A poucos dias de duas eleições

Estamos a menos de um mês das eleições para o governo. Dia 27 de Setembro à noite vamos ficar a saber se vamos continuar a ser governados pelo ziguezagueante Socrates, ainda que um mal menor, ou por uma Manuela Ferreira “Azeda”, que se dá ao desplante de incluir nas listas o homem da mala do dinheiro, chamado António Preto, ou a Zezinha Nogueira Pinto, que ainda deve ter cartão do CDS, que vota PS para a Câmara de Lisboa e mesmo assim vai ser deputada pelo PSD.

Falta menos de um mês para sabermos se o PS, no caso de vencer minoritariamente, fará coligação com o PCP ou com o Bloco de Esquerda, ou dará a mão ao CDS, de Portas. Ou se for a Manuela a ganhar, também por poucos o que fará. Nesta altura nem o seu programa de governo conhecemos!

Falta um mês para começarmos a saber que novo rumo levará o país político, saturado da crise e dos homens de colarinho branco que afundam a coisa, dia-a-dia.

Falta também pouco tempo para sabermos se o resultado das legislativas poderá fazer mossa nas autárquicas que se realizam a seguir. E o dia 11 de Outubro está aí ao virar da esquina. E é estranho que quase nem se dá por isso. Não há debate, não há ideias, não fervilha o que deve fervilhar, não treme o que deve tremer, nem fala quem deve falar. Noutras circunstâncias víamos instalado na sociedade senense um clima de debate eleitoral. Agora, estranhamente, ou talvez não, porque pode não interessar, os jornais, a comunidade, as instituições, não provocam confronto de ideias. Não se sabe o que se propõe para o futuro do concelho.

É certo que os aparelhos partidários se ocuparam nestas últimas semanas em arrumar as listas, mas a parte que se refere à programação eleitoral está muito esquecida e quase inexistente, pelo menos na chamada opinião pública, que é quem vai votar e precisa saber as linhas com que se coze.

Por outro lado e porque faltam quarenta e cinco dias para as eleições, seria igualmente importante que a sociedade senense dissesse também de sua justiça sobre aquilo que considera prioritário em matéria de desenvolvimento do concelho nos próximos 4 anos, enquanto as candidaturas não tornam públicos os seus programas. Pelo menos seria uma maneira de enriquecer os ditos programas. É certo que já houve auscultações, reunião, contactos, etc, mas ainda não saiu nada para o exterior.

Silêncio.

Por isso, e no entretanto, as pessoas, nos foruns disponíveis, bem podem ir dizendo se gostariam que a governação virasse mais para o Turismo ou para o betão armado, por exemplo, ou se se deve fazer ou não alguma coisa no Largo da Feira, se um pavilhão multiusos é prioritário, se acham que se devia apoiar mais o associativismo, se se devia acabar com certas coisas, etc, etc.

Faltam 45 dias para as eleições locais e a coisa está morna e o debate está ausente da sociedade.

Por mim, disponibilizo-me para dar espaço à opinião das pessoas. Para que escrevam de sua justiça.

E o que for se verá.