No Verão gostamos de ler coisas leves, para ajudar a passar o tempo no fresco das férias, e fingir que fazemos fina figura, como dizia Francisco Finório.
Daí parti a ler “No teu deserto”, de Miguel Sousa Tavares, aquele mesmo escritor que fez brotar “Equador” e “Rio das Flores” , por exemplo, e que debita comentários televisivos e outros, em jornais e afins, tantos que tais, tal como um livro infantil recomendado pelo plano nacional de leitura. Enfim… e afins deste filho de magnifica Sofia.
E assim parti para a leitura das 125 páginas de leitura breve e leve, que de levemente consumi, percebendo este quase romance, em redor de uma história simples. Em volta de um enredo que nasce da ideia de MST homenagear, digo eu, uma amiga bonita e nova que há vinte anos foi com ele numa viagem ao deserto e que faleceu recentemente. Com o livro, repito, quase romance, o autor, viajante aventureiro e convencido q.b., prestou à jovem uma homenagem póstuma, depois de ter encontrado numa gaveta, uma foto da companheira de viagem ao deserto do Sahara. Belo pretexto para justificar o texto que segue simples e sem grande enredo nem chama narrativa. Ali se vê que MST escreve sem medir e sem pesar as palavras e conta uma história simples de amor, sem cenas de amor. História de uma viagem ao deserto, sem grandes descrições do silêncio dessa imensidão ensurdecedora, ou do próprio ambiente de paisagem natural e humana que o próprio autor foi filmando e fotografando para a RTP daquela altura.
Enfim, acaba por ser uma uma história simples, repito, simples, que no final, pode fazer chorar as senhoras mais sensíveis.
Ou então uma forma também ela simples do autor facturar bastante com esta pequena obra, que também por ser de quem é, se vende em todo o lado - nas Fnac’s, nos hipermercados, papelarias, livrarias e afins. Enfim,...
E não digo mais nada, que é tempo de férias e não se pode ir muito ao fundo das questões, que é a silly season, estúpido!
Sem comentários:
Enviar um comentário