sábado, 30 de maio de 2009

Feira do Livro e do Brinquedo de Seia


Começa esta segunda-feira, dia 1 de Junho (Dia Mundial da Criança) a Feira do Livro e do Brinquedo de Seia, organizada pelo Município através da sua Empresa Municipal. Desta vez há várias novidades. A primeira é que se juntam as duas Feiras - do Livro e do Brinquedo, - tocando ainda noutro evento que decorre mesmo ali ao lado, que é a ARTIS e termina também a 7 de Junho. A segunda é que decorrem no Largo da Câmara, um local privilegiado para actividades desta natureza e a terceira é que tem (provavelmente) a melhor programação de sempre.
Durante o dia, haverá muitas crianças a circular pela Feira através de esquemas organizados com as escolas e à noite espera-se a presença dos adultos, para desfrutar dos livros, dos brinquedos e da oferta de programação, que vai do teatro, à dança, às artes circenses e hip hop, entre ateliês e debates.

O programa é o seguinte:

Dia 1 Segunda-Feira
10:00 Horas - Comemorações do Dia Mundial da Criança
15:00 Horas – Atelier “Construção de papagaios” Associação Ar e Vento
21:30 Horas - Passagem de Modelos


Dia 2 Terça-Feira
10:00 Horas - Comemorações do Dia Mundial da Criança
17:00 Horas - Ateliê “Pulos na Rua” Companhia de Dança de Almada
21:30 Horas – “As Justiceiras” de Aristófanes Companhia Teatro ao Largo


Dia 3 Quarta-Feira
17:00 Horas - Ateliê “Pulos na Rua” Companhia de Dança de Almada
17:30 Horas - Actuação da Tuna da EB 2,3 Dr. Guilherme C Carvalho, Seia
21:30 Horas – “Pulos na Rua com os pés na Lua” Companhia de Dança de Almada


Dia 4 Quinta-Feira
10:00 Horas – Auditório da Câmara Municipal
Conferência “Gerir e lidar com a indisciplina na escola”, pelo Prof. Doutor João Amado
17:30 Horas - Actuação da Senatuna Tuna da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia
21:30 Horas – Motin – Teatro Escolar “FERA AMANSADA” de W. Shakespeare, pelos alunos da Escola Secundária de Seia


Dia 5 Sexta-Feira
10:00 Horas – Auditório da Câmara Municipal
Conferência “Consumismo Infantil” pelo Professor Doutor Luís Abrantes, pela Mestre Cláudia Seabra e por Carlos Teixeira do Instituto Politécnico de Viseu / Escola Superior de Tecnologia
15:00 Horas – Atelier “Construção de Papagaios” Associação Ar e Vento
17:00 Horas - Quarteto de Metais de Seia Conservatório de Música de Seia
21:30 Horas – Hip Hop NBC & The Funks


Dia 6 Sábado
11:00 Horas – Actuação do Grupo de Metais Conservatório de Música de Seia
11:30 Horas – Atelier “Construção de Papagaios” Associação Ar e Vento
15:00 Horas – Ateliê de Malabarismo Trupilariante
18:00 Horas - Actuação do Coro Infantil Carragosela
21:30 Horas – “A Expedição do Comandante Tapa-Tôtô” Trupilariante
Teatro e Artes Circenses


Dia 7 Domingo
11:00 Horas – Actuação do Grupo de Clarinetes Conservatório de Música de Seia
15:00 Horas – Poesia – “Palavras a Brincar” Andreia Macedo
17:00 Horas - Actuação da Tuna da Escola Secundária de Seia
21:30 Horas – Cineteatro da Casa Municipal da Cultura
“A Casinha de Chocolate”

Diariamente:
Atelier “Os Tapetes Voadores” orientados por Pamela Jean;
Atelier “Construção e Manipulação de Marionetas em Papel”;
Atelier “Construção de Brinquedos com material reciclado;
Actividades impulsionadas pela Ludoteca Municipal de Seia

Caminhada na Serra da Estrela

Imagens da caminhada que marcou o arranque da 3ª Mostra Gastronómica do Sabugueiro, neste dia 30 de Maio de 2009.
Sem comentários.

















sexta-feira, 29 de maio de 2009

inspiração



Deitar tinta para o papel
Deitar com as palavras
Deitar achas para a fogueira
Deitar, deitar
E levantar

Do fundo de uma montanha de ideias
Ao cimo de uma moreia de sentimentos
De cima a baixo,
Sem dizer por dizer
E ir

Rola a vontade,
Cresce o gosto pela liberdade
E de mansinho espreita
Esse prazer de dizer
E fazer

Cresce luz, faz-se vida
Nessa corda assim estendida.
E pronto, fez-se, está feita
Vamos sorrir, a meditar
E Encontrar


MJB, Seia - 29 de Maio de 2009

Reportagens televisivas ARTIS

Reportagens televisivas ARTIS

Este ano, a Artis contou já com várias reportagens televisivas: TVI (Cartaz das Artes) e RTP. Mais recentemente mereceu destaque da Turiviajar.

Falta de condições no Hospital de Seia para intervenções cirúrgicas

Notícia da SIC e da Fábrica de Conteúdos sobre o Hospital de Seia:


As obras realizadas no Hospital de Seia obrigaram à canalização dos doentes que estavam em lista de espera para cirurgia para o Hospital da Guarda. Contudo, mesmo depois das obras, não é possível realizar as cirurgias na nova unidade por falta de condições.As obras que decorreram recentemente deixaram o bloco operatório sem condições para a realização de cirurgias, ou seja, a enfermaria de cirurgia ficou reduzida a nove camas e a prioridade são os cuidados continuados e paliativos.Outro problema prende-se com a localização do bloco, que após alterações na planta, passou a figurar no extremo oposto do internamento. Agora, do bloco para a enfermaria, os doentes têm de passar pela sala de espera.O Hospital de Seia foi reaberto após as obras, contudo, a electricidade continua provisória, pelo que o corpo clínico não arrisca fazer cirurgias sem uma solução definitiva e certificada.Os doentes em lista de espera para cirurgia estão a ser encaminhados para outras unidades do país.Segundo avança a SIC, a ministra da Saúde, Ana Jorge, deverá inaugurar o Hospital de Seia no início de Junho, aproveitando, eventualmente, para lançar a primeira pedra do futuro Hospital da Guarda.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Teatro, cinema e afins, para quem quiser desfrutar






Cinema alternativo. 28 de Maio, quinta-feira, no cinema de Seia.


Imagens da apresentação dos candidatos do PS à Câmara e Assembleia Municipal de Seia

Estas são as imagens da apresentação oficial dos candidatos à Câmara e Assembleia Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo e Eduardo Silva, respectivamente.
23 de Maio, dia histórico.
As imagens falam por si, não necessitando de legendas.





















Fotos: João Carlos Botelho, Estúdios Visor - D. Pedro, Seia.

Discurso de Carlos Filipe Camelo, no anúncio oficial da sua candidatura à Câmara Municipal de Seia

"Quando em Dezembro de 2008 escrevi aos meus companheiros de partido, em consequência do anúncio da não recandidatura à Presidência do Município de Seia por Eduardo de Brito, anunciei a minha disponibilidade para protagonizar a candidatura do PARTIDO SOCIALISTA à Câmara Municipal de Seia.

Como todos compreenderão não se tratou de um acto repentino, cego ou irreflectido!

Consubstanciou, antes de mais, uma decisão ponderada, amadurecida ao longo dos anos que levo de vida política, cívica, profissional e familiar.
Fi-lo pelo Partido Socialista e para o Concelho de Seia, encarando este desafio com o espírito de missão e de responsabilidade em que fui educado, tão necessários à realização do contínuo de mudanças qualitativas na procura incessante do desenvolvimento do nosso concelho.
Sei que o caminho a percorrer exige de todos, e de mim em particular, esforço, dedicação e empenho, reconhecendo, humildemente, estar bem preparado e consciente da missão a abraçar.
Proponho-me, pois, a protagonizar o projecto “Mudar com Segurança”, consciente de poder ser o elemento incentivador das ideias e vontades de todos os munícipes, independentemente da sua simpatia ou militância partidária, que objectivem a vitória, que será uma vitória inclusiva de todos, com todos e para todos, que será uma vitória do concelho rumo ao seu “bem-estar”.

Declaro, por isso, e perante todos vós, que aceito ser candidato ao Município de Seia pelas Listas do Partido Socialista.

Para chegar até aqui houve um caminho que foi percorrido, com diferentes actores, a quem eu quero, desde já, começar por agradecer:

1).- Em primeiro lugar, à minha família por, conscientemente e de forma reflectida e generosa, ter compreendido que esta decisão implicará menos tempo e atenção para si, na certeza de que o tempo que lhe for subtraído será partilhado por um alargar da família a todo o concelho de Seia, numa verdadeira união de afectos e companheirismo, que me obrigará a dar o melhor de mim em beneficio dos outros;

2).- Gostaria também de agradecer aos militantes do PS do concelho de Seia que, de uma forma diferente, e talvez única a nível nacional, fizeram a sua escolha por directas no partido, entre dois candidatos a candidatos, recaindo a sua escolha sobre a minha pessoa.

(Aproveito o momento para saudar o meu camarada António Maximino pela lisura e maturidade política colocadas e demonstradas nesse acto eleitoral, que só dignificaram o processo, as pessoas e o partido).

Queria, agora, saudar todos os simpatizantes do Partido Socialista que em mim confiam, que acreditam no meu projecto e na equipa que venha a constituir, independentemente de qual ela seja, e que estão disponíveis para me acompanhar neste longo trilho a percorrer;

Queria também saudar todos os jovens, onde incluo, como é óbvio, os elementos da Juventude Socialista, possuidores da energia, disponibilidade e irreverência, tão próprios desta geração e que os colocarão, de forma desinteressada e apaixonada, estou certo, ao serviço desta candidatura.

Queria também saudar todos os sindicalistas, mormente os do sector têxtil, que nos seus locais de labuta têm desempenhado um trabalho responsável, sério e extraordinário, ajudando a minorar e ultrapassar os problemas das empresas locais bem como a criar alternativas às dificuldades que persistem em acontecer no sector.

Queria saudar todos os dirigentes associativos, onde incluo os elementos das equipas das Juntas de Freguesia que, nas instituições que servem dão o melhor de si em prol das populações, constituindo-se como verdadeiros exemplos de luta na procura do desenvolvimento e da sua qualidade de vida.

Queria saudar todas as mulheres, como grandes esteios da vida e do equilíbrio das famílias, garantindo-lhes que a nossa candidatura responderá, positiva e inequivocamente, ao respeito pela paridade e quiçá, aqui ou ali, ultrapassando mesmo esta situação em número, porque acreditamos que a presença da mulher na vida política está para além daquilo que é o respeito pela exigência em diploma legal de uma quota mínima, porque acreditamos que a sua presença na vida política deverá estar de acordo com aquilo que são as suas capacidades, as suas ideias e as suas vontades, numa preocupação sempre de construir, de ajudar a construir, no nosso caso, um concelho melhor.

Anuncio, no imediato, que com a nossa vitória em Outubro de 2009, a Vice-Presidência da Câmara Municipal de Seia, será, e pela primeira vez, entregue a uma mulher.

Queria saudar todas as pessoas presentes que são apartidários, os que não são socialistas, que até são militantes ou simpatizantes de outros partidos, e neles todos quantos por uma ou por outra razão estão ausentes, mas que têm a coragem, de nesta noite e nos dias que se lhe vão seguir até ao acto eleitoral, e porque em nós acreditam, de percorrerem comigo, de percorrerem com todos vós, o trilho que nos levará à vitória.
Honra-nos a sua presença e participação na apresentação desta candidatura, como sinónimo que é do verdadeiro espírito e consciência democrática que lhe está subjacente.

Queria, por fim, e faço-o por esta ordem propositadamente, saudar o meu companheiro Eduardo Brito.

Somos condiscípulos de jornada há muitos anos.
Quis o destino que partilhasse consigo e o Prof. Duarte, que daqui respeitosamente saúdo, no já longínquo ano de 1989, a tentativa de conquista da Presidência do Município.
Foram menos de 50 votos que, naquele tempo, nos separaram de tal desígnio.

No entanto, foi nesse momento de derrota, que iniciámos verdadeiramente a luta e o trabalho junto de toda a população e, à distância dos anos, compreendemos hoje como foi importante no trajecto subsequente da vida do concelho, e da nossa em particular, os ensinamentos que daí colhemos para o nosso crescimento e maturidade política.

No ano de 1993 Eduardo Brito conquista a Presidência do Município.
Foi um momento de alegria para si e para os Socialistas mas, e permitam-me que o diga, de felicidade extrema para o concelho que, nestes quase 16 anos em que o tem tido como “Grande Timoneiro”, granjeou respeito, crescimento, modernidade e desenvolvimento.

Como o próprio Eduardo costuma dizer, e hoje já aqui o repetiu e evidenciou, somos pessoas diferentes, significativamente diferentes.
No entanto, e com os demais elementos que connosco trabalharam, completámo-nos, complementámo-nos, entendemo-nos e aprendemos. Bem. Mesmo muito bem !!!!
Agradeço a Escola que com eles diariamente, ou quase, frequentei
e os professores que neles, de forma diferente, encontrei.
Obrigado Zé e Ambrósio.
Muito obrigado Marciano estejas tu onde estiveres.

O mandato que nos encontramos a terminar é lapidar para ilustrarmos de forma incontornável o que queremos dizer e demonstrar, mesmo que alguns, felizmente poucos, tendam em desacreditar aquilo que é, por si mesmo, uma evidência. Senão vejamos:

A construção do CISE, como elemento estruturante para o desenvolvimento do concelho, quer directa quer indirectamente, hoje tida como fundamental para a criação de riqueza e para uma nova visão do turismo sustentável;

A edificação do Novo Hospital, numa luta constante e consequente com a tutela, possibilitando um conjunto de valências significativas para o concelho e concelhos limítrofes, demonstrando que, e independentemente do partido a que pertencemos, entre o partido e o concelho escolhemos e escolheremos sempre, mas sempre, o concelho;

A Variante como obra que vai trazer uma nova perspectiva à cidade e da cidade, possibilitando, para além da reorganização e fluidez do tráfego, uma janela de oportunidades à sua expansão e reordenamento, assumindo-se, essencialmente, como um desafio a colocar às entidades públicas e privadas relativamente à sua capacidade de gerar (ainda) mais e maior atracção pelo seu centro.

Deixemo-nos de falsos argumentos e de medos que são protagonizados por alguns «Velhos do Restelo», felizmente poucos, relativamente a esta questão.

O reabilitar das conhecidas Casas dos Magistrados, uma para a Academia Sénior e outra para a Ludoteca, que se constituem como dois investimentos com retornos sociais muito significativos em que, o primeiro, já frutifica e se encontra a funcionar, dando um exemplo de como a população Sénior pode estar bem integrada numa comunidade que ajudou a construir e em como a capacidade de aprender, assumida nos dois sentidos, no dar e receber, efectivamente acontece, facilitando e qualificando a vida das pessoas.

O Centro Escolar que, contra ventos e marés, no tempo considerado útil será apresentado a toda a Comunidade Escolar, sendo garante e ilustrando a preocupação de que num futuro, que é já hoje, se oferecerão aos jovens todas as condições para os poder preparar para uma economia do conhecimento, da inovação e da competitividade, em que eles serão sujeitos activos.

A concretização das ETAR’s de Seia e de S. Romão, com o devido tratamento de efluentes domésticos e industriais tendo como preocupação primeira o de se contribuir para um melhor ambiente, possibilitando que os nossos rios possam de novo voltar a correr despoluídos;

A revolução silenciosa, mas infelizmente necessária, desenvolvida no campo da acção social, saúde e educação, possibilitando apoios a crianças, jovens e adultos com objectivo de, isoladamente ou em família, conceder a dignidade que cada um merece, a dignidade a que cada um tem direito.

A parceria estabelecida com a EDP com resultados visíveis na utilização e fruição de 136 ha de terreno, enquadrados entre Srª. do Desterro e a Srª. do Espinheiro, devolvendo este espaço à Comunidade com resultados impares e desejáveis ao nível da biodiversidade daquele local e a abertura do Contact Center, que emprega já hoje cerca de 250 pessoas, licenciados ou com mais do 12º ano como habilitação literária, sendo 73% destas pessoas residentes no concelho de Seia.
Goste-se ou não de ouvir, esta parceria começa, de forma clara e inequívoca, a inflectir o sentido de esvaziamento de que muitos acusaram a EDP de fazer relativamente a Seia, apontando como sua causa primeira o imobilismo e indiferença da Câmara, e logicamente dos seus responsáveis.

Será, então, que é a este arrolamento de situações, a que poderíamos juntar muitas outras, que uma das candidaturas opositoras a esta acusa de “estagnação vigente da nossa terra”?

Meus caros amigos,
não basta apelar à paixão por “Seia” e de pensar-se que os problemas se resolvem somente com o coração. É que as paixões, muitas das vezes, cegam-nos e impossibilitam-nos de raciocinar.

Nós vivemos já numa fase de maturidade e, às decisões do coração juntaremos as da razão.
Por isso, companheiras e companheiros,

. Já demos o “sim” a Seia há muito tempo. Somos-lhe completamente fiéis. Por isso, à semelhança de um homem do Norte, nós dizemos, agora e no futuro, que estamos:
“Com os dois pés, em Seia.

O mandato que se avizinha irá, porventura, ser enquadrado por um conjunto de desafios que o mundo enfrenta, e a que Seia e muito em particular o seu concelho, não estão imunes nem podem ficar indiferentes.
Neles existirão contrariedades, obstáculos e problemas, com especificidades muito próprias, que sopram da crise global.
Estou certo e consciente de que eu e a minha equipa não faremos, nem hoje nem amanhã, parte desse problema.
Nós somos, já hoje e amanhã, a solução para os problemas com que o concelho de Seia se confrontará.

Veremos, por isso, quem será, na essência, a equipa jovem portadora de saber, conhecimento e experiência necessárias para gerar as soluções, não as milagrosas ou de varinha mágica, porque essas não existem, para o ultrapassar dos obstáculos.
Não seremos, estou certo, apesar de jovens sublinho, nem uma equipa de estagiários nem em campanha de tirocínio e, muito menos seremos uma equipa que apresente promessas fáceis, irresponsáveis ou vãs, com resoluções de algibeira.
Para isso não contem connosco, para isso, não contem comigo.

Começaremos a trabalhar no primeiro dia em que tomarmos posse e não descansaremos até ao último de mandato.

Actuaremos em consciência, com prontidão e serenidade, demonstrando que, embora num quadro de crise, sabemos onde estamos e para onde podemos e queremos ir.

Mudaremos actores e politicas e, na mudança, num cenário de incerteza e insegurança, incutiremos motivação, esperança e, acima de tudo, confiança.
Por isso, nós iremos mudar com segurança.

Como todos sabem vivemos num território de montanha, e assumimos com orgulho, sem vergonha, complexo ou timidez, e em consciência, essa característica.
Somos, ao mesmo tempo, um concelho do interior de Portugal e da periferia da Europa, com difícil mobilidade interna, ainda mal servidos relativamente às principais redes de acessibilidades regionais e nacionais, portadores de um conjunto de características geográficas que têm condicionado o nosso desenvolvimento, mormente no campo económico e social.

No entanto, todos temos consciência que nem sempre foi assim! Num passado mais ou menos próximo, a localização, as características físicas e os recursos naturais existentes foram, nessa altura, fundamentais nas questões do povoamento, na formação de uma identidade colectiva, no estabelecimento de padrões culturais e de valores e princípios muito próprios da população deste território, bem como no desenvolvimento de uma multiplicidade de actividades que foram os garantes do desenvolvimento do concelho, durante dezenas e dezenas de anos.
É num contexto de incertezas, que a procura de Coesão Social vai ser o centro das preocupações da acção governativa, que resultará desta candidatura, que se quer e deseja vencedora, e (ainda) mais próxima de cada munícipe, ou seja, de cada um de vós.
Coesão social é, para nós, um conceito farto, que implica, obrigatoriamente, para o território do concelho:
bem estar colectivo para toda a população;
criação de riqueza, com emprego digno, como segredo primeiro para se combater o despovoamento do território;
Redução das desigualdades/assimetrias;
Políticas coerentes nas áreas de acção social, saúde e educação;
Participação cívica activa, mormente nas áreas da protecção ambiental;
Igualdade entre homens e mulheres, entre jovens e idosos;
Integração de migrantes, tendo em atenção as suas diversidades culturais, religiosas e civilizacionais.

Entendamo-nos, no imediato, que estes desafios não se colocam apenas ao nosso concelho!!! São, de certa maneira, comuns à generalidade das comunidades de montanha europeias, que, individualmente ou em conjunto, têm ensaiado respostas – daí que, já alguns anos a esta parte participemos, como Município, na Associação Europeia dos Eleitos de Montanha.

Sem querer fazer de forma exaustiva uma análise às linhas programáticas, que em tempo oportuno colocarei aos eleitores do concelho, gostaria de aproveitar o momento para vos esboçar algumas das fragilidades, versus oportunidades e ambições que se colocam ao território, para que, em espaço temporal de médio/longo prazos possamos desenvolver:

Colocaria como preocupação primeira, e sob o ponto de vista organizacional, o de que a governação da Câmara possa estar (ainda) mais próxima do cidadão, com a preocupação primordial de se centrar nas pessoas e na sociedade da mudança, ou seja, procuraremos ter uma relação tão perfeita quanto possível, nos dois sentidos, entre o cidadão e a administração, que gere economia de procedimentos, facilite aquela relação e a torne menos burocrática, mais competitiva, fazendo com que o território possa ser exemplo e mais-valia para a captação de investimentos.

Para isso existem soluções nas áreas das novas tecnologias –Banda Larga, criação de balcões multi-serviços móveis para as freguesias mais distantes da sede de concelho e de estruturas vocacionadas para a promoção do concelho e para a captação de investimento produtivo.

No entanto, qualquer estratégia de desenvolvimento regional sustentável determina que os recursos humanos relacionados com as actividades socioeconómicas desse território, se assumam como massa crítica e possam justificar os investimentos ali realizados, conferindo-lhe escala e dimensão política.

Infelizmente os indicadores demográficos demonstram que o concelho de Seia apresenta um fenómeno de despovoamento, desde a década de 50 do século passado, consubstanciado na diminuição da sua população, em cerca de 20%, e do crescimento significativo da freguesia sede em detrimento das demais.

Há, pois, necessidade de contrariar esta tendência, procurando fixar população jovem, dinamizando a actividade produtiva e, cumulativamente, recorrer, também, ao aperfeiçoamento de estratégias de captação de novos residentes.

Para a fixação da população local, importa ainda prosseguir os investimentos na melhoria da qualidade de vida dos munícipes, em especial nas aldeias de montanha e noutros núcleos rurais, procurando a sua qualificação em termos de infra-estruturas e de equipamentos e serviços públicos e privados.

Por outro lado, não bastará que uma parte significativa da população jovem beneficie de cursos superiores sem que os mesmos exerçam ou venham a exercer no concelho a sua profissão.
Desburocratizar e tornar mais económico o processo de recuperação de habitações em diferentes freguesias aliando a esta situação a possibilidade da promoção de imigração controlada e articulada com a existência de planos de captação de investimentos potenciadores de criação de riqueza, serão também nossas preocupações.

Torna-se igualmente essencial intervir no sentido de travar os movimentos migratórios para fora do concelho, promovendo a criação de postos de trabalho e o empreendedorismo empresarial, fomentando a criação de auto-emprego, numa parceria forte e consequente com a Sociedade Civil

A criação de mais e melhor emprego é outro desígnio que nós gostaríamos de abordar.
Não tenhamos ilusões: Sem oferta de emprego não há possibilidade de existência de qualquer política que dê entusiasmo e dinamismo ao concelho, que trave o despovoamento e contrarie o determinismo do recuo demográfico que, ao que parece estamos votados.

Eu sou daqueles que não acredito no determinismo geográfico, assuma ele os contornos que assumir.
Eu sou daqueles que não gosto de cruzar os braços, nem de assobiar para o lado, tentando ignorar tudo aquilo que possa não estar bem.
Seia, e o seu concelho, conheceram na década de 90 o momento de maior destruição de emprego no sector têxtil, tendo encontrado nessa altura, e pelas mais diversas maneiras, soluções para esses problemas de emprego.

Hoje a realidade no mundo do trabalho é ainda muito mais efémera, pelo que, a economia do concelho se deve desenvolver de forma diferente do passado em que, o sector turístico em complementaridade com os demais, pode crescer desenvolvendo-se em vários segmentos, como sejam os do Turismo de Natureza, o Turismo Sénior, o Turismo de Montanha, o Turismo Cientifico e o Ecoturismo, alargando a qualidade e quantidade da oferta hoteleira bem como dando-lhe uma maior visibilidade e interesse possibilitando, também, o desenvolvimento do projecto Aldeias de Montanha.

Outro desafio é o do concelho ter a Economia Social como um novo factor de atractividade do território e de criação de emprego (sector que já hoje emprega cerca de 600 pessoas), bem como aferir da necessidade que cada vez mais se visualiza no sentido da procura e do desenvolvimento da indústria agro-alimentar, tendo em vista o desenvolvimento e a internacionalização desta indústria, numa preocupação constante do respeito pelo ambiente.

Iremos desenvolver projectos que assumam a aprendizagem das novas tecnologias, que estimulem jovens para a economia do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo, massificando e democratizando a utilização da Internet.

O concelho de Seia possui um património natural e construído excepcional que importa preservar, valorizar e ser dado a conhecer para que possa ser partilhado.
A possibilidade colocada pela EDP de desfrutarmos da Mata da Senhora do Desterro, espaço de grande riqueza em termos de fauna e flora, abriu-nos mais uma janela de oportunidade que queremos e desejamos aproveitar para desenvolver neste local um projecto inovador de educação ambiental, divulgação científica e de lazer.
Falo-vos da criação do Parque Geo-Ecológico da Sra do Desterro, com dois elementos assumidos como fundamentais: Um, que se prende com o nascimento da Casa do Clima – “Clima House”, que nos permitirá a todos passear pelos diferentes climas do planeta e reflectir, seriamente, sob as alterações climáticas que tanto nos preocupam, a que juntaremos, uma outra, portadora de dupla característica que é, por um lado, de se assumir este micro território como parque de recreio e lazer e, a outra, de laboratório de preservação da biodiversidade direccionado para as questões da botânica e floresta, com circuitos de visita e interpretação, possibilitando permanência aos visitantes.

Por outro lado, como em tempo oportuno o enunciámos, a recuperação e requalificação de toda a baixa do Rio Seia vai ser uma prioridade, vai ser um sonho que todos queremos e desejamos concretizado

Seia tem de se tornar, por conseguinte e em definitivo, um território onde seja, cada vez mais, agradável viver e visitar.

As questões ambientais apresentadas implicam que, para além da sua localização num contexto ambiental de excelência, em que o Parque Natural da Serra da Estrela e a Serra da estrela é referência, o concelho disponha de excelentes indicadores de ambiente urbano e se afirme pela inovação e vanguardismo das políticas urbanas sustentáveis.

O caminho que nos espera é longo, difícil e penoso. As coisas lá fora não são nem estão fáceis.
Podemos não chegar aos nossos objectivos num ano, ou até mesmo num mandato. Mas, tenho esperança de que chegaremos lá.
Prometo-vos, que com pessoas como todos vós, tudo se tornará mais fácil.
Para isso, até Outubro, temos todos de nos mobilizar: De falar com as nossas famílias, os nossos vizinhos, com os nossos amigos, com os jovens e menos jovens.

Queremos ganhar em Outubro de forma clara e inequívoca embora não seja essa vitória a mudança que pretendemos.
Essa é a única forma de começarmos a mudança. E esta não pode acontecer se não alterarmos os nossos comportamentos.

Não pode acontecer sem vós, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício É necessário, pois, mudar o paradigma político, económico e social, para que se crie um novo sistema que gere entusiasmo, confiança e que a todos mobilize.

Por isso, somos os únicos com condições para promover a mudança à Mudança e de o fazer com saber, responsabilidade e Segurança.
Vamos, pois, Mudar com Segurança.
Conto convosco

Carlos Filipe Camelo"


sábado, 23 de maio de 2009

Jantar-comício do PS a rebentar pelas costuras


Se não eram mil, andaria lá perto. Um milhar de pessoas na apresentação dos candidatos do PS à Câmara e Assembleia Municipal. O salão do Restaurante "O Pastor” em Seia era pequeno demais para tanta gente que quis marcar presença na apresentação oficial de Carlos Filipe Camelo e Eduardo Silva.
Confirmou-se aquilo que se previa, um arranque em força da máquina socialista a mostrar que está preparada e suficientemente oleada para o embate eleitoral que vem aí em Outubro. As pessoas eram muitas, o espaço era pouco e a páginas tantas havia quase tanta gente cá fora como lá dentro. Por ser assim, tudo a abarrotar pelas costuras, não havia mãos a medir para trazer comida para as mesas, e comer de pé, lombo de porco com batata frita e arroz.


O povo está com o PS na jornada que aí vem e isso notou-se nesta apresentação, apesar de algum ou outro pormenor de logística organizativa,.. . e gastronómica.


Adivinha-se por isso, um bom resultado final nas eleições de Outubro, pelo que se lê nos sinais escritos no que se vai vendo, como hoje, podendo o Partido Socialista espreitar a possibilidade de poder ganhar por 6 – 1, como já se ouviu esta tarde mais de uma vez.


É certo que o 5 – 2 de há 4 anos não foi assim tão longe deste resultado, mas agora, beneficiando também da fragilidade da oposição, do estado a que chegou, não espantará se Carlos Filipe Camelo lá chegar. Ele que em 1989 foi eleito pela primeira vez Vereador, como recordou no seu discurso de hoje. Ele que lembrou alguns companheiros de luta nestes anos – o Professor Duarte, o Marciano Galguinho, o Zé Belarmino, o Fernando Ambrósio e claro, o Eduardo Brito, a quem sucederá na cadeira do poder no final deste ano.


Agradeceu à família o apoio e carinho dispensado para a empreitada que aí vem; agradeceu a todos os que o têm apoiado e aos militantes que votaram nela aquando das eleições directas do partido para a indicação do candidato do PS a esta corrida. E a propósito, referiu-se igualmente a António Maximino, pela forma franca e aberta com que se bateu nessa corrida interna.


Não esqueceu as mulheres e o seu papel na sociedade, revelando mesmo que no próximo mandato, o lugar de vice-presidente da Câmara será ocupado por uma mulher.


Ao longo do discurso de voz forte e grossa, para se fazer ouvir na sala imensa do restaurante, fez referência aos sindicalistas e sobretudo do sector têxtil, aos Presidentes de Junta, dirigentes associativos e a diversos quadros e sectores da sociedade que ajudam a construir o concelho diariamente.


O slogan adoptado para as eleições é “Mudar com Segurança” e por isso Carlos Filipe Camelo, destacou o muito que tem sido feito e o mais, muito mais que há para fazer, num quadro de dificuldades mas de determinação profunda. Elencou obra feita e deixou o registo das orientações para o futuro, e que serão apontadas e aprofundadas ao longo dos próximos tempos que aí vêm, até às eleições.


O candidato à Presidência da Câmara terminou o seu discurso debaixo de fortes aplausos e grande entusiasmo, apesar do ruído à volta dos pratos que iam chegando a pouco e pouco às mesas. De resto, aquele não era o momento oportuno para ideias profundas, já que os comícios resultam mais na perspectiva do espectáculo do que propriamente para discussão de assunto sério. Entre tintos e lombo de porco, não há lugar para grandes conversas e o momento é de festa e exaltação.


Oportunidades não faltarão para falar do que pode e deve ser feito para o desenvolvimento do concelho nos próximos quatro anos, num quadro de grande aperto financeiro, em que não há lugar para amadorismos nem para principiantes.


Falta acrescentar que os outros discursos da jornada ficaram por conta do jovem Luciano da JS; do Presidente da Federação Socialista da Guarda, José Albano; do Presidente da Comissão Política do PS, Eduardo Brito e do candidato à Assembleia Municipal, Eduardo Silva.


Esta foi mais uma jornada de peso da máquina socialista, outras mais se aguardam, quando ainda agora a procissão vai no adro e quando se sabe que ninguém pode “embandeirar em arco”, nem deixar de trabalhar. E o PS de Seia sabe disso, como tem provado até hoje.

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site oficial do candidato: http://www.filipecamelo.com/



quarta-feira, 20 de maio de 2009

PS apresenta candidatos a Presidência da Câmara e Assembleia

O PS de Seia vai promover no próximo Sábado, dia 23 de Maio um mega – jantar no Restaurante “O Pastor” de Seia para apresentação oficial do candidato à Câmara Municipal, Carlos Filipe Camelo.
Recorde-se que Filipe Camelo, que adoptou para a campanha o slogan "Mudança Segura", é actualmente Vice-Presidente da Câmara e Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal - EMCR de Seia.
Na ocasião será também apresentado o candidato à Presidência da Assembleia Municipal, Eduardo Silva, que é Vereador e vogal executivo da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda. Prevê-se uma grande mobilização de todas as freguesias, o que deverá corresponder ao primeiro grande sinal de força da candidatura socialista.
Lá mais para a frente poderá haver mais festa para apresentação de listas para os vários órgãos autárquicos.

Os Ultimos Moinhos

O Documentário "Os ultimos Moinhos" de Luis Silva tem ante-estreia marcada para o próximo dia 30 de Maio pelas 14h00 na Quinta do Adamastor em Figueiró da Serra.
Segundo nota divulgada, o trabalho resultou em 18 horas de filmagens, 1700 Km percorridos, 12 localidades filmadas, 6 Concelhos retratados, 8 personagens entrevistadas e7 meses de gravações.
Muita expectativa à volta deste documentário do realizador senense, que já tem participado no Cine'Eco.

Afonso Costa

João Orlindo enviou para o blogue a indicação do seguinte endereço sobre Afonso Costa e que vale a pena espreitar:

http://www.fundacao-mario-soares.pt/iniciativas/ilustra_iniciativas/2009/000716/Default.asp

A propósito de Afonso Costa, lembro que para o ano, em 2010, faz precisamente 100 anos da implementação da República e nesse âmbito estão previstas iniciativas em várias cidades do país, entre elas Seia, por aqui ter nascido Afonso Costa.

Gripe A: Caso suspeito no hospital de Seia

Uma mulher com suspeita de gripe A (H1N1) deu entrada hoje de manhã no serviço de urgência do Hospital de Seia e deverá ser transferida para os Hospitais da Universidade de Coimbra, disse fonte hospitalar.

«Confirmamos um caso suspeito na urgência do Hospital de Seia. Foi activado o plano de contingência da gripe local e o processo está a seguir os trâmites definidos pela Direcção-Geral de Saúde. A doente vai ser transferida para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC)», disse Luísa Lopes, directora da urgência da Unidade Local de Saúde da Guarda, que abrange aquele hospital.

A médica disse ainda à agência Lusa que a mulher, cuja idade não soube especificar, é «proveniente de uma área de risco, vinda dos Estados Unidos da América».

Segundo a fonte, a partir do momento em que o alerta foi dado, a coordenação do transporte da doente «pertence ao INEM», desconhecendo a hora a que será feita a sua transferência de Seia para os HUC.
Lusa/SAPO

Festival CineEco ajuda à educação ambiental nos Açores‏

A extensão do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela (CineEco 2008) aos Açores, promovida pelo Governo Regional, “é um contributo para a educação ambiental e uma ocasião de assinalável usufruto estético”.

A afirmação é do secretário Regional do Ambiente e do Mar, falando sexta-feira à noite aos jornalistas, antes do início da projecção das curtas-metragens do programa destinado ao público em geral. Para além destas sessões abertas, que decorrem em quatro ilhas, o Festival inclui também uma selecção de películas dirigida às escolas.
Segundo disse Álamo Meneses, a qualidade ambiental dos Açores “é a nossa maior riqueza”, quer para a qualidade de vida das populações quer para a promoção turística e dos produtos agro-alimentares e da pesca.Nesse contexto, acrescentou, a educação ambiental é crucial e a selecção dos melhores filmes educativos e com grande qualidade estética do CineEco 2008, cobrindo uma vasta gama de temáticas, contribui para essa tarefa de “despertar as pessoas para as questões ambientais”.
Álamo Meneses sublinhou, ainda, que esta iniciativa se integra num vasto conjunto de acções de educação para o ambiente, como conferências, debates, visitas, passeios, intervenções de limpeza da costa, entre outras, “que envolveram milhares de pessoas”.

http://www.acores.net/noticias/view-33763.html

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sabugueiro organiza caminhada à Serra

A Associação de Beneficência do Sabugueiro vai organizar, no âmbito da 3ª Mostra Gastronómica daquela localidade, uma Caminhada na serra da Estrela, no próximo dia 30 de Maio, (Sábado).
O percurso escolhido será entre a Fonte dos Perus e o Cântaro Gordo, num trajecto considerado de grau fácil.
As inscrições têm um custo de 5 euros e inclui almoço e podem efectuar-se na Associação do Sabugueiro através do telefone: 238 311 437. No caso de as pessoas não optarem pelo almoço, as inscrições são gratuitas. A concentração será às 9 horas junto à Casa Mir Alva estando o regresso previsto para as 13 horas em autocarro da organização.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Resultado da sondagem aqui ao lado


Segundo a “sondagem” efectuada aqui ao lado, há um empate técnico na disputa da cadeira da Presidência do município de Seia, uma vez que se registaram 122 votos para cada um dos candidatos. Esse é o primeiro dado a retirar da questão, e o segundo é que se registaram cinquenta e tal votos para um outro candidato, mais precisamente cinquenta e quatro, num total de 18%.

Com o rigor pouco cientifico e muito apurado e oportuno senso que este tipo de perguntas suscita, as ilações que se podem tirar são sempre dispersas e alvo de várias interpretações, como acontece nas votações que ocorrem com frequência nas televisões para eleger a melhor canção ou expulsar um qualquer individuo de um passatempo. E isto sabe quem põe no ar o mecanismo e sabe também quem a ele adere, na vã tentativa de mexer com o status. De um lado ou do outro.
Deste lado de cá, registamos desde já o gosto do registo de fenómenos de votações, - de onde vinham, quando vinham, porque vinham, por que isto e por que aquilo. Percebem?!
Como qualquer passatempo, foi giro e muito simpático!
Quanto a leituras e fora de brincadeiras, é óbvio que isto afinal não são favas contadas para ninguém, uma vez que aqui há empate e onde há empate há caso! Tanto um como outro candidato têm de fazer pela vida, porque não há vencedores antecipados, nem nestas coisas da política, como no futebol, há garantias antecipadas, absolutas ou absolutíssimas. É preciso comer muito coirato, beber uns tintos e descer ao povoado, dia-sim, dia-sim até ao dia final, sem pejo nem agravo, ou apelo descoroçoado.
Quando se coloca num blogue uma votação desta natureza, sabe-se à partida as condicionantes que dele enfermam e as imprevisibilidades que dali podem advir. Sabe-se como começa e adivinha-se como acaba. Calcula-se que a tendência de ocorrência mais massiva e por vezes organizada, pende sempre para o lado aparentemente mais fraco. As hostes que aparentam mais fragilidade têm tendência a deitar mão de todos os expedientes, mesmo dos prolixos e despropositados expedientes, para dar ideia de algum dinamismo e procurar superar aparências débeis. Nada de condenável, tudo próprio dessa magistral senhora que dá pelo nome de ciência política a que muitos se habituaram de chamar de Filha da Mãe.
Em contrapartida, quem tem noção mais real destas coisas, quem controla a situação, quem trabalha afincadamente no tempo e no modo certo, não dá importância a estas brincadeiras, a estas “tretas” de quem não tem mais nada que fazer à noite! Trabalho e mais trabalho é que é preciso e muito empenhamento, porque daí é que vem o sustento.
Por isso, e fora de brincadeiras, vai ganhar quem mais trabalhar e fizer pela vida.

domingo, 17 de maio de 2009

Gramofone surpreenderam

Ontem à noite, os Gramofone de Seia surpreenderam. Foi um concerto, integrado na ARTIS, muito bem conseguido e que agradou ao público na Casa da Cultura, (perto de 100 pessoas).
Foi mesmo uma viagem musical feita ao longo dos últimos 50 anos. Uma espécie de programa de rádio ao vivo, onde os 4 músicos Nelson Santos, Emanuel Ferreira, Dimitry Butsko e Fernando Ferreira, surpreenderam pela positiva, e sobretudo a voz surpreendente de Emanuel Ferreira.
Valeu.





Caminhada Salgadeiras - Covão da' Ametade

Imagens da caminhada Salgadeiras Covão d'Ametade, que decorreu este Sábado, dia 16 de Maio, por iniciativa do Clube de Montanhismo de Seia. Um clube com dinamismo que está a proporcionar a todos os interessados a possibilidade de ficarem a conhecer melhor a Serra e a desfrutá-la.












sexta-feira, 15 de maio de 2009

Assuntos da actualidade

Assuntos de Seia na actualidade:

Beiralã
A Beiralã está em processo de insolvência, a pedido de um dos credores. A sentença designou para o dia 1 de Junho a reunião da assembleia de credores. Os 120 funcionários despedidos já tinham os contratos suspensos desde Setembro do ano passado, mantendo-se ainda na empresa 90 trabalhadores até à realização desta assembleia de credores.
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ARA
A ARA - Fábrica de sapatos despediu recentemente 35 trabalhadores.
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EDP
O Contact Center da EDP em Seia fez um ano, e segundo dados revelados, neste primeiro ano foram atendidas 4,5 milhões de chamadas. Mas mais importante do que isso, foram criados mais de 200 postos de trabalho, quando inicialmente estavam previstos 150.
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Estrada da Serra
Decorrem em bom ritmo as obras de remodelação da Estrada da Serra (EN339) Seia – Sabugueiro – Torre. Valeu a pena a nossa reivindicação.
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Inaugurações
Duas importantes obras vão ser brevemente inauguradas. Uma é o Hospital de Seia que já tardava e que lamentavelmente o governo permitiu que as obras se fossem arrastando com graves prejuízos para os doentes.
A outra obra que vai inaugurar é o Centro Escolar de Seia. No entanto, é preciso começar no próximo ano a discutir o novo mapa escolar, porque há novos fenómenos no quadro escolar, com falta de alunos e escolas a mais. Agrupamentos de Arrifana, Tourais e São Romão poderão ter de ser repensados.
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Grandes decisões a tomar
Há grandes decisões a tomar para o desenvolvimento que têm sido adiadas mas que os candidatos têm de discutir na campanha eleitoral que se avizinha. Os tempos qua aí vêm precisam muito de intervenção e acção publica política.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fotografias no Tribunal de Seia

Estas são as minhas fotografias que estão patentes na Colectiva da ARTIS, a decorrer até dia 7 de Junho no edifício do Tribunal de Seia.
A exposição conta com a participação de um total de 22 fotografos amadores e uns poucos profissionais e que vale a pena visitar, no horário normal de expediente, de segunda a sexta-feira.


"Atocha 1"


"Atocha 2"

Mais informações em: www.artisdeseia.blogspot.com

Concerto proporciona viagem musical de 50 anos,...

Eis algumas das músicas que os Gramofones, de Seia vão tocar este Sábado, 16 de Maio, pelas 21:45 horas na Casa Municipal da Cultura:
Ray Charles - Hit the Road Jack (1961)
Chuck Berry - You Never Can Tell (1964)
Roberto Carlos – Quero que vá tudo para o Inferno (1965)
Tom Jobim – Wave (1967)
Doors - People are strange (1967)
Ary dos Santos/Fernando Tordo - Fado de Alcoentre (1975)
Faith no More/Commodors – Easy (1977)
Iggy Pop – Passenger (1977)
Bob Marley - Three Little Birds (1977)
Gilberto Gil - Sítio do Pica Pau Amarelo (1977)
The Specials – Monkey Man (1979)
Rui Veloso - Chico Fininho (1980)
Jorge Palma - Deixa-me Rir (1985)
Bobby McFerry – Don’t Worry, Be Happy (1988)
Radiohead – Karmapolice (1997)
Caetano Veloso - Sozinho (1999)
Rui Veloso - Nunca me esqueci (2003)
White Stripes – Seven Nation Army (2003)
No concerto que é integrado na programação da ARTIS, www.artisdeseia.blogspot.com e cuja entrada é livre, os Gramofone propõem uma viagem musical de 50 anos, através de um programa de rádio... ao vivo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Imagens do Grande Prémio do Rolinfire

Imagens do V GRANDE PRÉMIO ROLINFIRE - CARRINHOS DE ROLAMENTOS que decorreu no passado dia 9 de Maio em Seia, por iniciativa da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, no âmbito das comemorações do 75º aniversário da corporação.





Uma vez mais, o Centro Cultural e Desportivo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia realizou o seu Grande Prémio, conhecido entre os mais apaixonados da modalidade por RolinFire.
Trata-se de uma iniciativa que obriga a uma boa dose de concentração e de perícia na descida do Largo da Feira até à Central de Camionagem, numa extensão de sensivelmente 500 metros, com uma pendente de cerca de 10%, proporcionando momentos de grande emoção, beleza e muita adrenalina.
Diz quem viu que “foi demais!”, apesar da frescura da noite.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Imagens da Abertura da ARTIS, Seia

Imagens da abertura da ARTIS na Casa Municipal da Cultura de Seia. Exposição colectiva de pintura e escultura; Homenagem a António Correia e Luiz Morgadinho e concerto com Joel Xavier.
Fotos de Visor e Carlos Correia.




Artistas de Seia, ANTÓNIO CORREIA

O que escrevi sobre o fotógrafo senense António Correia, por ocasião da homenagem que os artistas de Seia lhe prestaram na abertura da ARTIS 2009, que teve lugar dia 9 de Maio de 2009:




António Serafim Monteiro Correia nasceu em Seia, em 15 de Setembro de 1948 e reside em Vila Chã – Seia.
Filho e neto de fotógrafos, cresceu numa família onde, desde muito cedo, absorveu a técnica e o entusiasmo pela fotografia.

Trabalha no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), como desenhador gráfico desde 1978, embora ao longo destes anos tenha sido das pessoas que mais fotografou a serra da Estrela ao serviço desta instituição.

Juntamente com Angelina Barbosa, Alberto Martinho e Teresa Lopes calcorreou a Serra logo no início da criação do Parque Natural, fotografando e desenhando a partir das fotografias, lugares e pormenores da imensa montanha que é a Estrela. A maior parte das fotografias do PNSE, foram tiradas por António Correia, muitas das quais fazem parte de inúmeras publicações oficiais e particulares, entre elas o “Guia de Percursos Pedestres da Serra da Estrela” (1990) em co-autoria com Angelina Barbosa.

Participou ainda na ilustração do Guia Geológico e Botânico do Parque Natural da Serra da Estrela.

Colaborou na organização de inúmeras exposições de fotografia do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) em Lisboa, tendo feito também parte da equipa que montou a Exposição desta entidade na Expo 98.

Ganhou um primeiro prémio num concurso de fotografia (Covilhã – 1978), participou em várias exposições de fotografia das antigas “Festas da Vila” em Seia, tem uma rubrica fotográfica no Jornal Porta da Estrela, de Seia e participa regularmente nas várias edições da ARTIS – Festa das Artes e Ideias de Seia.

Neste momento, António Correia está a organizar o arquivo fotográfico do PNSE.

Durante esta ARTIS tem uma exposição individual intitulada “O Vermelho na fotografia” e que está patente no edifício da Câmara Municipal onde o vermelho é o elemento comum.
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A mensagem que Angelina Barbosa enviou a propósito da homenagem a António Correia:


Das terras ribeirinhas, a minha homenagem…

"António Correia é, hoje, o fotógrafo da Serra da Estrela. Conhece a montanha como poucos e gosta dela como ninguém.

Ao ritmo do seu passo percorreu repetidamente toda esta paisagem serrana, dias e dias ao longo de muitos anos, descobrindo, estudando e fotografando as rochas, a água, os rios, as fontes, a imensa variedade de flora e fauna e ainda as marcas da presença do homem nesta paisagem serrana. Usando com mestria as cambiantes de luz que só a Estrela tem, António Correia foi construindo, no Parque Natural da Serra da Estrela um valioso arquivo de imagens, em minha opinião, de consulta obrigatória para quem pretende estudar a região da Serra da Estrela a partir de finais dos anos 70.

Está de parabéns quem organizou esta homenagem. Merecida. António Correia é um filho da terra, trabalhador, estudioso, discreto, que muito contribuíu, para levar bem longe o nome da Serra da Estrela. E tanto ainda se espera dele!

Considero-me uma pessoa com sorte, ter trabalhado durante duas décadas com o Correia. Faz parte do tipo de pessoas que encontramos na vida e nos acrescenta, pela atitude, pelo exemplo, ou, simplesmente, porque existe.

Ao Correia, um abraço Amigo

Angelina Barbosa
Bunheiro, 9/05/09

domingo, 10 de maio de 2009

Artistas de Seia, LUIZ MORGADINHO


O que Sérgio Reis escreveu sobre Luiz Morgadinho, por ocasião da homenagem que os artistas de Seia lhe prestaram na abertura da ARTIS 2009, que teve lugar ontem, dia 9 de Maio de 2009.



LUIZ MORGADINHO


"Existem vários e bons motivos para distinguir Luiz Morgadinho no contexto dos artistas senenses: em primeiro lugar, por ter representado esses artistas enquanto membro da direcção da Associação de Arte e Imagem de Seia, e a sua participação na organização de várias edições da ARTIS – Festa das Artes e das Ideias de Seia; depois, pela qualidade intrínseca da sua obra e os reflexos desta no prestígio global dos artistas senenses e das artes em Seia.


Luiz Morgadinho vive exclusivamente da sua arte, trabalhando simultaneamente para diferentes tipos de mercados, e esta liberdade espinhosa reforça a sua representatividade e bom exemplo. Uma parte da sua obra plástica trata, assim, aspectos imediatos da realidade com interesse histórico e turístico, distinguindo-se sobretudo pela técnica adoptada: o desenho e pintura com café.




A sua obra criativa, ao inverso, utiliza técnicas de pintura convencionais para nos mostrar mais caminhos de comunicação, alargar as janelas e corredores do gosto artístico tradicional, ao mesmo tempo que desafia o acomodado entendimento da realidade. Servindo-se de um dos métodos preferidos dos surrealistas, o ilusionismo fotográfico, e guiado pelo princípio da imaginação como motor da criação, Luiz Morgadinho constrói malabarismos filosóficos para desmascarar as incongruências do nosso tempo.



Os surrealistas revelam o sonho e o imaginário, fontes inesgotáveis e misteriosas de criatividade. O insólito, o cómico e o grotesco exprimem-se livremente nas suas obras e por isso o espírito e métodos deste movimento internacional, cujas bases teóricas foram estabelecidas por André Breton em 1924, continuam a atrair os artistas e poetas jovens. Nem todos, porém, persistem na infindável busca do ideal surrealista e Luiz Morgadinho faz parte do cada vez mais restrito e selecto grupo de continuadores do Surrealismo, uma opção que data da sua fixação em Seia, em 1999. Pode bem dizer-se que a parte mais significativa e divulgada da sua fase surrealista foi realizada por cá, entre nevões no alto da Estrela e os prados férteis de Santa Comba de Seia.






"O Morro da Estátua"




Natural de Coimbra, onde nasceu em 1964, o artista assume-se como pintor autodidacta, apesar de ter frequentado o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e o Curso de Artes e Técnicas do Fogo na Escola Avelar Brotero. Nos anos 80, partiu para a capital em busca de espaço para a sua irreverência vanguardista, chegando a integrar “algumas formações na área do rock alternativo, performances, e de acção libertária”. Logo depois, decidiu quebrar com as rotinas do emprego certo e passou a dedicar-se exclusivamente às artes. Realizou algumas experiências na área da cerâmica e aprendeu diferentes técnicas de pintura com os artistas Jorge Marcel, António Montelhano e Jorge Carlos de Oliveira. Pelo meio dos anos 90, a vida de Luiz Morgadinho estava definitivamente moldada pela agitação artística da Lisboa boémia e o artista desdobrava-se em projectos diversos.




Para além da intensa produção de pinturas com café e aguarelas, publicou um livro em parceria com o pintor e escritor Jorge Carlos de Oliveira, ilustrou um livro do Prof. Luís Filipe Maçarico e a colectânea “Arte 98”, de Fernando Infante do Carmo. Realizou então algumas exposições individuais em Portugal, Espanha e França, e participou em várias colectivas, tendo conquistado duas menções honrosas: em Lisboa (1996) e Torres Novas (1997).


A sua fixação em Seia não travou o seu envolvimento em projectos diversificados. Manteve ligações com a vida artística lisboeta e continuou a expor em colectivas, arrecadando nova menção honrosa, em Nisa, no último ano do milénio.


Participou em praticamente todas as mostras colectivas realizadas na região desde o início do novo século até à data, com destaque para as Exposições Colectivas dos Artistas Senenses, as várias edições da ARTIS e algumas AGIRARTE, realizadas na vizinha Oliveira do Hospital. Representado no museu do café de Cadenazzo, na Suíça, em várias Câmaras Municipais portuguesas e no Ayuntamento de Olivenza, Espanha, para além de diversas colecções particulares dispersas pelos cinco continentes, Luiz Morgadinho é uma mais-valia para a Associação de Arte e Imagem de Seia e para a dinâmica cultural que se pretende intensificar na cidade e na região".



Sérgio Reis

sexta-feira, 8 de maio de 2009

De que conversar agora em tempo de crise?

Uma espécie de criativa
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De que se há-de falar num tempo destes, com um tempo assim, quando só há ouvidos para a crise?
Podemos falar dos joanetes da dona que quer ser dona, ou do preço das couves que vem da horta de Sandomil, ou do reumatismo que assolou o Tio Xico da Rosa, mas não de crise nem de coisa parecida.
Se o tempo não está para grandes assuntos, instituímos então “conversas de treta” para nos entretermos uns aos outros, como gostamos de entreter, para termos alguma distracção, e evitarmos,... sarcasmos e amargos de boca.

Porque teremos de falar de crise ou simplesmente de politica ou politicas, se há pequenas grandes coisas mais interessantes intuídas no nosso contentamento descontraído?

Falemos de outras importâncias, ou mais-valias, como costuma dizer a Alzira, mulher do cantoneiro da Estrada da Beira, que de tanto ouvir falar do termo o gastou. Mais-valias!

Falemos por exemplo do putativo regresso da maioria do povo à agricultura, quando se sabe que isto está tão mal, que não tarda nada, estamos todos a voltar à terra. À criação de animais, às sementeiras da terra, com milhos, batatais e afins.

Discutamos então se vamos ou não voltar à agricultura. E se vale a pena. Se dá para a bucha! Os campos estão ao abandono, as fábricas a fechar, o subsídio de desemprego a acabar e quem sabe se não teremos de voltar à enxada na mão. O Zé da Céu, que ainda se regula pelas luas e quartos minguantes, profetiza um retorno às origens: “Ainda voltamos ao antigo, batatas, coelhos, galinhas,…”

O Zé, que não é do Céu mas marido da Maria do Céu e tem os pés bem assentes na terra e não tem grandes saídas, não fala de política nem de mercados financeiros, nem está preocupado com os movimentos bolsistas. Está mais centrado em saber se a sua cabra amarela sobrevive à queda de ontem no lameiro da Relva, ou se a artrose da companheira a impede de lhe continuar a levar o farnel todos os dias ao prado, ou tentar perceber quem é esse filho da mãe de um tal Magalhães que vai passar a ser companhia da filha nas lides ditas informáticas da escola.
Sempre é mais saudável falar da vida do Zé, desse admirável homem do campo, do que passar o tempo a cortar na casaca dos que nos rodeiam e só falam de politica, de crise e de mercados de trapalhada e dos bandidos dos bancos.
Falemos por isso das coisas banais da vida - de músicas, virtudes e poesias, que são delas o reino das alegrias saudáveis!

Que mal tem falar da senhora dona Elsinha, que veio da Beira Baixa há uns anos atrás e se impõe na praça como dona do mercado das couves, se afinal não tem malícia, não concorre a nenhuma Junta e nem sequer é mulher de intrigas?

Como se vê, é melhor a gente falar do povo do que o povo falar de nós. Ou falar de política. No campo, não há critérios editoriais para temas de conversa. Fala-se de tudo. Se o jardim não cresce, fala-se de adubos e pesticidas, marcas, preços e afins insólitos se for preciso. Se chove, pode dizer-se que a culpa é do tempo e o tema está lançado para as primeiras páginas da jornada. Se um vizinho vai à bruxa, toda a gente pode saber, embora ninguém tenha nada a ver com o assunto. Mas se o assunto fosse de política, já cairia o “Carmo e a Trindade”, porque “isso é perigoso”. É tudo uma máfia, e andam todos ao mesmo. Ninguém tem respeito. Ao menos no campo, a olhar as searas de outrora, que agora já não alouram, fala-se de saudade e da ingenuidade dos dias, nos tempos que correm, sem grandes perspectivas mas com ânsias de melhorias.
Falemos de tudo que não seja sério demais.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Joel Xavier em Seia

Este Sábado, dia 9 de Maio, o público de Seia vai ter oportunidade de ver um dos melhores guitarristas portugueses no palco da Casa Municipal da Cultura. Trata-se de Joel Xavier, que venceu o “Concurso Internacional de Guitarra da NAMM-SHOW” em Los Angeles; foi considerado um dos cinco melhores guitarristas do ano nos EUA; considerado em Espanha como um dos melhores guitarristas latinos do Mundo e recebeu o prémio de melhor guitarrista de Portugal em 2006.

Acompanhado por Marcos Brito no Baixo e Milton Batera, na Bateria, Joel Xavier trará a Seia - “SARAVÁ”, um trabalho onde se faz a fusão entre o Jazz e os ritmos Afro-Brasileiros como o Samba, Ijexá, Baião, Coladera, Semba e a Bossa Nova.

O concerto integra-se na cerimónia de abertura da ARTIS – Festa das Artes e Ideias de Seia, que decorre até 7 de Junho.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ainda a falta do PSD às contas da Câmara

A agenda política de Seia tem sido marcada nos últimos dias pelo alarido que o PSD fez sobre a ausência dos seus Vereadores na votação das contas do município relativamente a 2008.

Com tanto assunto para resolver, os sociais-democratas entretêm-se com isto. Foi na Câmara, com os Vereadores a enredarem-se em explicações e ataques, quando se soube que afinal Nuno Vaz já tinha dito que faltava à reunião, antes de ter a grave notícia da morte de seu pai. Ou quando Luis Caetano vai de férias numa altura em que sabe que as contas têm de ser votadas. Ainda para mais, sendo Caetano o candidato à Câmara.

Depois e como se não bastasse, ainda vai Nuno Almeida para a assembleia Municipal, em tom enfadonho e desproporcionado, tomando como suas as dores dos Vereadores, a criticar os socialistas, que não fizeram mais do que a sua obrigação. Trabalho. Mau de mais e a dar razão a Eduardo Brito quando diz que a política não está para amadores.

Verdadeira oposição tem feio o Jornal Porta da Estrela através das suas recentes manchetes, como acusou na altura o Presidente da Câmara. E porque será? Perguntamos nós!
E assim vai a politica em Seia a dois dias das eleições. E isto não é dizer mal, que eu dou-me com todas as pessoas que citei. Ficamos é todos muito preocupados por ver o PSD tão mal, tão mal, por não cumprir o papel que lhe cabe enquanto oposição, comprometendo uma função indispensável e necessária à democracia local.
Algumas pessoas do PSD pensam que fazer política é mandar mensagens para o Forum do PE ou vir votar massivamente na sondagem eleitoral que está a decorrer aqui no blogue.