segunda-feira, 26 de setembro de 2011

... Hoje na Assembleia Municipal de Seia



Hoje a Assembleia Municipal de Seia aprovou por unanimidade uma Moção que reclama a execução, ainda que parcial dos troços dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela – IC6, IC7 e IC37, na linha do que vem sendo reivindicado.



Na mesma reunião foi aprovado o novo Regulamento de Apoio ao Desporto no Concelho e foi também aprovada a Derrama e o IMI, tendo estes três pontos contado com a abstenção do PSD. Inexplicavelmente o PSD local não aprovou estes pontos, quando o PSD nacional passa os dias a lançar impostos e a cortar nos salários e regalias sociais.




Tirando isto, é preciso reagir e não nos resignarmos perante as adversidades. Pelo menos foi isso que tentei dizer na minha intervenção sobre o estado do concelho e do país.




Em linhas gerais disse que o Concelho de Seia e o país em geral estão a atravessar um dos períodos mais críticos de que há memória, quando parece que está tudo a ruir, tudo a fechar, tudo a desanimar, tudo a ir embora.



Quando se constata que o concelho perdeu 4 mil habitantes nos últimos 10 anos - passou de 28 mil para 24 mil - mas que poderá perder outros tantos num ano ou dois se não se inverter a tendência. A vida está difícil. Não há empregos, há firmas que fecham e por consequência as escolas diminuem o seu número de alunos, como se constata na ESTH que teve poucas colocações, na Escola Profissional onde há cursos que podem acabar por insuficiência de alunos, ou das escolas secundária e EB’s 2+3 que perdem alunos.



Está o concelho de Seia como está o país e não é difícil para cada um de nós perceber que a culpa foi de todos nós que embalámos numa ideia de desenvolvimento errada, que pensava que nunca chegaríamos a este ponto.



E em matéria política, podemos dizer que nenhum partido do arco da governação está isento de responsabilidades. Como não estão isentos de responsabilidade as instituições financeiras que estimularam ao consumo. O país foi todo atrás das benesses e do facilitismo.

Por isso, todos temos de participar na discussão e na mobilização colectiva para ajudar a levantar o nosso país e o nosso concelho em particular.



Chegou a hora de se deixar de lado a partidarite e de todos remarmos para o mesmo lado. Uma economia só tem sucesso se houver trocas comerciais. Se houver trabalho. Daí que, chegou a hora de nos unirmos num esforço colectivo para salvar o barco.



Não nos podemos resignar. Não podemos pensar que não há nada para fazer, porque há muito para fazer. E não basta sermos positivos, temos de ser cada vez mais competentes e trabalhadores.



Temos que acreditar de que no momento mais dificil da nossa história, os portugueses vão ser capaz de fazer das tripas coração e reagir.



E fujamos daqueles que só sabem constatar as desgraças e não contribuem com nada para a melhoria do estado das coisas!


2 comentários:

Anónimo disse...

E como é do Seia Futebol Clube? Será preciso um plano para o desporto, quando os apoios não chegam ou chegam tarde? Com 2 equipas na nacional e mais de 100 atletas. O que estará mal em Seia para que o desporto (futebol) não evolua. Com bons equipamentos desportivos e sem utilização. Se a Câmara subsidiasse o clube nas inscrições o problema desaparecia. Os prémios de subida já foram entregues? Será que se deve gastar dinheiro a requalificar espaços desportivos para depois estarem às moscas? As respostas devem ser dadas com rapidez e objectividade.

M. Almeida disse...

"E fujamos daqueles que só sabem constatar as desgraças e não contribuem com nada para a melhoria do estado das coisas!" diz o senhor MJB no seu último parágrafo.

Se me permite, eu acrescento:
Os Possidónios estão de volta com outra roupagem e sofisticada linguagem, a mesma manha e iguais objectivos, cortando incondicionalmente todas as despesas públicas para salvação da pátria. E quanto mais vão cortando, seja à machadada ou com motosserra, mais a nação se afunda sem que os Possidónios desistam: aumentam as taxas moderadoras, encerram Centros de Saúde e os Serviços de Atendimento Permanente. Fecham maternidades e urgências deixando as populações desprotegidas e abrindo caminho aos hospitais privados para regalo dos abutres da saúde.

Para os novos Possidónios há que salvar a Nação e, para essa gentuça grosseira e perversa, porque desumana é, a nação é desprovida de seres humanos.

Corta-se e destrói-se tudo o que possa servir para engordar os grandes grupos económicos, emagrecendo o Estado. Emagrecer o Estado, nova terminologia para encobrir a fraude.

Corta-se no ensino, ou seja, no conhecimento que nos liberta da pesada e secular ignorância que tem servido e continua a ser a aliada privilegiada de todos os autocratas.

Os Possidónio encontram-se no seu apogeu. Vivem à tripa-forra!

Emperra-se a justiça tornando-a um instrumento de classe. Corta-se na segurança, deixando as populações cada vez mais desprotegidas e angustiadas.

Entretanto os nossos impostos são, sem cortes, encaminhados para guerras de rapina em que participamos à revelia da nossa Constituição.

“Cortar” tornou-se neurose obsessiva, patologia de terapia delicada cujos genes se mantêm inalteráveis no seio da troika PS/PSD/CDS.

Os Possidónios distribuem entre si tudo o que nos falta.

M. Almeida