terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cinema ao ar livre


Este fim-de-semana há cinema ao ar livre em São Romão e no Sabugueiro.



Na sexta-feira, dia 2 de Setembro a Junta de Freguesia vai organizar uma sessão no Largo de Santo António, onde irá exibir o filme premiado no Cine’Eco 2009 – PARE, ESCUTE E OLHE, de Jorge Pelicano. Na ocasião será também exibida a curta, de Fernando C. Saraiva – SENHORA DO DESTERRO, UM PARAÍSO ADIADO.





No Sábado, a Associação do Sabugueiro, promove no Largo da Capela a exibição do filme A VIDA A BRINCAR, de Hugo Branquinho, que concluiu recentemente Mestrado em Comunicação Multimédia – Ramo Audiovisual.


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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Está a acabar a silly season


Está a acabar a chamada "silly season". Está a terminar Agosto. O país vai começar a regressar à normalidade. Ou melhor, vamos regressar à dureza dos dias e das ameaças que se abatem sobre todos nós, diária e incessantemente. Regressamos à realidade das más notícias. Ao frenesim da incerteza. Onde tudo agora é diferente, incerto e recheado de interrogações.


Sem saber muito bem para onde vamos, procuramos resposta para tantas perguntas. Enfim, regressamos ao teatro das preocupações, onde a melhor resposta é a entrega ao trabalho, para quem o tem e a persistência criativa para quem o não tem.


É fazer cada vez mais, com menos. É sermos positivos, mesmo que desconfiados. É olhar em frente e acreditar.


E seja o que Deus quiser!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Noites do Mundo terminam este Sábado em Seia








Este Sábado, 27 de Agosto, pelas 22 Horas, no Largo da Câmara de Seia, encerram as NOITES DO MUNDO, onde o público é convidado para uma viagem pela rota da seda, (até à Índia), num espectáculo que junta duas linhas de musicalidade. Será uma oportunidade para assistir ao cruzamento de instrumentos de cordas, como a guitarra portuguesa e o citar indiano, além de outros instrumentos típicos do oriente.

Acaba por ser o final de uma viagem pelas músicas do mundo, que começou com a Salsa Cubana, no final de Julho; passou pelo Reggae, num tributo ao músico Jamaicano, Bob Marley; aportou na alegria da Bahia, com muito samba e forró, numa noite brasileira; descambou para mornas e outras melodias de Cabo Verde e termina lá longe, na Índia, onde os portugueses chegaram primeiro que os outros!




O programa que o Município proporcionou está a terminar e julgo que o balanço é positivo, já que estamos perante uma iniciativa simples de muito baixo custo, que surgiu da ideia de colocar grupos a animar a cidade, no mês de Agosto, sem formalismos. Na sua concepção esteve mesmo a ideia de nem sequer montar palco, na linha de performance alternativa, ou seja, colocar os grupos a tocar na rua, como se vê em várias cidades europeias.
No entanto, a concepção artística revelou-se surpreendente e encontrou um lugar do espaço público magnífico – a praça do município, donde sobressai a fachada do edifício da “Casa das Obras” e toda a monumentalidade à volta. A partir de agora, a autarquia pode transformar estas Noites do Mundo num grande cartaz de animação da cidade, na linha dos novos tempos, que é fazer cada vez mais, por menos dinheiro e trazer as pessoas para a rua, nas noites de Verão e dar ainda mais vida à cidade.


www.casadaculturadeseia.com


terça-feira, 23 de agosto de 2011

MOVIMENTO “MAIS” PEDE QUE ORÇAMENTO DE ESTADO INCLUA IC's DA SERRA DA ESTRELA





O MAIS – Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela enviou esta semana várias cartas a entidades responsáveis a pedir que seja incluído no Orçamento de Estado para o próximo ano, a execução, ainda que parcial, dos troços dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela – IC 6, IC7 e IC 37.

As respectivas missivas foram enviadas ao Presidente da República, Presidente Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças, Ministro dos Assuntos Parlamentares, Secretário de Estado das Obras Públicas, Grupos Parlamentares e Deputados do Distrito da Guarda.



Pese embora a grave situação económica que o país atravessa, o Movimento MAIS, reconhece que o Orçamento de Estado terá de cortar no investimento público, no entanto - “este terá de contemplar um mínimo de obra pública”, - por isso reclama que – “esse mínimo seja, desta vez, direccionado para o Interior do país, que será desde logo encarado como um sinal da preocupação que é preciso ter para com esta parte do território que está drasticamente a morrer”.


Nas missivas enviadas, o Movimento lembra as intervenções públicas do Presidente da República em defesa do Interior do país e refere ainda que “a revolta das populações acentua-se e será ainda maior se se verificar que, em tempos de “vacas magras” se continuam a fazer grandes obras no litoral e a deixar mais uma vez para trás esta região que é injustamente ostracizada, sobretudo em matéria de vias de comunicação”.


Na óptica do MAIS - “o interior do país desenvolvido, dotado de boas vias de comunicação, dará um forte contributo para o desenvolvimento do país, dado que haverá condições para um maior incremento produtivo, que é tão necessário em tempos de crise, como os que atravessamos”.

http://itinerarioserradaestrela.blogspot.com






sábado, 20 de agosto de 2011

Manifestações artísticas de Seia na Figueira da Foz




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No passado dia 17 de Agosto, Seia escreveu com letras grandes o seu nome na Figueira da Foz, com a realização de uma jornada cultural que se assinala. Tratou-se da organização de uma extensão do Cine’Eco, com a passagem de filmes do Festival da edição do ano passado e da inauguração de uma exposição de pintura de Luiz Morgadinho.

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As iniciativas, que decorreram no Núcleo Museológico do Sal, contaram com a presença dos Presidentes da Câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo e da Figueira da Foz, João Ataíde.





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Tratou-se de uma jornada importante na aproximação das duas cidades, uma da montanha e outra da beira-mar, através da afirmação do trabalho que é feito em Seia, no domínio da criatividade e da realização de eventos.



Ainda não há muito tempo, que também foi feito naquele espaço museológico da Figueira, uma instalação artística senense, da autoria de Margarida Jerónimo e Alexandre Sampaio, realizada também na sequência da apresentação de “Um Dia Feliz” do grupo de teatro “Sena em Palco”, da Casa Municipal da Cultura de Seia.



Para mim, neste dia 17, foi particularmente feliz, porque constituiu mais um corolário do trabalho que é feito em Seia, quer no que se refere à criação artística propriamente dita, neste caso través da obra de um dos seus mais reconhecidos artistas, o Luiz Morgadinho; quer na realização de eventos que visam a afirmação do território no contexto nacional, neste caso o Cine'Eco, como festival de Cinema de prestígio nacional e internacional.


A extensão do Cine’Eco já tinha contado com a exibição de outros filmes na semana anterior e continuará na proxima, no CAE, com mais filmes e a presença do realizador Francisco Manso, no próximo dia 26, na apresentação de um dos seus filmes que concorreram ao Cine'Eco 2010.



Sobre a pintura de Luiz Morgadinho, Miguel de Carvalho, da Cabo Mondego Section Of Portugueses Surrealism, escreveu o seguinte texto, com o titulo “ Luz incendiada":





“é tempo de libertar as imagens e as palavras das minas do sonho a que descemos mineiros sonâmbulos da imaginação”
(Tempo de Fantasmas, A. O’Neill, 1951)


Luiz Morgadinho pinta o que denuncia, o que quer combater. Pinta o que ele não é, esclarecendo suficientemente a verdadeira identidade do que quer combater. Recorro a uma imagem arrabalesca para o definir: “ tal como existem arquitectos edificadores de cidades, existem também arcanjos edificadores de bosques e outros lugares poéticos ”. Morgadinho é um desses arcanjos, um poeta da imagem que se aproxima subtilmente da crítica social e política, questionando a pertinência e a capacidade simbólica da vida tradicional, desfigurando profundamente os seus clichés e as suas convenções. É um criador que “imprime” na sua obra um diálogo com uma estética de descontinuidades e de rupturas recorrendo aos artífices das técnicas plásticas em que é mestre. O princípio supremo da sua intenção artística é o choque dos receptores , leitores da sua imagem plástica. Ele visa a subversão perante as formas instituidas, lutando contra a tradição e contra o conformismo da cultura burguesa. Com efeito, utiliza o Humor Negro - “disciplina” recorrente e tão querida entre os surrealistas - como a sua principal ferramenta e como revolta superior do espírito, ultrapassando a intencionalidade satírica e moralizadora. Um humor sinónimo de denúncia, revolta e libertação. Mas refiro-me também aqui a uma subversão particular: a do sistema artístico em que a arte é vista uma mercadoria.

Entendo que em Morgadinho, a pintura é uma missão social. Sem pretensão alguma uma justificação de encontros, de formas e de imagens, entendo que o seu homónimo na literatura é Mário Henrique Leiria. Embora distanciados em cerca de quarenta anos com uma imagética verbal muito actual (aliás ad eternum), as raízes pictóricas de Morgadinho parecem encontrar-se nas mesmas origens e convertem em novidade as imagens leirinianas, ou seja, um renovar órfico das tradições, devorando e renascendo em si mesmas, como constantes limitações ilimitadas do Homem.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

5ª Mostra Gostronómica do Sabugueiro




Este ano a Mostra Gastronómica do Sabugueiro realiza-se de 15 de Outubro a 12 de Novembro. Marque na agenda, para provar os SABORES DE OUTONO.






Este é o cartaz da autoria de Armando Figueiredo. Brevemente será anunciado o programa e todos os detalhes desta iniciativa de promoção da gastronomia da Serra da Estrela.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Se eu pintasse, baralhava-me



Espécie de criativa



Se eu pintasse, possivelmente baralhava os temas, nas cores e nos traços e em toda a intenção de criação atirada à tela. A sério! Ou não estivéssemos num tempo em que os dias correm e correm, com múltiplos e inacreditáveis pretextos, confundindo qualquer um, com tudo o que é grotesco e colossal.

Se eu pintasse e quisesse transpor para a tela a baralhação dos dias, via-me aflito. Sem ter por onde pegar, com tanta oferta pretexta.

Como não pinto, fico desse lado aliviado, mas preocupado com a perspectiva de caos que espreito nos temas que nos dominam, e se atiram diariamente ao nosso imaginário carregado de ameaças e previsões catastróficas e gigantescas, sem esperança num novo amanhã que cante melhor.

Mas fico a pensar no que leio, no que vejo e no que oiço, incessantemente. Amiúde.
A pensar num louco que mata, inexplicavelmente, nos loucos que roubam descaradamente, da falta de rumo do mundo, de um ideário que não ilumina, de um objectivo comum que não surge, para mobilizar à escala planetária e no dinheiro, sempre o dinheiro, no centro, a fervilhar, porque sem ele não se compram melões!

Penso e não desisto de ficar atónito e roxo de interrogação nesta forja que molda este tempo incerto, onde está tudo à espera que aconteça alguma coisa. Um click, uma bomba, um estrondo, eu sei lá?!

Leio, vejo e oiço e tenho as minhas limitações. Oiço termos caros, nada é barato, nem os termos usados. Rating, mercados, acções, dívidas soberanas e coisa e tal. Vejo e leio e dou comigo em profunda perplexidade.

Penso e concluo que o que me falta em arte - na performance que não concebo nem concretizo - me sobra afinal em conhecimentos superficiais de economia, quando todos os dias, falamos e bombardeamos linguagens cada vez mais técnicas, nesse grande livro de sabedoria que sai das massas dos média. E giramos a ver, entediados pelo que sabemos e julgávamos nem sequer dominar. E assim vamos pensando, sonhando e olhando á volta, espertos, de olhos abertos, mas sobressaltados.

É um mundo inteiro à janela a perscrutar as abundâncias de outrora, na vã esperança que o tempo traga boas novas e eu aqui preocupado com o rumo a dar á minha pintura, eu que nem sequer sou pintor.


Mário Jorge Branquinho

Seia, Agosto 2011