sexta-feira, 27 de julho de 2012

Improváveis deambulações

Uma espécie de criativa

Hoje esteve um dia de sol, daqueles em que debaixo do manto diáfano de ténues nuvens intrometidas, se escondia um breve conceito de brisa morna, a modos de adornar a pressa e as preces, numa espécie de calmaria, sem azo a grandes desventuras ou desaforos.
Ou dito de outro modo – esteve um dia passado em brasas, sem direito a céu azul, mas com acesso a descontos emocionais, por via de um sol escondido amiúde debaixo das ténues nuvens a rolar sem pedir licença e sem vontade de falarmos.
Ou dito ainda de outro modo – hoje fez um tempo tonto, de modo a deixar zonzos e a deixar passar por baixo de nuvens intrometidas e de uma brisa morna que escalda a pressa e foi entornando o apetite para encarar certas veleidades.
Ou seja, o tempo esteve para o tempo, como o tempo esteve para nós, sem percebermos bem se afinal é o tempo que nos molda ou se a nossa moldura não assenta nessa réstia a que chamam tempo. Mas mesmo assim, na breve dúvida que assiste, neste emaranhado de sensibilidades atmosféricas, há contemplação que vai além das mornas brisas deambulantes nestas encostas despidas de afetos, a dar espaço e tempo, para ver o que acontece.
Podemos esperar sentados, com nuvens ou sem nuvens, com brisa de serra, no veraneio do tempo, ou rolando no colorido amarelado dos campos secos, encosta acima ou perdendo o norte.
Podemos até subir às árvores, tirar a temperatura ao vento, gritar ao mundo e voltar a descer, na frágil ilusão dos dias quentes de nuvens mornas, brisas doces e olhares langues.
Podemos acreditar nas previsões e enrolar na brisa que passa a nossa teimosa esperança, de que tudo comece a partir do zero do contentamento, a partir das nuvens e a partir do tempo que faz ou fez. Até podemos querer e crer que surja no meio ou no fim, a doce consolação de termos sido suficientemente lúcidos a tentar decifrar o emaranhado górdio desta improvável declaração de impasse. Até pode ser. Só não sei se adianta alguma coisa estar com este tipo de conversa numa altura destas!

“CINE’ECO TODO O ANO” leva documentários a freguesias de Seia



 
No âmbito do programa “Cine’Eco todo o ano”, a organização do Festival tem previsto para as próximas semanas, a exibição de vários documentários em diversas localidades do concelho de Seia, a pedido de coletividades e Juntas de Freguesia.

No dia 29 de Julho, o documentário “Na diáspora, os lusos na Argentina”, de Fernando Moura, que passou no Cine’Eco 2008, será exibido em Paranhos da Beira. Neste filme, o realizador, - que é filho de um emigrante português, que em 1962 saiu precisamente desta vila do concelho de Seia para a Argentina - mostra como é que os portugueses vivem na Argentina.
 
Os emigrantes portugueses na comunidade de Escobar, 48,4% são naturais do Distrito da Guarda, 37% dos quais nascidos no Concelho de Seia e a grande maioria de Paranhos da Beira. O primeiro emigrante de Paranhos da Beira, chegou a Escobar em 1929!
 
O realizador Fernando Moura é doutorado em Ciências da Linguagem e da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e licenciado em Ciências da Comunicação Social pela Universidade Nacional de Buenos Aires. A sua tese, com o título "Construção da identidade de uma comunidade imigrante portuguesa na Argentina (Escobar) e a comunicação social", incluiu a realização deste documentário, que concorreu ao Cine’Eco 2008, em Seia.
 
Para além deste documentário, o programa do “Cine’Eco todo o ano” deste Verão, conta ainda com o filme “Muito Além” de Mário Gomes, que recebeu o Prémio “Camacho Costa” no Cine’Eco 2011. A exibição será dia 3 de Agosto à noite, no Sabugueiro, ao ar livre.

Dia 4 de Agosto, o cinema ao ar livre será em São Romão, com a exibição do documentário “Lanificios.Doc” do realizador de Seia Luís Silva, que retrata o declínio da atividade têxtil na região da Serra da Estrela.

No dia 24 de Agosto, igualmente em São Romão e ao ar livre, será exibido o documentário “Sinfonia Imaterial” de Tiago Pereira, que constou da programação do Cine’Eco 2011 e que é um repositório de dizeres e cantares populares, numa recolha estritamente etnográfica.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Movimento MAIS "volta à estrada"

O MAIS - Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela voltou a pedir esta semana uma audiência ao Secretário de Estado das Obras Públicas.

A decisão surge depois de há uns meses atrás os Presidentes das Câmaras de Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital terem reunido com este responsável governamental, onde terá sido dada garantia de que aprioridade seria dada ao avanço do IC6, cujas obras se encontram paradas junto a Tábua. Este troço, que segue a antiga Estrada da Beira, serve os concelhos de Oliveira do Hospital, Seia e Gouveia.

Feito este compasso de espera e depois de ter sido feitaa reprogramação das verbas do QREN, o Movimento MAIS entende que “está na altura de voltar à estrada” e reivindicar, pelo menos o avanço deste Itinerário Complementar.

Recorde-se que o MAIS, é um movimento de cidadania, que se constituiu com personalidade jurídica e é impulsionado por um conjunto de personalidades de vários concelhos da região da serra da Estrela, entre eles Seia, Oliveira do Hospital, Gouveia, Nelas, Viseu, Covilhã e Carregal do Sal. Fez uma petição online com mais de 3 mil assinaturas no tempo do governo PS, a que se seguiu um abaixo-assinado com mais de 4 mil assinaturas. Possui um blogue, uma página no facebook com 5 mil aderentes e tem dialogado com responsáveis dos vários quadrantes políticos e realizado várias iniciativas como apoio das comunidades locais.

Noticia da agência LUSA, aqui:
 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Notícias de Seia

Vale o que vale, mas nos últimos dias Seia tem sido muito citada na imprensa, sobretudo na desportiva. Para quem tem alertas no Google da palavra SEIA, ultimamente tem sido “bombardeado” com notícias de Seia. Tudo isso devido ao estágio das equipas de Futebol de Paços de Ferreira e de Setubal, que embora sejam equipas de segundo plano, não deixam de ser da primeira divisão do campeonato nacional de futebol.
O mundo desportivo, por estes dias, fica a saber pormenores destas duas equipas a partir de Seia. Noticias como esta que acabo de receber do Jornal A BOLA:
“Devido a assuntos pessoais e devidamente autorizado pela SAD, José Pedro só hoje se juntou aos companheiros em Seia, onde se iniciou ontem o estágio de pré-temporada, que termina no próximo sábado.”
Obviamente que esta é a parte divertida da questão, mas no fundo, e falando a sério, é importante para Seia ter equipas a estagiar, por um lado porque tem equipamentos desportivos e hoteleiros e por outro, consegue, sem custos, fazer mais algum marketing territorial. Que é o que nos vai valendo, - promoção gratuita!
Seia precisa disto e de muito mais, pelo menos, nos próximos tempos. Fazer valer a sua afirmação no plano cultural e turístico de modo a que não tenha custos para o erário público, já que estamos em tempo de grande contenção.
O fenómeno da praia fluvial de Loriga e do Vale do Rossim, candidatas às 7 maravilhas das praias de Portugal é outro exemplo do marketing barato mas de grande expressão que está a ser feito.

domingo, 15 de julho de 2012

Plataforma das Artes e Criatividade em Guimarães


Abriu há poucos dias, (24 de Junho) e é para já considerada a obra mais emblemática da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 AQUI

O complexo integra o antigo Mercado Municipal e um novo edifício com 11 mil metros quadrados que alberga o Centro Internacional das Artes José de Guimarães


Imagem de obras expostas de José de Guimarães

A Plataforma das Artes tem também Ateliers Emergentes de apoio à criatividade com espaços de trabalho para jovens criadores e ainda Laboratórios Criativos destinados ao acolhimento e instalação de atividades relacionadas com indústrias criativas.
São espaços como este que qualificam as cidades e Guimarães está de parabéns, pela aposta na cultura como fator de desenvolvimento.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cine’Eco de Seia numa plataforma Internacional de festivais de Cinema de ambiente

O Cine’Eco de Seia, é um dos 10 Festivais em todo o mundo que compõem a plataforma digital de festivais Internacionais de Cinema de Ambiente, designada Greenfilm Network.

A Rede de Cinema Verde (GFN), para além do Cine’Eco, de Portugal, reúne o Cinemambiente de Turim (Itália); o Cinemaplaneta, de Cuernavaca (México), o Ecocup, de Moscovo (Rússia); FFEM, de Montreal (Quebec); FICA de Goiás (Brasil); FIFE, de Paris (França); Filmambiente, de Rio de Janeiro (Brasil); GFFIS, de Seul (Coreia) e Planet in Focus, de Toronto (Canadá).

O objetivo da rede é coordenar os eventos dos festivais associados, promover e distribuir filmes na cena internacional e incentivar iniciativas e projetos para fazer as pessoas parar e pensar sobre as condições do meio ambiente.

Por isso, a criação de uma ampla rede de festivais de ambiente abre uma grande oportunidade para compartilhar experiências cinematográficas que são muitas vezes muito variadas. Cada festival tem a sua própria personalidade, mas todos os festivais podem trabalhar em conjunto, permitindo a difusão de uma “cultura ambiental” através do cinema.

 O que se espera é que esta rede se torne cada vez mais um ponto fulcral para as instituições internacionais, diretores de cinema e produtores e que neste caso permite valorizar o Cine’Eco e afirmar Seia no contexto internacional.

O Cine’Eco 2012, organizado pelo município local, realiza-se em Seia de 6 a 13 de Outubro, estando a decorrer até 6 de Agosto as inscrições do concurso.




Jovem compositor de Seia Jaime Reis na Direção musical de performance em Serralves


O jovem compositor de Seia Jaime Reis assegurará a direção musical do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, na performance "Almada, um Nome de Guerra" e "Nós Não Estamos Algures", que terá lugar esta sexta feira, dia 6 de Julho, na Casa de Serralves, no Porto.

A performance, que decorre das 22 às 24 horas em sessão única, insere-se no programa de inauguração da exposição de Ernesto de Sousa, que estará patente até dia 26 de Agosto de 2012.

A exposição comissariada por João Fernandes e Ricardo Nicolau aborda o processo de conceção dos projetos, incluindo diverso material da época e ilustrativo da vida e obra de Ernesto de Sousa.

Durante as décadas de 60 e 70, Ernesto de Sousa desenvolveu os projetos "Almada, um Nome de Guerra" e "Nós Não Estamos Algures", inspirados na sua admiração por Almada Negreiros.

A performance terá uma única sessão, no dia 6 de julho, com direção artística de João Sousa Cardoso, com participação musical do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e direção musical do jovem maestro senense Jaime Reis.

Jaime Reis, que foi homenageado pelos artistas de Seia, na ARTIS 2011, é licenciado em Composição na Universidade de Aveiro, onde recebeu três bolsas de mérito. É aluno do doutoramento em Ciências Musicais na FSCH-UNL, frequentou seminários com Emmanuel Nunes e Stockhausen; investiga no INET-md. É diretor artístico do festival Dias de Música Electroacústica, professor e diretor pedagógico do Conservatório de Música de Seia.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Discurso do Presidente da Câmara no Feriado Municipal


Discurso do Presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo na cerimónia do Mérito Escolar realizada no âmbito do Feriado Municipal, dia 3 de Julho, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia:



!Quero, em meu nome e do Município de Seia, a todos cumprimentar e saudar por igual e, ao mesmo tempo, agradecer a vossa presença nesta cerimónia de Atribuição dos Prémios de Mérito Escolar e das Campânulas de Mérito

Este é sempre um momento especial para a Câmara Municipal porque, para além do simbolismo associado às comemorações do aniversário da elevação de Seia a cidade, decretada pela Assembleia da Republica em 1986, é, também, uma oportunidade para evidenciar o que de melhor temos, com especial destaque para o nosso capital humano: o maior ativo da nossa comunidade.

Não há, por isso, melhor forma de assinalar o Feriado Municipal do que premiar o mérito e a dedicação, de pessoas e instituições que se notabilizam pelos seus méritos pessoais ou feitos cívicos, contribuindo diariamente para o desenvolvimento e afirmação da nossa terra.

Gente que aqui vive e trabalha, que resiste, acredita e não desiste perante a adversidade, cuja ação extravasa, muitas vezes, a sua esfera de atuação e que tem sido decisiva para ultrapassar os problemas, vencer as dificuldades e encarar o futuro com maior confiança.

No dia de hoje, Seia celebra o presente que somos, comemora o passado que fomos e ilumina o futuro que queremos ser.

A evolução que encontramos em cada recanto desta cidade e deste concelho, mostra bem a vontade indomável dos habitantes desta região e deste concelho em particular.

O que torna Seia uma cidade tão singular é, precisamente, este cruzamento entre uma memória de vários séculos e uma modernidade que é motivo de orgulho para todos os senenses.

Esta ponte de gerações estabelecida entre os protagonistas dos prémios de mérito escolar e das Campânulas de Mérito, é demonstrativa da qualidade das pessoas que nós temos e que ajudam este concelho a catapultar-se para o futuro.

Voltamos a reconhecer e valorizar a excelência no desempenho escolar, através da atribuição dos prémios de mérito, evidenciando a dedicação e o esforço dos melhores alunos, em cada nível de ensino promovendo desta forma o desenvolvimento da cultura do mérito e valorizando o esforço e o desempenho individual, criando estímulos e referências.

A todos eles apresento, desde já, as minhas felicitações e votos de que continuem a ter um desempenho excelente nos próximos anos.

É nossa profunda convicção que, reconhecendo e premiando o mérito, estaremos a dar um forte contributo para que, desde os primeiros passos na Escola, os nossos jovens sintam que vale a pena aprender.

Vamos continuar a incentivar o desempenho escolar em todos os seus níveis, fomentando uma cultura de valorização da excelência, enquanto instrumento preponderante para o desenvolvimento económico, cultural e social dos jovens e, consequentemente, da sociedade em geral.

A Escola é crucial para a construção de uma sociedade melhor, onde o reconhecimento da singularidade dos indivíduos é uma das dimensões que contribuiu para a sua afirmação enquanto membros activos de uma comunidade, em cujo destino terão que aprender a participar.

É, efetivamente, na Escola que tudo começa!

Esta é, também, uma ocasião onde anualmente se presta homenagem às nossas escolas, de grande capacidade, qualidade e dinamismo, porque elas são decisivas e fundamentais para prepararem as novas gerações a vencerem os desafios que a sociedade lhes coloca.

Quero relevar o trabalho desenvolvido, diariamente, pela comunidade educativa, com especial destaque para os professores, de reconhecida qualidade, capacidade e competência.

Uma palavra de apreço, igualmente, para a dedicação do pessoal não docente, e, especialmente para os pais, que resistem às dificuldades com grande esforço, num momento particularmente difícil da nossa vida colectiva.

Este mérito é também deles e de todos os outros alunos que se esforçaram, investiram e trabalharam, mas que ficaram aquém dos resultados obtidos pelos primeiros.

Os tempos conturbados que vivemos exigem de todos nós redobrada atenção.

A crise que se instalou fez eclodir novos problemas e acentuou outros, que se revelam, em primeira instância, no espaço escolar.

Temos de continuar atentos e não ignorar esses sinais que nos chegam.

Começam-se a conhecer imensas desigualdades. E uma sociedade segmentada é facilmente vencida pelo medo e pelos extremismos.

Promovamos um armistício connosco, com o concelho e com o país. Mas, atenção! Que não se cometa, uma vez mais, o erro de se pensar que a tormenta é breve e que logo virá a tranquilidade. Não virá. Tudo, de forma muito rápida e contínua, como muitas vezes o temos repetido, está a mudar à nossa volta. E, todos nós, também...

Afinal, a História ainda não tinha acabado. E, infelizmente, como várias vezes vamos ouvindo, também ela se repete, nas coisas boas e naquelas que são menos boas. Precisamos de pensamentos novos que promovam o alargamento do horizonte do futuro.

A ideia do seguimento inevitável de um caminho único é o contrário da liberdade. E, num contexto de dias muitos difíceis que sucessivamente vamos vivendo e tentando ultrapassar, o fantasma da troika é a justificação para todas as medidas, consubstanciadas em privações, que sobre nós vão caindo.

No entanto, podemos dispensar tudo, mas não o podemos fazer relativamente à Liberdade nem ao Futuro (Sampaio da Nóvoa).

O futuro, Minhas Senhoras e Meus Senhores, está numa maior coesão social conseguida na base do conhecimento.

É preciso reforçar a aposta na promoção da igualdade de oportunidades, no combate ao abandono escolar e ao baixo aproveitamento, através de ações e mecanismos de apoio e incentivo.

Seia tem, por tudo isto, de se organizar dentro de si, não para se fechar, mas para se abrir, para alcançar uma presença forte fora de si.

Nenhum de nós conseguirá ser alguém fora deste (nosso) território, se não for alguém dentro de si mesmo.

Não é por sermos um concelho do interior deste querido Portugal que deverá ser menor a nossa ambição.

Portugal só pode cumprir-se quando assumir a sua interioridade (Carvalho Homem).

A dimensão não significa nada; o que amplia, e muito, é o conhecimento e a ciência.

O nosso futuro está irremediavelmente amarrado à conexão a conseguir entre os diferentes stakeholders, sempre na base do conhecimento.

É por aqui que passa o nosso futuro, um outro futuro para a nossa terra, o nosso concelho e o nosso país.

É, por isso, que teremos de dar continuidade à criação de todas as condições e a canalizar recursos para que os nossos alunos atinjam um patamar de sucesso.

A sociedade afirma as maiores expetativas e coloca as maiores exigências sobre a Escola.

Dir-se-ia que esta é uma oportunidade única para ela assumir o papel que a sociedade dela reclama.

Senhora Presidente da Assembleia Municipal em exercício

Minhas Caras amigas e meus Caros Amigos

Relativamente ao Mérito Municipal.

Não resisto em, mais uma vez, saudar muito vivamente os cidadãos do concelho de Seia. São eles que merecem, acima de tudo, ser homenageados.

Os cidadãos que homenageamos este ano têm vindo a contribuir, muitas vezes de forma discreta, para o bem comum, sem esperar nada em troca, que não seja o bem-estar da comunidade.

Frisar, igualmente, o reconhecimento do esforço e contributo das empresas na criação de riqueza e emprego no concelho e na região, num contexto difícil e exigente da economia nacional, conseguindo ultrapassar a crise com crescimento e consolidação de resultados. Algumas delas com uma forte vocação exportadora e empregando dezenas e centenas de trabalhadores.

À semelhança de todos os outros homenageados no passado, o seu valor e exemplo devem constituir referências para a comunidade, pelo contributo que deram, dão e darão para o desenvolvimento do nosso Concelho.

Temos, pelo seu trabalho, uma grande admiração.

Todos juntos e em complementaridade, não tenho dúvidas de que seremos mais fortes e estaremos mais bem preparados para enfrentar os desafios que temos pela frente, tal como há 26 anos, Seia espera ver reconhecido o seu valor para que possa ombrear com as principais cidades da região e do país.

Este momento deve servir de indicador não apenas para os homenageados, mas para toda a comunidade, no sentido de procurarmos dentro de nós próprios a força e energia necessárias para encarar os desafios que se nos colocam, no presente e no futuro e, de diferentes maneiras, a todos incutir esperança, motivação e alento.

É preciso resistir à adversidade, fazer das nossas fraquezas forças e renová-las diariamente.

Por isso, Senhora Presidente da Assembleia Municipal em exercício

Minhas Caras amigas e meus Caros Amigos

Reconhecer e valorizar as pessoas que, com as suas ideias, acções, o seu trabalho, vontade e dedicação, contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento e projecção do Concelho de Seia, marcando o tempo histórico desta nossa realidade geográfico-administrativa chamada concelho de Seia, é uma obrigação do Município e deve estar acima, muito acima, do ego e do umbigo de cada um de nós.

Uma palavra final de apreço para o movimento associativo, pela importância económica, social, cultural e até ideológica, composto por dezenas de associações, dirigentes e milhares de associados que, em muitos casos se substitui ao próprio Estado, enquanto agentes ativos de desenvolvimento.

Seia tem um presente algo difícil, mas os caminhos do futuro estão abertos e podemos com força e determinação segui-los na busca de um desenvolvimento compatível com o seu estatuto.

Precisamos todos de um maior espírito coletivo, de sentido de unidade, de brio e de capacidade de empreender.

A política senense deve ter nos seus protagonistas mais convergência, mais responsabilidade, mais vontade afetiva de prestigiar as instituições e menos conflito ocasional de circunstância e de resultados inúteis.

Outra elevação, outra qualidade, mais competência, é o que Seia espera de todos nós.

Sejamos assim, cada vez mais, assumidos responsáveis pelo futuro desta terra de todos nós

É certo que os constrangimentos financeiros e a indefinição de políticas públicas centrais, podem comprometer o futuro do desenvolvimento de Seia.

Contudo, temos condições seguras de progresso.

Desde logo, o espírito de missão e de entrega à causa da nossa terra.

Na verdade, as palavras que aqui hoje proferimos, não mudam a realidade. Ajudam-nos, todavia, a discorrer, a dialogar e a dela tomar consciência.

E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade.

Um bem-haja a todos aqueles que tornaram possível esta realidade e nos permitem hoje com orgulho dizer, SOU DA CIDADE DE SEIA,

SOU DO CONCELHO DE SEIA.
Muito Obrigado a todos."