domingo, 9 de setembro de 2012

A dura realidade que nos espera, depois do verão

Está a acabar o tempo da chamada "silly season" e toda a sociedade vai entrando na chamada “dura realidade”. Na realidade do dia-a-dia, que, como se constata, é cada vez mais dura e cruelmente comprometedora para que isto continue sem uma revolução ou convulsões fortes nas ruas.
O país está cada vez mais perigoso e cada vez menos recomendável. O governo, como se vê, na sua ânsia ideológica, de tirar cada vez mais aos pobres para dar aos ricos, compromete-nos cada vez mais o futuro. E se no passado tivemos governos a desgovernar, agora começamos a ver um governo “assassino”, que faz todas as contas a quanto vai tirar aos trabalhadores, mas não quantifica quanto vai tirar aos ricos.
Mas isso, deixemos para os próximos dias, para a reacção das pessoas, porque isto não vai nem pode continuar sereno.
Por aqui, por Seia, como um pouco por todo o lado, a ordem é resistir. Lutar e contrariar o desânimo, a lamúria e a incompetência de uns e a verborreia de outros, que nos afundaram e agora ainda dão "palpites". A ideia é avançar com todas as forças, do ponto de vista individual e coletivo, para que o mínimo se mantenha. Para que os poucos resistentes fiquem e não partam também, desertificando ainda mais este território de forte potencial.
Mas a tarefa não é nada fácil. E de tudo o que se ouve falar, quase nada traz boas notícias. Nos próximos dias acordaremos para realidades complicadas. Desde logo, quando nos apercebermos que o Ministério da Saúde se prepara para entregar o Hospital de Seia à Misericórdia. Quando ainda há pouco tempo o governo entregou a esta IPSS o Hospital da Folgosa, dentro de pouco tempo, não duvidem, será tentado a entregar outro Hospital. O “nosso” hospital , de Nª. Srª. Da Assunção. Mas aí, meus amigos, aí não haverá contemplações e teremos de saltar todos à rua, de paus e bandeiras e com o que for preciso para impedir tamanha crueldade. Mas disto se falará nos próximos dias.
Como também se falará da reivindicação que terá de continuar a existir na luta pelos Itinerários Complementares, que teimosamente continuam adiados.
A realidade dos próximos dias vai também despertar-nos para essa crueldade a que chamam vulgarmente de “reavaliação das casas”, que fará com que muita gente prefira entregá-las a ter de pagar rendas chorudas de IMI.
Acordaremos para a realidade do encerramento de uma Empresa Municipal que era um instrumento de política cultural e desportiva da Câmara. Que atirará, irremediavelmente para o desemprego, perto de 100 pessoas. Pessoas que asseguravam a manutenção de piscinas, museus e outros espaços culturais da cidade, setores que obviamente não são rentáveis, como não são as escolas, os tribunais, os hospitais e outros.
Acordaremos para uma outra dura realidade, que é a controversa Lei da reforma administrativa,  inspirada nesse Relvas que quis ser doutor à força. Uma reforma, que em vez de reformar, mais não servirá do que virar populações contra populações. Que semeará o ódio e a divisão entre as pessoas, aniquilando o pouco que ainda vai resistindo.
E tanto mais que veremos afundar, nestes meses que se seguem, que o melhor é estarmos atentos e procurar resistir, na firmeza dos nossos ideais e no interesse comum. A bem ou a mal, que isto agora não está para brincadeiras e já lá não vai com conversa mole, nem com dirigentes “abelhudos”, armados aos cucos!
Vamos a isto!

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