Afinal ainda há bairrismo entre Seia e São Romão.
Contaram-me que na noite anterior ao jogo de Basquetebol do Sampaiense e do Benfica, no Pavilhão de São Romão, que teve transmissão para a Sport TV, uma ou várias pessoas terão entrado por uma janela, partindo um vidro e lá dentro do Pavilhão, os painéis com a palavra Seia foram recortados para não aparecer nas imagens televisivas a palavra da terra do “inimigo” – SEIA. Ora toma!
Quem disse que não há bairrismo entre a vila de São Romão e a cidade, sede do Concelho.
Dois povos colados um ao outro, amigos-amigos, mas negócios á parte. Antigamente era a placa que anunciava de um lado Seia e do outro São Romão, que não passava mais do que um dia, ou noite, agora, aqui e ali ainda há resquícios desse sentimento.
Há quem diga que está no sangue das pessoas e que umas manifestam o sentimento, outras não. Seja como for, o sentimento persiste. A bem da região.
5 comentários:
Se o jogo era no pavilhão de São Romão, não tinham que existir painéis com a palavra Seia. A Vila de São Romão ainda é independente e sempre será. Sobre a placa ainda a dividir os termos não está no sitio certo, o ex- presidente da Câmara sabe muito bem disso . Um Dia a verdade será esclarecida.
Na minha geração (82) esse bairrismo esmoreceu um pouco, restando as histórias contadas pelos mais velhos sobre verdadeiras batalhas napoleónicas aquando dos jogos de futebol entre as duas equipas de Seia e São Romão, que para nós eram verdadeiras epopeias, qual Sporting-Benfica.
Mas como poderíamos nós voltar a esse tempos, se tínhamos amigos em Seia. Claro que sempre defendemos a nossa terra, cometendo algumas picardias aqui e ali, mas não como era no tempo dos nossos pais. Não fazia sentido.
Esse bairrismo exacerbado voltou com as novas gerações, contudo verifico que este apenas se manifesta nos jovens de São Romão.
Este episódio do pavilhão mais não trouxe de danos materiais (que se resumirão a vidros partidos), mas não é deste bairrismo de que falo (este episódio tem até alguma "piada"), mas sim de actos de violência.
Actos esses que se verificaram por exemplo, na noite de Fim de Ano em São Romão, em que jovens de Seia e desta vila se envolveram em confrontos físicos, só porque uns eram de cá e outros não. Não faço ideia quem começou, mas segundo informações de amigos, estas são quezílias antigas,ou seja, não resultaram de copos a mais no fim de ano.
Voltando ao bairrismo "saudável", era importante que esse persistisse , pois, o orgulho na nossa terra leva-nos a ter iniciativas que permitam trazer algo de novo, para que esta evolua a todos os níveis.
E se em São Romão este sentimento ainda reside na mente e no coração de alguns dos seus jovens (excluo os palermas da violência),em Seia isso já não se verifica. Penso que a juventude de Seia quer é sair daqui, não quer saber da terra, e normalmente só falam nela para dizer: "aqui não se faz nada, que fim de mundo". Nada mais errado. Temos uma agenda cultural riquíssima, temos uma paisagem magnífica,temos o CISE, o museu do Pão, o Museu do Brinquedo, vamos ter o Museu da Electricidade, temos um cinema com excelentes filmes e condições físicas muito boas.
Exemplo dessa crítica fácil, e a discoteca em Seia. Eu que não percebo nada da matéria, não vejo qualquer diferença entre a discoteca em Seia e outra das redondezas. Desculpem, existe uma....é em Seia. E como é em Seia, já não presta. É a única desculpa que encontro, e até hoje ninguém me deu um argumento válido para não irem a esta discoteca ("oh, não presta e pronto"). As pessoas de Seia não gostam de Seia.
Sim, não temos um Dolce Vita nem um Colombo, mas Coimbra fica a 1H, o Porto a 2h, Lisboa a 3h, e a praia a 1h:30. Espanha a 2h.
Na minha opinião faltam apenas duas coisas a Seia: uma agenda de teatro mais rica, com novos grupos teatrais (como é possível ainda não estado em Seia a peça "As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos? Como? Em palco à 11 anos..como?); e um festival de música alternativa (era baratíssimo e fácil de organizar, trazendo grandes nomes internacionais deste estilo de música, que trariam a Seia centenas de pessoas de fora (Lisboa e Porto inclusive)...não duvidem).
Tudo bem que o bairrismo é um sentimento dos meios mais pequenos, onde as pessoas se identificam com o que é delas, não se verificando o mesmo nas cidades, onde tudo é grande de mais para nos pertencer.
Como disse é pena que esse bairrismo se vá perdendo, pois foi nele, sobretudo em São Romão e Seia, que os nossos antepassados se apoiaram para melhorar as suas/nossas localidades.
Sem orgulho no que é nosso as coisas não evoluem.
Tenho muito orgulho em fazer parte desde local, tanto de São Romão como do concelho de Seia, mas como é óbvio puxo sempre para o lado de São Romão. Desculpem qualquer coisa.
Infelizmente por motivos profissionais o mais certo é ter de sair daqui...e mesmo de Portugal, já que aqui não há emprego para os jovens que investiram a sua educação com o objectivo de um dia poderem levar o nome da sua terra e do seu concelho mais além. E é com muita pena que o faço.
E mesmo que me vá embora, levo comigo o meu bairrismo, pois nunca me separarei dele.
Segundo sei o jogo foi realizado no Gimnodesportivo Municipal Padre Martinho em São Romão. Ora o que estava em questão era identificar o município que esta a receber o evento e não a localidade em si. Tenho pena do sucedido pois na sporttv existiu o cuidado de chamar as coisas pelo nome e quer queiram quer não São Romão pertence ao concelho de Seia e as instalações desportivas municipais são propriedade do município e não de uma ou outra terra onde estão situadas.
Sr. Anónimo, faz todo o sentido a palavra Seia estar no pavilhão, por uma razão muito simples, é sede de concelho. Além do mais, é pratica comum isto acontecer.
Por outro lado, a Junta de São Romão deveria ter também colocado faixas a identificar a terra (não sei se o fez, pois não fui ao pavilhão).
Quanto às placas identificativas de localidades e que divide os termos...tem toda a razão.
Por falar em placas...entre o Sabugueiro e São Romão também há um problema de placas...porque tudo o que diz São Romão aparece no chão.Porque será? Será pela mesma razão que levou o então presidente da junta do Sabugueiro a insurgir-se contra a pavimentação da estrada Senhora do Desterro-Serra à uns aninhos largos, chegando mesmo a apelidar este facto como verdadeira catástrofe? Estrada essa, que segundo vários mapas turísticos da região nem existe. Chega à Central Eléctrica e STOP, só voltando a haver estrada no cruzamento com o Sabugueiro. No meio....nada para turista ver, ou melhor, andar.
Porque será? Guaraná não é de certo.
E mesmo os termos, ainda não estão definidos no que toca a estas duas localidades. Dizem que entre outras formalidades, falta a colocação dos marcos, com o acordo de São Romão e Sabugueiro, razão que leva a que segundo a lei, estas duas terras não tenham os limites definidos.
Muita gente não sabe disto, mas deviam.
É lamentável estas coisas acontecerem. O pavilhão gimnodesportivo é municipal, ou seja, pertence ao municipio e aos munícipes do concelho de seia e todos os seus habitantes.
Não me escondo atrás de um nome anónimo e digo o meu nome porque não tenho nada a esconder. João Simão é o meu nome. Se houve vandalismo.... a nossa policia tem meios para descobrir quem o fez e essas pessoas têm de ser punidas.
Como habitante do concelho, sinto-me envergonhado com esse acto.
Enviar um comentário