Hoje não venho aqui falar de assunto muito sério.
Estamos no Verão e a época aconselha relaxamento e descanso, na frescura dos dias e das leituras ligeiras, em dias quentes de Agosto.
Quem escreve crónicas em jornais, ainda que esporadicamente, chega ao Verão e procura aligeirar a escrita e assim sendo, o melhor é girar em torno desse chavão que se chama “reflexão em tempo de Verão”.
No nosso caso, o exercício tanto nos pode levar ao muito que fizemos nos últimos meses, como ao que nos devemos propor para os próximos, no putativo afã do contributo para a causa pública.
Pode parecer estranho para quem pensa que não podemos fazer muito pela comunidade, no entanto, há sempre um espaço para o nosso dever de cidadania, para o modesto contributo em prol da dita.
E tanto contribuímos fazendo, como fazendo fazer, escrevendo ou brincando nas entrelinhas do que se vê e se pensa.
Do que se tem visto, sobressai um défice de participação cívica em muitos sectores da sociedade, o que não é de estranhar nos dias de hoje, ou porque não estamos para perder tempo, não ganhar dinheiro, evitar “chatice”, ou outra contrariedade qualquer.
O associativismo, já se sabe, enfraquece e até o combate arrefece. “Já nada é como dantes”, cada um trata de si!
Do que se sabe e do que se vê, pouco estimulo também tem sido dado aos poucos que muito fazem pela comunidade – no clube, na banda, no rancho, no jornal, no bairro, na vida e pela vida colectiva.
Quem não cuida dos seus que se cuide e as ditas entidades oficiais, locais, nacionais e outras que tais, têm uma palavra a dizer, que é como quem diz, precisam de acarinhar os seus para uma sociedade mais dinâmica e uma região mais prospera.
No desapego dos que partem e na indiferença dos que ficam, reina a melancolia desta história toda, a ver medrar o marasmo e a marcar no ferrete os mesmos que ainda vão fazendo.
As terras valem pelas pessoas que têm, pela sua valentia, ousadia, dinâmica e acção empreendedora. O pior é quando o espírito de missão se apaga.
Valha-nos a resistência dos que vão pelo seu próprio pé.
Mário Jorge Branquinho
In Jornal Terras da Beira, Guarda 9 de Agosto de 2007
Estamos no Verão e a época aconselha relaxamento e descanso, na frescura dos dias e das leituras ligeiras, em dias quentes de Agosto.
Quem escreve crónicas em jornais, ainda que esporadicamente, chega ao Verão e procura aligeirar a escrita e assim sendo, o melhor é girar em torno desse chavão que se chama “reflexão em tempo de Verão”.
No nosso caso, o exercício tanto nos pode levar ao muito que fizemos nos últimos meses, como ao que nos devemos propor para os próximos, no putativo afã do contributo para a causa pública.
Pode parecer estranho para quem pensa que não podemos fazer muito pela comunidade, no entanto, há sempre um espaço para o nosso dever de cidadania, para o modesto contributo em prol da dita.
E tanto contribuímos fazendo, como fazendo fazer, escrevendo ou brincando nas entrelinhas do que se vê e se pensa.
Do que se tem visto, sobressai um défice de participação cívica em muitos sectores da sociedade, o que não é de estranhar nos dias de hoje, ou porque não estamos para perder tempo, não ganhar dinheiro, evitar “chatice”, ou outra contrariedade qualquer.
O associativismo, já se sabe, enfraquece e até o combate arrefece. “Já nada é como dantes”, cada um trata de si!
Do que se sabe e do que se vê, pouco estimulo também tem sido dado aos poucos que muito fazem pela comunidade – no clube, na banda, no rancho, no jornal, no bairro, na vida e pela vida colectiva.
Quem não cuida dos seus que se cuide e as ditas entidades oficiais, locais, nacionais e outras que tais, têm uma palavra a dizer, que é como quem diz, precisam de acarinhar os seus para uma sociedade mais dinâmica e uma região mais prospera.
No desapego dos que partem e na indiferença dos que ficam, reina a melancolia desta história toda, a ver medrar o marasmo e a marcar no ferrete os mesmos que ainda vão fazendo.
As terras valem pelas pessoas que têm, pela sua valentia, ousadia, dinâmica e acção empreendedora. O pior é quando o espírito de missão se apaga.
Valha-nos a resistência dos que vão pelo seu próprio pé.
Mário Jorge Branquinho
In Jornal Terras da Beira, Guarda 9 de Agosto de 2007
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