sábado, 28 de fevereiro de 2009

Já começou o Seia Jazz & Blues

Já começou o “Seia Jazz & Blues”. Toda a informação, dia-a-dia em.
www.seiajazzeblues.blogspot.com



Budda Power Trio, os blues no seu melhor, pela banda que veio de Braga.


Fotos: João Carlos Botelho (Visor)

www.seiajazzeblues.blogspot.com

Hoje à noite sobe ao palco do Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, Sherman Robertson, que vem de Inglaterra a Portugal para um concerto único em Seia.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Discurso na Assembleia Municipal de Seia em 26 de Fevereiro de 2009

Julgo que a Assembleia, além de ser o órgão fiscalizador da actividade da Câmara e que aprova os documentos fundamentais, deve ser uma espécie de Think Thank , ou seja um catalisador de ideias relacionadas com o desenvolvimento do concelho.

É certo que vêm aí eleições no final do ano. Um mandato estará a terminar, mas os membros da Assembleia Municipal de Seia devem exercer o seu papel até ao último dia como se fosse o 1º dia.
Exigência e rigor é o que se pede hoje e cada vez mais no exercício da actividade autárquica.
Exigência para novos investimentos, mas exigência também na administração. Na forma de lidar com a burocracia, facilitando o acesso dos cidadãos aos serviços de modo a resolver melhor os seus problemas.

A par da exigência e do rigor, surge também a criatividade e a inovação, - daí a urgência de se procurarem novas soluções a cada dia que passa.

Daí a necessidade da criação de novas oportunidades efectivas, geradoras de riqueza, capazes de proporcionar emprego aos cidadãos.

O mundo está cada vez mais desigual e em Seia não fugimos à regra. Nunca como agora foi tão urgente pensar novas formas de ocupar as pessoas e terem os seus rendimentos.

Porque fecham todos os dias fábricas por todo o lado, assustamo-nos e procuramos reagir, sem esmorecer. E se o trabalho tradicional de laboração de fábricas está em crise, então pensemos em novas formas de trabalho. Em ideias que vão de encontro a novas necessidades, sem deixar de ter os pés bem assentes na terra.

É preciso olhar cada vez mais para as novas Tecnologias e para o empreendedorismo efectivo, como a Câmara está a fazer e que importa ancorar.

É preciso olhar para o ensino e ver de que forma se pode criar mais riqueza para a comunidade local, - lançando por exemplo novos projectos de ensino artístico como tem feito o conservatório de música.

Nas escolas, os professores poderão dedicar-se cada vez mais à “educação criativa”, já que vamos ter modernos Centros Escolares onde os alunos podem dispor de recursos tecnológicos e desenvolver ideias e talentos fora do programa curricular.

As “indústrias criativas” trazem mais conhecimento, mais emprego e mais riqueza como demonstram os resultados no Reino Unidos onde este sector já representa 8 por cento do Produto Interno Bruto.

As indústrias criativas estão na moda, mas há modas que bem exploradas, bem pensadas e bem implementadas dão resultado. Seia já tem hoje um conjunto de empresas dedicadas ao design criativo e à culturapode desenvolver novas frentes neste domínio.
Riscus
L design
Ideias soberbas
Imagem Multimédia
Hoc net – Alojamento e registo de domínios
Museu do Pão
Estúdios fotográficos,…
É preciso igualmente olhar para o terceiro sector, - que é o da área social e incrementar novos projectos para problemas sociais emergentes, dar emprego a recém licenciados, melhorando simultaneamente a vida das pessoas. E não podemos pensar apenas em Lar de idosos, no verdadeiro sentido do termo. Há muito mais caminho a desbravar. Há gente com muita dificuldade. Muita marginalidade e por isso, muito trabalho para fazer e o que falta não é só acção exclusiva do município. A iniciativa privada pode e deve intervir. Já há exemplos bem sucedidos.
O turismo também é outra área privilegiada como todos sabemos, e daquilo que tenho estado a dizer não é nada de novo, como não é surpresa dizer que o turismo é talvez a área mais promissora nesta região da serra da Estrela. É preciso estimular potenciais investidores para a construção de novas unidades hoteleiras. O investimento recentemente anunciado do empreendimento turístico “Estrela Golf Resort” deverá ser uma mola impulsionadora para novos projectos, juntando-se ao novo hotel da senhora do espinheiro e a outros projectos em marcha.

O Triangulo Paranhos – Seia – Sabugueiro - Torre e Alvoco – Loriga é inevitavelmente o eixo que terá de sustentar a nossa orientação estratégica em matéria de desenvolvimento turístico.
A aposta nos produtos gourmet tem de ser acentuada e valorizada – girando em torno do queijo da serra, requeijão, vinho, doces, ervas aromáticas, mel, enchidos, etc. assim como o nosso património histórico e arquitectónico, com enfoque no religioso deverá ser mais explorado e valorizado.

Há uma crise generalizada, mas continua a haver gente com muito dinheiro, que procura produtos e serviços de Excelência. É preciso procurar nichos de mercado em tempo de crise.
E não nos deverá chocar o sentido repetitivo das palavras e a insistência no discurso, porque é por aqui que temos de ir, lembrando a cada momento e insistindo a cada instante, estimulando-nos uns aos outros para acompanharmos os desafios que se nos colocam e termos sempre espírito de iniciativa, porque parar é morrer. Para ver se escapamos à onda que parece querer varrer-nos e que nos entra todos os dias pela televisão.

Não nos devemos importar com chuva de ideias, nem com o eventual ridículo de as expor, porque da discussão nasce a luz e o brainstorming sendo feito de forma saudável, não consta que alguma vez tenha feito mal a alguém.

Também não nos devemos deixar ir na ideia de que é a autarquia que tem de fazer tudo.
É certo que às Câmara se pede cada vez mais que ajudem a fazer, que abram portas, simplifiquem burocracias e agilizem processos. E não basta criar Gabinetes de Apoio ao Investimento. É preciso criar uma rede de agentes de desenvolvimento que vão ao terreno, junto de potenciais agentes empreendedores para estimular e junto dos centros de decisão para facilitar o acesso aos mais variados instrumentos financeiros que se colocam à disposição.
É preciso perder tempo com quem pode e deve investir.
Meus senhores e minhas senhoras
A pouco mais de meio ano de terminarmos a nosso mandato enquanto membros da Assembleia Municipal de Seia, devemos reflectir sobre tudo o que andámos a fazer ou não fizemos na nossa missão enquanto autarcas, e procurar fazer-fazer no tempo que ainda resta para sermos merecedores do voto dos eleitores que nos elegeram e em nós confiaram.

Porque, em meu entender a Câmara tem feito bem o seu papel, cabendo agora perguntar se a Assembleia também tem estado à altura da sua responsabilidade.


Mário Jorge Branquinho

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

VIAGEM NAS OUTRAS TERRAS

Ir para fora, sem sair do concelho de Seia

Fui às memórias remexer um texto que fala de uma viagem no concelho de Seia. Do pequeno livro "O Mundo dos apartes", que publiquei em Maio 2002:


Dedico este texto às povoações da encosta de lá da serra, entre Loriga, Alvoco, Vide e por aí fora, dentro do concelho de Seia.
São terras que têm muito para oferecer, através das paisagens de encanto e dos recantos na natureza.
Por exemplo, aos Domingos há passeios que podem fazer-se a partir de Seia, constituindo autênticas viagens a mundos fantásticos.
Sair de Seia, passar por São Romão,
Ponte Jugais (central Hidroeléctrica),
Lapa dos Dinheiros,
Valezim - Santuário da Senhora da Saúde,
Sazes da Beira, (Santuário da Santa Eufêmia)
Zona dos antigos viveiros de árvores, na Portela do Arão,
Centro da vila de Loriga, (Santuário da Senhora da Guia e Miradouro de Loriga),
Povoado de Alvoco da Serra, (Casa da Fonte, da Ribeira e Cabalhanas)
Vasco Esteves, Outeiro da Vinha, Aguincho,
Teixeira de Baixo (Viveiro de Trutas), Teixeira de Cima,
Vide e as suas 28 anexas, das quais se destacam:
Muro, Casal do Rei, Cide, Gondufo, Barriosa,
Balocas, Baloquinhas, Malhada Cide, Silvadal, Rodeado, entre outras.
A seguir a viagem pode levar-nos a Sandomil, via vale do Alva, onde se disfruta o ambiente saudável da praia fluvial, com a sua ponte romana, subindo depois pela estrada até Torroselo, (Monumento à Criança) chegando de novo á cidade via Santiago.
Uma volta alegre de Seia até Seia que merece ser dada, cumprindo o slogan de forma caseira do


“VÁ PARA FORA CÁ DENTRO

Pelo caminho vê-se muita paisagem deslumbrante, pessoas simpáticas, cafés atractivos e pormenores de rara beleza. Ar puro, águas cristalinas e várias pontes a deixar passar para outros lados de aventura, encontrando-se alguns (poucos) sítios para almoçar. Restaurante Império em Loriga, “Abrigo da Montanha” no alto das Pedras Lavradas, Centro dos Amigos da Teixeira, restaurante antes de Vide, ou mais adiante no restaurante da ponte das 3 entradas, e restaurante Mir Alva em Torroselo.
Pelo caminho pode também provar-se a aguardente de medronhos, uma colher de mel, (já que abundam as colmeias nas encostas floridas, um queijinho de cabra ou outras delícias da serra. Os pic-nic’s também são recomendados!
Na Segunda viagem por estas terras pode fazer-se em sentido inverso e eventualmente penetrar-se no concelho de Oliveira do Hospital, subindo por Aldeia das Dez, Senhor das Almas, Culcurinho, Piodão, voltando á Vide e seguindo.
Vale a pena percorrer esta zona da serra, à descobertas da natureza.

Por mim e por agora, vou ali,... já venho!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tribunal leva recheio da Junta de Freguesia de Torroselo

No jornalismo diz-se às vezes por brincadeira – “é preciso dar todas as notícias, mesmo as más”. Neste caso, é uma daquelas que surgiu aos olhos de alguns com incredulidade e aos de muitos outros sem surpresa. É que o Tribunal de Seia apreendeu “todos os bens” que se encontravam no interior da sede da Junta de Freguesia de Torroselo, incluindo o mobiliário e os computadores.
Ao que se sabe e as televisões e a própria agência Lusa deram eco a este insólito “as dívidas à empresa que construiu a cobertura do Pavilhão (casa do povo) e que deu origem à decisão judicial de levar o mobiliário da autarquia, não constam do relatório e contas apresentados pela Junta de Freguesia e aprovados na Assembleia de Freguesia, apenas com o voto contra da CDU”.
Alexandre Cunha, eleito da CDU na Assembleia de Freguesia de Torroselo disse à Lusa que “as pessoas que assistiram a tudo contam que a única coisa que lá ficou foram uns papéis no chão”.
Ainda segundo a imprensa, Joaquim Pimentel estará para o Brasil aguardando-se por isso o seu regresso para eventuais esclarecimentos.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Cinema português na Casa da Cultura

Como já vem sendo habitual há vários anos, o cinema português marca presença com o público de Seia na segunda e terça-feira de Carnaval, no cineteatro da Casa Municipal da Cultura.
Segunda-feira, 23 de Fevereiro – “A Arte de Roubar” de Leonel Vieira, com Ivo Canelas, Enrique Arce, Nicolau Breyner, Soraia Chaves.

Terça-feira, 24 de Fevereiro – “Entre os dedos” de Tiago Guedes e Frederico Serra, com Filipe Duarte, Luís Filipe Rocha, Gonçalo Waddington.

Mais informações em www.casadaculturadeseia.com
Nota: esta é a noite dos óscar's em Hollywood...

O Marnoto veio à serra

O Marnoto veio à serra. Trouxe os Sais da Casa do Sal da Figueira da Foz e o Arroz dos Campos do Rio Mondego, Maiorca. Zé João veio a Seia ao "Mercado da Vila" que decorreu no Largo da Câmara, integrado na programação da Feira do Queijo.
Aqui na foto, tirada por Eduardo Galguinho, vêmo-lo acompanhado por Teresa Ruas que ajudou a vender os produtos.
Correu bem a Feira e bem pode repetir-se pelo menos uma vez por mês. O largo da Câmara tem potencialidades que podem (e devem) ser aproveitadas.

http://agricabaz.blogspot.com/

Do Brasil à procura de parentes no concelho de Seia

São mensagens como esta que nos deixam felizes ao manter o blogue Seiaportugal. A viver no Brasil, José Alves procurava parentes no concelho de Seia e através de nós parece encontá-las.
Olá Mario, confesso a você que fiquei muito feliz com a possibilidade de ter encontrado parentes de minha avó aí em Seia. Agora estou aguardando ansioso pela resposta dos e-mail que enviei ao senhor Jorge Branquinho, que no seu comentário diz ser a esposa dele sobrinha neta de minha avó Nazaré dos Santos. Um forte e fraterno abraço. José Alves Canoas – Rio Grande do Sul – Brasil .

Freguesia de Vide

Viagem pelas freguesias do concelho de Seia
É a mais distante freguesia da sede do concelho: Vide, terra de Almeida Santos, esconde-se nos montes altos e escarpados, como de resto quase todas as suas mais de 20 anexas. Aqui, vive-se o isolamento, sente-se mais a interioridade e a algumas dessas anexas só se chega ainda hoje por caminhos ínvios e escabrosos, carreiros a pique, através dos pinhais.

O terreno é de grande fertilidade, embora agora já poucos cultivem. Abunda nesta região, disperso pelas encostas, o medronheiro, de que se extrai uma aguardente fina e muito apreciada.
Grande afronta para esta freguesia foram os focos de incêndio que assolaram as florestas que tão ricas em madeiras e resinas eram.
Historicamente, desta freguesia poder-se-á dizer que o povoamento não só é anterior ao séc. XII como mesmo pré-romano como o parecem confirmar os vestígios arqueológicos da região. A construção da Igreja Matriz, por exemplo, data do
século XVI ou XVII e foi renovada no séc. XVIII.

Como é natural em terras de trabalho duro e de rendimentos financeiros difíceis, a população desta freguesia sogreu muito com a emigração e outros movimentos migratórios sobretudo para os grandes centros.

O Presidente de Junta é João Dias, que tem procurado ao longo dos anos dinamizar a freguesia, travando uma luta difícil contra a desertificação.
No campo social regista-se a actividade da Casa do Povo de Vide – Centro de Dia e da Associação D. Guiomar Almeida Santos – Lar de Idosos.
Anexada à Vide, existe uma interessante aldeia, Casal do Rei, onde o tempo parece ter parado, conservando toda a beleza e as construções habitacionais de outros tempos.

Local de visita obrigatória é o Restaurante Guarda Rios, na Barriosa.


Compõem a Freguesia cerca de 23 anexas:
Abitureira
Baiol
Balocas
Baloquinhas
Barriosa
Borracheiras
Carvalhinho
Casal do Rei
Casas Figueiras
Cide
Coucedeira
Frádigas
Gondufo
Levadas
Malhada
Monteiros
Muro
Obra
Quinta da Ribeira
Ribeira de Balocas
Rodeado
Silvadal
Vide

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Limpa neve no centro de Seia

Foto de Carlos Calado - Estúdio Varius
Uma imagem que vale por mil palavras. Do fotografo profissional Carlos Calado. Seia.
Sem mais.

Milhares na serra e em Seia também


Este fim-de-semana de carnaval está prevista uma afluência de 200 mil pessoas à serra da Estrela, segundo a edição do jornal Público desta sexta- feira. No texto, dá-se grande destaque às potencialidades do sistema montanhoso, inserindo-se inclusivamente imagens de rara beleza – a zona da Torre com neve de 2 metros de altura e um sol radiante. Na mesma peça também se diz que a serra no seu esplendor também significa problemas acrescidos, uma vez que o turismo em grandes quantidades tem os seus constrangimentos. Apontam-se soluções, que passam pela restrição dos acessos em massa ao maciço, dão-se palpites e mais palpites, alguns já com mais de 20 ou trinta anos e constata-se que é todos os anos a mesma cantiga.


Que a Turistrela é um embuste que põe e dispõe, que isto e que aquilo, etc, etc. Que a serra é um gigante adormecido, que o sal faz mal à saúde e aos lençóis freáticos, que as pistas funcionam mal, que quando não há neve não se pode esquiar e quando cai um pouco fecham a estrada, que os Costa Pais são os donos da serra, que ganham rios de dinheiro com as rendas, blá, blá-blá, e por aí fora.



Muita coisa tem melhorado no turismo mas muito há a mudar. Muito equipamento qualificado tem sido construído. Ainda agora se anuncia um campo de golfe para Seia. Disto falarei um dia destes.



No entanto, nestas alturas há neve e sol, há feiras de queijo pelos concelhos da região, há carnaval, há dinheiro - apesar da crise – e tudo vai rolando, apesar de tudo.



Em Seia a Feira do queijo voltou a ser um sucesso com muitos visitantes, produtores satisfeitos com as vendas, os passeantes provaram e gostaram do queijo, do pão e do vinho, o tempo ajudou, com um sol radiante, as crianças saíram à rua mascaradas, a animação foi de arromba pelas ruas, com pipocas, farturas e tudo. Até o Largo da Câmara esteve bem animado, com um mercado da vila que se revelou um sucesso, pelo número de pessoas que aderiram e pelas vendas feitas – legumes, coelhos, galinhas, sal, frutos, flores e afins.
As bandas tocaram todas em conjunto o hino de Seia, sob a batuta do Maestro Simões, que da varanda do município orientou os cerca de 240 músicos do concelho.
Foi bonita a festa pá, nesta cidade, porta da estrela.

Nota:
A feira não suscita, por natureza, o interesse dos editores de informação das televisões. Este ano, bastou vir o Paulo Portas para termos por cá os 3 canais televisivos. Era vê-los a acotovelar-se para obterem declarações e imagens do “Paulinho das Feiras” a distribuir beijinhos e abraços.
Noutros anos, a forma de os chamar é trazer Ministros, por isso e à falta deles, serviu mesmo o homem do CDS para ajudar à promoção da terra e da festa.



Nota 2: Na pesquisa que efectuei há instantes já há noticias por todo o lado sobre o Paulo na Feira do queijo. Mais ou menos assim: -


Paulo Portas anunciou este sábado que vai pedir audiências aos responsáveis pelas forças de segurança. O líder do CDS-PP pretende que sejam tomadas medidas “dissuasoras da criminalidade”.
Portas falava em Seia, onde este sábado se deslocou para uma visita à feira do Queijo da Serra da Estrela, organizada pela autarquia local.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

especulações e deambulações políticas

O assunto político de momento em Seia tem a ver com a curiosidade sobre o putativo candidato do PSD à Câmara de Seia. Já se falaram em vários nomes, já deixaram de se falar de outros, supõem-se estratégias e ausências delas, coligações, especulações e tudo terminado em ões e outras suposições.
Da minha parte, não meto a foice em ceara alheia e pronto não acrescento mais nada ao chorrilho de comentários e cenários.
Outro assunto da agenda política gira em torno do candidato do PS à Câmara e do inicio da sua pré-campanha, visitando instituições e procurando inteirar-se dos problemas. Aqui o que se especula são os nomes que poderão vir a fazer parte da equipa. Mas disso o tempo curto que aí vem dirá, desvendando mistérios.
Do PCP também ainda não há fumo branco e do CDS, idem, idem.
Por tudo isto e muito mais, o mês de Março promete ser agitado, com novidades de peso.
Enquanto isso, temos este Sábado a Feira do queijo que é sempre propícia a deambulações e movimentações políticas. Para ver quem fala com quem, e por aí fora a ver onde param as modas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Em Março e Abril Música, teatro e cinema na Casa Municipal da Cultura

Já aí está a programação dos meses de Março e Abril da Casa Municipal da Cultura de Seia. Em Março o destaque vai para a continuação do “Seia Jazz & Blues”, www.seiajazzeblues.blogspot.com subindo ao palco Paula Oliveira no dia 6 e Bob Sands e a sua Big Band dia 7.
No dia 27 é assinalado o Dia Mundial do Teatro com “Aparências”, pelo Teatro Mínimo. O texto da peça é do reconhecido autor e actor belga Knarf Van Pellecom; a encenação do actor e encenador português José Boavida e no elenco destacam-se Philippe Leroux, Oceana Basílio, Vera Fontes e Guilherme Barroso.
Antes porém, a 19 de Março, o teatro escolar sobe também ao palco. Trata-se do inicio do Motin – 2º Mostra de teatro infanto-juvenil inter-escolas do concelho de Seia, e que neste dia proporciona o espectáculo “Colares”, pelos alunos do 8º D da EB 2,3 Dr. Guilherme C. Carvalho – Seia.
Dia 28 decorrerá um Sarau Cultural com a participação de grupos do concelho de Seia, uma iniciativa integrada nas comemorações dos 75 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia.
No foyer do Cineteatro estará patente durante todo o mês uma Exposição de Fotografia Urbana do Concurso do INATEL da Guarda.
Em virtude de haver vários concertos e espectáculos à sexta-feira e Sábado, algumas sessões de cinema decorrerão também à segunda-feira para compensar. Os filmes seleccionados para serem exibidos são os seguintes: “Frost Nixon”, dias 1 e 2 – Domingo e segunda-feira; “O Estranho Caso de Benjamin Button”, dias 8 e 9 – Domingo e segunda-feira; “Austrália”, dias 13, 14 e 15; “Bolt” - sessão infantil, dias 14 e 15; “Transporter - Correio de Risco 3” dias 20, 21 e 22; “Contrato” dia 23 (segunda-feira); dia 26 (quinta-feira) sessão especial “A Turma” e “Valquíria” dias 29 e 30 (Domingo e segunda-feira).
Em Abril nos dias 3, 4 e 5 será exibido o filme “Milk”; neste fim-de-semana haverá também sessão infantil - “A Lenda de Despereaux”; dias 10, 11 e 12 – “A Troca”; 17 e 19 – “Resistentes”; dias 26 e 27 – “A Duquesa” e dia 30 – sessão especial de quinta-feira – Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, um marco na história do Cinema, que faz agora 15 anos.
Neste mês de Abril decorre o Festival de Stand Up Comedy e Artes do Palco, que proporciona no dia 18 dois espectáculos na mesma noite “Vento Leste” com Natasha Marjanovic e “Super - mulher”, com Ana Brito e Cunha. Neste mesmo dia o grupo Orcillon da Galiza proporciona animação de Rua.Dia 22 decorrerá um Workshop de Riso, pela Escola de Riso de Coimbra.
Dia 25 de Abril será a vez de António Feio e José Pedro Gomes com a “Verdadeira Treta”.Entretanto o município tem também previstas as comemorações do 25 de Abril que contemplam um recital de poesia “Do Neo-Realismo ao 25 de Abril”, Com José Fanha – Poeta, António Palma – Pianista, José Jorge Letria – Poeta.
Neste mês o foyer do cineteatro terá uma exposição de fotografia “Da Serra e do Mar”, de Carlos Marques e o teatro escolar prossegue no Motin, com a peça “Quando o mundo é às cores”, pelos alunos da Turma - 11º I do Curso Profissional de Apoio Técnico Psicossocial da Escola Secundária de Seia Direcção: Prof.a Isabel

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pina Moura e Pina Prata, primos lá fora a fazer pela vida

Dois factos revelantes ocorreram por estes dias com dois primos naturais de Loriga, concelho de Seia e que são figuras proeminentes, uma mais do que a outra...
Trata-se de Pina Moura e Pina Prata. O primeiro, que como se sabe foi Ministro das Finanças e da Economia no tempo de Guterres e é actualmente Presidente da Assembleia Municipal de Seia, anunciou a sua saída da administração da TVI, alegadamente para se dedicar mais à Iberdrola. Uma decisão que ocorre a poucas semanas da TVI abrir um canal de notícias no cabo.
O segundo, Pina Prata, terá enviado uma carta a Manuela Ferreira Leite a suspender a sua militância no PSD. Ao que parece, Prata, que já foi Vice-Presidente da Câmara de Coimbra, agora passa o tempo no confronto com tudo e todos, no executivo conimbricense. O Homem da “Habijovem” e “Conclusão” que lançou há pouco tempo um movimento de cidadania na cidade dos doutores, poderá querer avançar como independente à Câmara de Coimbra. O seu nome ainda terá sido apontado como possível candidato à Câmara de Seia, tendo inclusivamente constado de uma sondagem encomendada pelo PSD, mas o resultado não terá sido entusiasmante.
Enfim, notícias de dois primos de Seia, que andam lá fora a fazer pela vida.

Nota: Pina Moura deverá estar em Seia, se não for antes, no dia 26 de Fevereiro para conduzir os trabalhos da Assembleia Municipal, que deverá decorrer durante a tarde.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"As calcinhas amarelas", com Tozé Martinho


“As Calcinhas Amarelas”, comédia em dois actos, encenada por Fernando Mora Ramos e interpretada por Tózé Martinho, Luís Zagalo, Alina Vaz, Florbela Menezes, Inês Simões, Rita Simões e Daniel Garcia, vai subir ao palco da Casa Municipal da Cultura de Seia no próximo Domingo, dia 22 de Fevereiro a partir das 16:30 horas.Trata-se de um espectáculo para rir do princípio ao fim. “Afonso tem uma amante. O seu sócio Alves tenta conquistá-la e avança mais nos seus propósitos, quando se julga que Afonso morreu, traído por uma paragem de digestão. A mulher de Afonso, Leopoldina, com o intuito de assegurar o enterro ao marido, vai a casa da Amante e é aí que descobre factos surpreendentes, até para o público”. Os bilhetes já se encontram à venda na Casa Municipal da Cultura e porque se trata de uma organização directa da TZM, o bilhete terá preço único, sem descontos dos Cartões Municipais.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Como se a serra fosse poesia

Estas são fotos recentíssimas, que me foram enviadas pelo Victor Roque que é professor da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia. E eu não resisti a publicá-las, pedindo primeiro autorização, claro.
Por baixo delas coloco o texto que escrevi fruto da inspiração.










Como se a serra fosse poesia, brilhava-lhe lá na lonjura, o grande significado dos múltiplos códigos em forma de paisagens abstractas. Ele era neve, ele eram raios de sol e tudo o mais que a terra deixava brotar e o olhar alcançar, sem perder de vista o caminho que levava ao cume. E foi por aí a cima, que uma brisa intempestiva levou, o murmurar das águas cristalinas, o silêncio das urzes e o aroma dos rastos de lebres fugidias. E verdes campos de servum a estender-se, como tapetes que flutuam, com narcisos a acenar e campânulas a abrir, sempre a sorrir na serra que se estende ao sol em lonjuras de branco.
Branca como só a neve sabe ser, lá no ponto mais alto, ao pé da morada dos deuses.

Crónica de Seia - Se e só se; obviamente evidente!

Crónica de Seia no Jornal Terras da Beira / Guarda - 12/02/2009
Mário Jorge Branquinho
“A política depende das nossas habilidades de persuadir uns aos outros”, disse recentemente Barak Obama. Parece uma verdade de “La Palice” mas, como em quase toda a linha política discursiva do novo Presidente dos EUA, é de discursos simples e verdades incontornáveis que as mensagens devem ser dirigidas.
Persuadir os outros em política é levá-los a efectuar mudanças, a executar medidas, a tomar atitudes. E isso é o mais elementar na prática política. Para fazer obra, porque governar é resolver os problemas às pessoas. Mudar o rumo dos acontecimentos.
Vem tudo isto a propósito do que eu julgo ser cada vez mais necessário para o Distrito da Guarda – habilidade para persuadir os outros. Por um lado para persuadir os do governo de Lisboa para se efectuar obra, investimento público na Guarda e persuadir os cidadãos em geral a investir, a empreender. E o acto de persuasão tanto se pratica na via diplomática como na “diplomacia do corredor”.
Dito isto assim, desta maneira, também nos soa a “dejá vu”. Ou seja, isto é o que andamos todos a dizer há não sei quanto tempo. Pois, mas o que é facto é que tudo continua a tardar e não há meios de se dar a volta. O caso mais flagrante é o da construção do Hospital da Guarda, que passaram mais 3 anos e praticamente um mandato e só agora no final é que nos anunciam uma parte da obra. Lastimável, tenha a culpa quem tiver, independentemente da cor política, porque a saúde está primeiro.
A verdade é só uma - como diz o povo - as populações não viram resolvida nestes anos uma melhoria reclamada e justa no domínio da saúde.
Na questão do investimento em geral, registam-se também poucos avanços, embora aqui se possa desculpar com o panorama de crise generalizada que atravessamos.
Seja como for, há outra verdade por demais evidente no panorama da nossa comunidade distrital, e que é a de vermos os políticos enveredarem por algum conformismo aparelhístico, e obediência partidária que não se dá com as dinâmicas de desenvolvimento. E não falo só dos partidos que governam, mas também dos que fazem oposição, que raramente cumprem o seu papel de persuasão. De fazer-fazer e evidentemente tirar daí dividendos políticos, porque a política, como é evidente, também é a arte de conquistar e manter o poder.
Evidentemente que tudo isto é corrente e não acrescenta qualquer novidade à perspectiva de desenvolvimento, mas fica cada vez mais claro que só se chega a outros patamares se se fizer o que é básico. Se se cumprir o essencial e se se persuadir quem tem poder, para se ver obra. Se assim não for, não nos podemos queixar, nem vir com desculpas primárias. Nem vir dizer como La Palice nas suas canções militares – “Se ele não estivesse morto, faria inveja”. Se e só se; obviamente evidente!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sábado de Carnaval, festa do povo na Feira do Queijo

Em Seia decorre a tradicional Feira do queijo, a 21 de Fevereiro, que é precisamente no Sábado de Carnaval. Este ano a festa é todo o dia e anunciam-se várias novidades. Nas Mostras de produtos, verifica-se um incremento maior no lado dos artesãos e dos apicultores, que vêm nestes sectores formas de subsistência. Todavia, verifica-se uma tendência de diminuição de pastores a produzir queijo e um aumento daqueles que vendem o leite para as fábricas. Depois constata-se que o concelho de Seia é mesmo uma potência a nível nacional na produção de queijo industrial para vender para o país. Por isso também, a cidade de Seia é conhecida no país como a terra do queijo, para além da terra do pão, fruto do museu do pão e do Pão do Sabugueiro. Além disso há o vinho, outra potência do concelho, registando-se as quintas de Saes e Pellada, o Escudial, a Quinta da Bica e mesmo ao lado a Passarela e outras mais.
Há também os criadores de cães serra da Estrela, cada vez mais apostados no apuramento da raça e na valorização deste fiel guardador de rebanhos.Em termos de animação, 6 bandas filarmónicas do concelho dão o seu contributo, assim como 5 ranchos folclóricos, repartidos pelo dia todo. Juntam-se ainda à festa os Pauliteiros de Miranda, um grupo de pandereteiras da Galiza e um Grupo denominado de “Andas na Música” de Braga. As crianças das escolas da cidade e arredores também se juntam à festa, num cortejo carnavalesco, perfumando a cidade com um cheirinho a “forró”.
Os pontos fortes de concentração serão as imediações do mercado Municipal e o Largo da Câmara, decorrendo neste último o denominado “Mercado da Vila”, que é uma tentativa de representação daquilo que era o mercado da vila de Seia há meio século atrás.
Será um dia em grande, onde não faltarão os jogos tradicionais, um concurso de doces impulsionado pela Escola Profissional da Serra da Estrela e as provas de queijo, pão e vinho, numa festa que é do povo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Vida difícil de pastor

Correio da Manhã 6/02/2009
Luis Oliveira
"Estou a ficar sem forças e o queijo está cada vez menos rentável. Por isso, o mais provável é acabar com a produção", o desabafo do pastor António Simão espelha o sentimento dominante entre os produtores do queijo Serra da Estrela, uma actividade com o futuro cada vez mais em risco devido à falta de apoios, de mão-de-obra – sobretudo de pastores – e ao constante aumento dos custos de fabrico.

António Simão, de 48 anos, e Maria Odete, de 45, proprietários de uma queijaria tradicional em São Romão, Seia, são dos poucos na região que acompanham todo o processo de produção de queijo – desde o pastoreio das 400 ovelhas bordaleiras até à venda no domicílio.

Levantam-se diariamente às 06h00 para fazer a primeira ordenha, "quer chova ou caia neve". Depois, enquanto António – auxiliado pelo Leão e a Farrusca (dois cães da Serra da Estrela) – guia e vigia o rebanho pelos pastos, Maria fica no rés-do-chão de casa a fazer queijo com o leite recolhido de madrugada. Quarenta litros dão para seis/sete queijos.

A meio da tarde, António regressa com o rebanho e, após um descanso de três horas, os animais são sujeitos à segunda ordenha do dia. A seguir ao jantar, Maria desce de novo à sala de produção e faz mais sete queijos. "Há quatro anos fazia 30 por dia, agora só faço metade", lamenta Maria Odete, também ela cansada de uma tarefa "saturante" que impede o casal de conhecer o "outro mundo" para lá das encostas da Serra da Estrela.

"Há 23 anos que não fazemos outra coisa. Não podemos sair daqui, nem para visitar a nossa filha em Lisboa. No mês passado, o meu marido esteve três dias internado no hospital e foi um cabo dos trabalhos", refere a queijeira, que entrou no sector depois da fábrica têxtil onde trabalhava ter falido.

Esta é a forma de vida das pessoas que conseguem manter viva uma tradição milenar, mas que tem o futuro comprometido, como explica António Simão. "Os custos de produção – ração, gasóleo, energia e impostos – são cada vez mais elevados e o preço do queijo, ao contrário, está a baixar. Hoje vendemos o quilo a 12,50 euros – há cinco anos era a 18 – por causa de alguns produtores que não conseguiam vender o queijo de menor qualidade. Nós, que produzimos queijo certificado, tivemos que acompanhar a descida", conclui António Simão.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Exposição de José Santos no Museu Grão Vasco, em Viseu




No próximo dia 14 de Fevereiro será inaugurada no Museu Grão Vasco em Viseu a Exposição de Fotografia de José Santos. A referida exposição, que estará patente naquele espaço até 21 de Março, pode ser visitada às terças-feiras das 14 às 17:30 horas e das quartas-feiras aos Domingos das 10 às 17:30 horas.



As fotografias de José Santos, que me parece ser um excepcional representante da actual “light painting”, caracterizam-se pelo elevado nível de utilização da cor, muitas vezes apresentada como corpo dinâmico, sugerindo ritmos, movimento, realçando os valores da cor e a interacção entre cores em composições abstractas de grande dinamismo e equilíbrio cromático. “Abstractas” no sentido em que valem por si próprias ao dispensarem qualquer sentido ou carga narrativa, mas com o poder de inspirar emoções, invocar memórias, induzir viagens imaginárias, fomentar o sonho – provando uma vez mais que são inúmeras as possibilidades de apreensão e exploração estética do real.

Sérgio Reis, no seu blogue fala detalhadamente da obra e do autor do concelho de Seia.
http://www.artes-vivas.blogspot.com/

... Nem o tempo ajuda

Se eu não escrevo é porque não escrevo, se escrevo, alto lá que há mouro na costa ou coisa assim. Mas, assim, como assim, sempre nos vamos encontrando, aqui neste canto de escrita, ao correr da leitura, a assomar as palavras que brotam daquilo que se vê e se sente, como que a entreter as palavras à espera de melhores dias.

Porque chove e anda tudo melancólico, porque neva e há muito frio e porque sim e assado e o tempo não ajuda nada, já não basta a crise, o desemprego e as taxas de juro e o raio que parta tudo, que parece que vai acabar o mundo. Mas não há-de se nada e se for que seja uma réstia de esperança como aquela que temos quando vamos jogar no jogo dos milhões.

Uma coisa que nos intriga a todos, são as más notícias que nos entram todos os dias em casa pela televisão que teimosamente permanece ligada, como fado indispensável e corriqueiro, sem termos meios ou vontade de nos desembaraçar de tamanha rotina. Sem grande força e vontade de nos livrarmos da má sina de viver num tempo que, se houver vida daqui por cem anos, os historiadores vão dar muito ênfase.

Já não basta as notícias de gente que a gente conhece, que teve uma dor forte, uma doença prolongada e por aí fora até à morte, vendo partir um, dois, três e tantos, e tão novos, sem que se ponha termo ao flagelo ou às coisas más que comemos, ou ao mal que fazemos ao ar que respiramos, à poluição que produzimos, enfim, tanta inquietação, tanta treta que temos a entulhar a consciência. Já nem na água que bebemos acreditamos, porque vem amarela e sabe não sei a quê!

Já é tempo do tempo melhorar e procurarmos refúgio no convívio que falta, nos afectos que escasseiam e na doce virtude de empreender novos rumos, para um mundo melhor, para uma vida mais feliz, porque o que se ouve é que as pessoas quanto mais têm, mais infelizes se tornam. Dantes, noutros tempos, até descalços andavam e andávamos, na alegria de viver, a correr para um lado qualquer, que se sabia melhor do que aquele de onde se partia.

Não sei se o tempo vai melhorar, se o mundo vai mudar e se a televisão passa a dar boas notícias, mas uma certeza me assola, - vamos ter de acordar da letargia de não querermos incomodar e sair, na compreensão dos dias e na ilusão dos factos até chegarmos a outro sítio qualquer. Já não há canalizador que valha ao sistema nervoso que só quer xanax e dormecuns, assim como não há pedreiro que levante a moral de quem não tem fibra de betão ou carpinteiro que faça a cruz que carregamos desde que o tempo teima em ser cinzento e deprimente. Realmente.

Em Seia, como noutro lado qualquer, do que precisamos é de cativar, de criar laços e desfazer nós que se sabe atados por coisa nenhuma, a ver se nos entendemos e saímos a apanhar ar, mesmo que o tempo não melhore assim tão depressa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Construção do quartel dos bombeiros de Loriga está suspensa

A construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Loriga (BVL), no concelho de Seia, «está suspensa» desde meados de Dezembro, por falta de verbas, disse hoje à Lusa o presidente da direcção.
Segundo o dirigente António Conde, «na base da suspensão das obras está o enorme aumento dos custos da empreitada, resultantes da nova estrutura que foi necessário implementar por causa da geologia do terreno e de outros erros e omissões do projecto».
Adiantou que o projecto inicial estava orçado em 735 mil euros, mas o valor aumentou «para cerca de um milhão» e a associação necessita «de cerca de 400 mil euros» para concluir a obra.
António Conde referiu que a direcção está a dever cerca de 250 mil euros à empresa construtora, com quem acordou a suspensão dos trabalhos até que estejam reunidas verbas que permitam concluir a obra.
«O edifício encontra-se já numa fase muito adiantada de acabamentos, faltando no interior sobretudo a parte eléctrica, o aquecimento e a segunda camada de pinturas», contou.
«Estão também por realizar todos os arranjos exteriores, que incluem principalmente a construção da parada e os acessos às garagens», salientou o mesmo dirigente.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=371541

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Museu Etnográfico de Seia - Rancho Folclórico de Seia

A cidade de Seia tem desde o Verão passado, abertas as portas do Museu Etnográfico do Rancho Folclórico de Seia. A inauguração daquele moderno espaço ocorreu a 10 de Junho de 2008, dia do 28º aniversário da colectividade e agora está à disposição dos visitantes.
Ali podem ser apreciadas não apenas as danças e cantares, mas também e sobretudo muitos objectos que o Rancho tem procurado preservar. A recolha feita ao longo dos anos, juntamente com as doações de particulares, parece ter aflorado num riquíssimo espólio digno de ser visto.
Como os objectos devem ser vistos e entendidos num determinado contexto, é neste Museu o local privilegiado para viajar no tempo, entrando na cultura material de um povo que assim perpétua a sua identidade.
























O Museu Etnográfico de Seia, que é também sede do Rancho, fica na Rua da Caínha, mesmo a trás da Fonte das Quatro Bicas.

O desdobável diz que o horário das visitas é das 10 às 18 horas, de Terça-Feira a Domingo.

As marcações das visitas podem ser feitas, por enquanto pelos seguintes telefones: 238 082 732 ou 91 843 68 08

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Casa do Fundo adere ao Twitter

A Casa do Fundo-T.E.R. com a identidade @casadofundo no Twitter, adere oficialmente à primeira rede social. Esta iniciativa tem como objectivo principal estar mais perto dos clientes apaixonados pelo Turismo Rural bem como tudo aquilo que de bom está associado Tradições, Saberes e Sabores da região onde se encontra. Com uma localização primordial, Seia_Serra da Estrela, a Casa do Fundo procura estar mais perto das pessoas, para isso levará diáriamente informações de interesse turístico sobre a Serra da Estrela bem como as actividades e promoções da Casa do Fundo.
Este é mais um caso bem sucedido no concelho de Seia e que vive em permanente criatividade, proporcionando novidades sucessivas.

Parabéns Pedro Mamede.