sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vozes de Seia contra o encerramento das freguesias


José Pinto no Blogue da Freguesia da Cabeça faz referência às várias vozes que se levantam contra o encerramento das freguesias rurais do concelho de Seia.

José Pinto, uma voz lúcida no quadro de desenvolvimento do nosso concelho e em particular da freguesia da Cabeça, escreve a propósito:

“Numa altura em que assistimos à voracidade do governo em reformar a Administração Local com critérios demográficos absolutamente imprudentes e com métodos geográficos aberrantes, demolidores, completamente desfasados da realidade, algumas vozes se levantam publicamente na imprensa do concelho de Seia contra estas medidas "de régua e esquadro".

O resto do texto, onde faz referência à minha posição e de Eduardo Brito, pode ser visto
AQUI

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ITINERÁRIOS DA SERRA DA ESTRELA PODEM SER EXECUTADOS COM VERBAS COMUNITÁRIAS


O Movimento MAIS no âmbito da luta travada para a construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela IC6, IC7 e IC37, recebeu recentemente uma comunicação do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de que “está a ser considerada a possibilidade de incluir a execução destas obras no processo de reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN)”.

A missiva governamental veio na sequência dos vários pedidos feitos a todos os órgãos de soberania, por parte do MAIS, e os quais mereceram muitas reacções positivas e de forte abertura para a sua execução.

Neste sentido, o Movimento acaba de pedir uma audiência ao Secretário de Estado das Obras Públicas de modo a “conhecer em detalhe toda a situação atinente ao melhor desfecho para estas justas aspirações das populações, numa altura em que estamos cercados por auto-estradas com portagens, e que se necessita de um sinal do Governo no apoio inequívoco às pessoas do Interior do País”.


http://itinerarioserradaestrela.blogspot.com


Escola Superior de Turismo e Hotelaria é do melhor que Seia tem



Do melhor que Seia tem é a existência da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG.

Trata-se de uma unidade orgânica do Instituto Politécnico da Guarda já muito consolidada na nossa comunidade. Já lá vai o tempo que era um mero Polo do IPG. Há mais de uma década que é uma escola autónoma com mais de 400 alunos, a funcionar em modernas instalações inauguradas em Dezembro de 2004. Um edifício bem equipado, já que ali funcionam disciplinas práticas, ligadas à hotelaria e restauração, razão mais do que sobrante para que consolide cada vez mais a sua posição no quadro de estabelecimentos de ensino superior. Se se tratassem de cursos de lápis e papel, mais facilmente poderia haver a tentação de deslocar a escola para a Guarda, mas não.

No entanto, a comunidade senense deve manter-se vigilante e procurar contribuir para a valorização desta escola que tem seguido o seu caminho, tornando-se de ano para ano, num centro formativo de excelência, especializado nas áreas do Turismo, da Hotelaria e da Restauração em termos de ensino superior.

E quanto melhor for a escola, tanto mais beneficia o concelho de Seia em particular e a capital de Distrito em geral, pela sua posição de força e pelos ganhos de escala, dado que contribuirá sempre para aumentar a grandeza do Instituto Politécnico e não o seu contrário.

Ainda recentemente uma reportagem do Jornal de Negócios, colocava o Curso de Licenciatura em Turismo e Lazer desta escola como o curso com melhor taxa de empregabilidade nesta área cientifica específica.

Os dados, que foram retirados do estudo “A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior – 2010” do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), colocam a formação em Turismo e Lazer da ESTH/IPG, em primeiro lugar de uma lista de 18 cursos e instituições, com uma taxa de desemprego de apenas 3,7% demonstrando assim os altos índices de empregabilidade alcançado pelos alunos formados nesta licenciatura.

Por isso, eu digo e repito que a Escola Superior de Turismo e Hotelaria, é do melhor que Seia tem em matéria de desenvolvimento local e que em muito valoriza a própria Guarda.


"Crónica de Seia" publicada no Jornal Terras da Beira - Guarda

MJB

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nenhuma das 10 freguesias do concelho de Seia deverá encerrar

Hoje participei num debate promovido pela Assembleia Municipal de Seia sobre a nova orgânica para as Freguesias, no âmbito da reforma da Administração Local que pretende ser implementada.
Segundo o Livro Verde publicado, o Concelho de Seia ficará sem 10 Freguesias, do conjunto das suas 29. Assim, sem mais! Tudo feito através de critérios delineados em Lisboa e aplicados de forma igual, a régua e esquadro para todo o país.
Óbviamente que cada concelho é uma realidade diferente e as freguesias das grandes cidades do Litoral são bem diferentes das das zonas rurais do Interior. Daí que, cada caso é um caso.
Por isso, defendi hoje nessa reunião que nenhuma das 10 Freguesias do Concelho de Seia deve fechar, e quando muito que feche uma que não foi contemplada. A própria Freguesia de Seia, que tem o seu edifício a 20 metros do edifício da Câmara, podendo discutir-se a melhor formar de agrupar as suas anexas.
À luz deste Livro, a Freguesia de Santa Marinha seria extinta porque, segundo os critérios delineados teria de ter 1.000 habitantes. Como tem 998, por dois habitantes, perderia o estatuto de Freguesia. Não pode ser!
A Freguesia de São Martinho, ali ao lado, também com todo o seu peso histórico e cultural, com perto de 700 habitantes seria igualmente eliminada. Se se lhe atribuir Vodra e Arrifana, por exemplo, já que há muitas afinidades e grande proximidade, poderá facilmente chegar-se a um número próximo dos 1000.
Segundo o critério aplicado à Lapa dos Dinheiros, faltar-lhe-ão 6 habitantes para se manter como Freguesia. Logo, também não será difícil de ultrapassar esta questão.
As Freguesias de Carragosela e Folhadosa, são integradas na categoria de Áreas Maioritáriamente Urbanas (AMU), o que só pode ser um erro, como toda a gente percebe. E é um erro, porque o critério usado é a medição das distâncias à sede do Concelho, que é feita em linha recta, desde o edifício da Câmara ao campanário das igrejas, o que é um perfeito disparate.
Depois temos a Freguesia de Cabeça que fica a 22 Km de Seia e a Freguesia mais próxima fica a 10 km, para não falar das outras freguesias distantes e quase todas com perto de 300 habitantes e com sectores sociais e económicos importantes, como é Sazes da Beira, que possui um Lar de Idosos com 60 pessoas, mais uma população emigrande significativa que começa a regressar.
Por tudo isto e pelo facto das Juntas de Freguesia serem elementos essenciais no desenvolvimento das localidades, para que o nosso concelho não definhe de vez, entendo que se devem manter, além de que a poupança feita não é assim tão expressiva. Resultando em poupança muitíssimo insipiente.
Já quando foi da discussão do encerramento de escolas, também se estabeleceu que em terras com menos de 21 alunos os estabelecimentos fechavam, mas o que aconteceu foi que escolas com 17 ou 18 alunos se mantiveram. Aqui também terá que prevalecer essa lógica, porque enquanto há vida há esperança e teremos de nos bater pela manutenção de pelo menos 28 das nossas 29 freguesias.
Obviamente que esta é uma questão que tem de ser remetida para discussão nas freguesias, em plenários com o povo e com debate na Assembleia Municipal, mas cujo onus não pode ser atribuído à Câmara Municipal, como referiu na ocasião Carlos Filipe Camelo.
Em face disto, vamos ver como serão as cenas dos próximos capitulos, sendo que da minha parte haverá todo o apoio na manutenção das nossas freguesias, porque entendo que são verdadeiras molas reais no desenvolvimento do nosso território e órgãos privilegiados no apoio às populações, dado que são quem está mais próximo das realidades.
Os casos que nos dão relativamente ao encerramento de Freguesias em Lisboa ou noutras cidades de grande dimensão do Litoral, não podem servir de exemplo para fecharem as portas de uma parte significativa das nossas Juntas de Freguesia. Cada caso é um caso!
Por tudo isto e muito mais, teremos de ser determinados na defesa das nossas freguesias, porque não é por aqui que se combate o defice, pelo menos no nosso concelho, como acabei de demonstrar.

domingo, 16 de outubro de 2011

“Le temps des grâces” vence CineEco 2011



O documentário francês “Le temps des grâces / O Tempo das Graças”, de Dominique Marchais, ganhou o Grande Prémio Ambiente do CineEco 2011. O galardão foi entregue esta noite na Casa Municipal da Cultura de Seia, juntamente com os restantes premiados. A noite acabou com um concerto dos Deolinda totalmente esgotado, que encerrou a 17ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela que, pela primeira vez, foi co-produzido pela Zero em Comportamento (organizadora do IndieLisboa).
Conheça aqui o palmarés completo do CineEco 2011.




PRÉMIOS ATRIBUÍDOS PELO JÚRI DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
(Ana Isabel Strindberg, programadora de cinema; José Vieira Mendes, crítico de cinema; Pedro Barbosa, biólogo e cineasta brasileiro)

GRANDE PRÉMIO AMBIENTE (no valor de 2.500 €, é patrocinado pela Câmara Municipal de Seia e foi atribuído à longa metragem considerada a melhor entre todas as presentes na Competição Internacional): “Le temps des grâces (O Tempo das Graças)”, de Dominique Marchais (França)

Prémio Especial do Júri: “Under Control (Sob Controlo)”, de Volker Sattel (Alemanha)

Menção Honrosa: “Angst”, de Graça Castanheira (Portugal)

PRÉMIO COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS (no valor de 1.250 €, é patrocinado pelo Programa Gulbenkian Ambiente e foi atribuído à curta metragem considerada a melhor entre todas as presentes na Competição Internacional): “Un monde pour soi (Um Mundo para Si)”, de Yann Sinic (França)

Menção Honrosa: “Casus Belli”, de Yorgos Zois (Grécia)

PRÉMIO ANTROPOLOGIA AMBIENTAL (sem valor pecuniário, foi atribuído à obra da Competição Internacional que melhor aborda a temática da antropologia ambiental): “Cities on Speed: Bogota Change (Cidades Aceleradas: Bogotá em Mudança)”, de Andreas M. Dalsgaard (Dinamarca)

Menção Honrosa: “Unfinished Italy (Itália Inacabada)”, de Benoit Felici (Itália)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA COMPETIÇÃO LUSÓFONA
(Óscar Sánchez, jornalista e crítico galego; Sílvia Reis, docente na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda; Tiago Pereira, realizador)
PRÉMIO CAMACHO COSTA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Liberty Seguros e foi atribuído ao filme considerado o melhor da Competição Lusófona): “Muito Além”, de Mário Gomes (Portugal / Alemanha)
Menção Honrosa: “Como as Serras Crescem”, de Maria João Soares (Portugal)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CIÊNCIA VIVA
(Patrícia Tavares, membro da direcção do Geota – Grupo de Estudos de Ordenamento e Território e Ambiente; Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica; Valdemar Rodrigues, Doutorado em Engenharia do Ambiente e Docente na Universidade Lusófona)

PRÉMIO EDUCAÇÃO AMBIENTAL CIÊNCIA VIVA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Ciência Viva e distinguiu a obra da Competição Internacional que, do ponto de vista didáctico-científico, melhor aborda a temática da educação ambiental): “My Favourite Supermarket (O Meu Supermercado Favorito)”, de Ling Lee (Reino Unido)

Menção Honrosa: Bogota Change (Cidades Aceleradas: Bogotá em Mudança)”, de Andreas M. Dalsgaard (Dinamarca)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA JUVENTUDE
(Ana Patrocínio, estudante de Design de Comunicação; Carla Pereira, finalista de Restauração e Catering; Hugo Godinho, estudante de Design de Comunicação; Francisco Baptista, licenciado em Media Writing com especialização em Argumento)
PRÉMIO DA JUVENTUDE UNIVERSIDADE LUSÓFONA (sem valor pecuniário, foi atribuído à obra da Competição Internacional que melhor reflecte os interesses e preocupações ambientais dos jovens): “Angst”, de Graça Castanheira (Portugal)

Menção Honrosa: “Un monde pour soi (Um Mundo para Si)”, de Yann Sinic (França)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO PÚBLICO

PRÉMIO DO PÚBLICO ENDESA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Endesa. Foi votado por todos os espectadores das longas e curtas metragens da Competição Internacional, Competição Lusófona e secção Guerrilha Verde, e atribuído ao filme que obteve a pontuação mais alta):

“Eco Ninja”, curta metragem de Jonathan Browning (EUA)


Cinema na Serra da Estrela põe o Brasil em Portugal


A Jornalista brasileira Leia Teixeira esteve em Seia no Cine’Eco e escreveu para a revista Amazônias sobre o Festival, destacando a presença brasileira na competição e descrevendo o concelho de Seia, como território atrativo e privilegiado do ponto de vista cultural e ambiental.


Seia assume-se como um local previlegiado de encontro com a natureza. Logo é a cidade portuguesa mais adequada para a realização de um festival de cinema, sobre a temática ambiental. No entanto, a diversidade e beleza da paisagem e do património, bem como da gastronomia e a cultura, constituem igualmente motivos de grande interesse para uma visita turística durante todo o ano.
Para começar Seia fica situada no sopé da montanha, onde no inverno é possível esquiar e praticar desportos de inverno. Mas fica ainda perto de um conjunto de belas vilas e aldeias de montanha, (Loriga, Sabugueiro, Vide), inseridas num ambiente natural, que podem ser pontos de partida para conhecer melhor a região, percorrer itinerários de caminhadas e locais de desportos da natureza.
O conhecimento e preservação do património ambiental da serra da Estrela faz-se ainda através do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (Cise), uma excelente infra-estrutura expositiva, que desenvolve um conjunto de atividades educativas de divulgação ambiental, investigação e promoção turística.
É possível reservar um guia especializado nas várias áreas (geologia, fauna e flora) para melhor conhecermos o maciço montanhoso. A cidade é ainda dotada de um conjunto de equipamentos museológicos e de lazer que constituem um grande exemplo de diversidade: Museu do Brinquedo, Museu Etnográfico, Museu da Electricidade (um excelente retrato da evolução do aproveitamento hidríco na região) e por último um Museu do Pão, espaço perspectivo e histórico deste alimento, que tem ainda um excelente restaurante onde são servidos pratos tradicionais e os mais ricos manjares da região: queijo da serra da Estrela, requeijão, pão, broa, bolo negro de Loriga, vinho enchidos e cabrito.
A par disso e do Cise há ainda um conjunto de equipamentos culturais de grande atração: a Casa das Artes, Biblioteca e principalmente a Casa Municipal da Cultura, um espaço onde são exibidos a maioria dos filmes do CineEco.


O texto pode ser lido na íntegra AQUI


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lemos, vemos e ouvimos e não gostamos



Hoje ouvi uma conversa de rua sobre a situação actual do país.
Dizia uma pessoa: - Já viste, agora cortam-nos o subsídio de Natal e o subsídio de férias. É só cortar nas regalias e aumentar tudo.
É verdade - retorquiu a outra.
Pois - acrescentou a terceira pessoa – então como é que eles querem aumentar as receitas se as pessoas vão deixar de comprar mais sapatos, mais camisas, vão deixar de ir ao restaurante? Assim não funciona a economia. Asfixiam tudo.
Pois - acrescentou a primeira – assim fecham as lojas porque não vendem, e se fecham as lojas e as outras empresas que produzem, não há impostos e nem há dinheiro para nada.
Pois não – barafustou a segunda pessoa da conversa, rematando – ainda por cima os poucos que resistem vão fugir aos impostos. No final das contas ainda estamos mais falidos do que agora.
Pois sim – assentiu uma delas – e ninguém quer a culpa mas são todos culpados, políticos dos partidos todos, o Presidente da República, os sindicatos que só queriam regalias e até os bancos que só criavam ilusões!
Pois é – penso eu - é mesmo! E não se ouve o Ministro da Economia a dar uma boa nova no incentivo às empresas. Nada!
Do que dá para ver e ouvir, não é assim que em 3 anos lá vamos chegar. Era melhor dar mais anos à Troika para darmos mais vida às pessoas e irmos mais devagar, como diz a Manuela Ferreira Leite, senão quando damos conta já não temos pessoas e aí já não há défice que importe!

Verdes são os territórios do Interior


Hoje, a partir das 18 horas, terá lugar no Espaço Internet da Casa Municipal da Cultura (1º piso) um debate subordinado ao tema – "Verdes são os territórios do Interior”.
Organizado pela CAOS e Município de Seia no âmbito do Cine’Eco, o referido debate contará com a presença de Carla Castelo, Jornalista da SIC e especialista em Ambiente; Carlos Filipe Camelo, Presidente da Câmara Municipal de Seia; Nuno Lacasta, Director do CECAC– Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas; José Manuel Palma, Professor na Universidade de Lisboa e Helena Freitas, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra.

Esta tertúlia-debate enquadra-se num projecto mais vasto - o ECO2Seia – que, através de um conjunto de iniciativas, pretende sensibilizar os cidadãos e agentes económicos da região para a importância da eficiência. O principal objectivo é dar a conhecer a um público abrangente argumentos que demonstrem que a criação de riqueza nos territórios do interior passa pelo ambiente, pelo baixo carbono e por uma aposta na sustentabilidade. Para fazer de Seia uma cidade referência em termos ambientais, a Câmara Municipal aderiu ao Pacto dos Autarcas em 2010 (cujo objectivo é implementar as melhores práticas no domínio das energias sustentáveis no concelho) e encontra-se actualmente a elaborar o seu Plano de Acção para a Energia Sustentável, de modo a definir a sua meta de redução para 2020.


A organização convida todos os interessados a participar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Morro no Altar de Mim", de Ricardo Cardoso no TMG



Mais um artista de Seia merece destaque este mês, no panorama cultural nacional.
Desta vez é Ricardo Cardoso, que durante este mês de Outubro tem patente uma exposição de pintura – “Morro no Altar de Mim”, no Café Concerto do TMG – Teatro Municipal da Guarda.
«Através de 15 desenhos divididos em três painéis, onde o processo criativo passa pela auto representação, e a procura de uma representação corporal expressiva, vai-se dando inicio ao processo de libertação, individualização, desindividualização e intelectualização do ser. Afinal qual o peso do nosso corpo naquilo que somos? », explica o autor.
A exposição tem entrada livre e pode ser visitada durante o horário de funcionamento do Café Concerto.
Ricardo Jorge Santos Cardoso nasceu em Seia no ano de 1982. Tem o curso de Artes e Ofícios da Escola Secundária de Seia e o curso de Conservação e Restauro de Madeiras – Arte Sacra, do Cearte em Coimbra.
Licenciado em Artes/ Desenho na Escola Superior Artística do Porto – Guimarães, trabalha em conservação e restauro. É sócio da Argo (Associação Artística de Gondomar), e membro da Artis (Associação de Arte e Imagem de Seia).
Regista no seu currículo várias exposições individuais e colectivas realizadas desde 2002 em vários pontos do país.
Em 2002 foi distinguido com uma Menção honrosa na área da pintura no 7º Concurso de Arte Jovem na Casa D. Ana Nogueira em São Romão.
Em 2010 foi homenageado pelos artistas de Seia no âmbito da ARTIS IX e ainda nesse ano, participou na Bienal da Marinha Grande e foi distinguido com Menção Honrosa no Agirarte, de Oliveira do Hospital.



Rede Serra de Estrelas, pela excelência


Teve lugar esta quarta-feira em Seia, a apresentação da “Rede Serra de Estrelas”, um portal que reúne algumas das melhores unidades hoteleiras e restaurantes da região, assim como produtores de produtos locais.
Impulsionada por Joaquim Nobre, esta plataforma poderá dar um contributo significativo para atrair mais turistas à região de Seia e da Serra da Estrela, tendo no centro das preocupações a excelência dos serviços prestados e do conforto proporcionado.
Seia e a região tem muito a ganhar com projectos desta natureza. Pela força e pela dinâmica. Pela criatividade e pela implementação de uma ideia que já deu frutos noutros locais e que certamente também dará aqui.
Não podemos só ver as coisas pelo lado negativo e sobretudo em épocas difíceis, como a que atravessamos, é que estas estratégias têm de ser acarinhadas, apoiadas e enaltecidas.
A apresentação desta rede contou com a presença do Presidente da Câmara e de Rui Soares Franco da Essentia e perto de 50 empresários de hotelaria e restauração da região.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

5ª Mostra Gastronómica do Sabugueiro começa dia 15 com “Sabores de Outono”




O Sabugueiro vai acolher de 15 de Outubro a 12 de Novembro a 5ª. Mostra Gastronómica, que envolve 11 restaurantes daquela aldeia turística.
Organizada pela Associação de Beneficência do Sabugueiro, com a colaboração da Junta de Freguesia, Câmara Municipal, Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, Pão do Sabugueiro e Abrigo da Montanha, a Mostra pretende ser uma iniciativa de promoção dos pratos típicos desta região servidos nos restaurantes locais.
Este ano a referida Mostra vai dar destaque aos chamados “sabores de Outono”, onde os restaurantes vão procurar surpreender com pratos associados a esta época do ano.
Os Restaurantes aderentes situam-se todos ao longo da estrada principal e são: “Mirante da Estrela”, “Abrigo da Montanha”, “O Chocalho”, “Monte Estrela”, “Casa Martins”, “Grelhados da Serra”, “O Nevão”, “Restaurante Mir Alva”, “Cozinha Serrana”, “Ribeira D’Alva” e “Casa da Ponte”.
A organização deixa o convite às pessoas para que visitem o Sabugueiro, a caminho da Serra e saboreiem os pratos típicos num dos seus restaurantes, onde não falta o Cabrito, o Borrego, a Chanfana, o Bacalhau com Pão de Centeio, as Trutas, o Arroz de Carqueja e muitos outros, além do famoso Queijo da Serra, dos enchidos, do presunto e claro, do Pão de Centeio do Sabugueiro.
Durante este período, os restaurantes praticam 15% de desconto nos serviços prestados.

http://www.sabugueiro.pt/




terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fogo e Ferro Forjado














No Foyer do Cineteatro da Casa Municipal da Cultura está patente uma exposição de fotografia que concebi a partir do trabalho desenvolvido na Metalúrgica Vaz Leal, em Loriga.
A referida Exposição insere-se no programa de actividades paralelas do Cine'Eco, retrata a reciclagem do ferro-felho e pode ser vista até ao final de Outubro.

Sérgio Reis, no seu Blogue ARTES VIVAS, fala da referida exposição AQUI



Apresentação "O Mundo Não é um Cinzeiro"


A Universidade Lusófona vai apresentar no CineEco, na próxima quinta-feira, dia 13 de Outubro, o Programa de Empreendedorismo Verde (PEV) e o Projecto das Beatas - "O Mundo Não é Um Cinzeiro" - nas suas componentes científica, tecnológica, pedagógica e de educação e sensibilização ambiental. A apresentação abordará todos os processos deste projecto, explicando os estudos de ecotoxicidade das beatas que estão a ser realizadas nos laboratórios da universidade e o sistema de recolha separativa que está a ser feito no Campus da Lusófona em Lisboa.

O Programa de Empreendorismo Verde está a ser desenvolvido no âmbito do Protocolo celebrado em 2007 entre a Universidade Lusófona e a Universidade da Califórnia, desde o início de Junho de 2010. A missão é a de estabelecer na Universidade Lusófona um programa interdisciplinar, de médio/longo prazo, destinado a servir de plataforma para o desenvolvimento de projectos inovadores na área do Ambiente.

Venha saber mais sobre este projecto no próximo dia 13, às 17h00, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia.


(Press realese da organização Cine'Eco)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Artes Vivas

O BLOGUE DOS LEITORES






De Sérgio Reis, autor do blogue ARTES VIVAS, AQUI recebi as seguintes notícias que publico para partilhar com os leitores do blogue:

Steve Jobs
No dia do desaparecimento físico de Steve Jobs (1955-2011), um curtíssimo video (1m e 33s)

AQUI sobre as possibilidades do novo iPhone 4S.mp4. O que era ficção científica há poucos anos atrás, é agora uma realidade - com riscos assustadores. Trata-se da primeira máquina de grande produção com a qual se pode conversar.
Filme Cine'Eco
Os colegas das artes não devem perder o documentário do artista inglês Banksy no Cine Eco, 2ª feira, dia 10, 21.30 horas, no Cineteatro de Seia. “Exit Through The Gift Shop” é o primeiro filme do enigmático artista inglês (que aparece sempre de máscara), estreou no Festival de Filmes de Sundance (21 a 31 de Janeiro de 2010) e foi apresentado extra-concurso no 60º Festival de Cinema de Berlim / Berlinale (11 e 21 de Fevereiro de 2010). No ano passado, chegou a falar-se nele como candidato a um Óscar de Hollywood. Ver: http://artes-vivas-index3.blogspot.com/2010/02/conhecido-pelos-seus-trabalhos-de-rua.html

Exposição
Podem ainda aproveitar para visitar a exposição de fotografia de Mário Jorge Branquinho no foyer do cinema, intitulada "Fogo e Ferro Forjado" (sobre os fundidores e ferreiros de Loriga). É a primeira exposição individual de MJB.

domingo, 2 de outubro de 2011

Cine'Eco traz a Seia realizadores de todo o mundo



No próximo Sábado já começa o Cine’Eco. Toda a programação dia-a-dia encontra-se no site do Festival AQUI . Muitos e bons filmes para ver!

Os filmes a concurso que são falados em Português ou legendados, podem ser vistos durante as tardes no Auditório do CISE e à noite, todos os dias no auditório da Casa da Cultura. No Cineteatro, de manhã há sessões infantis, às 18 horas e às 21:30 horas serão os filmes comerciais e outros extra-competição.

Muitos e bons filmes para quem gosta de Cinema. Está tudo no site.

E depois há actividades paralelas, como sejam o concerto dos The Crow no Sábado dia 8 e o concerto dos Deolinda no outro Sábado, dia 15, com bilhetes à venda.

Também há exposições, tertúlias, workshop’s, como se constata na programação inserida no site.

Seia vai estar no centro das atenções, já que está assegurada a presença de todos os realizadores que concorrem ao festival. Ou seja, todos os dias o público e os jornalistas em particular, terão oportunidade de falar com os responsáveis dos filmes e colocar questões.


Esta era, de resto, uma das pretenções antigas do festival, como é do domínio público e que agora se concretiza.

Por isso não será de estranhar que a comunicação social fale mais do Cine’Eco e de Seia, já que vai andar por aqui “gente de todo o mundo”.


A Câmara fez a aposta, agora o que é preciso é que o público usufrua e participe.


Em Seia falou-se da nova orgânica das Freguesias


Seia esteve hoje em foco nos principais telejornais do país, com as declarações do líder do PS, António José Seguro sobre a nova orgânica das Juntas de Freguesia que estará eminente.



Seguro que veio encerrar um encontro de autarcas que decorreu no CISE de Seia, numa iniciativa da Federação da Guarda e da Concelhia de Seia, assegurou hoje que o partido não aceita a redução das freguesias do interior do país pelo critério do "número de pessoas". "Considero que é importante diminuir as despesas, mas para isso não há necessidade de extinguir freguesias que têm anos de história e fazem parte da nossa identidade", disse na ocasião.


Referindo-se às zonas rurais do interior, António José Seguro que falava para mais de 250 pessoas que “abarrotavam” o auditório do CISE, disse que "só quem não conhece essas freguesias, onde vive tão pouca gente, é que pode dizer o contrário, porque nessas freguesias já levaram o médico, já levaram o professor, a única coisa que resta de contacto com o Estado é o presidente da junta de freguesia".


"Nós não podemos aceitar que o único critério para reformar as freguesias em Portugal seja o critério da quantidade do número de pessoas", acrescentou.


O socialista disse que para o PS "as pessoas estão primeiro, não são os números que estão primeiro": "Isso é para este Governo, para nós são as pessoas".


No entender de Seguro, em vez da extinção, o Governo pode optar pela associação de autarquias, "sempre de acordo e respeitando a vontade das populações e ouvindo os autarcas" de cada local.


Por outras palavras foi tudo isto que também foi dito durante toda a tarde no debate estabelecido e orientado por José Junqueiro, Carlos Filipe Camelo e José Albano Marques.


Por outras palavras, também eu alinhavei uma intervenção, na medida em que não se pode fazer a reforma das freguesias a régua e esquadro, porque há especificidades que é importante atende e há património cultural que vai para além da lógica dos números.


Pela lógica que vem no tal livro branco (ou verde) tornado público recentemente, o concelho de Seia ficaria sem 10 freguesias: - Cabeça (181 habitantes); Lages (273), Lapa dos Dinheiros (294), Santa Eulália (273), Sazes (279), Várzea (249), Carragosela (380), Folhadosa (327), São Martinho (638) e Santa Marinha (998); estas duas últimas por si situarem, imagine-se, na Área Metropolitana Urbana, critério segundo o qual só poderiam ser freguesias se tivessm mais de mil habitantes.


Por aqui se constata que as coisas não podem ser assim, que é preciso dialogar com as populações e fazer as coisas de baixo para cima e não o contrário. Por isso, teremos tempo para falar do assunto e arrumar as questões até Julho de 2012.


Quanto à Lei autárquica, também está em discussão, prevendo-se entendimento entre PS e PSD, falando-se na redução de Vereadores e no reforço das competências da Assembleia Municipal e no facto do Presidente eleito escolher a posteriori os seus vereadores.


Aqui, o assunto parece mais pacífico.

Nota: Depois do Encontro, os autarcas deslocaram-se para o Parque Municipal onde decorreu um lanche convívio, que asinalou a reentré política do PS de Seia.


sábado, 1 de outubro de 2011

Rui Cristino da Silva na Casa da Cultura de Seia


Foi inaugurada esta tarde nas Galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia a exposição de pintura “Num Olhar”, de Rui Cristino da Silva.
Cristino da Silva expressa com muito realismo a beleza das paisagens e pormenores que vão desde a Ponte de Sandomil, à Capela de São Pedro em Seia, passando por inúmeros lugares da região Centro.
Seia, surge neste olhar do pintor, como ponto central deste realismo ornamentado em muito simbolismo, quer das cores e da harmonia, quer da poesia entrelaçada nas obras à disposição.

Ponto simbólico da inauguração da exposição foi a leitura de um poema dedicado a Seia, escrito e lido por Mário Cristino da Silva, de 90 anos, pai do pintor Rui Cristino da Silva, de 63 anos.


Rui Cristino da Silva ao centro, com os artistas senenses Xico Melo e Sérgio Reis.



Do seu percurso artístico podemos dizer que Rui Cristino da Silva possui o curso completo da Escola de Artes Decorativas António Arroio e Secção de Belas Artes e o curso completo de Fotografia e Cinema.
É descendente de uma família ligada às artes onde se destacam João Cristino da Silva, pintor da corte do rei D. Fernando II, João Ribeiro Cristino da Silva, pintor, arqueólogo e professor, e o arquitecto Luís Cristino da Silva.
Participou na 1.ª Bienal Luso-Espanhola dos Publicitários, Artes e Letras, na Sociedade de Belas Artes, em Lisboa, e na Real Sociedade das Belas Artes, em Madrid, e nos XII, XIII, XIV e XV Encontros Anuais de Artistas Plásticos, a convite da Câmara Municipal de Sintra.
Entre as exposições individuais, destacam-se as do Museu Regional de Sintra e da Galeria Minerva, em Coimbra. Entre as colectivas destacam-se as do Museu da Marinha, Lisboa, Bienal de Alenquer e Palacete da Condessa de Cuba.

A Exposição pode ser vista durante o mês de Outubro, no seguinte horário: De segunda a sexta-feira das 10 às 18 horas e aos Domingos das 15:00 H às 17:30 Horas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Deolinda no Cine'Eco


Aqui se publica a Informação emitida hoje pela Câmara Municipal de Seia relativamente ao concerto da Aurea que estava previsto para o encerramento do Cine'Eco e que foi cancelado unilateralmente.


A Câmara Municipal de Seia informa que o concerto com a cantora Aurea que estava previsto para o dia 15 de Outubro, na Casa Municipal da Cultura, no âmbito do encerramento do Cine’Eco foi anulado, realizando-se, em sua substituição, um concerto com o credenciado Grupo DEOLINDA.
Tal alteração deve-se ao cancelamento unilateral, efectuado de forma tardia e abrupta pela produtora da cantora Aurea, alegando um convite para actuação na China, na mesma data.
O Município de Seia lamenta o sucedido, repudiando enérgicamente esta atitude de grande irresponsabilidade e falta de respeito de que foi alvo, estando já a desencadear todos os mecanismos ao seu alcance para ser ressarcido dos prejuízos daí inerentes, quer financeiros, quer de desgaste de imagem, que tal atitude acarreta.
Neste contexto, queremos tornar pública a nossa firmeza, intransigência e indignação, porque não toleramos, nem admitimos ser tratados de forma leviana e relegados para segundo plano, depois dos compromissos assumidos e do imenso trabalho realizado no quadro da acção de desenvolvimento cultural do concelho de Seia por todos nós levada a cabo.
Ao público, pedimos desculpa pelo sucedido, garantindo que tudo faremos para continuar a dignificar os eventos por nós organizados e, neste caso, para com o Grupo agora contratado, estamos certos que será proporcionado um concerto de grande valor artístico, aliás, como é apanágio dos DEOLINDA.
Seia, 29 de Setembro de 2011

O Presidente da Câmara
Carlos Filipe Camelo Miranda Figueiredo

Cursos Livres na Escola Superior de Turismo e Hotelaria

A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG, sediada em Seia, vai voltar a promover, durante o ano letivo 2011-12, diferentes cursos livres dirigidos a estudantes e restante comunidade.

Estes cursos permitem a alunos dos diversos graus de ensino, profissionais ativos e restantes interessados, uma atualização profissional ou a aprendizagem de novos conhecimentos técnicos e científicos. Para os estudantes da ESTH/IPG, estes cursos livres poderão ser contabilizados como disciplinas suplementares e constar do Suplemento ao Diploma.

Os cursos a promover nas áreas das línguas estrangeiras, informática e tecnologias de informação e Hotelaria serão lecionados em horários pós-laboral e irão decorrer repartidos pelos dois semestres letivos.


Os interessados devem fazer a inscrição até dia 17 de outubro de 2011 na secretaria da ESTH/IPG em Seia.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

... Hoje na Assembleia Municipal de Seia



Hoje a Assembleia Municipal de Seia aprovou por unanimidade uma Moção que reclama a execução, ainda que parcial dos troços dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela – IC6, IC7 e IC37, na linha do que vem sendo reivindicado.



Na mesma reunião foi aprovado o novo Regulamento de Apoio ao Desporto no Concelho e foi também aprovada a Derrama e o IMI, tendo estes três pontos contado com a abstenção do PSD. Inexplicavelmente o PSD local não aprovou estes pontos, quando o PSD nacional passa os dias a lançar impostos e a cortar nos salários e regalias sociais.




Tirando isto, é preciso reagir e não nos resignarmos perante as adversidades. Pelo menos foi isso que tentei dizer na minha intervenção sobre o estado do concelho e do país.




Em linhas gerais disse que o Concelho de Seia e o país em geral estão a atravessar um dos períodos mais críticos de que há memória, quando parece que está tudo a ruir, tudo a fechar, tudo a desanimar, tudo a ir embora.



Quando se constata que o concelho perdeu 4 mil habitantes nos últimos 10 anos - passou de 28 mil para 24 mil - mas que poderá perder outros tantos num ano ou dois se não se inverter a tendência. A vida está difícil. Não há empregos, há firmas que fecham e por consequência as escolas diminuem o seu número de alunos, como se constata na ESTH que teve poucas colocações, na Escola Profissional onde há cursos que podem acabar por insuficiência de alunos, ou das escolas secundária e EB’s 2+3 que perdem alunos.



Está o concelho de Seia como está o país e não é difícil para cada um de nós perceber que a culpa foi de todos nós que embalámos numa ideia de desenvolvimento errada, que pensava que nunca chegaríamos a este ponto.



E em matéria política, podemos dizer que nenhum partido do arco da governação está isento de responsabilidades. Como não estão isentos de responsabilidade as instituições financeiras que estimularam ao consumo. O país foi todo atrás das benesses e do facilitismo.

Por isso, todos temos de participar na discussão e na mobilização colectiva para ajudar a levantar o nosso país e o nosso concelho em particular.



Chegou a hora de se deixar de lado a partidarite e de todos remarmos para o mesmo lado. Uma economia só tem sucesso se houver trocas comerciais. Se houver trabalho. Daí que, chegou a hora de nos unirmos num esforço colectivo para salvar o barco.



Não nos podemos resignar. Não podemos pensar que não há nada para fazer, porque há muito para fazer. E não basta sermos positivos, temos de ser cada vez mais competentes e trabalhadores.



Temos que acreditar de que no momento mais dificil da nossa história, os portugueses vão ser capaz de fazer das tripas coração e reagir.



E fujamos daqueles que só sabem constatar as desgraças e não contribuem com nada para a melhoria do estado das coisas!


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cine'Eco apresentou-se em Lisboa





























Oito longas e dez curtas metragens estarão em competição internacional no festival CineEco, organizado pela Câmara Municipal de Seia e programado pela associação cultural Zero em Comportamento.
O Festival foi hoje apresentado à imprensa no Pavilhão do conhecimento, em Lisboa e a notícia pode ser lida
AQUI no site da RTP - Rádio Televisão Portuguesa, Televisão oficial do Cine'Eco.



























terça-feira, 20 de setembro de 2011

Seia sem carros,... por um dia


Goste-se ou não se goste, concorde-se ou não, o certo é que esta quinta-feira, dia 22 de Setembro, a Câmara Municipal de Seia vai convidar as pessoas a andar na cidade sem carro. E não é um mero capricho de quem não tem mais nada com que se preocupar. É uma acção simbólica que se deve valorizar dentro da tal ideia de que tudo está a mudar e até os nossos hábitos temos de mudar, quer para poupar na carteira, quer para procurar desfrutar uma vida mais saudável na forma, neste caso, na forma como nos relacionarmos e ocupamos o espaço público das nossas cidades, para uma melhor qualidade de vida.

É pela saúde, pelo ambiente e pela carteira.

E num dia poderemos pensar, porque não mais vezes!
Está por aí a circular um desdobrável que dá conta dos cortes de trânsito nalgumas ruas de Seia e São Romão, é tudo uma questão de bom senso e,… deixar o carro em casa. Por mim, vou de bicicleta!

E tudo mudou



O mundo esteve sempre em constante mutação, mas agora tudo mudou drasticamente.
E quando falamos acerca do desenvolvimento do nosso concelho, este fenómeno é ainda mais acentuado.
Há uns anos atrás, todos tínhamos umas ideias sobre como desenvolver o concelho. Obras e mais obras. O Poder Local apostava na obra física. No betão, aproveitando os fundos comunitários. Até se construíam fontanários ou rotundas para aproveitar um fundo qualquer. Obviamente que esta não era uma situação exclusiva de Seia, mas do país em geral. Marcou uma época, esta onda de construção, que se iniciou com Cavaco Silva e se prolongou nos anos, com os sucessivos governos PS e PSD.
Fez-se muita obra pelo país, verificou-se muito incremento económico e social, mas isso nem sempre foi sinónimo de boa gestão, já que o Planeamento esteve muitas vezes arredado das preocupações dos governantes. Só assim se justifica a construção indiscriminada de edifícios públicos que hoje não têm utilidade. Basta dar o exemplo dos inúmeros pavilhões desportivos que temos no concelho e exceptuando o de São Romão, que foi construído mais recentemente, todos os outros não têm grandes condições, nem são muito utilizados pelas populações.
Mas hoje, tudo mudou.
Antes, qualquer autarca gastava quase sem limites e só perdia uma Câmara Municipal quem se distraía e não fazia obra. Agora o engenho está na arte de fazer política sem dinheiro, com poucos recursos e procurar satisfazer o eleitorado.
Hoje a palavra de ordem, nos municípios, como nas empresas e na sociedade em geral é Poupar! Poupar e cortar nas despesas. Mais do que fazer, a habilidade está na arte de saber poupar. Mandar apagar candeeiros da rede pública que estão a mais, por exemplo. Temos muita iluminação pública a dar luz para ruas sem casas. A Câmara de Seia paga 1 milhão de euros por ano à EDP. É muito dinheiro. Ainda por cima vem aí o aumento de 17% do IVA, que passa de 6 para 23%. Ou seja, o que a Câmara vai poupar na redução de lâmpadas da iluminação pública vai ser para atenuar este brutal aumento.
Como se vê, tudo mudou. Antes a política era dar a cada Presidente de Junta a possibilidade de iluminar mais uma rua. Hoje, o que se pede é que, cada Presidente de Junta diga em que rua se podem apagar umas lâmpadas que estão a mais. Espanha e outros países da Europa estão a fazer o mesmo. O tempo não está para grandes gastos.
E tudo isto, remete-nos para a questão das compras que os municípios fazem. Hoje, tudo é por concurso, através de plataformas para fornecimento de bens e serviços. E nesta aldeia global, tanto concorrem empresas locais como de uma qualquer cidade ou país. E naturalmente que, nos concursos não há nada a fazer, a não ser respeitar as regras que regem os concursos. Isto traz vantagens, porque permite aos municípios comprar mais barato e a desvantagem que acarreta é o facto das empresas locais poderem não ganhar os concursos a que se candidatam, mas é a vida. È o sinal da tal mudança dos tempos.
Tudo mudou. Até quem estava mal habituado a ser sempre fornecedor e por vezes a preços proibitivos, agora desilude-se.
É a vida!


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Instituições sociais em tempo de crise




Um destes dias respondi a uma curta entrevista do Diário das Beiras, de Coimbra, sobre a Associação de Beneficência do Sabugueiro, Instituição Particular de Solidariedade Social a que presido.

Respostas que partilho com os leitores do blogue, dada a pertinência das abordagens feitas, em tempos de crise económica e social:

1- Quais as valências da instituição e se pretende ter mais alguma?
A Associação de Beneficência do Sabugueiro presta serviço nas valências de Lar a 32 utentes, Apoio Domiciliário a cerca de 20 pessoas e ainda serviço ATL para mais de 25 crianças. Para além destes, possui também serviço de apoio médico e de farmácia à população, promove actividades culturais na aldeia, das quais se destaca a Mostra Gastronómica e tem em funcionamento os Projetos ALAVANCA e PONTES DO ALVA, com intervenção no concelho de Seia, no apoio a pessoas com problemas de alcoolismo e toxicodependência.

2- Que dificuldades enfrenta?
As dificuldades que enfrenta são sobretudo financeiras. Basta dizer que os projetos ALAVANCA E PONTOS DO ALVA, que eram financiados pelo IDT, através do programa PORI, deixaram de ter apoio à sua continuidade, pese embora o meritório serviço prestado. No entanto, a nossa instituição não deixou terminar estes projectos e desde fevereiro que assegura os custos salariais dos técnicos envolvidos, com algum apoio da Câmara Municipal. No entanto estamos esperançados de que, para o próximo ano, o IDT volte a apoiar estes projectos, já que as pessoas que beneficiam da nossa intervenção não podem ficar sem retaguarda de apoio.

3- Os atuais cortes orçamentais do governo poderão ou não afetar a instituição?
Para já, o que estamos a sentir mais, é o agravamento dos preços dos produtos consumiveis, que até ao momento ainda não fizemos refletir nas mensalidades dos utentes. No entanto, e dado os elevados aumentos da generalidade dos produtos e sobretudo do IVA da energia elétrica, isso pode levar-nos a graves problemas de tesouraria.

4- Este tipo de instituição é ou não importante para ajudar a combater a desertificação do interior?
Este tipo de instituições é fundamental para ajudar a resolver problemas de desertificação do interior, uma vez que são parceiros privilegiados na intervenção local. Conhecem as pessoas, conhecem as realidades e sabem fazer a ponte entre as mais desfavorecidas e as instituições, além de possuirem mecânismos para estimular e alavancar o desenvolvimento. E numa altura em que se fala da redução do número de freguesias, entendo que a figura do Presidente da Junta se pode manter, como uma espécie de "coordenador da aldeia", mas onde as IPSS locais podem intervir em muitas matérias, para não acentuar ainda mais o vazio que uma reforma desta natureza pode acarretar.


Diário As Beiras, 1o de Setembro de 2011


Um queijo maravilha


Seguindo a sugestão do cagido, http://cagido.blogs.sapo.pt/ e depois do regresso à estrada da escrita aqui no blogue, faço uma referência à eleição do Queijo Serra da Estrela como uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa. Uma referência, obviamente positiva.
Podemos concordar ou não com a existência do concurso, com a forma como está estruturado, como são feitas as votações, etc., mas teremos de concordar que o festival deu um contributo importante para a visibilidade da gastronomia portuguesa. Pelo menos a RTP teve assunto durante o Verão!
E pronto, já que houve concurso, cada região procurou capitalizar o seu produto. A Serra da Estrela, pelos vistos mobilizou-se e votou em massa no Queijo, que é uma imagem de marca. Ainda bem, porque isto também revela uma demonstração de peso. Revela que as pessoas se mobilizaram em torno de uma causa – a eleição de um produto que contribui muito para a economia local e que pode contribuir ainda mais.
Numa altura em que atravessamos uma crise económica profunda, entendo, e já o tenho dito e escrito, que há muito espaço neste sector para o rentabilizar ainda mais. A pastorícia, se for dignificada, pode absorver muito jovem, que tanto pode enveredar por projectos de queijarias, como simplesmente pela implementação de um projecto de venda de leite para as unidades industriais que temos no nosso concelho.
Voltando ao queijo e à maravilha gastronómica que ele constitui, sempre se pode dizer que desta vez a Serra da Estrela ganhou o campeonato que disputou. Por isso está de parabéns a região e em particular as pessoas que votaram no queijo.

José Santos Aguilar expõe na Casa da Cultura de Seia



Uma retrospectiva da obra de José Santos Aguilar, está patente até ao fim deste mês nas Galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia.
Uma exposição de pintura que vale a pena visitar, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas e aos Domingos, das 15 às 17:30 Horas.



Sobre a exposição, pode ler-se no blogue Artes-Vivas de Sérgio Reis, AQUI

Ainda sobre a exposição, há mais informação
AQUI e AQUI ou no site www.casadaculturadeseia.com

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A ver vamos



Passaram as férias, passou o tempo da chamada silly season e agora regressamos à realidade. À dura realidade!

É assim em Seia, em Portugal e em quase todo o mundo civilizado.

Novos tempos, novas realidades.

No país, um novo governo de direita faz por cumprir o tal “memorando da troika” e faz por ir ainda mais além desse memorando, anunciando sucessivamente aumentos dos preços dos produtos e dos impostos e reduzindo regalias sociais essenciais à sobrevivência decente e digna.

Sabíamos que isto um dia ia acontecer. Que vivíamos acima das possibilidades e que um dia chegaria a factura. Esse momento chegou, mas não podemos querer mudar o rumo de um dia para o outro, à custa de quem trabalha. De quem vive remediado, sem que os chamados grandes contribuam como devem. Por isso, a dura realidade depois das férias poderá ter um sabor muito amargo, que descambará inevitavelmente em contestações sociais. E no dia que a rua se agitar muito, poderá ser o princípio do fim.

Começa a ser insustentável, porque de repente, podemos não morrer do mal, mas da cura. É que não há quem aguente. Porque um dia destes olhamos para o lado, e tombou toda a gente. Fugimos todos!
É óbvio que todos os partidos do arco da governação têm culpas, mas agora o que é preciso é procurar atenuar as dificuldades a quem não tem emprego, a quem tem de pagar livros escolares, consultas, medicamentos, exames, pão, energia, gasolina, e outros bens e serviços fundamentais.
Passaram as férias e há muita gente que não volta ao trabalho.

Nenhuma notícia é animadora. A construção civil baixou aos níveis de antes do 25 de Abril. Não há obras, não há dinheiro. Não há consumo, não circula dinheiro. E sem dinheiro deixa de haver dinamismo económico e qualidade de vida. E tudo se precipita para o abismo. Não se vive do ar. Há empreendedorismo, mas não há quem queira comprar produtos, e se não se vende, não se vive. Há no entanto um momento em que a política terá de sobrepor-se à economia.
Passaram as férias, não há muita notícia animadora, tudo vai mal, tudo é colossal, mas há esperança! Dizem que as exportações estão a subir um pouco. Que exportamos mais sapatos e confecções. Deus queira que aumente mais e mais e que o sector produtivo conheça mais incremento para que se gere riqueza e se dê, afinal, esperança. Para que não tenha que fugir tanta gente para França, para Angola ou outros países onde se acendem pequenas luzes de sobrevivência.
Em Seia em particular e em Portugal em geral, regressamos das férias à dura realidade, onde a palavra de ordem é poupar.
Eu poupo, tu poupas, depois de todos termos andado a desperdiçar e a dizer que Eles é que eram gastadores e Nós poupadinhos.

É complicado mas fingimos que não há-de ser assim tão mau e que temos de ser positivos. Que isto vai melhorar. Por isso, o nosso fado é acreditarmos que temos de levantar-nos do chão, dos escombros e caminhar, na esperança de que cada um de nós dê um contributo para que isto mude para melhor, já que é duro regressar de férias e dar de caras com esta dureza dos dias, de narrativas improváveis, como esta que gira a entreter a esperança, na vã tentativa de dourar a pílula.


A ver vamos!



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Projecto “The Crow”, Space Ensemble e Áurea no CineEco





O CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que decorre em Seia de 8 a 15 de Outubro, abre com um concerto do projecto The Crow. A programação musical do festival de cinema inclui ainda o filme-concerto para crianças “Uma Floresta Animada”, pelos Space Ensemble, e um espectáculo de Áurea para a noite de entrega de prémios. Os primeiros filmes seleccionados para o CineEco serão divulgados brevemente.





Constituído por um quarteto de cordas e uma bateria, os The Crow exploram o potencial electro-acústico de temas de bandas como os U2, Muse, Guns n’ Roses, Rolling Stones, The Doors, Red Hot Chilli Peppers, Coldplay e Madonna, entre outros. No dia 8 de Outubro, actuarão ao vivo na Casa Municipal da Cultura de Seia para a Abertura Oficial do CineEco 2011.


Na quinta-feira seguinte, dia 13, pelas 15h, o programa musical do festival é dedicado ao público escolar, com o filme-concerto “Uma Floresta Animada”, da formação Space Ensemble. Conjugando curtas metragens de animação finlandesas com música tocada ao vivo por instrumentos como harpa, piano e saxofone, em harmonia com outros menos convencionais como balões e um serrote, este espectáculo pretende estimular a imaginação e criatividade das crianças. Num desses filmes, por exemplo, o objectivo é encorajá-las a inventarem os seus próprios brinquedos. Criado a partir de uma parceria entre os Space Ensemble, a Embaixada da Finlândia em Lisboa e o Finnish Film Contact (instituição de apoio à divulgação da cinematografia finlandesa), “Uma Floresta Animada” é também uma homenagem ao Ano Internacional da Biodiversidade (2010) e da Floresta (2011).


No último dia do CineEco, a cerimónia de entrega de prémios encerra com um concerto de Áurea. Distinguida na última edição dos Globos de Ouro com três nomeações e o prémio de “Melhor Intérprete Individual”, a cantora de 23 anos lançou o seu primeiro álbum (homónimo) em Setembro de 2010. Desde então, esteve oito semanas consecutivas no primeiro lugar do top nacional de vendas, atingiu o disco de platina com 20 mil cópias e esgotou plateias por todo o país. Detentora de uma voz cativante e envolvente, Áurea interpreta temas como Busy (for me), e The Only Thing That I Wanted num registo soul/pop com influências de vários estilos, num trabalho musicalmente eclético.


Todos estes espectáculos decorrem na Casa Municipal da Cultura de Seia. Os bilhetes para a abertura e o encerramento estão à venda no local a partir de sábado e têm o seguinte preçário:


- “The Crow” - Concerto de Abertura: 3,5 €
- “Áurea” - Concerto de Encerramento: 6 €
- Desconto com Cartão Municipal: 50%


O CineEco é organizado há 16 anos pela Câmara e pela Empresa Municipal de Cultura e Recreio de Seia. A partir deste ano é feito em co-produção com a Zero em Comportamento (organizadora do IndieLisboa), apresentando-se totalmente reestruturado. O seu principal objectivo é a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e actividades culturais, abordando temáticas tão actuais como a biodiversidade, sustentabilidade, energias renováveis, requalificação urbana, alimentação biológica ou compromissos ambientais, sempre numa perspectiva abrangente. A programação de cinema apresentará cerca de 60 longas e curtas metragens e será anunciada brevemente.



(Nota de Imprensa)




terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cinema ao ar livre


Este fim-de-semana há cinema ao ar livre em São Romão e no Sabugueiro.



Na sexta-feira, dia 2 de Setembro a Junta de Freguesia vai organizar uma sessão no Largo de Santo António, onde irá exibir o filme premiado no Cine’Eco 2009 – PARE, ESCUTE E OLHE, de Jorge Pelicano. Na ocasião será também exibida a curta, de Fernando C. Saraiva – SENHORA DO DESTERRO, UM PARAÍSO ADIADO.





No Sábado, a Associação do Sabugueiro, promove no Largo da Capela a exibição do filme A VIDA A BRINCAR, de Hugo Branquinho, que concluiu recentemente Mestrado em Comunicação Multimédia – Ramo Audiovisual.


.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Está a acabar a silly season


Está a acabar a chamada "silly season". Está a terminar Agosto. O país vai começar a regressar à normalidade. Ou melhor, vamos regressar à dureza dos dias e das ameaças que se abatem sobre todos nós, diária e incessantemente. Regressamos à realidade das más notícias. Ao frenesim da incerteza. Onde tudo agora é diferente, incerto e recheado de interrogações.


Sem saber muito bem para onde vamos, procuramos resposta para tantas perguntas. Enfim, regressamos ao teatro das preocupações, onde a melhor resposta é a entrega ao trabalho, para quem o tem e a persistência criativa para quem o não tem.


É fazer cada vez mais, com menos. É sermos positivos, mesmo que desconfiados. É olhar em frente e acreditar.


E seja o que Deus quiser!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Noites do Mundo terminam este Sábado em Seia








Este Sábado, 27 de Agosto, pelas 22 Horas, no Largo da Câmara de Seia, encerram as NOITES DO MUNDO, onde o público é convidado para uma viagem pela rota da seda, (até à Índia), num espectáculo que junta duas linhas de musicalidade. Será uma oportunidade para assistir ao cruzamento de instrumentos de cordas, como a guitarra portuguesa e o citar indiano, além de outros instrumentos típicos do oriente.

Acaba por ser o final de uma viagem pelas músicas do mundo, que começou com a Salsa Cubana, no final de Julho; passou pelo Reggae, num tributo ao músico Jamaicano, Bob Marley; aportou na alegria da Bahia, com muito samba e forró, numa noite brasileira; descambou para mornas e outras melodias de Cabo Verde e termina lá longe, na Índia, onde os portugueses chegaram primeiro que os outros!




O programa que o Município proporcionou está a terminar e julgo que o balanço é positivo, já que estamos perante uma iniciativa simples de muito baixo custo, que surgiu da ideia de colocar grupos a animar a cidade, no mês de Agosto, sem formalismos. Na sua concepção esteve mesmo a ideia de nem sequer montar palco, na linha de performance alternativa, ou seja, colocar os grupos a tocar na rua, como se vê em várias cidades europeias.
No entanto, a concepção artística revelou-se surpreendente e encontrou um lugar do espaço público magnífico – a praça do município, donde sobressai a fachada do edifício da “Casa das Obras” e toda a monumentalidade à volta. A partir de agora, a autarquia pode transformar estas Noites do Mundo num grande cartaz de animação da cidade, na linha dos novos tempos, que é fazer cada vez mais, por menos dinheiro e trazer as pessoas para a rua, nas noites de Verão e dar ainda mais vida à cidade.


www.casadaculturadeseia.com


terça-feira, 23 de agosto de 2011

MOVIMENTO “MAIS” PEDE QUE ORÇAMENTO DE ESTADO INCLUA IC's DA SERRA DA ESTRELA





O MAIS – Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela enviou esta semana várias cartas a entidades responsáveis a pedir que seja incluído no Orçamento de Estado para o próximo ano, a execução, ainda que parcial, dos troços dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela – IC 6, IC7 e IC 37.

As respectivas missivas foram enviadas ao Presidente da República, Presidente Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças, Ministro dos Assuntos Parlamentares, Secretário de Estado das Obras Públicas, Grupos Parlamentares e Deputados do Distrito da Guarda.



Pese embora a grave situação económica que o país atravessa, o Movimento MAIS, reconhece que o Orçamento de Estado terá de cortar no investimento público, no entanto - “este terá de contemplar um mínimo de obra pública”, - por isso reclama que – “esse mínimo seja, desta vez, direccionado para o Interior do país, que será desde logo encarado como um sinal da preocupação que é preciso ter para com esta parte do território que está drasticamente a morrer”.


Nas missivas enviadas, o Movimento lembra as intervenções públicas do Presidente da República em defesa do Interior do país e refere ainda que “a revolta das populações acentua-se e será ainda maior se se verificar que, em tempos de “vacas magras” se continuam a fazer grandes obras no litoral e a deixar mais uma vez para trás esta região que é injustamente ostracizada, sobretudo em matéria de vias de comunicação”.


Na óptica do MAIS - “o interior do país desenvolvido, dotado de boas vias de comunicação, dará um forte contributo para o desenvolvimento do país, dado que haverá condições para um maior incremento produtivo, que é tão necessário em tempos de crise, como os que atravessamos”.

http://itinerarioserradaestrela.blogspot.com






sábado, 20 de agosto de 2011

Manifestações artísticas de Seia na Figueira da Foz




.

No passado dia 17 de Agosto, Seia escreveu com letras grandes o seu nome na Figueira da Foz, com a realização de uma jornada cultural que se assinala. Tratou-se da organização de uma extensão do Cine’Eco, com a passagem de filmes do Festival da edição do ano passado e da inauguração de uma exposição de pintura de Luiz Morgadinho.

.

As iniciativas, que decorreram no Núcleo Museológico do Sal, contaram com a presença dos Presidentes da Câmara de Seia, Carlos Filipe Camelo e da Figueira da Foz, João Ataíde.





.
Tratou-se de uma jornada importante na aproximação das duas cidades, uma da montanha e outra da beira-mar, através da afirmação do trabalho que é feito em Seia, no domínio da criatividade e da realização de eventos.



Ainda não há muito tempo, que também foi feito naquele espaço museológico da Figueira, uma instalação artística senense, da autoria de Margarida Jerónimo e Alexandre Sampaio, realizada também na sequência da apresentação de “Um Dia Feliz” do grupo de teatro “Sena em Palco”, da Casa Municipal da Cultura de Seia.



Para mim, neste dia 17, foi particularmente feliz, porque constituiu mais um corolário do trabalho que é feito em Seia, quer no que se refere à criação artística propriamente dita, neste caso través da obra de um dos seus mais reconhecidos artistas, o Luiz Morgadinho; quer na realização de eventos que visam a afirmação do território no contexto nacional, neste caso o Cine'Eco, como festival de Cinema de prestígio nacional e internacional.


A extensão do Cine’Eco já tinha contado com a exibição de outros filmes na semana anterior e continuará na proxima, no CAE, com mais filmes e a presença do realizador Francisco Manso, no próximo dia 26, na apresentação de um dos seus filmes que concorreram ao Cine'Eco 2010.



Sobre a pintura de Luiz Morgadinho, Miguel de Carvalho, da Cabo Mondego Section Of Portugueses Surrealism, escreveu o seguinte texto, com o titulo “ Luz incendiada":





“é tempo de libertar as imagens e as palavras das minas do sonho a que descemos mineiros sonâmbulos da imaginação”
(Tempo de Fantasmas, A. O’Neill, 1951)


Luiz Morgadinho pinta o que denuncia, o que quer combater. Pinta o que ele não é, esclarecendo suficientemente a verdadeira identidade do que quer combater. Recorro a uma imagem arrabalesca para o definir: “ tal como existem arquitectos edificadores de cidades, existem também arcanjos edificadores de bosques e outros lugares poéticos ”. Morgadinho é um desses arcanjos, um poeta da imagem que se aproxima subtilmente da crítica social e política, questionando a pertinência e a capacidade simbólica da vida tradicional, desfigurando profundamente os seus clichés e as suas convenções. É um criador que “imprime” na sua obra um diálogo com uma estética de descontinuidades e de rupturas recorrendo aos artífices das técnicas plásticas em que é mestre. O princípio supremo da sua intenção artística é o choque dos receptores , leitores da sua imagem plástica. Ele visa a subversão perante as formas instituidas, lutando contra a tradição e contra o conformismo da cultura burguesa. Com efeito, utiliza o Humor Negro - “disciplina” recorrente e tão querida entre os surrealistas - como a sua principal ferramenta e como revolta superior do espírito, ultrapassando a intencionalidade satírica e moralizadora. Um humor sinónimo de denúncia, revolta e libertação. Mas refiro-me também aqui a uma subversão particular: a do sistema artístico em que a arte é vista uma mercadoria.

Entendo que em Morgadinho, a pintura é uma missão social. Sem pretensão alguma uma justificação de encontros, de formas e de imagens, entendo que o seu homónimo na literatura é Mário Henrique Leiria. Embora distanciados em cerca de quarenta anos com uma imagética verbal muito actual (aliás ad eternum), as raízes pictóricas de Morgadinho parecem encontrar-se nas mesmas origens e convertem em novidade as imagens leirinianas, ou seja, um renovar órfico das tradições, devorando e renascendo em si mesmas, como constantes limitações ilimitadas do Homem.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

5ª Mostra Gostronómica do Sabugueiro




Este ano a Mostra Gastronómica do Sabugueiro realiza-se de 15 de Outubro a 12 de Novembro. Marque na agenda, para provar os SABORES DE OUTONO.






Este é o cartaz da autoria de Armando Figueiredo. Brevemente será anunciado o programa e todos os detalhes desta iniciativa de promoção da gastronomia da Serra da Estrela.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Se eu pintasse, baralhava-me



Espécie de criativa



Se eu pintasse, possivelmente baralhava os temas, nas cores e nos traços e em toda a intenção de criação atirada à tela. A sério! Ou não estivéssemos num tempo em que os dias correm e correm, com múltiplos e inacreditáveis pretextos, confundindo qualquer um, com tudo o que é grotesco e colossal.

Se eu pintasse e quisesse transpor para a tela a baralhação dos dias, via-me aflito. Sem ter por onde pegar, com tanta oferta pretexta.

Como não pinto, fico desse lado aliviado, mas preocupado com a perspectiva de caos que espreito nos temas que nos dominam, e se atiram diariamente ao nosso imaginário carregado de ameaças e previsões catastróficas e gigantescas, sem esperança num novo amanhã que cante melhor.

Mas fico a pensar no que leio, no que vejo e no que oiço, incessantemente. Amiúde.
A pensar num louco que mata, inexplicavelmente, nos loucos que roubam descaradamente, da falta de rumo do mundo, de um ideário que não ilumina, de um objectivo comum que não surge, para mobilizar à escala planetária e no dinheiro, sempre o dinheiro, no centro, a fervilhar, porque sem ele não se compram melões!

Penso e não desisto de ficar atónito e roxo de interrogação nesta forja que molda este tempo incerto, onde está tudo à espera que aconteça alguma coisa. Um click, uma bomba, um estrondo, eu sei lá?!

Leio, vejo e oiço e tenho as minhas limitações. Oiço termos caros, nada é barato, nem os termos usados. Rating, mercados, acções, dívidas soberanas e coisa e tal. Vejo e leio e dou comigo em profunda perplexidade.

Penso e concluo que o que me falta em arte - na performance que não concebo nem concretizo - me sobra afinal em conhecimentos superficiais de economia, quando todos os dias, falamos e bombardeamos linguagens cada vez mais técnicas, nesse grande livro de sabedoria que sai das massas dos média. E giramos a ver, entediados pelo que sabemos e julgávamos nem sequer dominar. E assim vamos pensando, sonhando e olhando á volta, espertos, de olhos abertos, mas sobressaltados.

É um mundo inteiro à janela a perscrutar as abundâncias de outrora, na vã esperança que o tempo traga boas novas e eu aqui preocupado com o rumo a dar á minha pintura, eu que nem sequer sou pintor.


Mário Jorge Branquinho

Seia, Agosto 2011