Posto isto resumido, e munido do calhamaço que requisitei na Biblioteca Municipal de Seia, parti então na aventura de saber como um jovem português, Afonso Brandão se cruza com uma bonita francesa em plena Primeira Guerra Mundial, na Flandres, mergulhando assim nas 636 páginas que dão corpo à “Filha do Capitão”. Salvo seja! E leu-se bem e dei-me bem, com o estilo e com a forma, num enredo que deixa laivos de previsibilidade quanto ao andamento da dita história. E fica-se a saber muito de História. E ficamos a perceber melhor sobre aquele período em que os soldados portugueses, onde se incluiam alguns de Seia, se viram forçados a combater os alemães, sem meios e sem vontade, em nome de uma Grande Guerra, de que nem o senense Afonso Costa os livrou, nem o Sidónio os safou.
É óbvio que já carradas de pessoas leram o livro e que eu cheguei tarde para agora contar a história, fazer comentários bacocos ou acrescentar o que quer que seja. Nem sempre lemos quando devemos e nem sempre podemos,...
Nesse sentido e sem preconceitos, registei e sublinhei os momentos de descrição pormenorizada, às vezes até de mais, do ambiente daquela época, do ambiente rural e atrasado de Portugal, das luzes e modas de Paris, das descobertas da época, dos feitos e dos defeitos, dos encontros e desencontros, de amores e desamores e até do fado de ser português.
Provavelmente já muitos disseram esta frase espantosamente simples, ou o seu contrário, mas estou em crer que "estamos perante um grande romance"! Ai se estamos, e com a agravante positiva de poder ser transformado num grande filme à Hollywood. Tem todos os ingredientes, incluindo amor em tempo de guerra.
Por outro lado e acima de tudo, paralelamente, julgo eu de que, com esta obra, as letras portuguesas prestam finalmente homenagem a todos os homens esquecidos do Corpo Expedicionário na Flandres.
Quanto ao resto, não é preciso dizer mais nada, que nestas coisas não sou de grandes falas e o importante é ler o livro, ou como diz o letreiro lá da biblioteca de Seia, “Ler é saber +”.
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