organizados pelas coletividades locais.

No sábado, dia 24, às cinco da tarde, será a vez do Festival de Música Coral em Terras de Sena, organizado pelo Orfeão de Seia e que vai na sua 16ª edição. Com entrada livre, o festival, que decorre no Auditório (1º piso), é uma boa oportunidade para todos aqueles que gostam de música coral.

No domingo à tarde, decorrerá no Cineteatro o 13º Grande Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira, organizado pela Orquestra Juvenil da Serra da Estrela. Para além da Orquestra de Seia, o festival contará com a participação da Orquestra de Música Ligeira de Gândaras.

No sábado seguinte, dia 1 de Dezembro, o Cineteatro acolherá a 16ª edição do Festival Ibérico – Música Jovem 2012, organizado pela Casa da Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão. Um festival que conta com bandas de norte a sul de Portugal e participação de Espanha, com forte participação de jovens da região.

Como se verifica, apesar das dificuldades, Seia continua a registar uma dinâmica cultural relevante, quer através das iniciativas do Município, quer da comunidade.

Recorde-se que em outubro decorreu a 18ª edição do Cine’Eco e no passado fim-de-semana a 15ª edição das Jornadas Históricas, que trouxe à cidade perto de 200 participantes de todo o país.

(Nota de imprensa)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

16º Festival Ibérico – Música Jovem 2012



A Casa da Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão, promove no próximo dia 1 de Dezembro à noite, no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura o 16º Festival Ibérico – Música Jovem 2012.
Trata-se de um evento já consolidado no calendário cultural do concelho, que este ano, segundo a organização, contará com bandas de norte a sul de Portugal e participação de Espanha, com uma forte participação de Jovens dos concelhos Locais.
O apresentador do programa de Música da RTP 1 – Top +, Francisco Mendes, será uma das presenças na noite da “festa da música jovem”.

Misericórdia de Seia organiza Jornadas


A Santa Casa da Misericórdia de Seia vai organizar no próximo dia 30 de Novembro no Auditório do CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela, as I Jornadas na área da Saúde subordinadas ao tema: “Cuidados continuados Integrados – Saúde e Apoio Social”.
Segundo a divulgação que está a ser feita, este evento "destina-se à comunidade em geral, pois é objetivo principal da Instituição dar a conhecer a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados".
Trata-se de uma iniciativa louvável promovida pela Santa Casa da Misericórdia que nos dará a conhecer “o que é a Rede; a quem se destina; onde se localizam as unidades; quais as tipologias existentes; como são referenciados os doentes; quais os custos envolvidos e também todas as dinâmicas relacionadas com os Cuidados Continuados em Portugal”.
A entrada é livre, sujeita a inscrição através dos contactos definidos no programa: 238 310 800 e www.misericordiadeseia.pt

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Posição de força continua nas agregações à força

 
O Município de Seia, a Assembleia Municipal de Seia, as Assembleias de Freguesia do concelho e todos os partidos com assento na Assembleia Municipal foram unanimes em adoptar uma “posição de força” face à imposição da Lei de Reorganização do Território que impunha orientações consideradas atentatórias para o desenvolvimento do concelho.
Quando se tomou esta posição de força, de manter as atuais 29 freguesias do concelho, depois de muitas reuniões de análise e discussão, depois de abaixo-assinados, manifestações diversas, etc., todos os intervenientes sabiam que mais tarde ou mais cedo chegaria a hora do confronto da tal “posição de força”. Agora chegou a hora! Veio a deliberação da Unidade Técnica e portanto até aqui não há novidade. Todos dissemos por unanimidade que nenhuma das 29 freguesias devia ser agregada e mantemos essa posição, como dois terços das assembleias municipais do país. Só um terço aceitou, na grande maioria em cidades de grande dimensão, como é o caso de Lisboa.
Chegados aqui, dois caminhos poderemos nós agora seguir. Um é o da demagogia e do jogo político rasteiro, arranjando bodes expiatórios para a deliberação da Unidade Técnica que decidiu de uma maneira, como poderia ter decidido de outra.
O outro caminho, será o de continuarmos unidos nesta luta, mantendo a mesma “posição de força”, como estão a fazer os restantes dois terços dos municípios, muitos deles a preparar-se inclusivamente para interpor providências cautelares. E num cenário desta natureza, o mais certo é o assunto arrastar-se nos tribunais e fazer com que não haja tempo para tudo estar pronto para as eleições autárquicas que se realizam lá para setembro, outubro. E em paralelo, tanto o Presidente da Associação de Municípios Portugueses, o Social-democrata Fernando Ruas, como o Presidente da ANAFRE, continuam a manifestar-se contra este atentado ao poder local!
Neste capítulo, enalteço a posição do Presidente de Junta de São Romão, que ciente da luta que está a travar, reagiu de forma lúcida e peremptória, no comunicado veiculado pela agência Lusa. Luciano Ribeiro, admite ele próprio interpor uma providência cautelar, para impedir a agregação da sua freguesia.
Posto isto, podemos no entanto abordar a questão concreta da putativa criação da União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, a maior aberração ditada pela Unidade Técnica. E sem nos perdermos em mais delongas, poderemos sintetizar desta maneira: O Estudo Técnico aponta Seia e São Romão como um lugar urbano, contrariamente ao que diz a Lei 22/2012, que fala em 2 lugares urbanos – Seia e São Romão.
Resulta daqui que o Estudo está errado, porque de fato se trata de dois lugares urbanos distintos. Ou seja, no espaço urbano da cidade de Seia não há mais nenhuma freguesia, como acontece por exemplo em Gouveia ou Manteigas, em que dentro do perímetro da cidade e vila, há duas freguesias e aí poderá fazer sentido agrega-las. Mas não é o que se passa em Seia, onde só há uma freguesia dentro da cidade. A Vila de São Romão, pese a proximidade à cidade de Seia, é um lugar urbano autónomo. Possui dinâmicas socias, económicas e culturais próprias. Tem os seus próprios serviços e colectividades como sejam posto médico, correios, corporação de bombeiros, banda, rancho folclórico, oferta escolar até ao 3º ciclo etc… A opção de agregar as freguesias dos dois lugares urbanos além de uma dúbia abordagem da Lei, cria naturalmente sentimentos de revolta na população, sobretudo de São Romão, que vê a sua identidade e matriz histórica ameaçadas.
Muito mais se pode dizer e argumentar sobre esta e outras situações, mas o melhor nesta altura é adoptar a prudência e tudo fazer nos lugares próprios e pelas vias oficiais, para defendermos os interesses das nossas populações, quando ainda faz falta a Junta de Freguesia para o desenvolvimento do concelho. Quando ainda é decisivo manter a identidade das nossas comunidades, um bem cultural precioso de que não abdicamos.
De resto, muita tinta ainda vai correr.

sábado, 10 de novembro de 2012

Agregação de freguesias ameaça calendário das eleições autárquicas

Mapa prevê agregação de 1165 freguesias em todo o país, mas os presidentes das associações nacionais de municípios e das juntas de freguesia temem as consequências do deslizamento do processo. Críticos da reforma admitem que o deslizamento de prazos pode pôr em causa a realização das eleições autárquicas no Outono do próximo ano. Até porque, para além da análise do processo pendente de acórdão do Tribunal Constitucional (TC), já foram interpostas várias providências cautelares.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Distrito da Guarda tem de se unir em defesa do serviço de notícias


O Distrito da Guarda não pode ficar sem o seu correspondente da Agência Lusa! Já somos um Distrito pobre e cada vez mais esvaziado de serviços e competências, mas se deixarmos de ter um correspondente da agência de notícias portuguesa, isso é muito mau. Ficaremos mais uma vez a perder, perdendo a pouca voz e visibilidade que vamos tendo e ficaremos inevitavelmente mais pobres.
É que, o governo, na sequência dos cortes cegos e na saga insensível de tirar aos mais fracos e continuar a alimentar os mais fortes, anunciou recentemente que a agência de notícias Lusa irá sofrer um corte de 30% no seu orçamento.
Independentemente de se compreender os cortes que são necessários em “todos” os setores, aquilo que se teme nesta medida é que sejam uma vez os mais fracos a ser penalizados com esta medida. Ou seja, a Lusa a ter que dispensar os seus correspondentes.
Por isso, antes que aconteça, antes do fato consumado, tudo teremos de fazer, para manter este serviço de informação no nosso Distrito da Guarda, já de si depauperado.
Da minha parte e enquanto líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Seia, apresentarei uma Moção em defesa da manutenção do correspondente da agência Lusa na Guarda e desafio todas as Assembleia Municipais, Municípios e outras entidades deste Distrito a fazerem o mesmo, numa posição de força que importa assumir.
Não podemos calar e consentir ficar mais pobres em matéria de informação e afirmação da nossa região no contexto nacional. Menos informação é sinónimo de menos democracia e atropelo a um desenvolvimento que assenta cada vez mais na comunicação e na descentralização.
A Lusa que fornece um serviço noticioso a inúmeros jornais, rádios e canais de televisão portugueses e que fornece igualmente notícias aos meios de comunicação social das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, não pode dispensar a pouca voz de um território que se quer afirmar.
A hora é de todos defendermos este serviço, sob pena de ficarmos cada vez mais pobres.

Mário Jorge Branquinho
Artigo publicado no Jornal Terras da Beira - Guarda



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

6ª Mostra Gastronómica do Sabugueiro


Depois do grande sucesso que foi a NOITE DAS CAÇOILAS, prossegue agora a 6ª Mostra Gastronómica do Sabugueiro.


A referida Mostra é uma iniciativa que decorre de 3 a 18 de novembro, numa iniciativa da Associação de Beneficência do Sabugueiro, com o apoio da Junta de Freguesia do Sabugueiro, várias agremiações desta aldeia e Município de Seia.
A Mostra tem por objetivo promover os pratos típicos desta região, servidos nos 11 restaurantes desta aldeia turística da serra da Estrela.

À semelhança do ano passado, a Mostra deste ano dá destaque aos "Sabores de Outono", proporcionando-se predominantemente os pratos associados a esta época do ano.
Os Restaurantes aderentes situam-se todos ao longo da estrada principal e são: “Mirante da Estrela”, “Abrigo da Montanha”, “O Chocalho”, “Monte Estrela”, “Casa Martins”, “Grelhados da Serra”, “O Nevão”, “Restaurante Mir Alva”, “Cozinha Serrana”, “Ribeira D’Alva” e “Casa da Ponte”.
A organização deixa o convite às pessoas para que visitem o Sabugueiro, a caminho da Serra e saboreiem os pratos típicos num dos seus restaurantes, onde não falta o Cabrito, o Borrego, a Chanfana, o Bacalhau com Pão de Centeio, as Trutas, o Arroz de Carqueja e muitos outros, além do famoso Queijo da Serra, dos enchidos, do presunto e claro, do Pão de Centeio do Sabugueiro.
Durante este período, os restaurantes praticam descontos especiais.



sábado, 3 de novembro de 2012

Imagens dos preparativos para a "Noite das Caçoilas", no Sabugueiro

Estas são algumas das imagens desta manhã nos preparativos para a "Noite das Caçoilas", que decorre hoje no Sabugueiro a partir das 16 horas, com animação e provas gratuitas para toda a gente. Só as bebidas serão pagas. A organização, que envolve a Junta de Freguesia, associações do Sabugueiro e Município, convida todos os interessados. A iniciativa insere-se no Projeto "Aldeias de Montanha" e conta também com os participantes do Geocaching, que decorre por estes dias na Serra da Estrela.









sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os filmes agora chegam mais cedo a Seia


As pessoas de Seia e concelhos limítrofes já podem ver os filmes do setor comercial mais cedo que o habitual, e em suporte 3D, uma vez que o município apostou em equipamento digital. Até aqui os filmes exibidos no cineteatro da Casa da Cultura eram em 35 mm (bobines) e isso fazia com que chegassem a Seia 3 ou 4 meses depois de serem estreados. Agora isso já não acontece, graças a um pequeno investimento que é recuperável em pouco tempo.

No festival Cine’Eco deste ano já deu para ver o grau de adesão de público a várias sessões, quer em 3 D, quer noutras. Mal acabou o festival, verificou-se uma outra grande enchente e para Novembro estão já anunciados filmes recentes: “Para Roma com Amor” - dias 2, 3 e 4; “Dredd” (3D) – dias 9, 10 e 11; “360 A Vida é um Círculo Perfeito” – dias 16, 17 e 18; “Brave Indomável” (3D) dias 17 e 18 e “007 Skyfall” – dias 23, 24 e 25.

Por isso e porque o cinema é um lugar de encontro e os filmes libertam a cabeça, Seia vai (re)encontrar-se de novo no cinema de Seia.

















http://www.casadaculturadeseia.com/cinema.htm

Informação geográfica de Seia está online





A informação geográfica do concelho de Seia já pode ser consultada online, no novo portal SIG (Sistema de Informação Geográfica) http://www.sig.cm-seia.pt/, recentemente lançado pelo Município de Seia.
O sistema funciona como uma “ferramenta universal de publicação, pesquisa, consulta e atualização de informação geográfica e vem revolucionar a forma de gestão do território bem como a forma de contacto entre o munícipe e a autarquia”.
A um clique de distância, os munícipes têm agora acesso real à cartografia do concelho de Seia, podem emitir plantas de localização ou reportar com precisão situações que julguem convenientes como buracos nas vias, quedas de árvores ou muros, etc.
A plataforma permite também combinar e cruzar um conjunto de informações relacionadas com o ordenamento de território, dados estatísticos, Pmots, geologia e geoformologia, ortofotomapas, turismo e património (informação, pontos de interesse, recreio e lazer, restauração e alojamento), infraestruturas (vias e trânsito, resíduos), e Proteção Civil e Florestas (dados relativos à Defesa da Floresta Contra Incêndios).
Para a autarquia este é “um passo enorme no que toca à implementação de uma política de transparência e contínuo esforço em implementar processos que melhor sirvam os interesses dos cidadãos”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Hoje lembramos os mortos.

Hoje lembramos os mortos. Lembramos muita vez e às vezes todos os dias, ou quase todos. Mas hoje, dia de todos os santos, vamos ao Cemitério, os que podem e os que querem. E de uma maneira ou de outra, indo ou não indo, lembramos os que um dia partiram.
Por mim, lembro-me de meu pai, de meus avós, outros familiares, parentes e amigos.
Mas porque este é assunto de recato, que faz parte da parte intima de cada um, pouco mais se diz do que isto. Disto e da saudade que temos e da falta que nos fazemos os que partiram. Da cadeia de afetos que se quebrou e da enorme dor que se apoderou de nós, felizes por ficarmos, mas do desconsolo de ver partir quem tanta falta fez ou faz. Porque afinal a vida é isto mesmo, e quando falamos dela, assim ao contrário, do lado da morte, até parece conversa tabú. Assunto melindroso que nem convém abordar, por ser do domínio do obscuro e quase misteriosamente indecifrável.
Hoje e pelo menos uma vez no ano, crentes ou descrentes, lembramo-nos dos que partiram e tantos tão cedo, cumprindo-se tantas vezes a profecia de que “o bom acaba e o mau atura”! E neste entretanto em que ainda nos colocamos, do lado de cá a espreitar quem partiu, vamos colocando flores na lembrança e inquietude, na esperança de não chegar a nossa vez. Vamos ignorando que a vida é feita de passagem, sem perceber bem a origem e o fim, ou sequer ao que viemos, se afinal, quase não temos tempo para quase nada. Sobra-nos o consolo de viver a vida sem pensar nisso e só procurar lembrar-nos uma vez por ano, dos que partem de nossas vidas. É a vida, essa roda que gira na efémera passagem que marca um ritmo que não dá sequer para retardar, quanto mais para parar. Porque o tempo passa, a vida corre e amanhã já nem sabemos se vamos cá estar. E assim, vamos lembrando os que partem e a falta que nos fazem.
É a vida!