Há um ano atrás, precisamente a vinte e nove de Novembro, caiu um grande nevão na Serra. Ontem também.
Fez ontem um ano que a serra se encheu de turistas para escorregarem na neve e a dada altura tiveram que sair de emergência para não ficarem retidos.
Fez também um ano que houve acidentes e ontem também.
Há um ano houve gente momentaneamente desaparecida e ontem também. Desta vez foram escuteiros perdidos na zona de Manteigas e achados já com sinais de hipotermia.
Fez ontem um ano que empresários hoteleiros da corda da serra esfregaram as mãos de contentes por esgotarem a capacidade hoteleira e ontem também.
E ontem, como há um ano, os comerciantes das lojas da Torre também se queixaram de não poderem abrir as suas lojas, por ter caído tanta neve.
E ontem como há um ano, no final do Festival das Orquestras de Música Ligeira tentei chegar ao Sabugueiro e tive de voltar para trás à Senhora do Espinheiro, por força da neve que me impediu de subir mais.
Mas, ontem, como há um ano, fiquei contente por ver tanto turista na serra a encheram cafés, restaurantes e unidades hoteleiras, para fazer tirar a barriga de miséria a quem tanto já tem esperado por estes dias de frio e de negócio.
Felizmente voltou a cair neve como há um ano atrás, no Feriado prolongado e prolongou a felicidade dos que se contentam em vir ao frio, escorregar e mandar bolas de neve à cara uns dos outros. Eu também… não!
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