E agora Eduardo?

“O trabalho vai começar de novo e a luta continua”.

Foi com esta frase que Eduardo Brito se despediu do cargo de Presidente da Câmara, numa cerimónia que decorreu no passado dia 30 de Outubro, no cineteatro da Casa Municipal da Cultura.

Por isso, para bons entendedores, uma frase destas chega.

Com esta tirada, Eduardo Brito quererá dizer muita coisa e abre o debate à especulação, neste meio pequeno habituado à conversa mole.

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Assim como assim, e antecipando à especulação, aceitam-se apostas sobre o que levou o até aqui Presidente da Câmara a não se recandidatar e sobre o seu futuro político, do género:

a) Não se recandidatou porque não lhe apeteceu;

b) Porque faz agora um interregno de quatro anos, vai andar por aí e volta depois sem problemas de limitação de mandatos. É bom lembrar que daqui por quatro anos, mais de um terço dos Presidentes de Câmara não se pode recandidatar por limite de tempo;

c) Que, o até agora autarca, se candidatará de novo à Federação Distrital do Partido, colocando a sua experiência ao serviço da região;

d) Que andará por aí e não permitirá que alguns sectores do partido cheguem ao poder, continuando a influenciar a actividade política local;

e) Agora é que é o momento oportuno para ver quem são os amigos;

f) Deixa tudo mais ou menos preparado para voltar;

g) Não vai resistir à tentação de continuar a querer mandar;

h) Está farto disto e não quer ser mais Presidente da Câmara nem quer ouvir falar do assunto;

i) Vai esperar que o tempo apague alguns assuntos polémicos, para reaparecer;

j) Tem esperança de vir a ser Governador Civil da Guarda;

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k) Vai trabalhar para uma empresa;

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l) Não vai para lado nenhum e dedica-se por inteiro ao seu pequeno negócio de Turismo Rural;

m) Vai dedicar-se á agricultura e pastorícia e não se importa que o continuem a tratar por “senhor Presidente”;

n) Não vai levar a mal nenhuma destas especulações políticas, mesmo depois de alguns lhe encherem o ouvido, porque, para o bem e para o mal, sabe rir de si próprio.