"Permitam-me que em meu nome e do Município de Seia a todos, de forma cordial e fraterna, cumprimente e saúde por igual, agradecendo, ao mesmo tempo, a vossa presença, dando-vos as boas-vindas, num desejo que esta edição, a 18ª. do CineEco, seja a melhor de sempre.
Estou em crer que, num momento tão difícil como o que hoje vivemos, em que a conjugação do verbo Encerrar é palavra de ordem no nosso país, deveremos aproveitá-lo para homenagear as gentes que trabalham na EMCR de Seia, fazendo-o através do seu Conselho de Administração, nas pessoas da Engª. Cristina Sousa, do Dr. Paulo Caetano e do Dr. Carlos Teófilo.
A razão de tal desiderato radica na extinção da Empresa Municipal, na base da famigerada Lei 50, uma lei que trata de forma igual aquilo que é diferente, que trata empresas de cultura como se de vulgares empresas comerciais ou industriais se tratasse, mais um exemplo da insensibilidade do governo da nação relativamente aos territórios de baixa densidade, ao fim ao cabo, de insensibilidade relativamente às gentes, que somos nós, que continuam a teimar em viver no interior do país.
Nunca, como hoje, a sociedade compreendeu o papel que as políticas ambientais assumem num Concelho onde o denominado meio ambiente é um recurso essencial ao seu desenvolvimento sustentado.
A preservação do meio ambiente revela-se fundamental para a qualidade do principal produto turístico do Concelho de Seia: - A Natureza.
Continuamos, por isso, a apostar numa política de gestão ambiental do Concelho que ultrapassa a visão restrita da questão, que permitiu dotar o poder autárquico de um plano de gestão ambiental global e coerente, enformador das decisões a tomar.
O Cine Eco é, sem dúvida, um evento que reforça a vocação de Seia, enquanto Concelho associado ao ambiente, à qualidade de vida e às boas práticas ambientais.
Por outro lado, o Festival tem sido, nestes dezoito anos, um importante instrumento de promoção e afirmação do Concelho. Não só criou novos públicos, ao nível local, como continua a revelar capacidade atrativa face a visitantes externos, contribuindo positivamente para a dinâmica da atividade turística no Concelho.
Numa altura de fortes restrições financeiras, o Município assegura a presente edição recorrendo a diversas parcerias e a instrumentos próprios, valorizando não só a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo da vida do Festival, enquanto entidade organizadora, como também minora, por outro lado, os impactos no orçamento municipal.
Atendendo ao número e à qualidade dos filmes a concurso, nacionais e estrangeiros, estou certo que o êxito está garantido, neste ano em que o Cine Eco atinge a sua maioridade.
Inauguramos, também aqui hoje, um novo sistema de projeção de cinema digital que permite a visualização de filmes 3D, acompanhando as novas tendências do mercado e do circuito comercial.
Embora cientes das dificuldades financeiras que atravessamos, o município tomou esta decisão como uma forma de dar novo folego à adesão de público ao cinema em Seia, ao longo do ano e no seu festival de cinema.
Um sinal também ele, apesar de tudo, da aposta que queremos continuar a fazer no domínio da cultura, a par de outros sinais que vamos dando, sobretudo na valorização dos nossos talentos e na aproximação dos públicos. (71.800+IVA)
Por isso, com a inauguração deste equipamento no Cine Eco, escrevemos uma página importante na história do cinema em Seia, que é bem rica, como ainda este ano verificámos através da exposição da história do cinema em Seia, organizada pelo arquivo municipal com apoios diversos entre eles dos nossos conterrâneos Alberto Toscano e Rui Veloso.
Agora Seia já não precisa de estar 4 ou 5 meses à espera de um filme, como acontecia até aqui com o cinema em 35 milímetros.
Teremos os filmes muito mais cedo e teremos também a possibilidade de os ver em 3 D.
Vocês merecem, vocês têm.
Espero que gostem. Bom cinema.
Venham ao Cine Eco.
Todos estão convocados."
1 comentário:
"Nunca, como hoje, a sociedade compreendeu o papel que as políticas ambientais assumem num Concelho onde o denominado meio ambiente é um recurso essencial ao seu desenvolvimento sustentado.
A preservação do meio ambiente revela-se fundamental para a qualidade do principal produto turístico do Concelho de Seia: - A Natureza."
Não costumo fazer isto, mas perante estas palavras é impossível, não "dizer" nada.
Alguns meses atrás pedi ao PE para publicar uma foto, onde era visível, o rasto (liquido, muito, mal cheiroso) que os carros do lixo deixavam, de cada vez que passavam aqui na aldeia. Na altura a situação foi resolvida, mas neste momento está na mesma.
Na aldeia onde resido; há mais de 20 que os esgotos, de toda a aldeia, vão para uma fossa que deixa escorrer pelos terrenos adjacentes, mais liquido mal cheiroso. Mais grave ainda, quem definiu/projectou o lugar da fossa devia ser cego. Não viu que ao lado estava a fonte de chafurdo que durante muitos anos abasteceu a aldeia de água potável. Mesmo que a situação seja resolvida hoje, não será nos próximos 10 anos que se poderá beber daquela fonte. A desculpa do município foi sempre a mesma, "estamos analisar a situação, ou, não temos dinheiro".
Recordo que na, ainda, freguesia de Santa Comba temos a "central do lixo doméstico" e a "central do ecoponto" e no limite da freguesia com a freguesia de Santiago a ETAR. Ou sejamos recebemos e tratamos o lixo dos outros e não conseguimos tratar o nosso.
E ainda pagamos a respetiva taxa.
Chamo a isto PpP, "Pagar para Poluir".
Com isto não digo que estou ou sou contra o CineEco, pelo contrário; digo em qualquer lado que a cidade de Seia tem uma oferta cultural muito diversificada, ao longo de todo ano. Quem me conhece sabe isso.
Só acho que os discursos devem ser coerentes com os atos!
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