quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

“No país dos Lambe Botas” de Luiz Morgadinho vence AGIRARTE 2010




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O artista plástico senense Luiz Morgadinho foi o grande vencedor do AGIRARTE 2010 – 13º Festival de Artes Plásticas de Oliveira do Hospital, que decorreu naquela cidade de 11 a 31 de Dezembro.

“No país dos lambe botas” (óleo s/ tela, 70x80) é a obra vencedora do prémio Município de Oliveira do Hospital, no valor de 750 euros, galardão máximo atribuído á melhor obra participante no Festival.



A cerimónia de entrega do prémio decorreu no passado dia 28 de Dezembro na Casa da Cultura de Oliveira do Hospital e contou com a presença da Vereadora da Cultura, Graça Silva; do Vice-Presidente da Câmara, Francisco Rolo; do Presidente da OHs 21, Luís Antero e do Curador Manuel Machado. Na ocasião Luiz Morgadinho, que tem um vasto currículo artístico e foi homenageado em 2009, no festival de Artes de Seia – ARTIS, teceu algumas considerações sobre o tema retratado e os sentimentos de luta e revolta que transporta várias vezes para as suas obras.

Entretanto, apraz registar o facto de outro artista senense ter estado em destaque na Agirarte. Trata-se de Ricardo Cardoso, com o seu trabalho “Confronto I” (tinta da china e vieux-de-chene s/ papel 137x157), que mereceu uma Menção Honrosa, quando não é hábito sequer, este tipo de Menção ser atribuída.

Já no ano passado, o senense Sérgio Reis havia ganho o grande prémio Agirarte, verificando-se por isso o reconhecimento do trabalho feito pelos artistas de Seia e das acções que por aqui têm sido realizadas.


Festa de Fim de ano em São Romão








terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vai e Vem é um sucesso em Seia

O Vai e Vem, sistema de transportes urbanos de Seia parece ter vindo para ficar. A circular desde Abril deste ano, o Vai e Vem já transportou, até dia 23 de Dezembro, 35 mil 660 pessoas. Os dados foram adiantadas pelo Presidente da Câmara na última Assembleia Municipal de Seia. Carlos Filipe Camelo adiantou ainda que o transporte desses passageiros gerou uma receita de 24 mil euros.
Nada mau!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eco2Seia

O Municipio de Seia vai desenvolver um conjunto de iniciativas inovadoras que visam envolver de imediato a comunidade na redução dos consumos de energia e colocar o concelho na linha da frente da luta contra as alterações climáticas, tornando-se líder e exemplo a seguir por outros municípios e comunidades.

Há uma noticia sobre este assunto que vale a pena ler,

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=460301

Assembleia Municipal de Seia com mais de 20 pontos em agenda

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A Assembleia Municipal de Seia aprovou hoje o orçamento e as grandes opções do plano para 2011, com 41 votos a favor, da bancada do PS, uma abstenção (PS) e 10 votos contra do PCP e PSD.

O Orçamento é de 69 milhões de euros, onde estão incluidos os tais 45 milhões do contrato de equilibrio financeiro e mais 6 milhões de emprestimo autárquico o que dá um orçamento mais ou menos real – do deve e haver – na ordem dos 20 milhões.

O PSD, como partido responsável do arco da governação, votou contra porque não concorda que se esteja a contar com o dinheiro do empréstimo sem se saber ao certo como vai ser. E daqui não adiantou mais nada, o que diga-se é pouco, para uma discussão desta importância.

Para além deste assunto, a Ordem de Trabalhos contava ainda com mais 20 pontos, numa reunião que começou por volta das 9 e meia da manhã e terminou pelas 17 horas.

Para além da apreciação da informação escrita do Presidente da Câmara, que deu conta do que é que o executivo tem andado a fazer, a Assembleia discutiu ainda o Orçamento de Empresa Municipal, que este ano não contempla pelo menos 200 mil euros para a Fiagris, já que não vai haver, e mantém uma boa e diversificada programação, com custos diminutos, já que conta com alguma programação financiada em 80 % por via de uma candidatura a fundos comunitários, a Cultrede, que engloba mais 17 municipios.

Outro assunto importante tratado foi a votação da Tabela de Taxas do Município, que foi aprovada, embora eu não tenha participado, por me ter ausentado por instantes para ir ao Conservatório, onde começaram umas jornadas sobre programação, com o Director Regional da Cultura do Centro.

O Mapa de Pessoal ta Câmara também foi aprovado, com 39 votos a favor e 10 abstenções e onde se desmistificou essa noticia sensasionalista do PE de que o Municipio ia meter 130 funcionários. Segundo o Presidente explicou tem a ver com mais de 40 professores que todos os anos a autarquia contrata para as chamadas AEC’s – Actividades Extracurriculares, Auxiliares de acção educativa, vigilantes de natureza, etc., que praticamente renovam de ano para ano.

Outros assuntos votados favoravelmente foram:

- Contrato – Programa de transferência de verbas do Municipio para a Empresa Municipal;
- Protocolo de Delegação de competências da Câmara para as Juntas de Freguesia;
- Pedido de empréstimo de curto prazo;
- Participação na Associação Rede de Economias Criativas;
- Regulamento de incentivo à Reabilitação Urbana de Imóveis para todos;
- Regulamento do Mercado Trocas e Baldrocas;
- Regulamento da Ludoteca Municipal de Seia;
- Alterações ao Regulamento dos Cemitérios Municipais de Seia;
- Alteração do Regulamento Municipal de Residuos Sólidos, Higiene e Limpeza Publica;
- Alteração do Regulamento do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e Prestação de Serviços do Municipio;
- Isenção de IMT a duas empresas do Concelho;
- Constituição da Comissão de Economia e Acessibilidades;

Por último, e por proposta do PS foram introduzidas três Moções que foram aprovadas quase todas por unanimidade.

Uma Moção de apoio à manutenção da Escola Evaristo Nogueira, num dia em que o Presidente da República promolgou a Lei, mas em que ainda não há garantias suficientes da solidez do apoio ao ensino privado e cooperativo.

Uma Moção para corrigir alguns aspectos no Programa Regional de Ordenamento do Território na Região Centro – (PROT C) e uma Moção de Repúdio pela decisão da Ministra do Ambiente em fazer aumentar as taxas de água e saneamento básico.

E pronto!

Discurso que proferi hoje na Assembleia Municipal de Seia

A Assembleia Municipal é um local onde podemos e devemos reflectir sobre as várias questões da governação local e nacional. E nessa perspectiva, importa determo-nos sobre os tempos difíceis que atravessamos e que exigem de nós empenho redobrado. Que exigem mais acção politica e menos tecnocracia. Mais maturidade política, porque a política também alimenta expectativas. E no confronto politico devemos ser fortes, mas com elevação. Cara-a-cara, com coerência.

Este é um tempo de retórica, mas também de acção concreta, porque há mais vida para além dos números.

Temos de introduzir na política, cada vez mais o espírito de missão, de sacrifício.
O concelho, nunca precisou, como agora, de todos, e de esforços sobrehumanos.
A coisa está preta.

Parece que vai tudo ruir, porque a conjuntura nacional e internacional não ajudam.
É a ditadura dos números!

Temos de resistir e dar a volta.

Muito está a ser feito, mas muito mais há para fazer e temos consciência de que falamos de trabalho duro e difícil.

Lá fora, as pessoas pedem-nos soluções.

Temos de reagir, quando vemos que há turbilhão na educação, com fecho de escolas; na saúde com centros médicos a falhar e um hospital a perder serviços e qualidade; nas vias de comunicação que não avançam.

Os partidos em Seia, a assembleia, a Câmara, as juntas e as demais entidades têm de remar para o mesmo lado. Pelo menos por agora, que os tempos estão dificeis e nas questões essenciais. Posteriormente haverá tempo para campanha eleitoral e o povo depois saberá compensar os que foram responsáveis.

O tempo é de compromissos de regime!

É tempo de todos colaborarmos e pedirmos envolvência de todos.

No interior do país, com mais facilidade a população diminui, mais facilmente o desemprego aumenta, mais rápida é a pobreza a alastrar, e nós não podemos baixar os braços. Temos de inventar formulas de nos ajudarmos uns aos outros, para estancarmos esta sangria.

Nunca fez tanto sentido reivindicar descriminações positivas. Nunca fez tanto sentido sermos exigentes e duros para com quem nos governa, seja do nosso ou de outro parido, porque nunca como a gora a coisa ficou tão preta.

Agora já não basta sermos bons no que fazemos, temos de ver se o que fazemos é suficiente para dar um novo impulso á nossa terra.

Nada nos pode fazer pensar que o que fizemos é suficiente. Nunca tudo está feito. Muito menos agora.

Há um ano ou dois, as prioridades e problemas seriam uns e agora são outros. Isto muda a uma velocidade vertiginosa!

Agora há apertos de cabeça que eram impensáveis há uns meses, e o que aí vem não augura nada de bom.

E as câmaras municipais terão de ser sempre o primeiro reduto do combate incansável e o ultimo lugar para lamúrias e desistências.

Nas câmaras municipais a matriz social tem de acentuar-se cada vez mais e o superfluo tem de dar cada vez mais espaço ao essencial.

Vários passos têm sido dados. Vários sinais têm acontecido, mas muitos mais têm de ser dados.

A política não pode ser mais um lugar de vaidades deslumbrantes ou de humildades em excesso.

E as próprias oposições não podem nem devem ser focos de irresponsabilidade, jogando apenas no interesse mesquinho politiqueiro.

Para grandes males, grandes remédios e quem está no palco político das responsabilidades percebe que tudo está mais dificil e que é preciso grandes abanões e grandes energias. Que é preciso ir além do que é razoável.

E quantas vezes é preciso ser desagradável e inconveniente, em nome do interesse público?!
E de tudo o que digo não estou a ser pessimista.

Etou a ser prático e realista. E porque sou optimista por natureza, acredito que, se todos dermos o tal safanão, se houver influência e persistência politica, dia-a-dia, hora-a-hora, teremos mais probabilidades de não sucumbirmos.

Porque o que acontecer agora marcará inevitavelmente as próximas gerações. O que perdermos agora, depois será irreversível. O que fechar agora, dificilmente abrirá!

Por isso, todos temos o dever de fazer alguma coisa, e quando digo TODOS é mesmo todos. De todos os quadrantes e sem medo.

Mas se viermos para aqui dourar a pílula, dizer que está tudo bem, só nos estamos a enganar uns aos outros.

Temos de ser responsáveis e conscientes.

E não precisamos de ficar a mal uns com os outros.

Cada um de nós sabe distinguir amizades de pontos de vista diferentes. Cada um de nós sabe como é ingrato trabalhar na política. Pelo muito que fazemos e pelo pouco reconhecimento que é feito. Mas mesmo assim andamos cá e temos de continuar. Tantas vezes a combater desnecessariamente uns contra os outros, quando os grandes problemas estão lá fora.

Mas enfim, a vida é dura e dura é também a razão que a sustém.

Por agora fico-me por aqui, porque, no interior do meu partido e noutras organizações procuro cada vez mais dar o meu modesto contributo, procurando concretizar muito daquilo que aqui disse. Porque tenho esperança num amanhã melhor!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Festival Dias de Música Electroacústica na Casa das Artes, em Seia

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Decorre esta segunda, terça e quarta-feira, na Casa das Artes - Conservatório de Música de Seia o Festival Dias de Música Electroacústica #6; I Encontro de Programadores Culturais: Programação da Música Erudita Contemporânea na Região Centro.
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Entre outros convidados, estará o acordeonista Eva Zöllner, uma artista nómada que toca por todo o mundo, sem sequer ter casa, por estar praticamente sempre a viajar; o Erik Drescher, flautista especialista em repertório erudito contemporâneo e que tem tocado a solo em agrupamentos como o Bayrische Kammerphilharmonie, Klangform Wien, Ensemble Modern e muitos outros; e o GMCL - Grupo de Música Contemporânea de Lisboa - um grupo com 40 anos, fundado pelo falecido compositor Jorge Peixinho, um dos grupos mais antigos da Europa dedicados a este tipo de repertório.
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Haverá ainda conferências com o clarinetista Luís Gomes (GMCL), pianista Francisco Monteiro, António Pedro Pita (Professor de Estética na Universidade de Coimbra, cuja comunicação promete ser muito interessante) e muitos outros.
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Mais informação em:

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fechou a Casa das Tilias

o Blogue feito pelos leitores
De Luis Figueiredo Lopes recebi o mail que a seguir publico:
Caro Amigos, Clientes e Fornecedores,

Vimos por este meio desejar Boas Festas e um novo ano bem melhor que o que termina, mesmo que as perspectivas não sejam as melhores. Compete-nos a todos, já que o Governo pouco faz ou faz mal ou tardiamente, pôr este país nos eixos ! ainda que sem TGVs absurdos e sem as estradas prometidas para este lado oeste da Serra.

Vimos também informar todos, para acabar com especulações e boatos, que a Casa das Tílias irá suspender a sua actividade de 20 anos em prol do turismo na região, já no final deste ano. Embora a crise também nos afecte, são razões de ordem familiar, por muitos conhecidas, que nos levam a encerrar este ciclo da família Figueiredo Lopes, e a procurar uma nova família ou empresa, que aproveite este património recuperado da ruína e restaurado para melhor servir quem visite a Serra da Estrela.

O meu pai, por todos conhecido como o Capitão Figueiredo Lopes, deixou aqui uma obra que São Romão se pode orgulhar.

Aproveito para negar e repudiar boatos que o dão como falecido, mas apenas se mudou para Lisboa, para ficar mais junto da maioria da sua família e poder ter melhores condições médicas, que como sabemos por cá, significam para quem padece de algo, muitos kms despachados entre hospitais como se fossem mercadorias e um serviço bem deficiente. Hospitais, Centros de Saúde, Escolas, Tribunais, … não são só instalações, por mais modernas que sejam, são principalmente pessoas ! Um dia os políticos perceberão isto e privilegiarão estas, em detrimento da “obra feita” para cortar fitas.

Obrigado a todos por estes 20 anos,
Luis Figueiredo Lopes
www.casadastilias.com

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

CISE, Seia, realidade virtual

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Acabei de colocar no youtube um pequeno filme do sistema de realidade virtual instalado no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), destinado à sua promoção com propósitos de carácter pedagógico e turístico.
Trata-se de um sistema para navegação e visualização de conteúdos 3D instalado em quiosques multimédia do CISE que merece ser visitado.
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http://www.youtube.com/watch?v=YxjAfXkqrU4

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Faz favor, as frases, no frio que faz

Espécie de Criativa
Do frio nasce o frio, que faz do frio que se vê através da janela, parecer ainda mais frio do que é. Mas porque o frio que faz lá fora, nestes tempos de festa, nos faz lembrar mais frio, como frias as relações dos homens, fingimos ou fazemos que vemos no coração das pessoas o calor que nos faz falta a todos, pelo menos nestes dias de frio e de festa.

E querendo fazer do frio, o frete que faz frente á fúria que fura o sentimento das pessoas nesta altura do ano, largamos frondosas frases, feitas de propósito, a formular votos de boas festas, em tempos de fracos recursos e de fracos farnéis.

E fundados no frio que faz, afundados em dívidas fecundas e soberanas, frequentamos faustosos lugares, acima das posses, periclitantes, frontais e faltosos e duplamente contraditórios entre o ter e o poder. Que ainda para mais, o frio aperta, como tudo o que demais aperta. E tudo em apertos, como no frio que aperta.

E fecundados iremos, como vamos em fugazes fúrias, facilitando o querer, como que a fazer frente á frente fria, que em desatino se abate sobre nós e nos faz passar maus bocados.

E nós rogados, frequentamos na fraqueza os dislates das fortes correntes que impelem as modas, e nas molas que nos forçam os feitios, deitamos a perder a fina flor que fingíamos ser, sem fornecer dados confidenciais. De fígados fracos e fortes suspiros, espirramos no défice que sobe mais do que desce, na fila financeira que não engana. E de filigrana vetusta, é a fatiota vestida no desfile de infiéis que passam a fugir, sem cuidar de ver do frio que faz nos mercados do ser e do parecer, fazendo-se amiúde forte, mas falsamente rico.
E fraco rei faz fraca a forte gente, daí que a famosa frase se esbata no frio que faz e tanto fez como tanto faz. E assim se faz fogo no frio das ideias á espera que o tempo passe.

E pronto, faz frio e faz tempo que adivinhávamos o vendável que vemos, em todas as frentes, em todos os mercados e a falta que faz não termos feito trabalho de casa e seguido recomendações da farta fartura que não tínhamos. Mas pronto! Fazemos agora das tripas coração e vamos em frente, ao frio e com frio, fazendo votos que isto mude. E assim ficam as frases e a conversa fiada e assim vamos, sem fadas, neste fado falado, que cantado ninguém acredita!

Fosca-se!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mercado de Eco Talentos em Seia



O novo mercado de Seia é acima de tudo uma iniciativa local que pretende entregar a cidade aos cidadãos, literalmente.
Cedido pela autarquia e localizado no centro da cidade, antigo aurtel dos Bombeiros de Seia, ao lado do Conservatório, o novo mercado de Seia vai ser um espaço físico com bancas e espaços para expor, mostrar, trocar ou vender eco-talentos, os seus eco-talentos.
O seu objectivo, é o de proporcionar um espaço físico, real, com oportunidades reais, para que todos os cidadãos, de qualquer idade, de forma individual ou colectiva, possam participar na dinamização da cidade, com o seus projectos, iniciativas, e acções, por mais simples que estas possam ser.
Esta iniciativa é promovida pela Câmara Municipal de Seia, no âmbito do processo de Agenda 21 Local (A21L) que está a ser implementado desde Outubro de 2010.

De uma forma simples a A21L Seia mais não é do que um projecto que visa a obtenção do equilíbrio, da sustentabilidade das regiões e da vida humana. É um compromisso internacional, assumido pela autarquia, onde esta se compromete a assegurar que o nosso actual modo de vida, em Seia, não compromete o futuro das próximas gerações do nosso concelho, quer em termos de recursos naturais, quer em termos de qualidade de vida, quer em termos económicos, culturais ou sociais.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Seia Cultural

Seia, teve este Sábado á noite no Palco do Cineteatro da Casa da Cultura o melhor que há em Portugal na Dança Contemporânea. Pena que mais pessoas não tenham aproveitado. Tratou-se de um espectáculo da Companhia de Dança de Almada, oferecido pela Cultideias, na linha daquilo que tem sido a programação da Casa Municipal da Cultura.
Seia tem o privilégio de seguir uma programação regular e diversificada. O município tem percebido a importância de manter uma dinâmica artística e cultural naquele complexo, que lhe dá prestígio, notoriedade, ao mesmo tempo que promove hábitos culturais saudáveis. Paulatinamente, ao longo dos anos, tem-se consolidado vários públicos, mercê de uma programação regular e consistente. Á medida da cidade e do concelho. Em tempos de crise a tentação será em cortar na cultura, mas felizmente que o município percebe a importância do trabalho feito e da urgência em continuar. E percebe também que é melhor apostar em arrecadar apoios para eventos do que acabar com eles. Neste ano que agora termina, houve uma grande percentagem de programação que foi feita a 20% do custo, graças á candidatura feita a fundos comunitários, com mais 16 Câmaras, através da Cultrede. Para o ano vai continuar a ser assim.
E já houve outra candidatura, liderada por Seia, que também foi aprovada e que chegará até 2013.
Na cultura Seia segue na frente e sem grandes despesas. Á sua medida. E segue também de boa saúde porque não há grande interferência da política na criação artística. Porque essas interferências nunca deram grande resultado, em lado nenhum. Felizmente que em Seia, desde que me lembre, ouve sempre liberdade criativa. E os políticos sempre deram margem de manobra aos programadores e agentes culturais. E falo por mim!
Seia tem também outra vantagem. Tem vários intervenientes na causa social e cultural. Tem uma sociedade dinâmica e criativa. Desde logo um Conservatório de Música, que dá um contributo importantíssimo na formação na área musical. Uma instituição que já se consolidou na comunidade, onde é um aliado importante no processo de desenvolvimento. Ainda agora, no final do mês promove mais um Festival Dias da Música Electroacústica (de 27 a 29 de Dezembro).
Depois há as colectividades, as bandas, os ranchos, várias empresas do chamado sector criativo, como seja o museu do pão, os gabinetes de design, de registo de domínios, estúdios fotográficos, etc.
Agora, é preciso continuar a trabalhar, a trabalhar muito para que Seia continue a andar na frente. Para as pessoas e com as pessoas, uma questão importante no processo de desenvolvimento comunitário.
O próximo ano promete. Que ninguém fique (tanto) em casa! É que na Casa da Cultura, há sempre espectáculos a acontecer. Todos os fins-de-semana!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dança Contemporânea em Seia


Este Sábado à noite, há dança contemporânea na Casa Municipal da Cultura de Seia. A partir das 21:45 horas, sobe ao palco a Companhia de Dança de Almada com o espectáculo “Revisitar o passado, Antever o futuro”, de Ana Macara, Clara Andermatt e Benvindo Fonseca.


Trata-se de um espectáculo onde se comemoram 20 anos de existência da Companhia de Dança de Almada, com a reposição de alguns dos trabalhos mais marcantes - neste percurso voltado para o futuro, para a mudança e para a adaptação às novas realidades - e mantendo o prazer de dançar, de criar, de partilhar momentos e emoções vividas, explorações do corpo em movimento como metáforas de vida e questionamentos pessoais e sociais.

A não perder.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

luz ao fundo do tunel

Estamos a chegar ao natal e o turismo volta a mexer na serra da estrela. As unidades hoteleiras começam a esgotar para esta quadra e fim de ano, as lojas animam-se e acende-se uma luz de esperança para os comerciantes que lutam para sobreviver.

Na cidade, este ano não há iluminação. Em tempo de crise é assim, tem de poupar-se. Mas há música, para animar.

Pode ser que para o ano a associação dos comerciantes faça uma candidatura a fundos comunitários e faça luz na cidade.

Seia é uma cidade animada e tem de ter dinamização para incrementar o seu comércio, mas os comerciantes também têm responsabilidade. A Câmara não pode fazer tudo.

Os tempos estão difíceis para todos, mas é nestas alturas que todos temos de dar um pouco para dar a volta. E quando damos em inteligência e visão estratégica é sempre melhor. Sem estar sempre á espera que o outro faça.

Mas temos de ter esperança em melhores dias e pensar que há luz ao fundo do tunel. Eu espero e ainda acredito.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No melhor do mundo


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Ás vezes faz-nos bem sair daqui. Ir ver mundo. Conhecer novas realidades, refrescar ideias e retornar, com mais energia para o trabalho, para as rotinas, para os amigos e até para os crónicos derrotistas.

Por estes dias foi o que fiz. Juntei o útil ao agradável e no âmbito do Mestrado (Animação Artística) fui a Londres. A altura foi complicada, com a vaga de frio que se abateu na Europa, com um voo cancelado e um dia de atraso, por causa da neve. Contudo, a capital londrina é um “mundo á parte”.

Tive por isso o privilégio de ver em 3 dias, do melhor que há em matéria cultural e turística.
Desde logo na Tate Modern, Museu de Arte Moderna, que desde a sua abertura, em 12 de maio de 2000, promove importantes mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, e se tornou na terceira maior atracção londrina. Na colecção da Tate Modern figuram algumas importantes obras de Pablo Picasso, Matisse, Braque, Natalya Goncharova, de Chirico, Francis Bacon, Alexander Calder, Chagall, entre muitos outros artistas do século XX.

Outro lugar visitado foi o Museu Britânico que é um marco fundamental no estabelecimento do método museológico, além de representar diversos aspectos característicos tanto da sociedade inglesa vitoriana quanto do pensamento político e científico do século XIX. Aberto em 15 de janeiro de 1759, foi o primeiro grande museu público, gratuito, secular e nacional em todo o mundo.

Outros museus, outras galerias e, claro, o Museu Madame Tussauds, que é um famoso museu de figuras de cera. Possui a maior colecção de figuras de celebridades. A sede principal do museu está em Londres, mas também mais 8 filiais pelo mundo.

Momento único foi o musical Oliver Twist no Theatre Royal Drury Lane. Simplesmente grandioso.

Londres. Cidade grandiosa. Cidade organizada e segura. Uma grande indústria cultural e de conhecimento.

E nós, daqui deste canto da Europa, devemos, sempre que podermos, ver o mundo lá fora. E sempre se pode fazer sem se gastar muito. Com viagens da Ryanair baratas, dormidas em albergues de juventude, refeições ligeiras, etc.

E nós aqui em Seia ou noutra parte deste país interior, temos muito a ganhar sempre que conhecermos novas realidades, mesmo no melhor do mundo, ás vezes aqui tão perto.