Corrupção

Corrupção.

E de repente, a palavra corrupção voltou ao vocabulário da sociedade portuguesa, a propósito deste caso do sucateiro da “face oculta”. Ainda há pouco na SIC, alguém dizia que tudo isto não vai dar em nada e dava exemplos de casos bastante conhecidos: caso “Portucale”, “BPN”, Submarinos, Prédio dos CTT de Coimbra, Casa Pia, etc, etc.

Há um sentimento de impunidade e de descrédito na justiça. Sabe-se que se rouba, quem rouba, quem dá e quem recebe, mas, ou porque as provas são frágeis, ou porque há sempre instrumentos jurídicos para fazer emperrar e tudo não passa de fumaça. E é ao nível dos governos, das autarquias, dos bancos e de várias sociedades publicas. E quando alguém é condenado, é sempre o elo mais fraco.

Aqui na nossa região, por exemplo, o Presidente da Câmara de Celorico, foi condenado a 5 anos de prisão por se ter provado ter recebido um cheque de 125 mil euros de um “conhecido empreiteiro da região”. Eu nem digo o nome, mas veio nos jornais. Ora, Júlio Santos foi condenado por receber a massa, mas quem a deu, continua aí livremente a fazer negociatas com outras Câmaras.

Todos nós conhecemos casos de corrupção. De pessoas que há uns anos tinham dividas e que hoje têm milhões. Mas nem abrimos a boca. Para quê?

E todos os dias vemos nas televisões, pessoas a serem constituídas arguidas, mercê do trabalho da Polícia Judiciária, para mais tarde os Tribunais ilibarem a torto e a direito os chamados grandes.

Razão tem o Bastonário da Ordem dos Advogados, quando a propósito da Justiça diz: “FUJAM!”

Nestas circunstâncias, resta-nos a resignação ou a esperança de ver isto a melhorar.
Pode ser que sim, mesmo quando o “Omo lava mais branco”. Mas não devemos ir em cantigas e acreditar que é possível ver fazer justiça!

Digo eu!