Como já tinha dito, esta sexta feira teve lugar uma reunião da Assembleia Municipal de Seia, que demorou o dia todo, das 9 às 19 horas. Foram cerca de 54 membros da Assembleia, fechados no Auditório da Câmara, antiga Sala de audiências do Tribunal, como a “sardinha na canastra”, que foram desfiando questões relativas ao concelho.
No tal chamado “Período-Antes-da-ordem-do-dia” os deputados municipais falaram de assuntos diversos, tendo-se aí destacado a intervenção de Quim Nércio do PS sobre a situação do Hospital, criticando o comunicado do PSD, o tal que falava do “mata e esfola”!
Da bancada do PSD, Nuno Almeida foi o “homem de serviço” com criticas diversas á Câmara, mas que acabariam por se revelar com muita fragilidade e pouco sustentadas no verdadeiro conhecimento dos assuntos tratados.
Da minha parte, neste período, comecei por falar dos dois assuntos do momento – os IC’s e o Hospital, onde o governo está a dar mostras de grande empenhamento, além de ter destacado a importância de se fazer desta Assembleia, sede da democracia local, o lugar privilegiado para o confronto de ideias.
Do lado dos Presidentes de Junta, a surpresa veio de S. Martinho, com António Albuquerque a atirar-se ferozmente á Câmara por esta ter autorizado e licenciado uma festa em S. Martinho “para a qual a Junta não foi tida nem achada”.
O Presidente de Junta de São Romão, Hortêncio Páscoa também desafinou, pelo facto do Presidente da Junta de Seia dar prendas ás crianças no Natal e ele não o poder fazer (!)
O Presidente da Câmara surpreendeu igualmente, ao referir-se a umas cartas anónimas que têm circulado na cidade. Para dissipar algumas dúvidas que possam surgir sobre o seu eventual enriquecimento ilícito, entregou na Mesa, para quem quiser consultar a sua Declaração de Rendimentos e referiu-se a uma investigação que a Polícia Judiciária lhe terá feito há dois anos, no âmbito de uma denúncia anónima com acusações a um arquitecto da autarquia. Na altura Eduardo Brito foi ouvido, pensando que estava a ser testemunha, mas veio a saber no final que também estava a ser investigado, todavia a PJ não lhe apontou qualquer ilicitude.
Agora, quem quiser saber mais pormenores pode dirigir-se á Mesa da Assembleia Municipal e consultar os “papéis”.
Sobre este assunto, algo melindroso, da minha parte o que posso dizer é que todo e qualquer escrito anónimo é um acto cobardemente vergonhoso, que condeno veementemente. Eu próprio já fui vitima deste tipo de cobardia e sei bem o que é, saber identificar o energúmeno autor do “crime” e não lhe poder “ir á cara” por falta de “provas materiais suficientes”.
Voltando á Assembleia, no Período da Ordem do Dia, foi aprovado o Orçamento da Câmara para 2008, com 43 votos a favor, sete contra e três abstenções.
Sobre este assunto, coube-me fazer uma intervenção de fundo, cujo extracto coloco no post seguinte.
Para além de alguns regulamentos e diversos outros assuntos agendados pelo município, foi aprovada uma proposta sobre a escolha do melhor traçado dos Itinerários Complementares para a Região.
Como se sabe, o governo apresentou 3 sugestões, havendo na sociedade senense uns que se inclinam para uma solução de túneis para a serra e outros que refutam essa sugestão.
A Câmara propôs o cenário 5, que aposta na ligação de Catraia dos Poços a Torroselo, seguindo para Fornos de Algodres com ligação á A25 e que é o IC6 e no IC7 a ligar Covilhã, Unhais da Serra, Alvoco da Serra, Sandomil e Torroselo, seguindo para Viseu.
De facto, esta é uma solução de traçados que melhor serve o desenvolvimento da nossa região, a que tem menores custos económicos e a que possibilita uma execução muito mais rápida.
O PSD, quando toda a gente esperava que fosse a favor dos túneis, já que o candidato à Câmara, Nuno Vaz defendeu na reunião do executivo, a solução dos túneis e o Presidente do PSD tinha dado a entender o mesmo no “Porta da Estrela”, afinal deu uma pirueta e disse na Assembleia pela voz de Nuno Almeida que afinal não era a favor dos túneis, mas também não era a favor de nenhuma das propostas apresentadas pelo governo. Era isso sim, favorável a uma quarta solução em tudo idêntica ao cenário 5 defendido pela câmara, só que o nó de ligação do eixo que vem de Viseu se devia fazer em Pinhanços e não em Torroselo.
No tal chamado “Período-Antes-da-ordem-do-dia” os deputados municipais falaram de assuntos diversos, tendo-se aí destacado a intervenção de Quim Nércio do PS sobre a situação do Hospital, criticando o comunicado do PSD, o tal que falava do “mata e esfola”!
Da bancada do PSD, Nuno Almeida foi o “homem de serviço” com criticas diversas á Câmara, mas que acabariam por se revelar com muita fragilidade e pouco sustentadas no verdadeiro conhecimento dos assuntos tratados.
Da minha parte, neste período, comecei por falar dos dois assuntos do momento – os IC’s e o Hospital, onde o governo está a dar mostras de grande empenhamento, além de ter destacado a importância de se fazer desta Assembleia, sede da democracia local, o lugar privilegiado para o confronto de ideias.
Do lado dos Presidentes de Junta, a surpresa veio de S. Martinho, com António Albuquerque a atirar-se ferozmente á Câmara por esta ter autorizado e licenciado uma festa em S. Martinho “para a qual a Junta não foi tida nem achada”.
O Presidente de Junta de São Romão, Hortêncio Páscoa também desafinou, pelo facto do Presidente da Junta de Seia dar prendas ás crianças no Natal e ele não o poder fazer (!)
O Presidente da Câmara surpreendeu igualmente, ao referir-se a umas cartas anónimas que têm circulado na cidade. Para dissipar algumas dúvidas que possam surgir sobre o seu eventual enriquecimento ilícito, entregou na Mesa, para quem quiser consultar a sua Declaração de Rendimentos e referiu-se a uma investigação que a Polícia Judiciária lhe terá feito há dois anos, no âmbito de uma denúncia anónima com acusações a um arquitecto da autarquia. Na altura Eduardo Brito foi ouvido, pensando que estava a ser testemunha, mas veio a saber no final que também estava a ser investigado, todavia a PJ não lhe apontou qualquer ilicitude.
Agora, quem quiser saber mais pormenores pode dirigir-se á Mesa da Assembleia Municipal e consultar os “papéis”.
Sobre este assunto, algo melindroso, da minha parte o que posso dizer é que todo e qualquer escrito anónimo é um acto cobardemente vergonhoso, que condeno veementemente. Eu próprio já fui vitima deste tipo de cobardia e sei bem o que é, saber identificar o energúmeno autor do “crime” e não lhe poder “ir á cara” por falta de “provas materiais suficientes”.
Voltando á Assembleia, no Período da Ordem do Dia, foi aprovado o Orçamento da Câmara para 2008, com 43 votos a favor, sete contra e três abstenções.
Sobre este assunto, coube-me fazer uma intervenção de fundo, cujo extracto coloco no post seguinte.
Para além de alguns regulamentos e diversos outros assuntos agendados pelo município, foi aprovada uma proposta sobre a escolha do melhor traçado dos Itinerários Complementares para a Região.
Como se sabe, o governo apresentou 3 sugestões, havendo na sociedade senense uns que se inclinam para uma solução de túneis para a serra e outros que refutam essa sugestão.
A Câmara propôs o cenário 5, que aposta na ligação de Catraia dos Poços a Torroselo, seguindo para Fornos de Algodres com ligação á A25 e que é o IC6 e no IC7 a ligar Covilhã, Unhais da Serra, Alvoco da Serra, Sandomil e Torroselo, seguindo para Viseu.
De facto, esta é uma solução de traçados que melhor serve o desenvolvimento da nossa região, a que tem menores custos económicos e a que possibilita uma execução muito mais rápida.
O PSD, quando toda a gente esperava que fosse a favor dos túneis, já que o candidato à Câmara, Nuno Vaz defendeu na reunião do executivo, a solução dos túneis e o Presidente do PSD tinha dado a entender o mesmo no “Porta da Estrela”, afinal deu uma pirueta e disse na Assembleia pela voz de Nuno Almeida que afinal não era a favor dos túneis, mas também não era a favor de nenhuma das propostas apresentadas pelo governo. Era isso sim, favorável a uma quarta solução em tudo idêntica ao cenário 5 defendido pela câmara, só que o nó de ligação do eixo que vem de Viseu se devia fazer em Pinhanços e não em Torroselo.
Das várias intervenções feitas, sobressaíram Rui Dias e Jorge Brito do PS, que sustentaram a importância dos traçados e as fragilidades e inconvenientes dos túneis.
No final, a proposta da Câmara foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contra.
Por fim, o que se pode dizer é que muito mais se podia escrever sobre esta sessão, mas ficamos por aqui, rematando apenas com uma questão que tem a ver com o PSD. É que este, como principal partido da oposição, devia ter outra responsabilidade perante os grandes temas do concelho, mas em definitivo, está a passar um mau momento e é mau para o concelho, que precisa de uma oposição atenta, responsável e dinâmica.
O que transpareceu na bancada do PSD na Assembleia, é que todos se calam, deixando “todas as despesas” por conta de Nuno Almeida, que traz os assuntos preparados de casa com o líder do Partido, António Andrade. Só que este não tem assento neste órgão, e assim esta estratégia revela-se desastrosa, revelando várias vezes desconhecimento e impreparação na abordagem de assuntos muito importantes. De resto, como tive oportunidade de dizer na minha intervenção, o Presidente do PSD devia ter metido um dia de férias para se sentar ao menos ao fundo da sala e inteirar-se dos assuntos e por ventura dar indicações e sugestões á sua bancada.
No final, a proposta da Câmara foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contra.
Por fim, o que se pode dizer é que muito mais se podia escrever sobre esta sessão, mas ficamos por aqui, rematando apenas com uma questão que tem a ver com o PSD. É que este, como principal partido da oposição, devia ter outra responsabilidade perante os grandes temas do concelho, mas em definitivo, está a passar um mau momento e é mau para o concelho, que precisa de uma oposição atenta, responsável e dinâmica.
O que transpareceu na bancada do PSD na Assembleia, é que todos se calam, deixando “todas as despesas” por conta de Nuno Almeida, que traz os assuntos preparados de casa com o líder do Partido, António Andrade. Só que este não tem assento neste órgão, e assim esta estratégia revela-se desastrosa, revelando várias vezes desconhecimento e impreparação na abordagem de assuntos muito importantes. De resto, como tive oportunidade de dizer na minha intervenção, o Presidente do PSD devia ter metido um dia de férias para se sentar ao menos ao fundo da sala e inteirar-se dos assuntos e por ventura dar indicações e sugestões á sua bancada.
1 comentário:
Conheço bem a Junta de Freguesia de Seia.
O seu orçamento é pequeno, mas gerido com rigor e virado essêncialmente em prol das populações, pondo de parte qualquer obra megalomana ou fazer aquilo que não lhe compete.
A freguesia de Seia sabe muitíssimo bem que a Câmara não é o Governo da Junta.
A freguesia de Seia cumpre a Lei em vigor e é com ela que faz o diálogo institucional com a outra Autarquia.
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