segunda-feira, 30 de abril de 2012

MERCADO TROCAS & BALDROCAS, 5 DE MAIO JUNTO AO GRÉMIO DE SEIA





Organizado pelo Município, Junta de Freguesia de Seia e Associação de Arte e Imagem, vai ter lugar no próximo dia 5 de Maio em Seia, o denominado “Mercado Trocas & Baldrocas”.

A iniciativa, que no ano passado se realizou nas traseiras do edifício da Câmara Municipal, decorrerá este ano junto ao Grémio e Mercado Municipal, onde habitualmente também se realiza a Feira do Queijo, por ser uma zona mais central. É que, no ano passado, os expositores queixaram-se de que as pessoas não se apercebiam de que a feira estava a decorrer, dada a pouca visibilidade daquela zona, atrás da Câmara e pediram a mudança de local


A Feira, cuja inscrição é gratuita, destina-se a todos os interessados em comercializar objectos que acumularam em casa ou do seu artesanato, bem como a pessoas das artes visuais, do espectáculo e da música que queiram actuar ou comercializar os seus trabalhos livremente. Não é permitida a presença de comerciantes profissionais.

As inscrições são gratuitas e estão abertas na Casa Municipal da Cultura de Seia (238 310 293), embora no dia também se aceitem inscrições.

sábado, 28 de abril de 2012

Abertas inscrições para Cine'Eco - Festival Internacional de Cinema Ambiental de Seia




O Cine’Eco 2012 – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, Seia tem neste momento a decorrer o processo de inscrições para os filmes a concurso.
 
Segundo o Regulamento publicado no site oficial do Festival, www.cineecoseia.org as inscrições estão abertas até 6 de Agosto.
 
O Festival está aberto à inscrição de filmes de ficção, documentários em longa ou curta-metragem para as suas várias secções competitivas e não-competitivas, de acordo com os temas, ambiente, natureza, cultura, viagens e turismo, aos quais estão ligados Seia e à região da Serra da Estrela.

O Cine’Eco, que vai na sua 18ª edição, decorrerá de 6 a 13 de Outubro nos complexos da Casa Municipal da Cultura de Seia e do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) e à semelhança de anos anteriores, contará com vários ciclos de cinema e diversas atividades paralelas, das quais se destacam conferências, concertos, exposições, masterclasses de documentário, etc.



Lançamento de Guia Interpretativo da Serra da Estrela



No próximo dia 30 de abril, pelas 17 horas, irá decorrer, no CISE, o lançamento do Guia Interpretativo “Rotas e Percursos na Serra da Estrela – Planalto Superior”.

O Guia é o primeiro título de uma coleção, denominada “CISE – Guias Interpretativos da Serra da Estrela”. Editado pelo Município de Seia, através do CISE, o número que se apresenta constitui um guia prático para a descoberta da área que abrange os planaltos mais elevados da serra e os vales que deles irradiam. Este Guia pretende afirmar-se como uma referência para quem desejar conhecer, em pormenor, o património ambiental da serra.

Classificada como Parque Natural em 1976, a serra da Estrela é uma das áreas protegidas mais extensas no país, com 88 840 ha. Esta cadeia montanhosa alberga um conjunto de valores naturais e culturais únicos no país e representa um dos mais emblemáticos destinos turísticos de natureza, em Portugal, apelando à descoberta dos seus valores ambientais, para além da observação e fruição da neve.

Em matéria de promoção do conhecimento e divulgação do património ambiental da serra da Estrela, o CISE representa a porta de entrada. Criado em 2000, pelo Município de Seia, o CISE apresenta um conjunto de espaços e equipamentos multivalentes que o convertem num local modelar para o desenvolvimento de atividades de educação e divulgação ambiental, promoção turística e investigação e um ponto privilegiado para partir à descoberta da serra da Estrela.


(Fonte: Gabinete de Comunicação e Informação, CM de Seia)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Banda de Seia apresenta-se este domingo à tarde


Este Domingo à tarde, a Banda de Seia vai apresentar-se no Cineteatro da Casa da Cultura de Seia, no âmbito do programa cultural do município, denominado FILARMONIAS.

Com início previsto para as 15:30 Horas, o concerto tem entrada livre.

A Banda de Seia é uma coletividade nascida em 1857. A história da Banda é riquíssima e orgulha todos os que nela, devotadamente, dela fizeram parte. Há alguns anos atrás, dificuldades várias levaram a que a Banda atravessasse um mau momento. Graças à colaboração de alguns amigos foi possível manter a Banda em atividade.

Mérito do jovem maestro Nuno Pinheiro que, abnegadamente e desinteressadamente, prepara um novo conjunto de jovens que, hoje, são o embrião de uma nova fase da vida da Banda de Seia. Com duas apresentações públicas este é o caminho.

E a Banda de Seia já fazia falta no panorama cultural da cidade.






quarta-feira, 25 de abril de 2012

Centenário do Turismo revive expedição científica à Serra da Estrela

A Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal organiza no próximo fim-de-semana, de 28 de Abril a 1 de Maio, a recriação da Expedição Científica à Serra da Estrela, realizada em 1881.

Segundo Jorge Mangorrinha, presidente da Comissão Nacional, “esta é uma das mais singulares iniciativas das comemorações, agora que estamos perto do fecho do ciclo comemorativo, já que ela revive um acontecimento verdadeiramente extraordinário ocorrido ainda antes da institucionalização do turismo em Portugal, mas determinante para o conhecimento da Serra da Estrela, como território com recursos turísticos.

A acrescentar a este facto, sublinhe-se que, a propósito desta recriação, podemos hoje relevar o papel do Turismo Científico no nosso país. Os próximos tempos das comemorações são dedicados aos novos segmentos turísticos e a uma visão de futuro”. No primeiro dia da recriação da expedição, abrirá em Manteigas a exposição “A Expedição Científica à Serra da Estrela: da Aventura ao Turismo Científico (1881-2012)”, organizada em três momentos: os antecedentes, a expedição e as consequências.

  Todas as actividades são gratuitas, sendo no entanto necessária inscrição para almoço-piquenique e recriação de percursos pedestres no planalto superior da serra. Nas restantes actividades, basta comparecer no local indicado e à hora da actividade. Estão também disponíveis transportes gratuitos de ida e volta para o local da actividade, organizados a partir de Seia e Manteigas.

A inscrição pode ser feita junto da Câmara Municipal de Manteigas (tel: 275980000, email: expedicao@cm-manteigas.pt) ou Centro de Interpretação da Serra da Estrela (tel: 238320300, email: cise@cise-seia.org.pt).

O meu discurso na sessão da Assembleia Municipal de Seia evocativa do 25 de Abril


Passados 38 anos sobre a revolução dos cravos, eis-nos aqui nesta Assembleia Municipal a assinalar simbolicamente esse fenómeno histórico que contribuiu para uma nova fase da vida do nosso país.
Passados 38 anos continuamos a reunir-nos para comemorar uma data que significou um novo ponto de partida da sociedade portuguesa, até então mergulhada na pobreza, na miséria e nas guerras coloniais. Reunidos num ato de cariz evocativo da liberdade, sublinhamos o simbólico, retirando do esquecimento um marco importante da nossa história.
Passados 38 anos aqui estamos e perguntamo-nos, no entanto, que significado tem, continuarmos a reunir aqui e por todo o país, em cerimónias solenes e simbólicas que remontam à memória, como espaço de resistência e seiva da cidadania. Uma data histórica, que independentemente do seu significado, poderá e deverá ser repensada à luz da nova reforma da lei eleitoral autárquica. É que passados tantos anos, pode deixar de fazer sentido este tipo de sessão solene.
Mas mesmo assim e passados 38 anos, aproveitamos o momento para lhe dar significado e solenidade merecida.
E nesse contexto, olhamos então para trás, do ponto onde nos encontramos, refletimos inevitavelmente sobre o caminho andado e sobre a situação a que chegámos, para procurarmos perceber o rumo que levamos. Para, por ventura, nos embaraçarmos no raciocínio a seguir e no caminho a tomar, dada a enorme transformação operada pelo sistema democrático que ao longo deste tempo nos tem governado.
38 anos é muito tempo e por isso dá bem para constatar que estas comemorações do 25 de Abril de 2012, ocorrem num clima de grande incerteza, de receio e de muita amargura pela  situação que o país, a Europa e o mundo atravessam.
Todos os dias vemos o país a afundar-se pela difícil situação em que nos encontramos, fruto de políticas erradas, sobretudo dos últimos 25 anos, mas também pelas duríssimas e insensíveis medidas tomadas pelo atual governo que nos leva a crer que não vamos morrer do mal, mas da cura que nos impõe.
E nós não podemos consentir que se ataque fortemente nos direitos e lance impostos para tudo, fazendo com que circule cada vez menos dinheiro e que haja cada vez menos negócio.
Não podemos admitir que se privatize tudo o que interessa aos privados, nem admitir que se deixe para trás muita gente, desprovida de apoio social, de saúde e de justiça. E não se dê futuro aos nossos jovens, que se formam e qualificam e não encontram trabalho. É que ao longo da história do nosso país, somos a geração que não está a dar esperança de um futuro melhor às gerações a seguir à nossa!
Por isso, com o povo no limite da sua resistência, é preciso uma saída que, naturalmente não é fácil, mas que em matéria de política nacional, nos remete para uma reivindicação de mais investimento e menos austuridade, sobretudo com o desbloqueamento de verbas do quadro comunitário para apoio às empresas e para execução de um caudal minímo de obras públicas.
É neste quadro, pintado de bem negro, que também o nosso concelho se situa, num confronto difícil, numa caminhada árdua do município, em busca de soluções para os novos problemas de hoje e sobretudo de investimentos para estancar o fenómeno de desertificação carateristico das zonas de Interior do país.
Um concelho que procura responder aos desafios, com medidas consistentes e criativas, com projetos simples e inovadores, com programas aliciantes e de baixo custo, enfim, um concelho como tantos outros que tem cada vez mais de fazer mais por menos.
Por isso se procura e se estimula o investimento privado, numa estratégia de proximidade aos seus cidadãos e agentes económicos e numa linha de rumo coerente capaz de dar frutos.
Por isso se caminha com os pés bem assentes na terra, em direção a programas coerentes e sustentáveis, longe da ilusão dos dias e de fantasias irresponsáveis que em nada nos beneficiam.
Por isso se procura cortar no assessório e centrar naquilo que é essencial, de modo a que não faltem os apoios minimos indispensáveis para a melhoria das condições de vida dos nossos municipes, sobretudo dos mais desfavorecidos.
Por isso se elege a área social como prioritária, através de programas de apoio a vários níveis – de combate à pobreza, alcoolismo e toxicodependência, de construção habitacional, etc. Porque é preciso estar do lado de quem mais precisa.
Por isso se aposta no turismo e na cultura, ressalvando-se, no entanto a necessidade de não cair na tentação do populismo e da demagogia, retirando a estes setores o apoio merecido, como tem feito o governo, por considerar estas áreas como elos mais fracos.
Por isso se procuram respostas para melhoria de prestação de cuidados primários de saúde, como aquelas que estão em marcha, procurando colmatar o encerramento de extenções de saúde, assim como do reforço das valências hospitalares de que os nossos cidadãos necessitam.
Por isso, em Seia, com virtudes e no reconhecimento humilde das falhas e dos defeitos, há esperança no futuro, uma esperança que procura manter-se, num discurso simples e de verdade, apesar do mar de adversidades que a Câmara enfrenta, sobretudo em matéria de finanças municipais.
No entanto, é bom que o governo reconheça o esforço e a abnegação que por aqui se revela, compensando de forma real e efetiva, este concelho de grandes potencialidades, de modo a que se faça o que ainda não foi feito. Se concretize a execução de pelo menos um traçado dos Itinerários Complementares que servem esta região e se execute um conjunto de outros investimentos necessários, mesmo em tempos difíceis como este. É que, governar não é só tirar, é preciso acrescentar e o concelho precisa que se acrescente no lado do investimento. Precisa de sinais de esperança para prosseguir a caminhada.
Comomerar Abril, hoje, é analisar a realidade que nos circunda, na Europa, no país e neste caso, no nosso concelho e apontar caminhos.
Por tudo isto também e passadas quase quatro décadas, é importante beber os ensinamentos de Abril e transportá-los para a nova realidade atual, construída em paradigmas ainda incertos e frágeis, na busca de novas receitas para um futuro melhor.
Porque apesar de tudo, temos de ter esperança e procurar inverter o rumo que tem sido seguido.
Temos de nos levantar do chão e procurar responder às imensas exigências que se nos colocam e pensar se não chegou a hora de pensar efetivamente mais nos deveres do que nos direitos.
Porque o desafio é de todos, já que há cada vez mais espaço para a cidadania.
Ao ponto a que tudo isto chegou é fundamental não deixar que a sociedade em geral se resigne e baixe os braços, desistindo de lutar e de acreditar.
É preciso acreditar e lutar, num momento particularmente difícil que afeta uma maioria e resguarda uns quantos, gerando sentimentos de injustiça e de revolta profunda.
Momentos e sentimentos que nos levam a sugerir um novo 25 de Abril para Portugal ao nível de novas mentalidades, de novas atitudes e de novas políticas que nos salvem.
Atitudes e caminhos que promovam e fortaleçam uma cultura de responsabilidade, um Estado de rigor, justo, produtor e não gastador, que combata de forma real e efetiva a corrupção, que facilite o acesso à saúde e incremente um ensino que promova o caráter, o mérito e a inovação.
Por tudo o que vemos da ação governativa da coligação maioritária e do acumular de más condutas de sucessivos governos, que nos trouxeram para este estado de decadência económica e social em que nos encontramos, é que precisamos de um abanão.
Num momento em que se instala o medo - o mesmo medo característico do Estado Novo, que amarrava os cidadãos à pobreza e à repressão - sentimos que o sistema precisa desse tal abanão que estremeça toda a classe política e estimule efetivamente os vários agentes da sociedade.
Precisaremos por isso, de um novo 25 de Abril centrado, não nas armas, mas na atitude e na ação governativa, nos seus patamares económico, social e cultural, que permita uma sociedade civil mais ativa e mais livre, neste intrincado processo de sobrevivência.
Uma revolução silenciosa que permita que a política mais madura e mais assertiva, lidere efetivamente os destinos do país e das instituições, rompendo com supremacias tecnocráticas e interesses económicos instalados que nos arruínam diariamente.
É urgente um novo 25 de Abril nas ideias e nas atitudes, que restitua a confiança no futuro e que volte a criar um sonho coletivo, reabilitando o direito ao futuro por parte das próximas gerações.
Um novo 25 de Abril que leve a democracia a refazer-se e a aprofundar-se, num momento em que se desqualifica diariamente nos discursos e nas ações. Num momento em que se tomam medidas duríssimas que em vez de darem indicações de melhoria, nos afundam cada vez mais.
Criar um novo 25 de Abril de mentalidades, apostando na Educação e na cultura, combatendo a pobreza, o desperdício dos fundos públicos, o desequilíbrio na distribuição da riqueza e apostar em novas formas de criação de riqueza e de emprego.
Dizer isto assim, parece retórica, porque é aquilo que ouvimos todos os dias - de que o país vai mal, que é preciso mudar, que os políticos são todos iguais – mas é urgente fazer alguma coisa que inverta a situação de depressão e agonia social em que mergulhamos.
É preciso, é urgente, uma revolução criativa que mobilize os cidadãos para as causas e coisas da democracia, de modo a encontrar caminhos que levem a novos empregos e a novos sustentos.
Atitudes que dependem de cada um de nós, no nosso dia-a-dia, mas que em muito dependem das opções governativas dos Estados, numa altura em que precisamos de um novo Jean Monet para refundar a Europa e de um novo Keynes para nos ajudar a sair da crise, como diz o Professor Freitas do Amaral.
Como se vê e constata, vivemos um tempo em que os sonhos do passado parecem ter desaparecido, mas não podemos perder a ambição de um tempo melhor. Está nas nossas mãos realizar os sonhos, reinventar a esperança.
É possível vencermos se nos mantivermos unidos e coesos e se os sacrifícios forem repartidos de uma forma justa e se se perceber que as exigências do presente têm um sentido de futuro, têm um propósito e uma linha de rumo coerente.
Só assim teremos razões legítimas para sonhar, as mesmas razões que há 38 anos nos deram a liberdade e a democracia. Razões de heróis que não tiveram medo do futuro e acreditaram na mudança.
Por isso, não é menor o patriotismo heróico que se exige a todos nós, que teremos de ser os heróis do nosso tempo, em que unidos, não devemos recear. E começar já hoje a construir um país digno da memória de Abril e da sua esperança.


 
Seia, 25 de abril de 2012
Mário Jorge Branquinho - PS

sábado, 21 de abril de 2012

Quarta-feira comemoramos abril


Estamos a poucos dias de comemorar 38 anos da revolução do 25 de abril, altura propícia para pensarmos no rumo que seguimos e nos caminhos que é preciso desbravar.
Em Seia, a sessão solene evocativa do Dia da Liberdade é quarta-feira, pelas 10 Horas no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia, onde todos são chamados a assistir, como forma simbólica de valorizar a revolução dos cravos.
Uma altura propícia para repensarmos este tipo de comemorações, quando se começa a debater a nova reforma administrativa local e que anuncia muitas mudanças, como dá conta hoje o Jornal Expresso.
É que reforma administrativa não é só a extinção e agregação de freguesias! É muito mais do que isso. Mas primeiro vamos comemorar abril, em tempos duros e difíceis, para a seguir vermos o que nos reserva o futuro.
Até lá!

Abertas inscrições para Residência Artística de Dança, na Casa Municipal da Cultura de Seia


O Município de Seia, no âmbito do projecto Cultrede vai levar a efeito de 6 a 9 de Junho uma residência Artística de Dança na Casa Municipal da Cultura, numa co-produção com a Jangada de Pedra, para a conceção do espetáculo O BAILE, encontrando-se abertas as inscrições para participantes locais.

O projeto envolve 15 pessoas de Seia selecionadas através da Casa Municipal da Cultura. Os participantes são de idades variadas, entre os 7 e os 70 anos, que em conjunto com os bailarinos, atores e coreografa, colaboram na interpretação do espetáculo. Será também integrada no espetáculo uma banda local de acordeões ou concertinas que em conjunto com o músico e com a equipa darão som ao espetáculo.



O Baile, que será depois apresentado no dia 9 de Junho à noite, é um espetáculo de dança inspirado no filme “O Baile” de Ettore Scola, e na memória dos bailes de bairro, de aldeias e vilas de Portugal. A partir de uma recolha de vários tipos de bailes procura-se recriar um baile contemporâneo, pertinente e atual, de um lugar único e idealizado pelas ideias dos participantes e da equipa artística deste projeto.

A conceção, direção e coreografia é de Aldara Bizarro e a criação musical de Artur Fernandes (Danças Ocultas).

As inscrições podem ser feitas na Casa Municipal da Cultura até ao dia 22 de Maio, dia em que decorrerá, pelas 18 horas uma reunião com todos os inscritos para seleção de interessados, apresentação do projeto e definição de horários.

sábado, 14 de abril de 2012

Um país a afundar-se

Tudo isto seria cómico, se não fosse trágico. Eu que sempre fui positivo, acho que vamos chegar ao fim deste ano e ver um país completamente devastado, em ruínas, pior que no final de uma guerra civil.

O anterior governo não foi perfeito, por isso perdeu as eleições, mas este governo está a levar-nos ao fundo de uma forma assustadora. A classe média, que era quem animava a pequena economia, está a ser atacada ferozmente. Os pobres são selvaticamente espoliados e espremidos, enquanto que os grandes e poderosos continuam como se nada fosse. Um governo que ataca tudo, que lança impostos para tudo, incluindo o último que anunciou sobre aquilo que se come. Um governo que corta direitos a torto e a direito, fazendo com que circule cada vez menos dinheiro e que haja cada vez menos negócio, como é que pode merecer a nossa aprovação?

Só não vê quem não quer ver, porque está tudo a fechar. As empresas asfixiam, estão a morrer diariamente, lançando tudo no desemprego e as poucas que vão aguentando, têm o destino traçado, porque dificilmente se aguentarão até ao final do ano. Vai tudo ao charco!

Atacam-se os pobres mas os poderosos continuam a rir-se de nós. Quem se atreve a mexer nas chamadas PPP’s? Quem se atreve a mexer nas grandes fortunas? Mas há gente a morrer, porque não tem dinheiro para a consulta, quanto mais para o taxi ou para os exames ou para remédios.
E pedem-nos para sermos empreendedores. Pedem-nos para ensinarmos os nossos jovens a ser criativos e a lançarem o seu proprio emprego. Como? Que mercado, se está tudo a ficar mais pobre? Quem se atreve a investir, se não há crédito? Se para se criar alguma coisa neste país é tudo uma grande burocracia e custa tudo uma pipa de massa! Ainda por cima não há confiança, nem nas pessoas nem nos mercados!
Ao longo da história do nosso país, somos a geração que não dá esperança de um futuro melhor às gerações a seguir à nossa!
Não basta sermos positivos, se as pessoas vão perder dois meses de salário, de um salário que já lhe reduziram! Se lhe aumentaram tudo brutalmente, como sejam a eletricidade, os combustiveis ou outros bens essenciais!

Não é preciso perceber muito de politica ou de economia, para saber que vamos chegar a 31 de dezembro e não vamos ver “pedra sobre pedra”! Até o FMI já reconheceu que a contenção em demasia está a levar o país à asfixia e que pode levar a tumultos sociais.
Os assaltos multiplicam-se diariamente e não espanta se dissermos que poderemos começar o próximo ano com o povo na rua, como na Grécia a reclamar por pão, por justiça e por sobrevivência.
De fato isto estava mal e tem de endireitar-se, mas com as medidas que estão a ser tomadas, tudo vai de mal a pior.

Cada vez mais acredito que não vamos morrer do mal, mas vamos morrer da cura.

E nesta fase do campeonato nem é bom entrar na ideia politiqueira de que a culpa é do PS, PSD ou CDS, porque como se constata, em matéria de governação, é tudo igual – dizem uma coisa na oposição e outra no governo. E se o Socrates era acusado por ter o “nariz como o Pinóquio”, este Primeiro Ministro, este Ministro dos Negócios Estrangeiros e até o das Finanças, já mostaram que são mentirosos descarados. E nem me dou ao trabalho de lembrar em que é que mentiram, porque a comunicação social tem dado nota disso mesmo.

Assim, repito, tudo isto seria cómico se não fosse trágico, porque estamos a ir ao fundo diariamente, empobrecendo alegremente, descendo, degrau a degrau até à estocada final.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Exposição MEMÓRIAS DO CINEMA, na Casa da Cultura de Seia

Sinais históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registo do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspetos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. O jogo de sombras do teatro de marionetes oriental é considerado um dos mais remotos precursores do cinema. Experiências posteriores, como a câmara escura e a lanterna mágica, constituem os fundamentos da ciência ótica, que torna possível a realidade cinematográfica.


Pequenos documentários e ficções são os primeiros géneros do cinema. A linguagem cinematográfica desenvolve-se, criando estruturas narrativas. Na França, na primeira década do século XX, são filmadas peças de teatro com grandes nomes do palco, como Sarah Bernhardt. Em 1913 surgem, com Max Linder – que mais tarde inspiraria Chaplin –, o primeiro tipo cómico e, com o Fantômas, de Louis Feuillade, o primeiro seriado policial.


O início do cinema português tem lugar com a exibição das primeiras curtas-metragens de um empresário da cidade do Porto, Aurélio Paz dos Reis. A Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança, de 1896, é uma réplica sua do filme dos irmãos Lumiére (1894/1895), Sortie de L'usine Lumiére à Lyon, que é considerado, depois das descobertas do chamado “pré-cinema”, o primeiro filme da história do cinema e, ao mesmo tempo, o primeiro documentário.


A ficção cinematográfica portuguesa nasce em 1907. E Seia, sendo uma terra audaz e culturalmente inovadora, cedo se preocupou com as artes do cinema e do teatro. De acordo com as referências existentes no Arquivo Municipal, o cinema em Seia é anterior à Implantação da Republica. O jornal Correio de Ceia, de 3 de junho de 1910, noticia a “Inauguração do Salão Cenimatographico "Cenense” e nos números a seguir refere a grande adesão por parte da “população Cenense” às sessões das quinta-feiras e de domingos. Este “salão Cenimatographico” situava-se na Rua da Caínha.




O Ceia Fraternal, de 01 de setembro de 1917, noticia o início da construção de “uma casa própria para o Teatro e Cinema”. Este será o Cinema Avenida, sito na Avenida Dr. Afonso Costa que a 19 de dezembro de 1925, exibiu o filme Max, Rei do Circo, uma produção “original e hilariante” de Max Linder.


A Associação de Socorros Mútuos de Seia criou na Rua 1º de Dezembro um edifício para sala de cinema e espetáculos, devidamente autorizada e “orientada” pela Inspecção-geral de espetáculos do Ministério do Interior do governo de Salazar.


Importa referir que Seia deu sempre um passo à frente na divulgação cinematográfica, permitindo que todos tivessem acesso a esta, que é hoje, a 7ª Arte. Como exemplo relevante regista-se a atividade da empresa Pátria Filmes, pertencente ao Sr. Manuel Toscano Pessoa, que através das suas emblemáticas carrinhas passava filmes não só no concelho mas por todo o País.


Em 1979 o edifício da Associação de Socorros Mútuos foi demolido.




Surgem alguns projetos, até se chegar ao atual Cineteatro, que a 19 de maio de 1984 com o filme Annie, de John Huston, faz a sua sessão experimental. Daí para cá, o “Cinema de Seia” foi sempre dos que registava maior bilheteira ao longo dos anos, nos chamados “cinemas do Interior”. Nos últimos 3 anos registou uma quebra acentuada, a que não é alheio o fenómeno da internet e o fato dos filmes agora chegarem a Seia com 2 ou 3 meses de atraso. No entanto e porque vão desaparecendo os filmes de 35 mm, o Município deverá dotar ainda este ano o “Cinema” com equipamento digital.


A Exposição é organizada pelo Município de Seia, conta com coleções de Rui Veloso e ainda a colaboração do Município de Leiria, através do Museu da Imagem e Multimédia e Município de Melgaço, através do Museu de Cinema

Galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia
Abril 2012

Horário: De segunda a sexta-feira: das 10 H às 18 Horas e Domingos das 15 H às 17 Horas



domingo, 1 de abril de 2012

500 pessoas de Seia juntaram-se às 200 mil em Lisboa, contra a extinção de Freguesias


No Sábado passado, a Avenida da Liberdade, em Lisboa, encheu-se de manifestantes como há muito não se via: milhares de pessoas de todo o País - e todos os partidos, começando pelo PSD - foram à capital protestar contra a proposta do Governo liderado por Passos Coelho que prevê a extinção de mais de um milhar de juntas de freguesias.



A organização (ANAFRE - Associação Macional de Fregueisas) falou em 200 mil pessoas. Eu estive lá e aquilo era um mar de gente. Do concelho de Seia foram 10 autocarros, com aproximadamente 500 pessoas, ou seja, representativo da força do concelho. Só de São Romão foram 3, incluindo um com a Banda da Academia de Santa Cecilia. O Grupo de Cantares “Balancé da Cabeça” também lá esteve com a Junta e o povo, assim como as concertinas da Teixeira, as concertinas de São Martinho, e pessoas e autarcas de Folhadosa, Sazes da Beira, Várzea, Santa Comba, Eulália, Travancinha, Tourais, Paranhos, Santiago, para além da representação da Câmara, os Vereadores Cristina Sousa e Paulo Caetano, de mim próprio da bancada do PS na Assembleia Municipal e dos também deputados na A. M. Manuel Leitão e Joel Ramires da CDU.


Ficou demonstrado que esta matéria não é para desvalorizar, uma vez que o Portugal profundo não concorda com esta reforma absurda e desconforme.



Como se viu e ouviu, se o governo insistir neste tipo de reforma terá o povo em pé de guerra contra si. Tudo isto era escusado, uma vez que a despesa das freguesias é irrelevante. E no Interior do país, o peso de uma Junta de Freguesia ainda é fundamental para o desenvolvimento.


No nosso concelho, os poucos que embandeiraram nesta aventura, estão também eles a recuar, incluindo responsáveis partidários, com responsabilidades acrescidas.


Para resumir, pode o governo avançar com esta reforma, mas dê às Assembleias Municipais o poder de decidir se extingue ou não alguma freguesia, fixando apenas um limite mínimo de habitantes, que não vá além de 150 habitantes, por exemplo.


O resto é conversa e perda de tempo, porque para milhares de portugueses, a Junta de freguesia é o único meio de proximidade ao Estado.

Nota: As Freguesias são livres de fazer o que entendem, mas não deixo de fazer um reparo à Junta de Freguesia de Seia que não se mobilizou para esta causa de Lisboa.