segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Corrupção levou muito publico ao cinema

Mais de 700 pessoas viram este fim de semana o filme "Corrupção" no Cinema de Seia.
O tema "Corrupção" e as "maroscas" de "Bimbo da Costa" despertaram o interesse do público senense que assim acorreu em massa ao Cine-Teatro.
Qualquer coincidência com várias realidades é pura coincidência...
Quanto ao filme, que o realizador João Botelho acabou por não assinar, pode dizer-se que é um bom filme, onde se destacam sobretudo as excelentes participações de Margarida Vila-Nova e Nicolau Breyner.

Mérito a Mário Patrão

A Assembleia Geral da Federação Nacional de Motociclismo atribuiu recentemente um Diploma de Mérito Desportivo ao motociclista do concelho de Seia, Mário Patrão.
O jovem Campeão que nasceu em Paranhos da Beira em 12 de Outubro de 1976, já há vários anos tem vindo a ganhar inúmeras provas de motociclismo, vê assim reconhecido o seu mérito pela entidade máxima daquela modalidade em Portugal.
Daqui endereçamos também os nossos parabéns e a admiração que já vem de longe, incluindo a atribuição do Prémio na 1ª Gala do Concelho de Seia, realizada pelo Noticias da Serra e Orfeão de Seia, em Junho de 2002.
Na foto vemos Mário Patrão, na altura em que recebia o Prémio na 1ª Gala do Concelho de Seia, em cuja cerimónia foram atribuidos muitos outros prémios de mérito em diversas áreas de actuação no concelho.
Que 2008 traga muitos campeões e outros tantos premiados, quais construtores de um concelho em permanente desassossego.

Bom ano 2008 a um ritmo novo

O que é que se pode dizer num blogue a poucas horas de terminar um ano e começar outro? E em pleno século XXI? E aqui, neste lado do fim do mundo!?
Antes de mais, que todos entrem com o pé direito e claro, direitos aos desejos e anseios, com saúde e muita paz. Formulações banais e outras que tais mas sem as quais nada bate certo.
Neste canto da Europa Ocidental, neste país complexo, neste concelho extremo do Distrito, nesta cidade que abre a porta para a serra da Estrela e que é Seia, o que se quer, é o que se diz - que 2008 seja melhor que 2007!
Que haja a tal saúde, individual e colectiva e empregos para as pessoas. Formas de ganhar a vida e formas de prender as pessoas á terra que os vê nascer e por aí fora, para que não vão embora.
Desafios de todos, com todos, num espírito que apela cada vez mais á união e á participação, antes que seja tarde. É que o tempo voa e tal como os comboios que passam, também a vida se submete á velocidade que nos trucida e nos deixa tantas vezes apeados.
Que 2008 acerte o ritmo da justiça e da igualdade, da harmonia e da criatividade, do empreendedorismo, dinamismo e por aí fora, na esperança de dias melhores.
Bom ano a todos.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Em Loriga, onde a paisagem convida

Noutra altura do ano, desta vez em Loriga, ao anoitecer. Lá onde a paisagem convida, num misto de imponência e deslumbramento, como só naquela vila do concelho de Seia, qual "Suiça Portuguesa", se pode desfrutar.

Á noite em Seia

Noutra altura do ano, imagem ao anoitecer na avenida Luis Vaz de Camões.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

À Noite, o Natal em Seia

Seia à noite, iluminada na quadra natalícia.
Foto enviada por Carlos Moura, natural de Loriga e a residir por cá. Fotografo nas horas vagas, com créditos firmados...

Imagens de Seia - o lado bucólico Natalício

Praça da República, em Seia; o lado bucólico nesta quadra natalícia de 2007.

Na Rua D. João Saraiva, onde outrora se entrava para um dos mais emblemáticos cafés de Seia, o "Bola de Neve", acena agora o "boneco de neve".

domingo, 23 de dezembro de 2007

Bom Natal, Boas Festas e Bom Ano

Pintura de Júlio Pomar, com votos de Boas Festas, neste Natal de 2007, na dobragem para o ano de 2008.

Poema de Natal - Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes

sábado, 22 de dezembro de 2007

Fernando conta em livro a sua história dura e real

Foi apresentado esta tarde o pequeno livro “Um História Real – Quando a vida nos prega uma partida”, da autoria de Fernando Galvão Santos.
A cerimónia integrada na festa de Natal do Centro de Explicações de Seia, decorreu á tarde no Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura e contou com uma apresentação de Carlos Teófilo, que foi professor do Fernando.
O livro conta a história complicada deste jovem natural de Alvoco da Serra, que tem conseguido com sacrifício ultrapassar a “partida de saúde que a vida lhe pregou”, mas que mesmo assim não o impediu de tirar um curso superior. A receita do livro, que estará á venda nas papelarias de Seia, é para o sustento do Fernando, que entretanto anda á procura de emprego.
Quem quiser ajudar o Fernando deverá comprar o livro e quem lhe poder arranjar emprego também se agradece que diga.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Avaria no fuso horário do blogue

Por uma arrelia na formatação do blogue, surge um fuso horário descontextualizado do nosso (Lisboa). Já hoje tentei resolver o problema junto de um técnico mas ainda não conseguimos.
Uma coisa eu garanto, toda e qualquer colocação de post's é feita no meu computador pessoal e fora de horário de serviço. De resto, o meu computador de serviço está barrado e impede-me de colocar post's.
Basta ver o exemplo do post "Correspondência trocada com João Tilly", onde surge 5:46 horas. Foi colocado á hora de almoço de hoje, sexta feira e não a altas horas da madrugada.
Vou tentar resolver o problema e sossegar essa alma penada que já anda incomodada!!!!
PS. Como sou pouco experiente, se houver alguém que me queira dar uma dica para resolver esta história do acerto de hora, agradecia.
PS 2. Já agora, acrescento que estou a fazer esta mensagem ás 18:24 horas e o meu portátil tem a hora acertada. É por isso provável que em baixo apareça outra hora.

Troca de correspondência com João Tilly

Ontem recebi do João Tilly http://joaotilly.weblog.com.pt a seguinte mensagem:
Mário Jorge:
Só hoje tive conhecimento do seu blog.
Embora a nossa relação não tenha, desde sempre, sido a melhor, enquanto decano destas lides em Seia quero felicitá-lo e desejar-lhe as boas vindas ao ciber-espaço de opinião livre.
Seia já teve vários blogs activos simultaneamente. Hoje em dia até na sua sistematica desistência se revela o avanço inexorável da desertificação das ideias e do pensamento livre na nossa Terra.
Esperando que o seu blog não se constitua como mais um mero orgão de propaganda do seu Partido (antecipo que não, porque isso iria, a curto prazo, reduzir as suas visitas ao nível zero de outras tentativas que simplesmente não vingam), desejo-lhe os maiores sucessos.
E vou inserir um link no meu blog para o seu, se não se opuser.
Boas Festas e
Feliz 2008 para si e para os seus, são os meus votos sinceros
João Tilly


A seguir respondi-lhe e perguntei se podia publicar as nossas mensagens num post do meu blog, ao que me respondeu:

Concerteza que pode. Tudo quanto escrevo ou digo mantenho.
Nunca retirando uma vírgula. Nunca acrescentando o que quer que seja.
Nem sempre somos felizes na forma como expressamos as nossas ideias, elas próprias nem sempre felizes.
É preciso perceber isso.
Com respeito (reconheço que nem sempre o tive) e consideração

João Tilly

A minha resposta foi a seguinte:

Viva, boa noite, João Tilly
ao longo da minha vida procuro nunca estar parado, quer na profissão que me dá o sustento, quer na "coisa" pública, desenvolvendo projectos culturais e sociais em prol da comunidade, de forma gratuita e voluntária.
Há cerca de dois anos procurei enveredar pela política e dessa forma tentar contribuir para a abertura de uma nova fase política em Seia, que nos últimos anos tem sido marcada, para o bem e para o mal, por duas pessoas, uma das quais, o actual Presidente. Como sempre disse, não sou contra o Eduardo Brito, com quem disputei eleições para a Presidência do PS, apenas entendia e entendo que ao fim destes anos todos ele devia abrir espaço a novos protagonistas, sem necessariamente ter de se retirar.
Quanto ao resto, sempre procuro não ficar a mal com ninguém, por feitio e por entender que já somos muito poucos para ajudar ao "barco", pelo que não vale a pena zangarmo-nos.
Diferentes e divergentes nas ideias e nos projectos, mas solidários nas causas e sensatos nos relacionamentos.
O blogue surge agora porque me estava a faltar algo mais para fazer nos tempos livres.
Desde muito cedo, com os meus dezoito anos comecei a fazer rádio, no tempo da "pirataria", cheguei a passar "João Tilly e os Portugueses Suaves" (!) cujo disco ainda possuo. Colaborei com muitos jornais, fui correspondente de vários nacionais e no dobrar do século cheguei a ter um jornal o "Noticias da Serra", que me custou os "olhos da cara" manter, num meio pequeno como é Seia. Depois desse projecto, como havia um vazio, que culminou também com o meu pedido de saída de adjunto do Presidente da Câmara, dediquei-me a estudar e a concluir um curso superior. Agora, como faltava qualquer coisa, aí estou a falar comigo e com um conjunto de amigos que fazem o favor de espreitar nesta janela a que chamei "seiaportugal".
Por natureza digo e que penso e procuro pensar bem aquilo que digo ou escrevo. Umas vezes dou-me bem, outras nem por isso, mas nem assim perco a ideia de procurar explanar e ás vezes remar contra certas marés. Pensar não é proibido e que eu saiba é do debate que nasce luz e no caso de Seia sou dos que acham que há défice de discussão, sobretudo daquela que tem o selo de "saudável".
No blogue, começo a descobrir esse palco, qual canal privilegiado para explanar ideias, sugestões e reflexões.
Se tivéssemos rádio também seria interessante a organização de debates públicos, como não há contentemo-nos com o que temos!
Enfim, partilhemos ideias, na ténue esperança de contribuir para alguma coisa, nem que seja para estreitar laços de amizade entre todos os que estão de boa vontade e boa fé.

Nota: se não se opuser, gostaría de colocar a sua mensagem e a minha como um post no meu blogue para partilhar com os leitores. Posso?

Boas Festas e feliz 2008, para si e para os seus também
Mário Jorge Branquinho

Temas para o futuro

Deixo aqui alguns temas a desenvolver em futuros post’s deste blogue, agora que se aproxima o final do ano:
- Porque será que o Distrito da Guarda tem tantos políticos reformados no activo? Ainda há dias se contava que mais de metade dos 14 Presidentes de Câmara do Distrito são reformados, além da Governadora Civil e outros.


Porque é que o PSD em Seia se afunda dia-a-dia?
Onde páram os barões do PSD de Seia?


Aonde pára o Pina Moura? Na TVI ou na Repsol, ou nos dois lados? Está-se a pagar do preço que pagou na clandestinidade, passado e amargado ao lado de Álvaro Cunhal e Zita Seabra?
Quem serão os candidatos aos prémios de mérito municipal a atribuir em 2008 pelo município?
Quem será o próximo Presidente da Câmara?
Quem é quem em Seia?

A verdadeira história de Camilo Coelho e os “homens da massa de Seia” ou “Camilo Babá e os 40 ladrões?”

As verdadeiras histórias que se contam e a gente nem acredita.

E por aí fora, até dizer chega!

Prendas de Natal em Seia

Natal é tempo de prendas. Isto não está nada famoso, no entanto e como sonhar ainda não paga imposto, não vem mal nenhum ao mundo se se aventarem uns quantos desejos para o sapatinho cá da nossa terra nesta época festiva.
Desde logo um anúncio oficial e definitivo, quanto antes de traçados e contra traçados para levar muita gente daqui para fora e trazer muitos outros de tantos lados e lugarejos quanto possíveis.
Com bons traçados, sempre podemos pedir para Seia mais meios para desenvolver a “coisa”. E podemos pedir mais empregos, mas isso como é coisa séria não se brinca!
Na área cultural, o que se pede com urgência é uma “dose de cavalo” para a Banda de Seia, sob pena de se ir abaixo das canetas, que isto do associativismo também não está fácil. Já não bastava a União Desportiva ter ido á vida!
No comércio pede-se mais compras nas pequenas lojas e menos despesas em “chinesices”. Pede-se igualmente a exterminação da ASAE, tal como ela actua essa espécie de luminária, que está a pôr tudo em estádio de sítio e já não há quem aguente tanto aperto e tanto “coice”.
Para as nossas aldeias pede-se descarregamento de cegonhas a fim de fazer subir o mais rapidamente possível a taxa de natalidade e descer o tédio dos pais e o desespero dos Presidentes de Junta que daqui a pouco não têm quem nas suas terras peça licenças para qualquer coisa.
Para Loriga, pede-se que a “calhorra”, que é uma espécie de feijão no feminino seja adoptada como o produto local de grande valor, capaz de atrair aquela vila do concelho muitos turistas para provar a “delícia”. Com um bocado de jeito, até se pode pedir a realização anual do Festival da Calhorra de Loriga. Alvaiázere também tem o Festival do Chicharro e Manteigas tem a Confraria da Feijoca!
Já agora e em matéria agrícola pede-se uma política agrícola comum a todas as freguesias do concelho, com a introdução de plantios diversos nos vários campos de futebol espalhados por aí. Os únicos que devem ser excluído deste plano serão os de Teixeira, que tem um posto lá dentro e é o único clube que anda nas distritais; o de Girabolhos que ainda lá penduram a roupa nas balizas e o do Sabugueiro, onde de vez em quando se põem um burro a pastar.
No Desporto, há quem peça mais utilização do Estádio Municipal, porque senão também pode um dia destes algum burro querer aparar a relva!
Pede-se igualmente uma Piscina coberta nas imediações do Estádio e um estalo na cara para quem pinta as paredes dos prédios da cidade.
Para as escolas um manual de paciência a distribuir pelos professores, além de uns rebuçados para a tosse de uns quantos, a tomar nas aulas de substituição.
Para o Centro de Saúde um relógio de ponto para controlar os horários dos médicos, porque se consta que trabalham lá horas de mais e não há necessidade disso. Já agora para o ainda Director do Centro de Saúde um livro de São Cipriano e para o Director do Hospital de Seia, um livro de poesias do Xico Melo.
Se houver possibilidade, que se ofereça também ao novo Director do Centro de Emprego um conjunto de Playstation’s para distribuir em caso de necessidade. E ao Director da Escola Superior de Turismo um fato da confraria do queijo da serra para que dê o exemplo de como se pode valorizar o que é nosso, salvo seja, o Pastor da serra.
E por fim, que se atribua ao senhor Reitor de Seia o prémio do “Pior do Ano de 2007, no concelho de Seia” porque num tempo de crise, em que devia apoiar os pobres, se põe a esmifrar-lhe o pouco que têm para contribuírem para a Igreja Nova. Até se diz que ele devia era preocupar-se em encher de fieis a que tem.
Enfim, há muita prenda para atribuir neste Natal e da nossa parte ainda podemos voltar a elas ou não.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Cai neve na serra

Já está a cair neve com intensidade no alto da serra. O "nevão" começou a cair ao fim da tarde desta terça-feira e obrigou ao corte da estrada no troço Sabugueiro - Torre - Piornos, impedindo o acesso ao maciço central.
O facto de estarmos quase no Natal, sem neve e sem chuva, começava a complicar os mercados, sobretudo turisticos, com pouco movimento e poucas marcações para o fim do ano. É que, Natal na serra da Estrela só com neve!
Isto estava a ficar complicado para o turismo, para os pastores e outros sectores. Fazem-se votos, no entanto, para que o vento não faça estragos.
Nota: Não tem bem a ver com o assunto, mas convém dizer que afinal o governo vai reduzir as actuais 19 Regiões de Turismo a 10 e a da Serra da Estrela mantém-se.
Oxalá a notícia traga também bom tempo. Melhor tempo!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"O que nos divide" - Pensamento e reflexão

Imaginemos que toda a gente tinha a mesma política, religião, etc. Nem por isso se viveria mais em paz. Porque logo se descobririam diferenças naquilo que a todos unia. E paralelamente surgiriam as discordâncias, invejas e ódios subsequentes. Porque não é a ideologia que no fim de contas divide. A ideologia é apenas um bom pretexto. O que nos divide é a importância da nossa pessoa e o grupo extensivo a que nos recolhemos. O que nos divide é a individualidade que não tem misturas ou só as tem com quem prolongar a pessoa que somos.
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente IV'

Igreja da Misericórdia nas alturas

A visão é a mesma, de baixo para cima, para as alturas, em Seia, defronte para a fachada da Igreja da Misericórdia, com o verde duende à ilharga.


Também aqui se combina o património construído com a presença humana, sob a forma instrumental,...
Fotos recolhidas esta tarde em Seia com a colaboração dos professores António José Novais e António Baptista. A eles o meu muito obrigado, além do frio do fim da tarde.

A minha visão do Plano e Orçamento da Câmara para 2008

Este é um momento importante da vida do concelho, com a aprovação do Plano e Orçamento para 2008. No fundo, é o instrumento da política a seguir durante o próximo ano.
Nos documentos estão as principais linhas de orientação no que diz respeito ao desenvolvimento do concelho de Seia, num ano particularmente difícil em termos de conjuntura nacional e internacional. Ali, nos textos que nos foram distribuídos, dá-se conta do muito que se pode fazer com tão poucos recursos.
As dificuldades são muitas, mas é nestas alturas que se vê quem tem coragem e dinamismo suficiente para enfrentar as adversidades, executar obra e fazer o concelho andar para a frente.
O Plano para 2008, em termos de Grandes Opções e é disso que devemos falar e por ventura discordar, contempla desde logo áreas que o Partido Socialista considera fundamentais para o futuro, como sejam os novos equipamentos na área da educação e da cultura, as políticas de coesão social e a valorização do ambiente, como factor de riqueza e captação de novos investimentos.
Como se vê há novidade e ambição suficiente no quadro de apostas do município para o futuro. Governar é decidir e neste contexto a Câmara traça um rumo estratégico assente nestas áreas da educação, cultura, ambiente e solidariedade social.
O Centro Escolar de Seia será uma realidade que marcará uma época e uma etapa importante no panorama concelhio.
A compra de casas degradadas na zona histórica de Seia para Galerias de Arte e outros espaços dá bem a ideia da aposta na cultura como factor de afirmação do nosso concelho.
O reforço do sector social, para ajuda aos mais carenciados é uma realidade e com isso não se brinca – não se pode nem deve fazer gincana política, porque todos tem direito á dignidade na vida, independentemente de dificuldades que momentaneamente se atravessem. É um dado adquirido que há pobreza envergonhada, nesta como em tantas outras terras, mas por isso, temos de nos empenhar todos, de forma discreta, sem parangonas, a ajudar quem precisa. Longe de festas de solidariedade ou de acções a “ajudar o pobrezinho”.
E nós autarcas da Assembleia e Presidentes de Junta temos cada vez mais também as nossas responsabilidades, porque esta como outras áreas não é um exclusivo da Câmara. Os tempos estão a mudar e temos de inovar os nossos papéis, mesmo ás vezes discordando. De resto, a Câmara, como se pode constatar nos documentos, reforça a sua confiança no trabalho efectuado pelas Juntas de Freguesia e pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social, como parceiros privilegiados no desenvolvimento do concelho.
Numa altura em que nos encontramos a meio do mandato, verificamos que o executivo socialista lança aqui importantes pontes para o futuro, em termos de acção prática, como mola impulsionadora para o desenvolvimento do concelho, a par de importantes obras lançadas e preparadas pelo governo, de que damos apenas como exemplo o Hospital de Seia, a Variante e os Itinerários complementares.
Quanto a números, embora não sendo especialista, verifico que mais uma vez estamos perante boas contas.
Ousados, comedidos e realistas, são adjectivos que se podem aplicar simultaneamente ao espirito dos documentos apresentados.
Ousados porque se propõem novos e importantes desafios em áreas fundamentais; Comedidos porque há rigor e não há esbanjamento. Há sim, uma procura constante de boa gestão dos dinheiros públicos em prol das populações; Realistas, porque o que se escreve é o que se pretende, sem utopias nem falsos romantismos. Só se anuncia aquilo que se pode concretizar. Já lá vai o tempo em que muitos prometiam mundos e fundos, para cumprir os mínimos.
Assim sendo, temos um orçamento de aproximadamente 40 milhões de euros – 8 milhões de contos - que cobrem compromissos de divida e um total de 28, 4 milhões para as Grandes Opções do Plano.
Como não há fundos comunitários injectados no circuito, o orçamento não cresce, pelo contrário, diminui em cerca de 1 milhão de euros.
No fundo, o valor é na sua essência resultado da adaptação ás novas exigências económico-financeiras.
Números são números e o Orçamento é tão realista quanto ambicioso. Só o PSD parece não querer ver.
Mas o PSD que critica e vota contra não diz onde tirava dinheiro para dar prioridade a quê! Consultou apenas os manuais de desenvolvimento e debitou os conceitos teóricos sobre a matéria, quando nós sabemos quanto é diferente a teoria da realidade! É que aqui cabe um papel sério e institucional das oposições – dizerem o que na sua opinião está mal e o que em seu entender devia ser feito. Que prioridades? Que estratégia? Que rumo?
Em nosso entender este Orçamento e Plano surpreendem precisamente pela novidade e se quisermos pela imaginação, no meio das dificuldades.
Excertos da intervenção na Assembleia Municipal
dia 14 de Dezembro de 2007

domingo, 16 de dezembro de 2007

Assembleia Municipal cheia de assuntos

Como já tinha dito, esta sexta feira teve lugar uma reunião da Assembleia Municipal de Seia, que demorou o dia todo, das 9 às 19 horas. Foram cerca de 54 membros da Assembleia, fechados no Auditório da Câmara, antiga Sala de audiências do Tribunal, como a “sardinha na canastra”, que foram desfiando questões relativas ao concelho.
No tal chamado “Período-Antes-da-ordem-do-dia” os deputados municipais falaram de assuntos diversos, tendo-se aí destacado a intervenção de Quim Nércio do PS sobre a situação do Hospital, criticando o comunicado do PSD, o tal que falava do “mata e esfola”!
Da bancada do PSD, Nuno Almeida foi o “homem de serviço” com criticas diversas á Câmara, mas que acabariam por se revelar com muita fragilidade e pouco sustentadas no verdadeiro conhecimento dos assuntos tratados.
Da minha parte, neste período, comecei por falar dos dois assuntos do momento – os IC’s e o Hospital, onde o governo está a dar mostras de grande empenhamento, além de ter destacado a importância de se fazer desta Assembleia, sede da democracia local, o lugar privilegiado para o confronto de ideias.
Do lado dos Presidentes de Junta, a surpresa veio de S. Martinho, com António Albuquerque a atirar-se ferozmente á Câmara por esta ter autorizado e licenciado uma festa em S. Martinho “para a qual a Junta não foi tida nem achada”.
O Presidente de Junta de São Romão, Hortêncio Páscoa também desafinou, pelo facto do Presidente da Junta de Seia dar prendas ás crianças no Natal e ele não o poder fazer (!)
O Presidente da Câmara surpreendeu igualmente, ao referir-se a umas cartas anónimas que têm circulado na cidade. Para dissipar algumas dúvidas que possam surgir sobre o seu eventual enriquecimento ilícito, entregou na Mesa, para quem quiser consultar a sua Declaração de Rendimentos e referiu-se a uma investigação que a Polícia Judiciária lhe terá feito há dois anos, no âmbito de uma denúncia anónima com acusações a um arquitecto da autarquia. Na altura Eduardo Brito foi ouvido, pensando que estava a ser testemunha, mas veio a saber no final que também estava a ser investigado, todavia a PJ não lhe apontou qualquer ilicitude.
Agora, quem quiser saber mais pormenores pode dirigir-se á Mesa da Assembleia Municipal e consultar os “papéis”.
Sobre este assunto, algo melindroso, da minha parte o que posso dizer é que todo e qualquer escrito anónimo é um acto cobardemente vergonhoso, que condeno veementemente. Eu próprio já fui vitima deste tipo de cobardia e sei bem o que é, saber identificar o energúmeno autor do “crime” e não lhe poder “ir á cara” por falta de “provas materiais suficientes”.
Voltando á Assembleia, no Período da Ordem do Dia, foi aprovado o Orçamento da Câmara para 2008, com 43 votos a favor, sete contra e três abstenções.
Sobre este assunto, coube-me fazer uma intervenção de fundo, cujo extracto coloco no post seguinte.
Para além de alguns regulamentos e diversos outros assuntos agendados pelo município, foi aprovada uma proposta sobre a escolha do melhor traçado dos Itinerários Complementares para a Região.
Como se sabe, o governo apresentou 3 sugestões, havendo na sociedade senense uns que se inclinam para uma solução de túneis para a serra e outros que refutam essa sugestão.
A Câmara propôs o cenário 5, que aposta na ligação de Catraia dos Poços a Torroselo, seguindo para Fornos de Algodres com ligação á A25 e que é o IC6 e no IC7 a ligar Covilhã, Unhais da Serra, Alvoco da Serra, Sandomil e Torroselo, seguindo para Viseu.
De facto, esta é uma solução de traçados que melhor serve o desenvolvimento da nossa região, a que tem menores custos económicos e a que possibilita uma execução muito mais rápida.
O PSD, quando toda a gente esperava que fosse a favor dos túneis, já que o candidato à Câmara, Nuno Vaz defendeu na reunião do executivo, a solução dos túneis e o Presidente do PSD tinha dado a entender o mesmo no “Porta da Estrela”, afinal deu uma pirueta e disse na Assembleia pela voz de Nuno Almeida que afinal não era a favor dos túneis, mas também não era a favor de nenhuma das propostas apresentadas pelo governo. Era isso sim, favorável a uma quarta solução em tudo idêntica ao cenário 5 defendido pela câmara, só que o nó de ligação do eixo que vem de Viseu se devia fazer em Pinhanços e não em Torroselo.
Das várias intervenções feitas, sobressaíram Rui Dias e Jorge Brito do PS, que sustentaram a importância dos traçados e as fragilidades e inconvenientes dos túneis.
No final, a proposta da Câmara foi aprovada com 42 votos a favor e 10 contra.
Por fim, o que se pode dizer é que muito mais se podia escrever sobre esta sessão, mas ficamos por aqui, rematando apenas com uma questão que tem a ver com o PSD. É que este, como principal partido da oposição, devia ter outra responsabilidade perante os grandes temas do concelho, mas em definitivo, está a passar um mau momento e é mau para o concelho, que precisa de uma oposição atenta, responsável e dinâmica.
O que transpareceu na bancada do PSD na Assembleia, é que todos se calam, deixando “todas as despesas” por conta de Nuno Almeida, que traz os assuntos preparados de casa com o líder do Partido, António Andrade. Só que este não tem assento neste órgão, e assim esta estratégia revela-se desastrosa, revelando várias vezes desconhecimento e impreparação na abordagem de assuntos muito importantes. De resto, como tive oportunidade de dizer na minha intervenção, o Presidente do PSD devia ter metido um dia de férias para se sentar ao menos ao fundo da sala e inteirar-se dos assuntos e por ventura dar indicações e sugestões á sua bancada.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Igreja de Seia nas alturas

Fachada da Igreja Matriz de Seia, por entre o casario.


Segundo Quelhas Bigotte, na "Monografia do Concelho de Seia" - "Parece provável que fosse edificada dentro dos muros do castelo logo a seguir à reconquista cristã efectuada por D. Fernando Magno em 1055. Esta antiga igreja era de estilo românico e foi destruída aquando das invasões Francesas. Reconstruída posteriormente (1843-1896) não foi respeitado o antigo estilo. É, contudo, um dos mais formosos monumentos da Diocese da Guarda".


Fachada lá nas alturas...

Lá no alto, a seguir ao portão do Castelo de Seia...


Fachada da igreja Matriz de Seia, simplesmente Fachada, em dia de sol de Inverno.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Conhecer as nossas terras - ALVOCO DA SERRA

Antiga povoação, Alvoco da Serra fica situada à altitude de 680 m no fundo de um vale, a quem D. Manuel concedeu foral em 1514.
Esta localidade foi das primeiras a industrializar-se na área dos lanifícios embora, hoje, nada mais exista do que algumas ruínas e outros sectores em implementação.
Alvoco da Serra tem ainda outras obras de valor das quais se distingue o Centro Paroquial de Assistência fundado em 1955 pelo padre Jaime Pinto Pereira. Para além desta instituição com fins assistências e educativos existe um Posto Médico e salas de recreio para jovens e crianças.


Quem visita esta antiga Vila de gente tranquila e hospitaleira, tem a agradável surpresa de aqui encontrar confortáveis instalações, algumas igrejas de curiosa construção e mesmo uma piscina onde, durante o Verão, ocorrem as gentes desta bela Freguesia.
Capela de St António - Construção de finais do séc.XVIII, situada junto à Ponte Romana, à saída da povoação uma capela artística e diz-se que foi obra de um homem que foi a Roma, a pé, três vezes.
Capela de S. Pedro - Capela primitiva situada a meio da povoação. Foi renovada no séc. XVII.
Capela de S. Sebastião - Situada a Norte da povoação, à entrada de quem se servia do caminho Romano. Foi construída neste local para o santo não deixar entrar os "males" para os habitantes da aldeia. Foi renovada no séc. XVII.
Casa da Ponte - É uma antiga construção, situada na encosta sudoeste da Serra da estrela, junto à ribeira de Alvôco. Dada a sua privilegiada localização entre relva e arvoredo e junto de uma piscina natural, é, como muitas outras na região, uma casa de Turismo no espaço rural.
Igreja Matriz - A igreja cujo orago é N. Sra do Rosário. É bastante espaçosa e de bom traçado. Fundada em 1745, a imagem da Padroeira é em pedra, desconhecendo-se a data da sua elaboração.
Ruínas Industriais - Na ultima metade do séc. XIX, no tempo dos Barões e dos Mascaranhas, Alvoco da Serra era o principal centro da indústria de Lanifícios da Serra após a Covilhã e Gouveia.Algumas fábricas vinham aí ultimar e lustrar os seus tecidos. As fábricas acabaram por fechar, só a água da ribeira continua a correr...

(Fonte, Monografia do Concelho de Seia, de Quelhas Bigotte)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dias de Música Electroacustica no Conservatório

Este Domingo, Segunda e Terça-feira há música electroacústica no Conservatório de Música de Seia. Domingo, 21 horas - Concerto com obras de Alberto C. Bernal, João Miguel Pais, Johannes Kreidler, no Auditório do Conservatório, (edifício Casa das Artes), Entrada livre.
Segunda-feira, dia 17, ás 21horas - Performance Endphase 13b e 13c e Terça-feira, dia 18, ás 21 horas - Concerto de apresentação da Workshop Endphase para jovens . Mais informações http://diasdemusicaelectroacustica.blogspot.com/

Festival da Canção Jovem na Casa da Cultura

Este Sábado, dia 15 de Dezembro á noite, a Casa de Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão promove na Casa Municipal da Cultura de Seia, o 11º Festival Ibérico da Canção Jovem, o que promete ser um bom pretexto para sair á noite. No intervalo, haverá a "Participação Especial" de Filipa Sousa, da Operação Triunfo, da RTP.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Inauguração de urinol público e outras histórias no livro “senalonga”

“Senalonga” é um livro de contos de Avelino Cunhal, o pai do líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, que era de Seia, publicado em 1964 e reeditado em 1996 pela Câmara Municipal de Seia.
São histórias deliciosas passadas em 1900 na vila de Senalonga, com todas as personagens, desde o Adrianinho Melo da Farmácia, o regedor Tónio-do-fogo; a Joana Benta, o Zé Boi, o Jesué Dião, de Coitela; a Maria Pitorra, o sapateiro Lis-Circo; o Juiz Marcos Figueira e outras tantas.
Das mais saborosas histórias, sobressai a que se refere a um grande melhoramento na vila de Senalonga – a construção de um urinol público!
“Um urinol público para quê?” perguntou na altura o senhor Conselheiro Dr. Amâncio. “Toda a vida se passou nesta vila linda sem urinol! Uma parede qualquer ou um recanto serve para uma pessoa se aliviar”. Mas pronto, apesar da polémica, já na altura, a obra lá se fez.
Para o dia da inauguração foi proposto o seguinte alinhamento de programa:
“1º - Que se coloque bem esticada uma fita de seda a vedar o mijadoiro; 2º - que o senhor Presidente entregue ao senhor Governador Civil uma tesoura para ele, em nome Del-Rei, cortar a dita fita; 3º - que o senhor Governador Civil seja o primeiro a ir verter as águas, como se fosse el-rei a vertê-las; 4º - que depois se sigam a fazer o mesmo todos os senhores Vereadores e funcionários camarários pela ordem e grau das suas funções, a começar no senhor Presidente; 5º - Que só depois se abra o mijadoiro ao público” (...)

Diz o autor do livro que as histórias da vila de Senalonga foram escritas em Lisboa nos meses de Janeiro e Fevereiro de 1964, sem apoio de documento escrito, publico ou particular, sem recorte de qualquer jornal da época, sem fotografias de locais ou retratos de pessoas, sendo por isso, tudo, produto da imaginação.
Há histórias dessa época que nos fazem lembrar cenários actuais desta ‘sena’ do século XXI.
É um livro que já li várias vezes e que recomendo para este Natal e deve estar á venda nas melhores papelarias de Seia.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Teatro na Casa da Cultura, este Domingo á noite

Este Domingo à noite, dia 9 de Dezembro há teatro na Casa Municipal da Cultura.
O Grupo de Teatro a Barraca apresenta "Herança Maldita" de Augusto Boal.
É o humor negro no seu melhor. A não perder.
Numa peça marcada pelo humor, a história fala de famílias, das relações humanas dominadas pelo dinheiro, num retrato do neo-liberalismo que conduziu à forma conhecida da globalização. A família genética serve de pretexto para revelar outras formas familiares que se manifestam em clubes, etnias ou bairros.
Chega o dia das partilhas e a confusão instala-se. Mãe, filhos e nora, todos discutem por uma “Herança Maldita”. Durante hora e meia de espectáculo os problemas da sociedade moderna passam pelo seio desta família. São personagens avarentas, neuróticas e extravagantes que podem ser qualquer cidadão comum. A peça faz rir, faz rir muito. E também faz pensar. Como todos os espectáculos que a Barraca montou durante a sua já longa existência.
Elenco: Maria do Céu Guerra – Maria Luiza; Rita Fernandes – Maria Pia; Sérgio Moras – Luiz António; Pedro Borges – Luiz Octávio; João D'Ávila – Esmeraldina; Ruben Garcia – Luiz; Eugénio

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Assembleias Municipais podem vir a ter outros poderes



As Assembleias Municipais tais como existem hoje actualmente, não têm grande utilidade, embora comportem um conjunto de competências que a lei lhe confere.
Entre outras, compete ás Assembleias - Aprovar as Opções do Plano e o Orçamento Anual do Município; Apreciar e Votar Contas Anuais do Município; Autorizar a contracção de Empréstimos; Estabelecer taxas municipais e quantitativos; Fixar anualmente taxa Contribuição Autárquica; Aprovar Posturas e Regulamentos Municipais; Autorizar o município a integrar-se em associações e federações de municípios; Aprovar referendos locais; Discutir e Votar Moções de Censura á Câmara Municipal; Tomar posição perante órgãos do poder central sobre assuntos de interesse para o município, etc.
Reúnem ordinariamente 5 vezes por ano - em Fevereiro, Abril, Junho, Setembro e Dezembro, além das Sessões Extraordinárias.
No caso de Seia, este órgão é composto por 59 elementos, dos quais 29 são os Presidentes de Junta.
Actualmente o PS e o PSD discutem no Parlamento nacional uma reforma do sistema eleitoral autárquico e começa a haver consenso num novo modelo, em que poderá deixar de haver uma eleição para a Câmara e outra para a Assembleia, havendo só uma e depois o candidato a Presidente da Câmara vencedor, além de assegurar uma maioria, escolherá os seus Vereadores de entre os vários Deputados Municipais.
Desta forma, serão dados outros poderes ás Assembleias Municipais e aí sim, deixarão de ser órgãos decorativos, onde ás vezes se discutem assuntos relevantes, passando a exercer verdadeiramente competências práticas e consentâneas com a realidade.
Fala-se que este modelo poderá entrar já em funcionamento nas próximas autárquicas de 2009 e se o entendimento for até ao fim, estaremos perante uma reforma importante do sistema eleitoral autárquico que há muito era necessária.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Democracia aberta e participada na Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal de Seia vai reunir no próximo dia 14 de Dezembro para votar o orçamento de 2008 da Câmara e um vasto conjunto de assuntos agendados para a sessão que deverá demorar o dia todo.
Para além dos pontos agendados, há um período – Antes da Ordem do Dia – para os Deputados Municipais e Presidentes de Junta colocarem questões á Câmara, interpelando-a sobre assuntos que julguem pertinentes.
Por isso e porque eu entendo que a democracia participada é salutar, se os leitores do blogue quiserem colocar alguma questão para eu levar á sessão, onde tenho assento, façam o favor de mas enviarem – sugestões, problemas, realidades, etc.
Depois da reunião do dia 14, deste órgão autárquico presidido pelo ex-Ministro Pina Moura, procurarei fazer aqui o relato da forma como decorreram os trabalhos.

Já agora, quero agradecer as inúmeras manifestações de apreço e simpatia pelo surgimento do blogue, que é mais um contributo para a reflexão de temas á nossa escala e em torno de assuntos que nos dizem respeito.
Está a ser uma experiência encantadora, neste mundo da blogosfera onde há muito para fazer e dizer.
Correspondam e disponham…

Lembrar Fernando Pessoa

…Nossa senhora
Das coisas impossíveis que procuramos em vão

Dos sonhos que vem ter connosco ao crepúsculo, á janela,
Dos propósitos que nos acariciam
Nos grandes terraços dos hotéis cosmopolitas
Ao som europeu das músicas e das vozes longe e perto,
E que doem por sabermos que nunca os realizaremos…
Vem e embala-nos,

Vem e afaga-nos.
Beija-nos silenciosamente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós
Onde têm raiz todas essas árvores de maravilha
Cujos frutos são os sonhos que afagamos e amamos
Porque os sabemos fora de relação com o que há na vida…

Álvaro de Campos – “Dois excertos de Odes”

Poema para assinalar a passagem do 72º aniversário da morte do poeta.

Fernando Pessoa (13/06/1888 – 30/11/1935)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Gentes e Locais da nossa Terra

A ideia é publicar imagens de pessoas e locais da nossa terra (passe a redundância), numa manifestação de afecto e salvaguarda de aspectos relevantes da nossa identidade enquanto território da serra da Estrela.
Por isso, estou a reunir fotos de pessoas e lugares do nosso concelho de Seia para publicar, numa perspectiva de divulgação das nossas potencialidades cuturais.
Caro leitor, se tiver fotos das gentes e locais, quais paisagens naturais e humanas, que queira ver publicadas, envie para o blogue e serão partilhadas por todos.
Para já publico uma foto de um senense já desaparecido, mas que era muito querido nesta terra. O senhor Joaquim Melo, um homem do folclore que no Feriado Municipal deste ano (3 de Julho) a autarquia homenageou a titulo póstumo.

Joaquim Melo, foi também ensaiador do Rancho de Seia e aqui vêmo-lo a tocar flauta numa das edições da Feira do Queijo de Seia.


domingo, 2 de dezembro de 2007

Imagem com Neve

"Chão do Frade" (Lapa dos dinheiros) - imagem enviada por Pedro Conde.
Imagem de outros tempos, claro! Como dizia o "outro", este tempo só vai bom para as "obras".

Blogue com os leitores

Antes de mais, gostaría de dizer que a experiência com o Blogue me tem entusiasmado. Os serões têm sido diferentes e os temas vão correndo á flor das teclas.
As reações também têm sido positivas. As mensagens que tenho recebido, revelam-se entusiásticas e amigas.
Dos incentivos e sugestões destaco o excentrico Ruben, o Luis Rente, o Romeu, dos "legumes salteados", o Luis do "Oceano das Palavras", o Pedro Conde, a MEC, o Lauro António, o Luis Pedro, o Zé Sério, o Amaro, a Marta, a Salomé, o Carlos, o Manél Zé, ...
É assim que eu pretendo que seja no futuro, provocar interacção.
Cativar.
E como cativar significa "criar laços", aqui estamos para isso, para trocar ideias e perspectivas, em ambiente saudável. Aqui eu vou escrevendo o que penso e aqui vou mostrando imagens que valorizem a nossa comunidade. Também aqui disponibilizo espaço para as vossas ideias e sugestões. Em texto ou imagem. Ideias para publicar, ou ideias simplesmente para relatar em "off".
"Seiaportugal" é um blogue para partilhar com os leitores, por isso não se façam rogados.
Venham daí.
Por Seia.

Em cada 100 crianças de Loriga, 80 querem ir embora

“Em cada 100 crianças e jovens entrevistados em Loriga, 80 disseram que o seu desejo é sair daquela localidade logo que possam”.
Este foi o resultado de um inquérito conduzido naquela vila do concelho de Seia, pelo geógrafo João Luís Fernandes, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
A informação foi dada pelo próprio docente no debate sobre “perspectivas de desenvolvimento do interior serrano”, que decorreu no passado Sábado, dia 1 de Dezembro, no âmbito das comemorações dos 30 anos do Jornal senense “Porta da Estrela”.
Este é um fenómeno que não é novidade para nós, que sabemos que o interior do país está a sofrer grandes “sangrias” em termos populacionais.
É “normal” que os jovens de Loriga queiram seguir as rotas da emigração ou de outros movimentos migratórios para os arredores de Lisboa, como fizeram familiares seus. Todavia, é urgente encarar este fenómeno como um desígnio de todos, políticos e não políticos. Não basta vir o Presidente da República dizer que é preciso fomentar a natalidade, porque ele também já teve responsabilidades políticas e o interior ficou mais interior. No fundo, podemos dizer que toda esta “mazela” começou com as políticas de betão cavaquista! Mas enfim,…
É evidente que isto não vai lá só com lamentos nem com conversa do costume, mas não faz mal a ninguém ouvir de vez em quando especialistas em desenvolvimento.
O debate do Porta da Estrela que decorreu no auditório da Escola Profissional com uma assistência de aproximadamente 80 pessoas, deu-nos um bom retrato da situação actual desta zona do Interior e das inúmeras potencialidades que ela encerra, sobretudo em matéria de património cultural, arquitectónico e paisagístico.
Joaquim Alcoforado, ex- Delegado do IEFP Centro e Docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Universidade de Coimbra falou de Educação e Recursos Humanos. Pedro C. carvalho, Arqueólogo e Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra centrou a sua intervenção na questão do património cultural como vector de desenvolvimento regional da beira interior serrana. Por sua vez, João Luís Fernandes, falou de ambiente e desenvolvimento territorial.
Parabéns ao Porta da Estrela e a toda a equipa pelo 30º aniversário e parabéns pelo livrinho “Poetas da nossa terra” .

sábado, 1 de dezembro de 2007

Seia, era assim em 1996


Fotografia enviada por MEC (Maria Eduarda Colares), onde se aponta o caminho para o CineEco'96 - Seia. Na imagem vê-se Camacho Costa, Lauro António e Frederico Corado.
Infelizmente Camacho Costa já desapareceu do reino dos vivos, mas Seia perpétua o seu nome, com a existência do "Prémio Camacho Costa", no Festival de Cinema.
Lauro António e seu filho, Frederico, são cada vez mais "filhos" desta terra, com a sua ligação, ano após ano, através do Cine'Eco, a esta comunidade.
Incontornavelmente, fazem já parte da "paisagem humana" de Seia!