sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Informação geográfica de Seia está online





A informação geográfica do concelho de Seia já pode ser consultada online, no novo portal SIG (Sistema de Informação Geográfica) http://www.sig.cm-seia.pt/, recentemente lançado pelo Município de Seia.
O sistema funciona como uma “ferramenta universal de publicação, pesquisa, consulta e atualização de informação geográfica e vem revolucionar a forma de gestão do território bem como a forma de contacto entre o munícipe e a autarquia”.
A um clique de distância, os munícipes têm agora acesso real à cartografia do concelho de Seia, podem emitir plantas de localização ou reportar com precisão situações que julguem convenientes como buracos nas vias, quedas de árvores ou muros, etc.
A plataforma permite também combinar e cruzar um conjunto de informações relacionadas com o ordenamento de território, dados estatísticos, Pmots, geologia e geoformologia, ortofotomapas, turismo e património (informação, pontos de interesse, recreio e lazer, restauração e alojamento), infraestruturas (vias e trânsito, resíduos), e Proteção Civil e Florestas (dados relativos à Defesa da Floresta Contra Incêndios).
Para a autarquia este é “um passo enorme no que toca à implementação de uma política de transparência e contínuo esforço em implementar processos que melhor sirvam os interesses dos cidadãos”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Hoje lembramos os mortos.

Hoje lembramos os mortos. Lembramos muita vez e às vezes todos os dias, ou quase todos. Mas hoje, dia de todos os santos, vamos ao Cemitério, os que podem e os que querem. E de uma maneira ou de outra, indo ou não indo, lembramos os que um dia partiram.
Por mim, lembro-me de meu pai, de meus avós, outros familiares, parentes e amigos.
Mas porque este é assunto de recato, que faz parte da parte intima de cada um, pouco mais se diz do que isto. Disto e da saudade que temos e da falta que nos fazemos os que partiram. Da cadeia de afetos que se quebrou e da enorme dor que se apoderou de nós, felizes por ficarmos, mas do desconsolo de ver partir quem tanta falta fez ou faz. Porque afinal a vida é isto mesmo, e quando falamos dela, assim ao contrário, do lado da morte, até parece conversa tabú. Assunto melindroso que nem convém abordar, por ser do domínio do obscuro e quase misteriosamente indecifrável.
Hoje e pelo menos uma vez no ano, crentes ou descrentes, lembramo-nos dos que partiram e tantos tão cedo, cumprindo-se tantas vezes a profecia de que “o bom acaba e o mau atura”! E neste entretanto em que ainda nos colocamos, do lado de cá a espreitar quem partiu, vamos colocando flores na lembrança e inquietude, na esperança de não chegar a nossa vez. Vamos ignorando que a vida é feita de passagem, sem perceber bem a origem e o fim, ou sequer ao que viemos, se afinal, quase não temos tempo para quase nada. Sobra-nos o consolo de viver a vida sem pensar nisso e só procurar lembrar-nos uma vez por ano, dos que partem de nossas vidas. É a vida, essa roda que gira na efémera passagem que marca um ritmo que não dá sequer para retardar, quanto mais para parar. Porque o tempo passa, a vida corre e amanhã já nem sabemos se vamos cá estar. E assim, vamos lembrando os que partem e a falta que nos fazem.
É a vida!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fotografar e filmar a NOITE DAS CAÇOILAS


A organização da “Noite das Caçoilas” que decorre este sábado na aldeia do Sabugueiro convida fotógrafos e realizadores amadores a fotografar e filmar para “memória futura” esta atividade agora reavivada.




















Os interessados poderão mandar um mail para absabugueiro@sapo.pt ou telefonar 238 311437.

A “Noite das Caçoilas” é uma organização da Junta de Freguesia do Sabugueiro e associações desta localidade e insere-se no projeto Aldeias de Montanha, impulsionado pelo Município de Seia.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rede de Aldeias de Montanha lança actividade inovadora na serra da Estrela, um desafio de três dias de Plena Aventura


As Aldeias de Montanha e o Município de Seia vão promover um Evento de Geocaching, nos próximos dias 2, 3 e 4 de novembro, em plena Serra da Estrela, em particular naquelas que são as verdadeiras Aldeias de Montanha: Sabugueiro, Lapa dos Dinheiros, Valezim, Sazes da Beira, Loriga, Cabeça, Alvoco da Serra, Teixeira e Vide.
Por entre as paisagens magníficas destas nove Aldeias, os geocachers terão o desafio de encontrar cerca de 100 caches. Trata-se do maior Evento de Geocaching jamais realizado na Serra da Estrela, que conta com um programa repleto de atividades complementares e muito atractivas:
- Tertúlia,
- Caminhada pedagógica de Geocaching em Loriga,
- Jantar-festa com música ao vivo,
- Workshop de geocaching em Cabeça,
- Noite das Caçoilas no Sabugueiro,
- Actividade de limpeza ecológica,
- Mostra de artesanato,
- Almoço-convívio em Alvoco da Serra com a atuação do Balancé da Cabeça,
- Entre muitos outros.
Em plena serra da Estrela, encontramos, nos vales do sudoeste, surpreendentes paisagens culturais com o seu epicentro nas inexploradas Aldeias de Montanha, portas esplêndidas para conhecer os meandros da mais impactante serra portuguesa, origem de milenares ecossistemas tradicionais que geraram riquezas inestimáveis e hoje aguardam generosamente pela sua visita. Um verdadeiro tesouro por descobrir.
Vide Programa Completo do Evento em:
Site oficial do Evento:  http://geocachingnasaldeiasdemontanha.com
Contacto para os Media: Severina Gonçalves  - editorial@esquilo.com
Tlm: 963 925 758
Rede das Aldeias de Montanha do Município de Seia:  http://www.cm-seia.pt/aldeias.html

 

Sabugueiro convida para saborear na "Noite das Caçoilas"


Outrora, no Sabugueiro, terra de pastores, por ocasião dos casamentos e de outras festas da aldeia, confecionava-se nas casas, o cabrito, a chanfana ou o borrego, que eram levados em caçoilas de barro ao forno comunitário para assar. Era um “prato” incontornável nos dias de festa – Natal, Páscoa ou nas festas de Nossa Senhora da Graça padroeira da localidade, além das bodas matrimoniais.

Depois das fornadas do famoso pão do Sabugueiro, a libertar o leve sabor do centeio pelas ruas da aldeia, as pessoas aproveitavam o calor do forno para levarem as caçoilas com aromas predominantes a alho, louro e vinho. E não faltava também quem fizesse ali no típico forno a lenha, os saborosos biscoitos para a “festa”, tão apreciados por miúdos e graúdos.

São estas tarefas ancestrais que este ano, no dia 3 de Novembro a comunidade do Sabugueiro vai reviver. De manhã, as mulheres da aldeia vão cozer o pão e depois das duas da tarde vão começar a chegar as caçoilas de carne para assar. Depois das 18 horas as pessoas da aldeia e turistas, serão convidadas a provar os sabores das carnes e do pão, em ambiente de festa e animação popular, entre o Forno e o Largo do Cruzeiro.

Por isso, aceite o convite do Sabugueiro e do Centro Dinamizador das Aldeias de Montanha e entregue-se aos prazeres da vida e saboreie novos aromas, nas tasquinhas improvisadas ou nos restaurantes da aldeia.

A “Noite das Caçoilas” é uma proposta obrigatória. Uma tradição que pretende dar a conhecer a gastronomia e as tradições desta aldeia encantadora, mas também nos desafia a vivenciar uma experiência única em contato com a essência da aldeia. O sabugueiro espera por si!”

(Nota de imprensa)

“História e alimentação” em debate nas Jornadas Históricas de Seia


As Jornadas Históricas, um evento já consolidado no calendário anual do Município de Seia, que este ano conta com a sua 15ª edição, vai abordar o tema “História e alimentação – saberes, cheiros e sabores”, num encontro agendado para os dias 15, 16 e 17 de novembro.

O certame vai decorrer no auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia e contará com intervenções de oradores de reconhecido valor do ensino superior e de profissionais da viticultura. Durante os três dias estarão em debate a alimentação e as suas ligações à história, economia, sociedade, turismo, saúde e bem-estar, biologia, ciências naturais e medicina.

Coordenadas por Fernando Catroga, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, as Jornadas são promovidas pelo Município de Seia, através do Arquivo Municipal, e têm como principal objetivo constituir um espaço de partilha de conhecimento, reflexão e debate.

Para os docentes do ensino básico e secundário, a participação na formação equivale a 1 crédito, acreditação do Conselho Cientifico Pedagógico de Formação Contínua, contabilizando para a progressão na carreira de docente.

Inscrições:
Arquivo Municipal
Telefone: 238 081 392
E-mail: arquivomunicipal@cm-seia.pt
Preço de inscrição: 30€

(Comunicado de imprensa)






segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Precisamos resistir contra um governo que afunda o país e enterra o Concelho de Seia


Nesta hora estranha, que o país e a Europa atravessam, em cada hora que passa, cada dia e cada semana, para não falar em cada mês, é só más notícias. Para o cidadão individualmente e para as empresas e entidades em geral.

Cada um de nós assiste incrédulo ao desabar de um país em geral e do nosso concelho em particular.

Pessoalmente, cada cidadão vai assistindo e quase não reage às políticas de um governo fraco, incompetente e sem rumo, que insiste em dar-nos um remédio que comprovadamente não nos cura. Contudo, o concelho de Seia e as suas instituições não podem assistir impávidas e serenas aos vários atos criminosos que este governo insensível nos inflige.

Encravam-nos neste buraco, sem estradas dignas, retiram-nos investimentos para melhorar o Centro de Saúde e a Escola Secundária. Preparam-se para entregar o Hospital à Misericórdia, testam a privatização do Centro de Saúde e agora extinguem o Centro de Emprego de Seia.

Que mais nos irá acontecer?

E nós, nesta hora estranha, o que podemos fazer? Nós, cidadãos deste concelho que aqui moramos, partidários ou apartidários, o que podemos fazer? Cruzar os braços?

Julgo que é chegada a hora de dizer basta! De dizer que “para grandes males, grandes remédios”.

Precisamos de estar unidos, de nos mobilizarmos, todos, individual e coletivamente, num grande movimento e sair para a rua. Tomar medidas fortes. Paralisar tudo de vez. O Interior antes, era “esquecido e ostracizado”, agora é vilipendiado e condenado definitivamente à morte, com estas medidas de progressiva agonia.

É preciso parar esta sangria! É preciso reagir hoje, porque amanhã é tarde e todos somos poucos nesta batalha onde todos temos um papel importante a desempenhar.

Que caia o governo para que cesse este desvario louco e se nomeie um de Salvação Nacional, que o país não aguenta, que o concelho de Seia, como tantos outros se afunda na imprevisibilidade dos dias.

Nem que tenhamos que ir a Lisboa as vezes que for preciso ou fazer manifestações fortes e contundentes aqui, que eu não me importo de ajudar outros a concentrar camiões a caterpillar's! E quem tem medo que fique em casa. Assim é que não podemos continuar, porque a continuar assim, o pior ainda está para vir.

domingo, 14 de outubro de 2012

“O Silêncio da Neve”, vence Cine’Eco de Seia 2012



“O Silêncio da Neve – A Intoxicação Invisível do Ártico”, do realizador Holandês Jan van den Berg é o grande vencedor do Cine’Eco 2012, conquistando a Campânula d’ Ouro do Festival, correspondente ao Grande Prémio de Ambiente, patrocinado pela Lusocargo, no valor de 2.500 Euros. O filme retrata a sobrevivência nas grandes planícies brancas do Árti
co, onde um assassino invisível está a destruir silenciosamente a comunidade Inuit na Gronelândia: “Resíduos químicos de todo o mundo vão-se acumulando invisivelmente e envenenando os indefesos habitantes”. O Júri Internacional constituído por Gaetano Capizzi (Itália), Lisandro Nogueira (Brasil), Gustavo dos Santos (Argentina), Peter Vogelaere (Bélgica); Sandra Teixeira (Portugal); Ana Brito e Cunha (Portugal) e António Escudeiro (Portugal) atribuiu ainda os seguintes prémios:

PRÉMIO ANTROPOLOGIA AMBIENTAL, patrocinado por LIBERTY SEGUROS, (600 €): 
- “ESPUI”, de Anna Soldevila (Espanha);

PRÉMIO CURTA-METRAGEM, patrocinado por JAMESON, (600 €):
- “O CRUZEIRO DE CASCAS DE BANANA”, de Salvo Manzone (Itália/França);

PRÉMIO EDUCAÇÃO AMBIENTAL, patrocinado por AXA SEGUROS, (600 €):
- “AQUECIMENTO GLOBAL”, de Knut Karger (Alemanha);

O Júri da Lusofonia constituído por Miguel Pessoa (Portugal), Joseana Cunhal (Brasil), Pedro Pinto (Portugal), Isabel Mamede (Portugal) e Manuel Halperne (Portugal) atribuiu os seguintes Prémios:

PRÉMIO CAMACHO COSTA/LUSOFONIA, patrocinado por SARAH TRADING, (1.500 €):
- “FÉ NOS BURROS”, de João Pedro Marnoto (Portugal);

MENÇÃO HONROSA – JÚRI DA LUSOFONIA:
- “UMA SÓ ESPERA”, de L Praino Project (Portugal)

PRÉMIO LUSOFONIA / PANORAMA REGIONAL:
- “MONDEGO” de Daniel Pinheiro (Portugal)

O Júri da Juventude constituído pelos jovens portugueses Ana Leote, Diana Oliveira, André Cunha, Arlete Bernardo, Luis Veiga, Alexandre Fonseca, André Brito, Tiago Silva, Ricardo Boto e Jorge Martins, atribuiu os seguintes prémios:

PRÉMIO JÚRI DA JUVENTUDE / LONGA-METRAGEM:
- “ECOTOPIA”, de Yuksel Aksu (Turquia);

PRÉMIO JÚRI DA JUVENTUDE / CURTA-METRAGEM:
- “CARBONO POR ÁGUA”, de Evan Abramson & Carmen Elsa Lopez Abramson

MENSÃO HONROSA JÚRI DA JUVENTUDE:
- “a Fé nos Burros”, de João Pedro Marnoto, (Portugal)

 

(Nota de imprensa)

 

 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Encerramento Cine'Eco




O Cine’Eco 2012 fecha o pano neste sábado, dia 12, pelas 21:30 horas, numa cerimónia que decorrerá no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura e para a qual a autarquia convida todas as entidades e população em geral.

A Orquestra de Sopros da Escola Profissional da Serra da Estrela, sob a direção do Maestro Hélder Abreu fará o concerto de encerramento, interpretando temas de bandas sonoras de vários filmes conhecidos do grande público.

A apresentação do espetáculo será conduzida pela atriz Ana Brito e Cunha, que este ano integrou o Júri Internacional e José Vieira Mendes, programador do Cine’Eco.

domingo, 7 de outubro de 2012

Discurso do Presidente da Câmara na abertura do Cine'Eco



"Permitam-me que em meu nome e do Município de Seia a todos, de forma cordial e fraterna, cumprimente e saúde por igual, agradecendo, ao mesmo tempo, a vossa presença, dando-vos as boas-vindas, num desejo que esta edição, a 18ª. do CineEco, seja a melhor de sempre.

Estou em crer que, num momento tão difícil como o que hoje vivemos, em que a conjugação do verbo Encerrar é palavra de ordem no nosso país, deveremos aproveitá-lo para homenagear as gentes que trabalham na EMCR de Seia, fazendo-o através do seu Conselho de Administração, nas pessoas da Engª. Cristina Sousa, do Dr. Paulo Caetano e do Dr. Carlos Teófilo.

A razão de tal desiderato radica na extinção da Empresa Municipal, na base da famigerada Lei 50, uma lei que trata de forma igual aquilo que é diferente, que trata empresas de cultura como se de vulgares empresas comerciais ou industriais se tratasse, mais um exemplo da insensibilidade do governo da nação relativamente aos territórios de baixa densidade, ao fim ao cabo, de insensibilidade relativamente às gentes, que somos nós, que continuam a teimar em viver no interior do país.

Nunca, como hoje, a sociedade compreendeu o papel que as políticas ambientais assumem num Concelho onde o denominado meio ambiente é um recurso essencial ao seu desenvolvimento sustentado.

A preservação do meio ambiente revela-se fundamental para a qualidade do principal produto turístico do Concelho de Seia: - A Natureza.

Continuamos, por isso, a apostar numa política de gestão ambiental do Concelho que ultrapassa a visão restrita da questão, que permitiu dotar o poder autárquico de um plano de gestão ambiental global e coerente, enformador das decisões a tomar.

O Cine Eco é, sem dúvida, um evento que reforça a vocação de Seia, enquanto Concelho associado ao ambiente, à qualidade de vida e às boas práticas ambientais.

Por outro lado, o Festival tem sido, nestes dezoito anos, um importante instrumento de promoção e afirmação do Concelho. Não só criou novos públicos, ao nível local, como continua a revelar capacidade atrativa face a visitantes externos, contribuindo positivamente para a dinâmica da atividade turística no Concelho.

Numa altura de fortes restrições financeiras, o Município assegura a presente edição recorrendo a diversas parcerias e a instrumentos próprios, valorizando não só a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo da vida do Festival, enquanto entidade organizadora, como também minora, por outro lado, os impactos no orçamento municipal.

Atendendo ao número e à qualidade dos filmes a concurso, nacionais e estrangeiros, estou certo que o êxito está garantido, neste ano em que o Cine Eco atinge a sua maioridade.

Inauguramos, também aqui hoje, um novo sistema de projeção de cinema digital que permite a visualização de filmes 3D, acompanhando as novas tendências do mercado e do circuito comercial.

Embora cientes das dificuldades financeiras que atravessamos, o município tomou esta decisão como uma forma de dar novo folego à adesão de público ao cinema em Seia, ao longo do ano e no seu festival de cinema.

Um sinal também ele, apesar de tudo, da aposta que queremos continuar a fazer no domínio da cultura, a par de outros sinais que vamos dando, sobretudo na valorização dos nossos talentos e na aproximação dos públicos. (71.800+IVA)

Por isso, com a inauguração deste equipamento no Cine Eco, escrevemos uma página importante na história do cinema em Seia, que é bem rica, como ainda este ano verificámos através da exposição da história do cinema em Seia, organizada pelo arquivo municipal com apoios diversos entre eles dos nossos conterrâneos Alberto Toscano e Rui Veloso.

Agora Seia já não precisa de estar 4 ou 5 meses à espera de um filme, como acontecia até aqui com o cinema em 35 milímetros.

Teremos os filmes muito mais cedo e teremos também a possibilidade de os ver em 3 D.

Vocês merecem, vocês têm.

Espero que gostem. Bom cinema.

Venham ao Cine Eco.

Todos estão convocados."

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fatura de telefone e net não vai ser agravada em Seia


O jornal Porta da Estrela de hoje traz uma notícia falsa. Acredito que não tenha sido por mal, mas traz e é logo na primeira página. Por isso, é preciso esclarecer os senenses, antes que a coisa ganhe consistência. Não é que seja o "fim do mundo", mas sempre é bom esclarecer. E digo isto porque estive implicado no processo.
 
Titula o jornal em manchete – “APERTO de CINTO” (sic). Diz que “Câmara pede mais 3,4 M €”, que “Seia cobra taxa máxima de impostos” e a seguir a tal notícia que não corresponde à verdade - “ Fatura de telefone e net vai ser agravada”. Obviamente que esta notícia é falsa! Porque o Jornal diz que a Câmara aprovou por maioria a aplicação da Taxa Municipal de Direitos e Passagens, o que é verdade, mas não acrescenta que na Assembleia Municipal essa proposta foi retirada pelo executivo e que nem sequer subiu a discussão e a votação. Ou seja, neste caso a fatura dos cidadãos de Seia não vai ser agravada, porque o PS de Seia na Assembleia Municipal entendeu recomendar ao executivo a retirada desta taxa, apesar desta ser quase insipida, - iriamos pagar em média mais 15 ou 20 cêntimos por mês na fatura do telefone ou da televisão!

O jornalista do Porta da Estrela, por quem tenho respeito, consideração e amizade, deve ter chegado atrasado à reunião da Assembleia e não se deve ter apercebido disto. Só isso explica a manchete. Pode até dizer-se que o jornal estava pronto quando a Assembleia decorria, mas o que é certo é que o cidadão lê assim e assim fica a pensar, de que vai ter de pagar mais uma taxa.
Mas não vai!
 
O resto, o que a mim me causa estranheza, enquanto cidadão atento ao desenvolvimento do concelho e autarca preocupado com a situação a que chegámos, são as voltas que a vida dá. Mas isso é tema para outras conversas e não tem nada a ver com o jornalista.

Agora o que importa é ultrapassar a crise e o atoleiro em que muitos nos meteram.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Assembleia Municipal de Seia aprova Moção em defesa do Hospital


A Assembleia Municipal de Seia, na sua reunião ordinária do passado dia 28 de setembro, aprovou por unanimidade e aclamação uma Moção “em defesa do Hospital de Seia”.

"MOÇÃO - Em Defesa do Hospital de Seia

Considerando a importância que o Hospital de Nª. Srª. da Assunção, de Seia tem tido ao longo dos anos, como unidade hospitalar que responde às necessidades de saúde das populações do Concelho de Seia e regiões limítrofes;
Considerando que se trata de um complexo onde foi feito um grande investimento, fruto das reivindicações das populações, que sempre se bateram por serviços de saúde de proximidade;
Considerando a importância das valências existentes, nomeadamente no que concerne a consultas de várias especialidades e de uma gama muito diversificada de intervenções cirúrgicas e respetivo internamento;
Considerando que no passado, o Município sempre foi convidado a participar na discussão dos modelos para o Hospital;

A Assembleia Municipal de Seia reunião na sua reunião ordinária de 28 de Setembro de 2012, delibera:

1. Associar-se à posição do Município de Seia na recusa da entrega do Hospital de Seia a qualquer entidade privada;

2. Opor-se igualmente contra qualquer tentativa de privatização / alienação do nosso hospital, assim como à transferência de Serviços, quer de Consultas, quer de Cirurgias, quer mesmo no funcionamento da Urgência, para Viseu, para a Guarda ou até mesmo para Coimbra;

3. Manifestar a sua firme determinação em tudo fazer para que a gestão do Hospital continue sob a alçada do Serviço Nacional de Saúde, recusando qualquer outro cenário, que representa retirada de serviços atualmente existentes;

Seia, 28 de Setembro de 2012"

domingo, 30 de setembro de 2012

Enchente na "rentrée" do PS de Seia nas Lages

Uma grande multidão ocorreu hoje à "rentrée" política do PS de Seia, na Freguesia das Lages, numa iniciativa que contou com a presença de Álvaro Beleza do Secretariado do Partido Socialista para a área da Saúde.
Muitos militantes e simpatizantes do concelho de Seia e gente das Lages marcou presença, dando sinal de que o PS, apesar do período critico que vivemos, de crise dos partidos políticos, de que em Seia, o PS mobiliza as pessoas, mesmo fora de períodos eleitorais.
Na ocasião, para além dos discursos do Presidente da Junta local e do Presidente da Federação da Guarda do PS, José Albano, usou da palavra o Presidente do Partido e Presidente de Câmara Carlos Filipe Camelo e Álvaro Beleza.
A tónica dominante foi a necessidade de se encarar a realidade politica atual com pragmatismo, sem “cantos de sereia” e procurar ultrapassar as dificuldades, sobretudo no que toca às reivindicações para o nosso concelho. E nesse particular, Filipe Camelo acentuou a tónica na prioridade para o Emprego, Acessibilidades e Saúde.  Numa altura em que o concelho de Seia corre o risco de ver o seu Hospital perder importância e valências, tanto Filipe Camelo como Álvaro Beleza, sublinharam a necessidade de estarmos atentos e reivindicar aquilo a que temos direito.
Independentemente de tudo o resto, sobretudo quando aqui ou ali ouvimos este ou aquele dizer que se deve fazer isto ou aquilo, como se a forma de governar hoje fosse igual à de anos anteriores, importa sublinhar que hoje tudo mudou, e as receitas de governação de ontem não são mais iguais às de hoje. Mas há uma questão que permanece e que tem de acentuar-se, -que é a proximidade de quem governa, às populações. O saber ouvir e interpretar a “rua”, como agora se ouve dizer e por isso, os partidos, seja a nível nacional ou local, têm de adaptar-se aos novos tempos. Os agentes políticos têm de deixar de enganar os cidadãos, sob pena de estarmos perante uma séria ameaça ao Estado democrático. E isto ouviu-se muito hoje nas Lages, a que não é alheio o fato da população portuguesa se rever cada vez menos nos partidos. Por isso, cabe aos partidos, arrepiar caminho, porque apesar de tudo eles são essenciais à democracia. E em Seia, o Partido Socialista procura esse caminho, de proximidade, de verdade e sem enveredar pela verborreia que carateriza o estilo de alguns, que não perdem tempo a dizer mal, num tempo que já passou.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A poucos dias da grande Conferência da Glocal, incluída na programação do Cine'Eco

Imagens e mensagens que nos levam à Glocal - A Conferência Internacional que decorrerá em Seia, nos dias 10 e 11 de Outubro, organizada pelos Municipios de Cascais e Seia, Universidade Católica do Porto e Meios.
As imagens falam por si. E atente no texto que ilustra a última imagem!



 
Depois das TED, Leinad Carbogim marca presença na Glocal, Conferência incluída na programação do Cine'Eco

Sentar-se ao lado desta senhora é já de si um privilégio único, capaz de justificar totalmente uma ida à Glocal, mas ter a oportunidade de efetivamente conversar com ela enquanto disfrutamos de um café é algo único (Leinad Carborgim entra nas conversas café scientifique).
Leinad Carbogim é ma daquelas pessoas onde a sua simples presença deixa antever imediatamente de que estamos perante alguém especial, alguém que vale a pena conhecer. Desde as lutas estudantis, ainda nos tempos de escola, até ao combate da exclusão social das comunidades marginalizadas, o seu percurso teve sempre um denominador comum: ajudar os outros, instruindo-os. Algo que ela própria cristalizou no seu lema pessoal “Feliz de quem transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Esta mestre de sociologia do Nordeste Brasileiro percorreu o mundo das lutas sociais embalada em vários projetos dos quais destacamos a "Teia da Sustentabilidade", um projeto de desenvolvimento local e sustentabilidade que criou enquanto Diretora Executiva da Fundação Brasil Cidadão. No seu curriculum acreditem, existem muitos outros, mas o melhor é sem dúvida vê-la em ação, de preferência presencialmente.
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

num país de loucos, à beira da explosão social

Começo a acreditar que o governo não se aguenta e vai cair. Não para sair e entrar outro de outro partido, ou para haver de imediato eleições antecipadas. Talvez um governo de salvação nacional indicado pelo Presidente da República, face à onda de indignação e protesto que se instalou e alastra na sociedade portuguesa após a comunicação assassina do Primeiro-ministro e as medidas nela anunciadas.
Por muito mal que esteja o país, nunca um governo foi tão longe em tirar aos pobres para dar aos ricos. Tirar ordenados e contabilizar tudo ao pormenor do que se retira aos trabalhadores, para engordar grandes empresas como a EDP, a Galp e outras.
Medidas que ainda por cima não terão sido comunicadas ao CDS, parceiro de coligação, que terá sido apanhado de surpresa. Com a agravante de haver por parte dos dirigentes sindicais um sentimento de traição, por o governo não ter cumprido o acordo de consertação social que foi assinado, sobretudo pela UGT.
Miguel Torga dizia que “somos uma coletividade pacífica de revoltados” e em Portugal isso tem-se verificado nos últimos tempos, com particular enfoque nos últimos dias, mas desta vez a passividade parece estar a acabar.
Os sinais de contestação e protesto são cada vez mais evidentes. Marcelo Rebelo de Sousa descascou “forte e feio” em PPC, falando em impreparação deste. Medina Carreira fala em “garotada”, Manuela Ferreira Leite desafia os deputados a travarem o Orçamento de Estado, acrescentando que “ninguém consegue engolir a segunda dose de xarope” a propósito das medidas anunciadas. Mira Amaral diz que a descida da TSU não gera emprego e critíca as medidas. Helena Roseta grita a plenos pulmões na SIC que derrubem este governo. Porta Voz do CDS arrasa Ministro das Finanças e este responde-lhe na mesma moeda. Bagão Félix, diz na praça pública o que Paulo Portas, parceiro da coligação não pode dizer em voz alta, atacando o governo. Relvas no Brasil manda indireta ao CDS. Vitor Gaspar reconhece défice superior a 6% e o esforço que portugueses fizeram não serviu para nada. PS diz que os Portugueses cumpriram pelo esforço que lhes foi pedido e o governo falhou em toda a linha. O ex-Presidente da República, Mário Soares diz-se indignado e que é provável que este governo não se aguente. Fernando Ruas, Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, diz que não há mais margem para as autarquias. PCP apela a luta sem tréguas. CGTP convoca manifestação para dia 29 em Lisboa.  UGT admite integrar greve geral em protesto. Homem lança um ovo à Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, em Santarém. Numa pequena manifestação de protesto, pessoas chamam “gatuno” a Vitor Gaspar na entrada do Ministro das Finanças para uma entrevista na SIC. RTP promove vigília em Belém e São Bento. Nogueira Leite que foi colocado na Caixa pelo PSD diz que se em 2013 o obrigarem a trabalhar mais de 7 meses só para pagar ao Estado, diz que se pira. Diretor do "Ação Socialista" diz que Nogueira Leite se pode pirar para o raio que o parta".
Anuncio de Menezes para a Câmara do Porto, é manobra de diversão quanto ao que se passa no país, diz o PS/ Porto.
Por tudo isto que por estes dias se lê nos jornais, facilmente percebemos que o país está mesmo complicado. Que estamos à beira de uma explosão social e que só a queda do governo poderá evitar males menores.
 

domingo, 9 de setembro de 2012

A dura realidade que nos espera, depois do verão

Está a acabar o tempo da chamada "silly season" e toda a sociedade vai entrando na chamada “dura realidade”. Na realidade do dia-a-dia, que, como se constata, é cada vez mais dura e cruelmente comprometedora para que isto continue sem uma revolução ou convulsões fortes nas ruas.
O país está cada vez mais perigoso e cada vez menos recomendável. O governo, como se vê, na sua ânsia ideológica, de tirar cada vez mais aos pobres para dar aos ricos, compromete-nos cada vez mais o futuro. E se no passado tivemos governos a desgovernar, agora começamos a ver um governo “assassino”, que faz todas as contas a quanto vai tirar aos trabalhadores, mas não quantifica quanto vai tirar aos ricos.
Mas isso, deixemos para os próximos dias, para a reacção das pessoas, porque isto não vai nem pode continuar sereno.
Por aqui, por Seia, como um pouco por todo o lado, a ordem é resistir. Lutar e contrariar o desânimo, a lamúria e a incompetência de uns e a verborreia de outros, que nos afundaram e agora ainda dão "palpites". A ideia é avançar com todas as forças, do ponto de vista individual e coletivo, para que o mínimo se mantenha. Para que os poucos resistentes fiquem e não partam também, desertificando ainda mais este território de forte potencial.
Mas a tarefa não é nada fácil. E de tudo o que se ouve falar, quase nada traz boas notícias. Nos próximos dias acordaremos para realidades complicadas. Desde logo, quando nos apercebermos que o Ministério da Saúde se prepara para entregar o Hospital de Seia à Misericórdia. Quando ainda há pouco tempo o governo entregou a esta IPSS o Hospital da Folgosa, dentro de pouco tempo, não duvidem, será tentado a entregar outro Hospital. O “nosso” hospital , de Nª. Srª. Da Assunção. Mas aí, meus amigos, aí não haverá contemplações e teremos de saltar todos à rua, de paus e bandeiras e com o que for preciso para impedir tamanha crueldade. Mas disto se falará nos próximos dias.
Como também se falará da reivindicação que terá de continuar a existir na luta pelos Itinerários Complementares, que teimosamente continuam adiados.
A realidade dos próximos dias vai também despertar-nos para essa crueldade a que chamam vulgarmente de “reavaliação das casas”, que fará com que muita gente prefira entregá-las a ter de pagar rendas chorudas de IMI.
Acordaremos para a realidade do encerramento de uma Empresa Municipal que era um instrumento de política cultural e desportiva da Câmara. Que atirará, irremediavelmente para o desemprego, perto de 100 pessoas. Pessoas que asseguravam a manutenção de piscinas, museus e outros espaços culturais da cidade, setores que obviamente não são rentáveis, como não são as escolas, os tribunais, os hospitais e outros.
Acordaremos para uma outra dura realidade, que é a controversa Lei da reforma administrativa,  inspirada nesse Relvas que quis ser doutor à força. Uma reforma, que em vez de reformar, mais não servirá do que virar populações contra populações. Que semeará o ódio e a divisão entre as pessoas, aniquilando o pouco que ainda vai resistindo.
E tanto mais que veremos afundar, nestes meses que se seguem, que o melhor é estarmos atentos e procurar resistir, na firmeza dos nossos ideais e no interesse comum. A bem ou a mal, que isto agora não está para brincadeiras e já lá não vai com conversa mole, nem com dirigentes “abelhudos”, armados aos cucos!
Vamos a isto!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Seia cria equipa multidisciplinar para responder às necessidades das populações afetadas pelo fogo



A Câmara de Seia anunciou, esta terça-feira, a constituição de uma equipa multidisciplinar, para analisar e responder às necessidades das pessoas e freguesias afetadas pelo incêndio de grandes proporções que atinge o concelho.

Segundo uma nota da autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo, a equipa surge com o objetivo de proceder "ao levantamento dos prejuízos, como também de encontrar respostas e mecanismos que minimizem os impactos decorrentes deste flagelo, com especial incidência para aqueles que têm diretamente a ver com as pessoas e a sua condição de vida e bem-estar".

A equipa deverá congregar o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal, os Serviços Sociais, bombeiros, Juntas de Freguesia e outros agentes locais de proteção civil.

A nota enviada à agência Lusa também refere que a autarquia vai solicitar uma audiência à ministra da Agricultura e Ambiente, que tutela o setor das florestas, alegando que "o Governo não pode continuar, ano após ano, a ignorar este problema e a circunscrever a sua ação" ao combate dos fogos florestais.

"É preciso um plano de ação e uma estratégia porque, a continuarmos assim, todos os investimentos que por aqui se façam, perdem a sua eficácia. É necessário agendar medidas urgentes de sustentação de solos, no pós incêndio, bem como estabelecer um plano a médio prazo de recuperação dos setores agrícola, florestal e turístico que vão sair enormemente debilitados desta catástrofe", refere o autarca de Seia no documento.

Nos próximos dias, após conclusão dos relatórios preliminares, será também agendada uma reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, "tendo em vista analisar todas estas problemáticas", adianta.

É o fogo, senhores!

 
É assim todos os anos. E este ano, que pensávamos que íamos escapar da tragédia dos fogos, já que agosto tinha passado, sem grande fumaça e eis que vem o vento e vira a sorte e má fortuna a nossa. Tempo quente e seco e um “boi de vento” a soprar, para tornar as labaredas fortes e fartas, e tragicamente devastadoras.
Dias difíceis por estes lados, para cumprir a triste sina que ocorre todos os anos por esta altura. Momentos de angústia, num corre-corre de bombeiros, que acodem de várias partes do país a correrem à ocorrência, quase sempre com várias frentes de combate, nesse triste teatro de operações a que chamam fogos de verão.
Foto: Carlos Amaro
É uma espécie de guerra temporária que se sabe ter um tempo limitado, mas onde, invariavelmente as horas são meses e os dias anos, por nunca mais acabar a força bélica, nesse combate desigual, que faz jorrar toneladas de água ou depósitos imensos de suor e angústias por entre a fúria das labaredas.
E de um qualquer lugar de onde contemplemos, somos sempre impotentes num flagelo que irrompe quase sempre onde já pouco de bom pode suceder. E sempre, mas sempre, ou quase sempre, são os mais desfavorecidos, os mais atingidos, nessa fugaz e forte e medonha labareda que leva a paciência e nos impele a querer amarrar o filho da mãe culpado a um poste e queimá-lo vivo.
É a dureza da realidade anual que cumpre a profecia e queima e leva para longe as réstias de esperança de um futuro melhor em terras já de si depauperadas. E tudo vai na voragem, ardendo na noite escura e nos dias quentes e secos. E são matos, lojas de gado, fábricas, galinhas, coelhos, pastos, casas, carros, pessoas e meios e latas e tudo.
É o fogo. É o fogo!
Agora vem tudo à cabeça, e raivas e discursos e estratégias e formas de combate, e relatórios e dinheiro e limpezas e caminhos e negligências e atos de heroísmo, e vãs promessas, que depois de tudo passar, há-de ficar tudo na mesma como está, à espera do próximo ano. Mesmo que se limpe, se faça e se previna, nunca é suficiente para evitar esta guerra. E para o ano, mais ou menos nesta altura, aqui estaremos a ver cumprir-se a profecia de fugir do fogo e de voltar a dizer as mesmíssimas coisas que aqui agora dissemos e que dizemos há mais de 30 anos.
Triste sina a nossa!

domingo, 2 de setembro de 2012

Seia nos pacotes de açucar


Ora aí está uma campanha de Seia nos pacotes de açúcar dos cafés DELTA. Uma oportunidade interessante e valiosa para difundir dois importantes espaços culturais de Seia e o seu festival de cinema, uma das marcas emblemáticas da cidade e do concelho.

Desta forma o Município aproveita a colaboração e disponibilidade da prestigiada marca de cafés portugueses para promover potencialidades do concelho. Neste caso, promove-se o Cine’Eco, um festival que está quase a começar e à boleia, dá a conhecer-se aos consumidores de cafés Delta outras imagens de marca de Seia. O CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela, como espaço de Educação Ambiental e o Museu Natural da Electricidade.

São estratégias como estas e outras que ultimamente têm sucedido, que vão dando a conhecer o que de melhor Seia tem. Pela positiva, sem lamúrias, mesmo em tempos difíceis em que não há dinheiro para nada. Mas onde vai despontando imaginação, criatividade e uma discreta dinâmica a contrariar alguma descrença que se vai vendo pelo país fora, sobretudo na faixa Interior.
E assim, de pequenas coisas somadas, se vai fazendo pela vida, nesse novelo coletivo que a todos deve mobilizar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mais de 40 oradores, entre ativistas, políticos e investigadores na Conferência de Seia

 
Está marcado para os das 11 e 12 de Outubro, em Seia, o Glocal 2012, uma iniciativa onde mais de 40 oradores, entre ativistas, políticos e investigadores, se vão debruçar sobre a sustentabilidade e o empreendedorismo local. Tendo em conta a conjuntura de crise, a iniciativa, sob o lema “pensar global, agir local”, vai debater temas como as economias de baixo carbono, a alimentação sustentável ou projetos de inovação social, com o objetivo de projetar um futuro económica e ambientalmente sustentável. O Glocal 2012 – Conferência da Agenda 21 e Sustentabilidade Local está integrado na programação do Cine’Eco – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental da Serra da Estrela.
 
Durante os dois dias do evento, serão ainda apresentados os resultados do Projeto Querença, no qual cinco jovens licenciados residiram em Querença, Loulé, durante nove meses, com o objetivo de resgatar “territórios em estado crítico, gravemente atingidos por processos de desertificação e abandono dos seus capitais, natural, produtivo e social, e cada vez mais próximos de limiares perigosos de irreversibilidade de desenvolvimento”, segundo explica a página do projeto.
Esta é já a quarta edição das conferências Agenda 21 Local, centradas numa estratégia que integra as populações na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida a nível regional.
 
 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Cine'Eco está a chegar




O 18ºCineEco-Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela vai realizar-se de 6 e 13 de Outubro, em três auditórios da Casa Municipal de Cultura de Seia e com a habitual Competição de filmes dedicados à ecologia e preservação da natureza.
As inscrições encerraram a 6 de agosto e foram inscritos 297 filmes provenientes de vários países que serão selecionados e divididos nas secções competitivas e paralelas. A programação vai ser anunciada em meados de setembro.
Embora a base da programação do Cine'Eco continue a assentar na vertente de filmes de ambiente, este ano vai incluir ainda os temas das culturas tradicionais, viagens e turismo, referências às quais estão intimamente ligadas a cidade de Seia e toda a região da Serra da Estrela.
A comissão de seleção é constituída por Mário Branquinho, (responsável da Casa Municipal da Cultura de Seia), o advogado e professor senense Carlos Teófilo e o jornalista, crítico de cinema e programador, José Vieira Mendes.
As obras cinematográficas inscritas no Cine'Eco 2012, vão ser selecionadas para as seguintes secções: Competição Internacional, que integra longas, médias e curtas metragens de ficção, animação e documentário; Competição Lusófona, curtas, médias e longas metragens de países da língua portuguesa.
Todas as obras cinematográficas inscritas no Cine'Eco foram produzidas em 2012/2011. Relativamente às secções paralelas destaque para: Panorama, que vai mostrar alguns dos melhores filmes do ano do cinema mundial; Panorama Infanto-Juvenil e Panorama Senior, seções compostas por filmes dedicados a escolas, famílias e aposentados; Sessões Especiais, que vão incluir antestreias, filmes-concerto e sessões ao ar livre. Haverá ainda uma Homenagem, a um realizador e diretor de fotografia do cinema português: ‘António Escudeiro, um Eco-Cineasta’.
A seleção de filmes terá em conta igualmente a realização do Ano do Brasil em Portugal, com uma forte presença de filmes brasileiros, tanto a concurso como integrados nas seções paralelas.
Local de descoberta e de reflexão sobre a preservação do meio ambiente, o Cine'Eco apresenta em complemento da programação de cinema, um conjunto de atividades paralelas, como é o caso este ano da GLOCAL 2012 - Conferência de Agenda 21 Sustentabilidade Local, uma iniciativa única que terá lugar em Seia nos dias 11 e 12 de Outubro. Além disso vão-se realizar masterclasses e workshops, sobre temas relacionados com o ambiente e o cinema.
O Cine'Eco tem como principal objetivo a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e de atividades culturais, que abordam temas da atualidade como a biodiversidade, sustentabilidade, energias renováveis, requalificação urbana, alimentação biológica e compromissos ambientais de uma forma abrangente e pedagógica.

(Comunicado de imprensa)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Do que falamos, quando escrevemos no verão

No verão, por natureza, escreve-se, quem escreve, sobre assuntos chamados leves, para descontrair, para nos entretermos uns aos outros nos momentos de lazer, enquanto não acaba a época a que se convencionou chamar de “tempo de férias”. Os mais finos chamam-lhe “Silly season”!
Por isso e também por não valer a pena pensar muito sério sobre os maus presságios da vida que passam todos os dias nas televisões, que vemos cada vez menos, ou nos jornais que praticamente deixámos de comprar, vamos discorrendo na descontração dos dias e dos temas que espreitam à esquina de qualquer texto.
Isso não nos impede de pensar no muito que temos de fazer, mal passe este interregno estival. Naturalmente que, do ponto de vista pessoal, cada um sabe de si, das tarefas que tem de empreender, das atitudes a tomar e das múltiplas formas de dar a volta à adversidade. Mantendo o emprego quando é o caso, ou partindo para outra, quando já nem o emprego resta. E partir para outra, começa a ser cada vez mais sinónimo de partir para outro país, em busca da salvação. Mas pronto, é a vida, cada vez mais dura a trazer à memória os difíceis anos 60, para não falar de outras épocas em que o português se virou e foi à luta.
Fora a questão pessoal, há o lado coletivo, em que também somos obrigados a pensar, pelo menos aqueles que ainda vão ficando neste território cada vez menos exíguo, cada vez mais folgado de espaço e cada vez menos frequentado.
Neste sentido, importa pensarmos seriamente sobre o que aí vem e o muito que temos a reivindicar, para não termos de ficar ainda mais tesos e mais desolados nesta geringonça de vida a que atribuímos cada vez menos valor. Já se sabe, já se disse, já se escreveu, já se leu, já se ouviu e até já quase se abomina essa lenga-lenga de que temos de ser críticos, interventivos e assumidamente agentes de desenvolvimento na nossa comunidade, como em qualquer outra plataforma donde somos parte integrante. E isto, mesmo dito e sabido à exaustão, continua a ser tão importante como o pão para a boca, para que não se instale o marasmo e não reine a apatia e o “deixar-andar”, como parece que está a acontecer um pouco por todo o lado.
Sabe-se que não há dinheiro para nada, mas tem de haver inteligência e dinâmica suficiente para nos animarmos uns aos outros, pelo menos, e procurarmos ir pelo entusiasmo da corrente, de modo a fazer brotar mais do que aquilo que temos visto. Nos tempos mais difíceis e duros, sobra-nos muito mais espaço para sermos ainda mais criativos e repensar tudo o que andámos e andamos a fazer e para onde queremos ir. Podemos até pensar em entregar tudo ao poder central, ou àqueles supra-sumos e “chicos-espertos” desta ditosa pátria que têm sempre remédio para tudo quando estão de um lado, mas que depressa se abotoam e perdem a noção do que proclamaram, quando passam para o outro lado. Mas aí já se sabe qual o caminho e o destino.
Fora isso, há que exigir a quem tem poder e o dever de fazer. Seja a nível local, regional ou nacional, tem que haver pressão constante, sob pena de se adormecer ou se embalar num discurso ou numa ideia errada de que se está a fazer tudo o que é possível, quando há muito para ouvir e para fazer.
Sempre se ouviu dizer, não é de agora – político que se amedronta com as críticas não presta.  Saber ouvir é uma virtude e por isso importa falar e ouvir, democraticamente. E nesse sentido, alguém vai ter que as ouvir sobre o que estão a fazer ao nosso país e em particular ao nosso Interior, onde tudo definha cada vez mais depressa a um ritmo alucinante.
Mas disso vamos falando porque essa é a nossa luta!