Correio da manhã - 3/01/2010
Luis Oliveira
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Um homem desapareceu ontem de madrugada durante uma caminhada na serra da Estrela e caiu para a barragem da Lagoa Comprida. A GNR pediu ajuda a bombeiros mergulhadores para resgatar o corpo do fundo da água gelada – a temperatura da água estava pouco acima dos zero graus; a do ambiente era de seis negativos.
Foi este o cenário elaborado pelos mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Viseu para testar o socorro de vítimas em condições de extrema adversidade. E as condições climatéricas não podiam ser piores: estava muito vento e nevoeiro, além da água e ambiente gelados.
Resgatar um corpo nas profundidades de uma barragem requer "muito cuidado" pelos mergulhadores. Antes de entrarem para a água, têm de testar o fato de mergulho e os sistemas de oxigénio e de comunicação. Sempre em grupos de dois, os bombeiros efectuaram vários mergulhos a 10 e 15 metros de profundidade. "Respirem calmamente sem fazer apneias", aconselhou José Luís Teixeira, chefe dos mergulhadores, alertando os socorristas que estavam a trabalhar a 1600 metros de altitude.
Após várias tentativas, os mergulhadores acabaram por encontrar a ‘vítima’, que estava presa em ramos de árvores. José Teixeira referiu que o exercício teve como finalidade "testar o equipamento de mergulho" e também "os procedimentos e comunicações entre as entidades" envolvidas nas acções de socorro na serra da Estrela.
50 RESGATADOS EM DEZEMBRO
No passado mês de Dezembro, o Grupo de Montanha da GNR e os bombeiros resgataram 50 pessoas que se perderam durante caminhadas ou desafiaram a natureza na serra da Estrela. Além de dois grupos de escuteiros da zona de Lisboa, a situação mais complicada envolveu um grupo de chineses que foram para a Torre de táxi e ficaram encurralados por um nevão, que os desorientou. "As pessoas vêm para a serra e arriscam a própria vida. Em Dezembro tivemos de acudir a situações muito complicadas mas felizmente tudo acabou em bem", referiu ontem ao CM o sargento Carlos Fernandes, comandante do Grupo de Montanha da GNR, sediado na Torre. Para Serafim Barata, comandante dos Bombeiros de São Romão, Seia, a serra da Estrela comporta muitos perigos. "As condições climatéricas mudam em poucos minutos e põem em perigo as pessoas".
TORRE NÃO TEM MERGULHADORES DE PREVENÇÃO
No plano de socorro implementado na Torre não está incluída a presença de nenhuma equipa de bombeiros mergulhadores, uma falha ontem muito comentada até porque na zona existem muitas barragens e represas. A GNR chamou à atenção que existe uma represa junto às pistas de esqui que congela e é aproveitada pelas pessoas como uma pista de gelo. "Eu já lá vi pessoas a fazer piões com carros", disse um elemento da Força Especial de Bombeiros. Como os bombeiros mergulhadores mais perto da serra da Estrela são os de Viseu, e ficam a mais de uma hora de distância, vai ser solicitada à Protecção Civil a possibilidade de a Torre poder contar em permanência com uma equipa.
Foi este o cenário elaborado pelos mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Viseu para testar o socorro de vítimas em condições de extrema adversidade. E as condições climatéricas não podiam ser piores: estava muito vento e nevoeiro, além da água e ambiente gelados.
Resgatar um corpo nas profundidades de uma barragem requer "muito cuidado" pelos mergulhadores. Antes de entrarem para a água, têm de testar o fato de mergulho e os sistemas de oxigénio e de comunicação. Sempre em grupos de dois, os bombeiros efectuaram vários mergulhos a 10 e 15 metros de profundidade. "Respirem calmamente sem fazer apneias", aconselhou José Luís Teixeira, chefe dos mergulhadores, alertando os socorristas que estavam a trabalhar a 1600 metros de altitude.
Após várias tentativas, os mergulhadores acabaram por encontrar a ‘vítima’, que estava presa em ramos de árvores. José Teixeira referiu que o exercício teve como finalidade "testar o equipamento de mergulho" e também "os procedimentos e comunicações entre as entidades" envolvidas nas acções de socorro na serra da Estrela.
50 RESGATADOS EM DEZEMBRO
No passado mês de Dezembro, o Grupo de Montanha da GNR e os bombeiros resgataram 50 pessoas que se perderam durante caminhadas ou desafiaram a natureza na serra da Estrela. Além de dois grupos de escuteiros da zona de Lisboa, a situação mais complicada envolveu um grupo de chineses que foram para a Torre de táxi e ficaram encurralados por um nevão, que os desorientou. "As pessoas vêm para a serra e arriscam a própria vida. Em Dezembro tivemos de acudir a situações muito complicadas mas felizmente tudo acabou em bem", referiu ontem ao CM o sargento Carlos Fernandes, comandante do Grupo de Montanha da GNR, sediado na Torre. Para Serafim Barata, comandante dos Bombeiros de São Romão, Seia, a serra da Estrela comporta muitos perigos. "As condições climatéricas mudam em poucos minutos e põem em perigo as pessoas".
TORRE NÃO TEM MERGULHADORES DE PREVENÇÃO
No plano de socorro implementado na Torre não está incluída a presença de nenhuma equipa de bombeiros mergulhadores, uma falha ontem muito comentada até porque na zona existem muitas barragens e represas. A GNR chamou à atenção que existe uma represa junto às pistas de esqui que congela e é aproveitada pelas pessoas como uma pista de gelo. "Eu já lá vi pessoas a fazer piões com carros", disse um elemento da Força Especial de Bombeiros. Como os bombeiros mergulhadores mais perto da serra da Estrela são os de Viseu, e ficam a mais de uma hora de distância, vai ser solicitada à Protecção Civil a possibilidade de a Torre poder contar em permanência com uma equipa.
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