quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Bom Ano

Votos de bom ano
Que dois mil e dez traga tudo de bom, dizemos uns aos outros por estes dias, seguros e desejosos de que aquilo que dizemos se concretize. Tudo de bom, saúde e sucesso. No plano pessoal e profissional. E o que é que se pode dizer ou desejar mais que não vá neste sentido?
Boas Festas e bom ano! Que mais se pode dizer por estas alturas? É a saudação que há mais à mão nesta ocasião. Para amigos, inimigos e todos quantos se cruzam por estes dias e quase sempre nas compras, ou,… nas compras. Ninguém fica indiferente, ninguém fica de fora, sustentando-se mesmo o desejo naquele chavão batido e repetido, que pede para os nossos inimigos, o dobro daquilo que nos desejam.

Que no próximo ano se concretizem os nossos maiores desejos. Que mais se pode pedir? Está-se mesmo a imaginar desejos aberrantes, do género:

- “Desejo que no próximo ano laves menos loiça e faças mais vezes a cama”;
- “Que aprendas a cantar e não desafines tanto, sempre que vens cá a casa beber uns copos”;
- “Gostaria que te enervasses menos e fizesses mais”;
- “Quero que te pintes de verde e não me chateies”;
- “Que no próximo ano pagues pouco IRS e gastes muito em livros”;
-“Que aprendas a ser político e não te metas nisso”;
- “Que em dois mil e dez aprendas a ter maneiras e deixes de espirrar para cima dos outros”;
- “Que deixes de ser chato e passes a abreviar as conversas”;
- “Que não te deixes ir em cantigas e assumas os compromissos”;
- “Que te habitues a ir mais a concertos e a não fazer tantos desatinos”;
- “Que dois mil e dez te ilumine o espírito e te deixes de mariquices, que a paneleiragem tem limites”;
- Enfim, que te convertas ao Benfica, que faças finalmente um exame de consciência e não chateies a malta, que esta vida são dois dias, e não há muito tempo,… para cantar SLB, SLB, SLB.
Por isso, simplesmente, BOM ANO!

Voto de Louvor a João Orlindo


A Assembleia Municipal de Seia na sua última reunião realizada no passado dia 28 de Dezembro, aprovou um Voto de Louvor a João Orlindo, de Vide, Concelho de Seia. João Orlindo Marques é funcionário do Município de Seia destacado para a Freguesia de Vide e nos últimos anos licenciou-se em História. Mais recentemente tirou um Mestrado de que resultou a publicação do livro “A Casa da Luz”, editado pela Câmara Municipal no âmbito das comemorações dos 100 anos da Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela (EHESE). Por isso, e pelo percurso deste ilustre Vidense, que é também Presidente da Casa do Povo daquela localidade, a nova Junta de Freguesia propôs este Voto de Louvor que foi aprovado por unanimidade.

Parabéns João Orlindo.

Nota 1: A Assembleia Municipal de Seia aprovou também um voto de Louvor aos trabalhadores da Beira Lã e ao Sindicato Têxtil da Beira Alta, pelo facto de se ter conseguido um processo de viabilização daquela empresa.

Nota 2 : Este órgão autárquico, entre outras propostas, aprovou o Plano e Orçamento do Município para o próximo ano, com os votos favoráveis do PS e a Abstenção do PSD.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Fogueira de Natal



Imagens da Fogueira de Natal no Sabugueiro, uma tradição mantida pela Junta de Freguesia, a que se juntam as pessoas, para conviver na noite fria de Inverno.







quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

DAVID MOURÃO-FERREIRA Natal, e não Dezembro


Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro
,
talvez universal a consoada.
.
(Poema enviado por Lauro António. Abraço, Festas Felizes e SSS*)
*Saúde, Sabedoria e Sucesso

Feliz Natal



Por aqui, através do blogue, venho desejar a todos os amigos, próximos e afastados, leitores e pessoas em geral, um Feliz Natal e Boas Festas.

A todos aqueles que me têm enviado mensagens e continuam a enviar, por SMS ou por mail, agradeço, por aqui e retribuo, dispensando-me por isso de responder por SMS. É que decidi não fazer parte desse imenso caudal de portugueses que neste dia entopem as comunicações e contribuem para os milhões dos lucros das operadoras de telecomunicações.
Aproveito também para formular a todos, votos de 3 esses - Saúde, Sabedoria e Sucesso.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A Casa da Luz… Património Industrial da Senhora do Desterro, Serra da Estrela


Na próxima terça-feira, a partir das 16 horas no CISE, vai ser apresentado o livro de João Orlindo - "A Casa da Luz... Património Industrial da Senhora do Desterro, Serra da Estrela.

O livro debruça-se sobre a história, preservação, e futura valorização, da Central Hidroeléctrica da Nossa Senhora do Desterro.

Trata, numa primeira fase, da história da electrificação. Uma abordagem inicial, que espera ser uma achega ao discurso museológico a incrementar no já projectado Museu Natural da Electricidade. Aspira-se, ainda, a uma contribuição para o estudo da história da hidroelectricidade na região da Serra da Estrela.

Referindo os problemas, conjecturas e determinações que rodearam o aproveitamento hídrico da Central, o primeiro do concelho de Seia, são também referidas as grandes figuras impulsionadoras deste projecto com quase um século de história.

Apresentando o seu vasto património e dando a compreender as características técnicas que ajudavam a laborar todo este complexo da EHESE, dá-se a conhecer o pecúlio a ele inerente. Um património industrial, envolto em variadas histórias, que nos estimula para a sua preservação.

Sem esquecer todo o espaço envolvente, propõe-se um programa museológico para um museu, em que se deseja dar a conhecer e a perceber o modo de funcionamento da Central da Senhora do Desterro e das infra-estruturas confinantes. São tidos em conta os serviços a oferecer aos diferentes tipos de público que se ambiciona venha a aceder com regularidade ao espaço do museu.

Para além da exposição permanente, deixa-se em aberto a possibilidade de se realizarem exposições temporárias e propõe-se também a concretização de uma exposição itinerante: levar o museu às populações mais distantes, convertendo-o num dinamizador itinerante da cultura.

É como que a realização de uma jornada a um mundo fantástico, repleto de memória e tecnologia. Singela homenagem aos pioneiros da produção eléctrica na Serra da Estrela. Um património que… nos libertou das trevas, pois que, afinal, “No princípio era o luar”! …

A edição é do Município de Seia e da EDP Produção, contando também com o patrocínio das empresas: Manuel Rodrigues Gouveia, Intermarché de S. Romão-Seia e da Pastelaria Ribeiro, Parede-Cascais.
Parabéns antecipados ao João Orlindo e um pedido de desculpa também antecipado, por não poder estar, já que à mesma hora estarei na festa de Natal da Associação do Sabugueiro.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Onde andam os políticos do regime?

Crónica de Seia
Mário Jorge Branquinho
Jornal Terras da Beira - Guarda - 16/12/2009

O Distrito da Guarda, à semelhança do resto do país e do mundo, atravessa uma grave crise de desemprego, cada vez mais galopante e preocupante. Ultimamente, as maiores fábricas têm fechado e poucas ou quase nenhumas têm surgido.
A vida está difícil, cada vez mais dramática e quase nada ajuda, a não ser o Fundo de Desemprego e o Rendimento Social de Inserção. A desertificação acentua-se, dia-a-dia e por aqui, nos jornais e nos cafés, a cantiga é sempre a mesma – lamúria e mais lamúria. Que o Distrito caminha para o abismo, que as aldeias estão a ficar sem ninguém, que há freguesias que vão deixar de existir, que há concelhos que já quase não se justificam, etc, etc.
E num quadro deveras adverso e amargamente difícil, cabe-nos perguntar por onde andam os responsáveis políticos do partido que governa? Que têm feito os intervenientes que tomaram o poder socialista no Distrito da Guarda com ideias de dar a volta a isto? Que palavras têm dirigido às pessoas, que esforços têm feitos para ajudar os mais desfavorecidos? Que personagem dá a cara quando uma fábrica fecha? Sabemos que não há soluções milagrosas, mas a ausência de presença e omissão de discurso incomoda.
A menos que se pense que vai tudo bem no reino da Guarda e não se passe nada de extraordinário, porque é o que às vezes transparece nalguns discursos de dirigentes nacionais, quando se fala da situação do país. A menos que o mais importante seja safar o Engº Sócrates das embrulhadas e que o resto não conte para o relatório de actividades! A menos que o mais importante seja discutir quem é que vai para este ou para aquele lugar, em detrimento do que é necessário fazer! A menos que as pessoas se acomodem e tenham medo de dizer o que pensam, com receio de represálias ou para não perder um putativo “tacho”.
Este, como qualquer outro partido, tem de colocar cada vez mais em primeiro plano os problemas das pessoas e procurar resolvê-los e não passar o tempo no jogo da intriga e maledicência e ausência dos assuntos sérios.
Fecham fábricas, mas é preciso reagir. E dos políticos espera-se acção em prol das causas e não causas em prol do currículo dos próprios. E se há alturas em que o papel dos políticos é imprescindível, é nos momentos mais difíceis que mais se reivindica acção e presença. E se há coisas que se abominam, é o ar emproado e engravatado de novos ricos da política, desses que um dia tiveram a habilidade aparelhistica suficiente para chegar a um lugar de prestígio. E se há prestigio a bordo, o que se requer é dinamismo e acção e o Distrito da Guarda não pode esperar!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sérgio Reis vence Grande Prémio AGIRARTE


O artista plástico Sérgio Reis, de Seia foi o vencedor do Grande Prémio AGIRARTE – 12º Festival de Artes Plásticas de Oliveira do Hospital. Este é mais um sinal da grandeza da obra do autor que é reconhecida e que passa a constar do seu vasto currículo artístico. De resto, Sérgio Reis, é o expoente máximo das artes plásticas em Seia, que o Município reconheceu com a Medalha de Mérito Cultural atribuída no Feriado Municipal de 2008.


O AGIRARTE, é um Festival que decorre anualmente na cidade vizinha de Oliveira do Hospital, há 12 anos, sensivelmente os mesmos da Exposição de Artistas Senenses e ARTIS / Seia e que assenta no conceito de levar a arte a manifestar-se em vários espaços públicos do quotidiano da cidade – cafés, bares, restaurantes, hospital, bancos, etc.

Organizado pela OH s.21, Associação Cultural e Multimédia de Oliveira do Hospital, com o apoio do Município, este Festival de Artes foi ganhando importância e prestígio na região Centro, com um nível qualitativo elevado e variedade de artistas participantes e obras em exposição, nas áreas da Pintura, Escultura, Gravura, Serigrafia, Desenho, Fotografia e Instalação.
Para ver, até 31 de dezembro.

Estratégia de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela


Ficámos a saber por estes dias que o trabalho “Estratégia de Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela” dos professores Manuel Salgado e Lúcia Leitão foi premiado no Congresso Internacional de Turismo de Leiria e Oeste.

Desde logo o que sobressai é a boa notícia. Dois professores de Seia que foram premiados pelo trabalho apresentado - o Prof. Doutor Manuel Salgado, da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia (ESTHS)e a Drª. Lúcia Leitão, que é docente da Escola Secundária de Seia, tendo já dado também aulas na ESTHS, onde curiosamente e em minha opinião devia estar.

Dada a boa notícia, ocorre meditar nela. Ou melhor, no seu conteúdo – na tal estratégia para o desenvolvimento turístico da Serra da Estrela. E o que diz essa estratégia? Onde assenta? Exactamente, naquilo que já há muito se vem falando, no senso comum – na valorização do potencial de vários produtos emergentes nesta região. Desses, destacam-se o turismo de aventura, a gastronomia e vinhos e o turismo de natureza.

Até aqui, parece que não há novidades de maior. Já todos ouvimos falar da importância dos produtos locais – o queijo, o pão, os enchidos, o mel, etc. – e que é preciso apostar noutros, melhorar a nossa gastronomia, apostar na qualidade, criar empresas de animação turística, enveredar pela criação de percursos pedestres, etc. etc.

No seu trabalho, os autores de certeza que apontam caminhos a seguir para se implementar a estratégia, mas aposto que ela assentará em grande medida na vontade e dinamismo das pessoas da comunidade e não apenas na acção pública dos municípios. E é aqui que eu quero chegar. É que me parece haver uma certa ideia de que têm de ser os municípios a fazer tudo. É evidente que o turismo é a área prioritária para o desenvolvimento do concelho de Seia e concelhos limítrofes, mas esse é um desafio de todos. No caso de Seia, o município construiu o CISE, o novo Posto de Turismo, museus, bibliotecas, escolas e outros espaços culturais, fomentou eventos, apostou na divulgação e promoção, estimulou potenciais empresários, etc. mas agora há que esperar mais da chamada sociedade civil. De pessoas que se arrisquem a investir. A criar emprego.

O concelho de Seia tem mais de 100 criadores de gado ovino e caprino, num total de aproximadamente 15 mil cabeças. Num tempo de crise e desemprego, com os campos abandonados, e com a fama que tem o nosso queijo de ovelha e de cabra, e com a existência de várias fábricas que compram leite, porque não apostar na actividade do pastoreio? E porque não dignificar esta actividade. É um exemplo!

Mas de certeza que Manuel Salgado e Lúcia Leitão dão outras pistas mais proveitosas e com base cientifica suficiente para que se criem novas oportunidades de desenvolvimento do concelho.

Nota: Seia já conheceu vários estudos e planos de desenvolvimento, alguns bem caros e que eu saiba, nunca nenhum foi pedido a esta escola. Por isso, e também por este prémio agora alcançado lá fora, seria bom que se encomendassem trabalhos (pesquisas e/ou propostas) à Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia.

Beiralã


O futuro da Beiralã terá sido viabilizado na ultima sessão de credores que decorreu no Tribunal de Seia. Segundo os jornais, o acordo terá sido conseguido por 71,5 % dos votos e prevê o compromisso de Rui Cardoso de continuar a actividade com a criação de 150 postos de trabalho, a criar no prazo de um ano. O plano prevê também o pagamento da totalidade da dívida à Segurança Social e aos trabalhadores e a entrega da secção de fiação da Beiralã a outra empresa, mantendo-se as de tecelagem e tinturaria, o estabelecimento de parcerias em termos de política comercial e de produto.

Formulam-se votos para que o plano dê certo e o futuro dos trabalhadores e da empresa seja proveitoso e não seja um mero balão de oxigénio.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Fernando Pessoa


De Eduardo Reis, do Rio de Janeiro, recebi o poema (que afinal não é ) de Fernando Pessoa que publico:


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a
pesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
tornar-se num autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.


Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo...


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sábado há dança contemporânea em Seia


Neste Sábado, 12 de Dezembro à noite, a dança contemporânea sobe ao palco da Casa Municipal da Cultura de Seia. “Nocturno” é o trabalho apresentado pelo Ballet Contemporâneo do Norte, no âmbito da programação do município e integrado no programa Território Artes.

A concepção e composição coreográfica são de Luís Carolino e a interpretação e criação de Susana Otero, Rui Marques, Sara Leite e Elisa Worm.


Uma mulher da vida, um homem solitário e uma falsa suicida habitam um espaço vazio.

“Nocturno” assume-se como uma visita à vida destas três personagens guiada pela própria Morte, a quarta personagem em cena, que nos fala a todos na primeira pessoa; fala-nos de si, do seu «trabalho», e de como nos vê. Um olhar muito próprio, implacável, terrível, mas, ao mesmo tempo, quase maternal: uma reflexão sobre esse incrível e improvável grão de tempo que é a nossa vida, o tudo-nada durante o qual somos.

“Nocturno” é uma incursão no nosso lado mais escuro, não necessariamente o nosso lado mais negativo, apenas o mais privado e secreto; o lugar de todos os medos e todas as ternuras, o reino da sensibilidade, da intimidade; o sítio onde nos encontramos com nós próprios.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Seia, compras e Natal

O Natal aproxima-se. As luzes da cidade já se acendem, num azul dominante, para ajudar a tornar a antiga vila de Seia ainda mais bonita, nesta quadra festiva. Para dar mais solenidade e ajudar o comércio local, há também música no ar e fica um ambiente de festa propício à boa impressão.

As lojas facturam um pouco mais, mas não muito. A médias superfícies – Intermarché, Pingo Doce e Lidl – estão quase sempre a abarrotar, como se não houvesse crise, mas para comer, tem de haver!
A romagem até Viseu acentua-se, e basta passar no Forum ou no Palácio do gelo, para se perceber que há muita gente de Seia. Faz lembrar quando uma pessoa vai à praia da Figueira da Foz, e passa o tempo a cumprimentar gente conhecida daqui.
Num dos ultimos estes Domingos fui à Guarda, e nas superfícies comerciais não encontrei ninguém de Seia, um contraste com Viseu. Enfim, fenómenos da Regionalização! Mais depressa vamos para Viseu do que para a Guarda.
Às vezes até se conta aquela história do comerciante de Viseu que vendia muitas camisas a pessoas de Seia. Um dia lembrou-se de vir abrir uma loja de camisas em Seia, mas ao fim de poucos meses fechou, porque as pessoas de Seia continuavam a ir a Viseu comprar-lhe camisas. É o passeio, meu caro. Ir às compras a Viseu é um pretexto para passear!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CISE ensina a identificar cogumelos




O Diário de notícias traz um trabalho sobre uma saída de campo efectuada pelo CISE de Seia para identificar cogumelos.

Durante saída de campo para observar cogumelos os participantes identificaram 50 espécies, 15 das quais comestíveis. A diversidade é muita e só conhecer características evita que se comam cogumelos venenosos que podem levar à morte. Em caso de dúvida não se devem colher.


http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1440719

domingo, 6 de dezembro de 2009

faleceu ex-director do Parque Natural da Serra da Estrela

Segundo revela uma notícia de ultima hora o Jornal Terras da Beira da Guarda, faleceu o ex-director do Parque Natural da Serra da Estrela.

Faleceu ontem à noite, na ilha da Madeira, Fernando Matos, ex-director do Parque Natural da Serra da Estrela. O antigo responsável pela área protegida deslocou-se à Madeira juntamente com os colegas da equipa de veteranos de futebol. Viria a ficar internado num hospital local depois de se ter sentido mal. Terá entrado em estado de coma, vindo a falecer ontem à noite.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Janela aberta ao mundo


Ontem à noite estive numa sessão de fados que decorreu na Escola EB 2,3 Tourais / Paranhos e vim de lá duplamente satisfeito. Por um lado pela iniciativa da escola, aberta à comunidade e por outro porque houve uma professora que me falou de um texto do meu livro “O mundos dos apartes”. Já mal me lembrava do referido texto (Maio 2002) e hoje fui (re) lê-lo:


Janela aberta ao mundo


A Casa onde se mora é sempre um cantinho do mundo onde se passa o melhor e o pior da vida. Onde se dão os bons e os maus momentos. Ali se constróem sonhos, alicerçados nas forças disponíveis de cada ocasião. Sonhos lindos, feitos do melhor espírito de cada hora e embrulhados no melhor papel que a magia de cada instante disponibiliza. Em tempos bons, os sonhos serão porventura enormes e em tempos maus, provavelmente não haverá lugar para mais nada a não ser simples sensações e sentimentos normalmente frágeis e no limiar da permissibilidade permitida por cada génio.
Cada qual é como cada um, mas na casa, nesse pedaço de lar, é sempre igual a vontade do conforto que se quer, em confronto com a quietude dos gestos e das palavras.
Da janela de qualquer quarto, ressalta normalmente a vontade de olhar em frente, sem retrovisor e descobrir horizontes, através da vidraça escancarada com a morna brisa a passar.
Da janela de qualquer quarto vê-se o mundo. No entanto, foram tantos os escritores a ver tanto mundo, nas voltas que os mesmos dão, que não caberá aqui tamanha descrição. De uma janela, como de qualquer outro miradouro, vêem-se os mundos que se querem, assim como os gestos, as cores e tudo o mais que gira à volta num perfeito movimento e em cada momento. Vêem-se até conversas, que depois de traduzidas poderão ser escutadas por quem de direito, em sentido contrário ou certo e sem erros e omissões. Por todas as razões.
Conversas que se vêem, gestos que se escutam. Será bonito ver como falam homens e mulheres tão diferentes entre si. Ver falar uma peixeira, de salpicos na boca, sem escamas na manga e a dar à dita língua as horas que for preciso. No mar do falatório, acabará por cair na rede todo o peixe que calhar, nos altos e baixos da ondulação consentida.
Que bonito é ver uma peixeira a falar da janela de qualquer quarto! E um padre?! Queridos irmãos, um padre é um padre e quando dá em conversa com um seu paroquiano em plena praça pública, nunca vai além de uns conselhos ditados pelas mãos de santidade, normalmente pousadas na barriga de abade. No perdão resultante e visível da janela do quarto, vê-se o sermão a brotar da esperteza sacerdotal.
Mas se peixeira e padre têm conversas vistosas, ainda que contraditórias, não ficará atrás o padeiro, que não fica a ver navios nem tão pouco deixa de vender o seu peixe com o pão que tem. Da fina conversa que a farinha dita, desdiz o dito homem do pão, que só amassou conversa porque o trigo baixou e a fome se juntou com a vontade de comer. Por isso quem come desta conversa nunca mais terá fome e deste pão que agora se reparte haverá a multiplicação suficiente para ver como é milagrosa a forma de trocar palavras e fazer resultar numa grande complicação que faz franzir o sobrolho a qualquer leitor atento e ... católico.
Seja como for, na casa, na nossa casa, está-se bem, porque além de outros confortos, vêem-se de lá complicadas lidas e sentem-se diversas cenas, permitindo-nos entrar em inebriantes viagens a maravilhosos mundos de profundos apartes e de elevados significados ao ego erguido das pessoas. E quanto mais alta for a janela da casa onde se mora, maior será o horizonte do desfrute.
Experimente desfrutar. Vai ver que vê!...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Feliz… cidade

Uma espécie de criativa

A cidade está feliz, por isso podemos falar em feliz cidade. Mas para que a cidade esteja feliz, eu também tenho de estar. Todos temos de estar, senão não há felicidade geral. Eu, tu, ele, nós, vós e eles; todos temos de estar felizes, para que se possa falar de cidade feliz ou feliz cidade e já agora de felicidade plena. Mas felicidade plena é coisa que não conheço.

Que conceito é esse? Será sinónimo de alegria? De barriga cheia, ou de muito dinheiro em caixa? E será saúde e boa disposição? E se não é nem uma coisa nem a outra? E se é tudo e não é nada? Nesta, como noutra cidade, felicidade é um mundo desconhecido, que nem por quem nela passa, alguma vez a soube definir com sabedoria e visão plena.

Conceito vago, ou um não conceito. Decifração difícil ou impossível.

Se reúno consensos, fico triste por não haver voz crítica. Se não reúno, triste fico na mesma, por não conseguir com que os outros me entendam. E nem uma nem outra questão, no final das contas, pode contribuir para a minha felicidade. Difícil de contentar, não! Não, claro que não. Difícil é decifrar, como difícil é medir a distância que vai entre um contentamento e um grande grau de felicidade.

Se fazemos alguma coisa de útil, podemos estar a contribuir para a nossa felicidade, mas se não a fazemos, também poderemos estar a dar para esse peditório, já que a preguiça pode dar felicidade. Ou evitar que se faça asneira. E fazer por fazer, não vale a pena, a menos que tudo não passe de treinos para alcançar essa meta desconhecida a que chamam felicidade.

Se eu tenho isto, quero ter aquilo. Se estou aqui, quero ir ali. Se faço esta conquista, a seguir quero outra, querendo estar onde não estamos e sentirmo-nos como nunca nos sentimos. A querer chegar ao invisível.

De embriaguez para embriaguez, quase à vez, chegamo-nos à frente desse inverosímil conceito, que de tão improvável se abotoa com a nossa ânsia e nem nos dá troco. Nem nos permite decifrar. É sempre a andar, ou sempre a aviar e pronto, quase nem vemos onde nos metemos. Em frente é que é o caminho, com todos ou sozinho e por aí adiante.
MJB, Seia, 1 de Dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fez ontem um ano que nevou e,... ontem também

Há um ano atrás, precisamente a vinte e nove de Novembro, caiu um grande nevão na Serra. Ontem também.

Fez ontem um ano que a serra se encheu de turistas para escorregarem na neve e a dada altura tiveram que sair de emergência para não ficarem retidos.
Fez também um ano que houve acidentes e ontem também.
Há um ano houve gente momentaneamente desaparecida e ontem também. Desta vez foram escuteiros perdidos na zona de Manteigas e achados já com sinais de hipotermia.
Fez ontem um ano que empresários hoteleiros da corda da serra esfregaram as mãos de contentes por esgotarem a capacidade hoteleira e ontem também.
E ontem, como há um ano, os comerciantes das lojas da Torre também se queixaram de não poderem abrir as suas lojas, por ter caído tanta neve.
E ontem como há um ano, no final do Festival das Orquestras de Música Ligeira tentei chegar ao Sabugueiro e tive de voltar para trás à Senhora do Espinheiro, por força da neve que me impediu de subir mais.
Mas, ontem, como há um ano, fiquei contente por ver tanto turista na serra a encheram cafés, restaurantes e unidades hoteleiras, para fazer tirar a barriga de miséria a quem tanto já tem esperado por estes dias de frio e de negócio.
Felizmente voltou a cair neve como há um ano atrás, no Feriado prolongado e prolongou a felicidade dos que se contentam em vir ao frio, escorregar e mandar bolas de neve à cara uns dos outros. Eu também… não!

Assembleia Municipal

Hoje reuniu a Assembleia Municipal de Seia em sessão extraordinária. Ao todo eram 16 pontos, sendo que a maioria se tratou de eleição de representantes da Assembleia Municipal para vários organismos.
Da minha parte, fui eleito para a Assembleia Geral da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, órgão a que presido, porque até aqui o PS era maioritário no conjunto das Assembleias Municipais de Seia, Gouveia e Fornos. Esta Comunidade é responsável pela candidatura a vários fundos comunitários do QREN, cujo Conselho Executivo é constituído pelas Câmaras de Seia, Fornos e Gouveia, sendo presidido por Álvaro Amaro.
Fui ainda indicado pelo meu partido para representar a Assembleia na Comissão de Toponímia!
A Assembleia aprovou também as novas tabelas de Taxas e Regulamentos, IMI e outros assuntos de gestão corrente.
No final de Dezembro terá lugar a Assembleia Municipal ordinária para discutir e votar o Orçamento e Plano de Actividades para 2010.

Festival da Canção Jovem

No próximo Sábado, 5 de Dezembro, a partir das 21:30 horas, decorre no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia o 13º Festival da Canção Jovem Ibérico, organizado pela Casa de Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão.

Para quem gosta do género musical, é uma oportunidade para ver bandas portuguesas e espanholas a apresentar trabalhos inéditos, numa disputa que costuma ser saudável e criativa.
Antes dos resultados, ainda haverá tempo para “humor e criatividade” e um maddley de Natal”.

domingo, 29 de novembro de 2009

Gente de Seia com valor

José Manuel Mendes Hortêncio


Nesta tarde de Domingo, 29 de Novembro, integrado no X Grande Festival de Orquestras de Música Ligeira de Seia, que decorreu na Casa Municipal da Cultura, teve lugar uma justa homenagem a José Manuel Mendes Hortêncio.


Por isso, fica aqui a biografia que fiz para a ocasião:

José Manuel Mendes Hortêncio nasceu na Rua 1º de Dezembro, em Seia, a 29 de Junho de 1929. Tem oitenta anos de vida e quase setenta de músico.

Começou a sua carreira musical em 1941, na Banda dos Bombeiros Voluntários de Seia, regida na altura por António Augusto Rosa. Nesses tempos, cruza-se ainda com os maestros Basílio Monteiro, Laurentino de Serra e Moura, Sena Pinheiro e António Campos e com os directores Albano Gomes Cabral e Manuel Toscano Pessoa.

Nos princípios da década de 50 interrompeu a sua actividade na banda, por incompatibilidades com a actividade profissional na Companhia Herminios, voltando em 1964, na altura em que era regente o seu irmão Virgílio.

Em 1966 foi transferido da Companhia de Transportes Hermínios para a Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela (EHESE), no mesmo ano em que era fundada a Banda desta empresa, tendo José Hortênsio ainda tocado simultaneamente na Banda de Seia e na chamada “Banda da Empresa”. Nesse mesmo ano, foi também um dos fundadores da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Seia. Nos anos seguintes, fez parte da Orquestra da Folgosa do Salvador e dos Grupos “Sena Jazz”, “Ases do Ritmo” e “Diapasão”, parando em 1979, por motivos de saúde. Voltou mais tarde à Banda de Seia, em 1983 (até 1994), quando era maestro Manuel Pancão Cola.

Como instrumentista, executou trompete, saxofone alto e tenor. Passou transitoriamente também pelas Bandas Filarmónicas de Arcozelo da Serra, Gouveia, Paços da Serra e Moimenta da Serra.

Além de músico, ao longo destes anos foi também director da Banda de Seia, Director do Rancho Folclórico e Director Artístico da tocata do mesmo, na altura em que foi gravado o disco do Rancho.

Foi autor de algumas marchas e letras para a Rua Nova e Bairro Salazar, nas Marchas Populares de Seia.

No Orfeão de Seia, além de ter sido Tesoureiro da Direcção, foi e continua a ser coralista entusiasta, pondo também muito do seu empenho na organização do “Festival de Música Coral em Terras de Sena”.

Na Academia Sénior de Seia, integra o Grupo “Cantares e Cantigas”, numa forma descontraída e saudável de lazer e convívio, próprios de quem muito tem dado à causa pública.

Faz parte da Orquestra Juvenil da Serra da Estrela como fundador e executante, tendo exercido cargo de vice-presidente. E aqui, tem naturalmente de destacar-se o empenhamento de José Hortênsio na realização do Festival de Orquestras de Música Ligeira, que chegou a esta 10 ª edição, fruto do seu grande empenhamento, sobretudo nas horas mais difíceis.

Já em 2007, com o seu irmão Virgílio e Cesário Mota - três conceituados músicos despontados ao longo dos tempos em Seia - criaram o grupo “Lendários”, que acompanhados por 4 familiares, gravaram um CD e DVD com músicas dos anos 50.

No decurso destes 80 anos de vida, José Manuel Mendes Hortênsio tem vivido feliz, rodeado da família – os “Ceiras” - conhecidos por terem excelentes dotes musicais e que muito têm dado ao panorama musical do concelho de Seia. Dádivas, das quais tem retirado como compensa, o gosto pelo trabalho, as canseiras dos desafios e as incompreensões que sempre surgem num percurso longo e difícil e tantas vezes escasso de meios.

Muito mais haveria para dizer, da vida de José Hortêncio dedicada à causa do associativismo através da música, mas fica o essencial de um percurso longo e saudável, de um senense temperado na forja de um auto-didatismo feliz e voluntarioso. De um homem honesto e humilde, que tem sabido criar laços e cultivar a amizade ao longo dos tempos, nesta “Seia querida”!

sábado, 28 de novembro de 2009

Katzenjammer, Quatro mãos num piano

Kevin e Steven, são um duo que dá pelo nome de Katzenjammer. Vieram de Inglaterra a Portugal, para dar um concerto nesta sexta–feira em Seia e no Sábado em Lamego. São pianistas clássicos e compositores de música cómica que desenvolvem um estilo único, virtuoso e acrobático, espectacular e divertido.

Perto de 100 pessoas puderam assistir a um concerto único e fora do comum, “Quatro mãos num piano” neste dia 27 de Novembro no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia.
Quem esteve, esteve e desfrutou, quem não esteve, não sabe o que perdeu.

Fotos: Jorge Caria


Atleta de Seia alcança pódio em Espanha

De entre 2.500 atletas inscritos, atletas campeões do mundo da modalidade, e dos melhores atletas espanhóis, naquele que foi considerado o segundo melhor crosse espanhol, uma atleta senense destaca-se, Sara Augusto da ACR Senhora do Desterro, alcança a 2.ª posição do pódio no VI Cross Internacional de Atapuerca – Burgos a efectuar a sua competição de 1.660m em 5.59,00.

Atleta com apenas 13 anos de idade, vai dando nas vistas pelas competições em que tem participado, quer a nível nacional quer internacional. Mais uma atleta do concelho de Seia que é lançada pela Associação Cultural e Recreativa da Senhora do Desterro para o atletismo nacional.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

IC37 mais perto de Oliveira do Hospital?

Notícia do Correio da Beira Serra
O Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino quer “tudo fazer” para que o IC37 fique mais próximo de Oliveira do Hospital. “Não me interessa se há lobbies ou se não há lobbies”, avisou.

Com o futuro traçado do IC37 a ser o tema quente da primeira reunião pública do novo executivo de Oliveira do Hospital, o presidente José Carlos Alexandrino manifestou-se, ontem, em defesa do traçado que melhor serve o concelho – no limite da freguesia do Seixo, entre a Sobreda e o Chaveiral – e alertou para a necessidade de “união” com vista a combater outras forças políticas, nomeadamente de Nelas, Mangualde e Gouveia, que se mostraram a favor do corredor menos favorável ao concelho oliveirense.

“Devemos criar um movimento de luta por este traçado”, afirmou o presidente da Câmara Municipal que espera reunir com o congénere de Seia para o sensibilizar para a importância daquele traçado para ambos os concelhos. Do mesmo modo, Alexandrino está disposto a sensibilizar outros autarcas da região com vista a conseguir um movimento de união.

(...)

http://www.correiodabeiraserra.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2847:alexandrino-nao-descarta-lobbie-para-garantir-ic37-mais-perto-do-concelho&catid=53&Itemid=110

Médica condenada por negligência

Notícia da Rádio renascença

Uma médica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) foi esta tarde condenada a uma multa de 8400 euros por negligência no caso da morte de um septuagenário.


O caso remonta a 22 de Março de 2004, quando o doente, de 77 anos de idade, deu entrada nos HUC com suspeita de pneumonia e enfarte agudo de miocárdio.
Foi observado pela cardiologista de serviço à Urgência, a agora condenada, e por médicos de diversas especialidades.

Feitos os exames, a cardiologista deu alta ao doente, recomendando a sua transferência para o Hospital de Seia, onde este se deslocou no dia seguinte, sendo depois transferido para a Guarda e novamente para Coimbra, onde dois dias depois viria a falecer, vítima de enfarte de miocárdio.

Para a família e para o Ministério Público, houve negligência médica por parte da assistente graduada de cardiologia, o que o Tribunal deu hoje como provado, considerando que a médica não actuou com a necessária prudência e cautela, pelo que foi condenada a uma multa de 8 400 euros.

Contudo, a defesa vai recorrer, confirmou no final da leitura da sentença o advogado Castanheira Neves.




A mesma notícia no Correio da Manhã:


Uma médica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), acusada de negligência, foi esta quarta-feira condenada a uma pena de multa de 8400 euros pela morte de um homem de 72 anos, em 2004.


O tribunal deu como provados os factos da acusação, segundo os quais a cardiologista, ao transferir o doente para outro hospital, contribuiu para a sua morte.


João Tilly dos Santos morreu vitima de um enfarte de miocárdio no dia 24 de Maio de 2004, depois de ter sido transferido dos HUC, à responsabilidade da arguida, para o Hospital de Seia, onde a falta de meios humanos e materiais, segundo a acusação, deveria ser evidente para "uma médica especializada, a exercer funções com elevado mérito".


Durante o processo, a defesa alegou que o quadro clínico dominante do doente não era do foro cardíaco e, por isso, não havia necessidade de internamento nos HUC.


Uma posição mantida por Alfredo Castanheira Neves, advogado da médica, que no final da sessão anunciou que vai recorrer por discordar "sobre a matéria de facto" dada como provada na primeira instância.

Associativismo no concelho de Seia *


Através de um olhar descomprometido ao panorama associativo do concelho de Seia, constata-se desde logo vários patamares de intervenção, nas diversas áreas de actuação.

Com significado expressivo, verificamos as Bandas Filarmónicas, que são 7 e quase todas centenárias. Têm as suas actuações, os seus encontros (e desencontros), congregam pessoas, fomentam amizades e cumplicidades nos jovens e fazem-se ao caminho de novos desafios, que já vão para além das arruadas.

Os Ranchos folclóricos, que são 5, dos quais três Federados, que efectuam actuações por todo o país e que organizam anualmente no Verão o seu Festival Internacional de Folclore.

No canto coral, registo de dois Orfeons - São Romão e Seia – com este último a organizar o seu Festival de Música Coral “Em Terras de Senna”, além das actuações pontuais pelo país e estrangeiro, e do natural convívio, que os ensaios proporcionam, à semelhança do que acontece com as demais agremiações.

As colectividades de cultura e recreio propriamente ditas, os clubes desportivos e, uma outra força associativa e de voluntariado com peso significativo, que são as Instituições Particulares do Concelho de Seia, são também entidades expressivas no panorama local.

No âmbito desportivo, há uma tradição muito forte no atletismo, destacando-se o Centro de Atletismo de Seia, logo seguido da Associação Cultural e Recreativa da Senhora do Desterro, a disputarem provas e campeonatos de dimensão nacional e internacional. Meritória nesta área é também a acção dos grupos de Quintela, Santa Comba e Loriga, sobretudo pelo trabalho junto dos jovens. E é igualmente com as camadas jovens que os principais clubes do Concelho – Seia e São Romão – estão a disputar campeonatos, sendo por isso muito residual a prestação de clubes a disputar futebol sénior no âmbito distrital.

Relativamente ao associativismo juvenil, desponta um punhado de colectividades, com enfoque na Casa Da Juventude D. Ana Nogueira, que tem o seu ponto alto na realização de um festival Ibérico da Canção Jovem e a Orquestra Juvenil da Serra da estrela, que além do seu vasto programa de actuações, realiza anualmente o seu Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira.

Nas Artes, assume acção cimeira a Associação de Fomento Artístico, que dinamiza o Conservatório de Música de Seia, expoente máximo do ensino artístico de Seia e da região. Noutro plano, a Associação de Arte e Imagem, que congrega mais de cinquenta artistas locais, promove anualmente a ARTIS – Festa das Artes de Seia e outras exposições pontuais.

A Pesca Desportiva, o Ténis de Mesa, o Xadrez e o BTT, são outras actividades com alguma expressão no âmbito da acção associativa concelhia, mobilizando centenas de pessoas, quer na prática das modalidades, quer no registo directivo, assaz saudável e descontraído.

Sem pretensões de esmiuçar ao limite, prolongamos o nosso olhar ao trabalho desenvolvido pelas chamadas colectividades de cultura e recreio, que pelas freguesias do concelho, vão girando a entreter as pessoas através de acções pontuais e limitadas. Partindo das suas sedes, muitas vezes locais de encontro, onde não falta o bar, gerador de receita e de convívio, constatamos a organização de pequenos eventos, no intuito de mobilizar os outros e dinamizar as terras. Ouve-se, como se tem constatado ao longo das últimas três décadas, nos meandros do associativismo, de que “os dirigentes são quase sempre os mesmos”, mas são esses que vão mantendo a chama desta vela a meio brilho do associativismo concelhio.

Sem descer muito ao pormenor, constata-se que as colectividades no concelho têm uma intervenção, nuns casos muito visível e noutros, nem tanto. Mesmo assim, desempenham um papel determinante na sociedade local, não sendo por isso de estranhar o apelo tantas vezes repetido da necessidade de maior intervenção da comunidade no desenvolvimento do território. E também pelo que se constata, o Município tem sido uma mola impulsionadora do associativismo, ao dispor de instrumentos que definem regras para o apoio financeiro e material, à luz de uma transparência consensual que o panorama impõe.

No mais que se sabe e se observa, faltará uma política de proximidade que permita por um lado dignificar e estimular o associativismo e por outro, criar mecanismos de descentralização cultural, que faça chegar aos mais recônditos lugares do concelho iniciativas das próprias colectividades. Faltará uma lufada de ar fresco ao Associativismo concelhio que vive muito do passado, mas que tem de virar a sua acção para o futuro e abrir novas portas e janelas outrora inexistentes. E partindo das nossas raízes ancestrais, preservando e dignificando o património cultural e social, ir ao encontro a novas criações que a contemporaneidade exige e a modernidade impõe.

Mário Jorge Branquinho, dirigente associativo
Visão de um cidadão meramente atento e não documentado
in Revista da INATEL / Guarda, edição nº 21

Vários eventos em Seia

Este fim-de-semana, há vários eventos na Casa Municipal da Cultura de Seia.

Começa já esta quinta-feira à noite, dia 26, com a exibição do documentário “Pare, Escute e Olhe” de Jorge Pelicano, que foi triplamente premiado no Cine’Eco. Trata-se de uma boa oportunidade das pessoas de Seia e arredores verem o filme, numa altura em que está a ser negociada a distribuição com uma grande empresa nacional.

Na sexta-feira, à noite, dia 27 vai subir ao palco uma dupla de músicos e de comédia que vêm de Inglaterra, para o espectáculo “Piano a quatro mãos”. Imperdível, a partir das 21:45 horas.
No Sábado à noite, dia 28, exibe-se o filme “Os informadores”, de Gregor Jordan, com Billy Bob Thornton, Kim Basinger e Mickey Rourke. O mesmo filme passa também no Domingo à noite, enquanto que no Domingo à tarde, 15 horas, decorre o X Grande Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira. Este evento que é organizado pela Orquestra Juvenil da Serra da Estrela, e apoiado pelo Município, contará, para além da Orquestra anfitriã, com a Orquestra de Pousos, Leiria.
Só bons motivos para não ficar em casa!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Revista do INATEL destaca Seia

Esta terça-feira à noite, o INATEL da Guarda apresenta no Restaurante Regional da Serra a edição nº 21 da sua Revista, que contém um extenso dossier sobre o concelho de Seia.
Segundo uma nota divulgada à imprensa, este dossier conta com a colaboração de José António Baptista, Amândio Silva, Alexandre Sampaio, Marco Paulo Santos, Virgilio Silva, Inês Santos, José Pina Gonçalves e eu próprio, que escrevo sobre o associativismo no concelho de Seia.

Ainda segundo a mesmo nota de imprensa «Este Boletim termina uma série de 21 números em que a Agência da Guarda pretendeu, sobretudo, formar os agentes associativos, alertando-os para a importância do rigor e da qualidade no seu trabalho e nas suas apresentações, mas sempre numa dinâmica de participação alargada dos seus associados. Ao longo destes números tratámos temáticas como a apresentação etnográfica, a crise associativa, os recursos financeiros das associações, os núcleos museológicos, a construção de exposições, etc.».
Joaquim Igreja tem tido um papel fundamental nesta caminhada de dignificação da actividade associativa do distrito.

Banda Jota

A Banda Jota apresentou este Domingo, dia 22 de Novembro, na Guarda, o CD «Obrigatório Ser». O evento teve lugar no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda, pelas 17horas e teve casa cheia.

Tratou-se de um concerto animado, emotivo, participado e muito criativo, proporcionado por esta banda do Departamento Diocesano da Pastoral Juvenil da Guarda, que conta com nomes conhecidos do público de Seia – Tozé Novaes, Curi, Célia Oliveira e Padre Castela, entre outros.

“Obrigatório Ser” é um trabalho de originais, desta banda de inspiração cristã, que em meu entender é uma lufada de ar fresco no panorama católico do distrito, a miúde a cheirar a “naftalina”.
São projectos como estes que dando espaço à criação musical, de bom porte rítmico e de letras com mensagem, que despertam curiosidade e atraem o entusiasmo do próximo.

Mesmo quem não gostar do estilo, fica fã da banda, pelo arrebatamento musical e pela chama de alegria que contagia e embala sem deixar ninguém na indiferença.
Parabéns Banda Jota. Foi um concerto caloroso.

Escuto


"Escuto mas não sei
se o que oiço é silêncio
ou Deus

Escuto sem saber se estou ouvindo
o ressoar das planícies do vazio
ou a consciência atenta
que nos confins do universo
me decifra e fita.

Apenas sei que caminho como quem
é olhado, amado e conhecido
e por isso em cada gesto ponho
solenidade e risco."

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Assuntos do dia

Assuntos que fazem parte da agenda local de Seia:
Economia
Clientes do BPN protestaram e aguardam por melhores dias, para reaverem as suas poupanças.
Política
Santinho Pacheco será o novo Governador Civil da Guarda, quando se falavam de vários nomes. Pela Guarda, parece que a coisa não está famosa. A cidade não tem nenhum deputado, não tem o governo civil e vê Gouveia e Celorico a passar ao lado. Seia, que é o segundo maior concelho do Distrito, também costuma ter um deputado, mas desta vez não tem nada.

Animação
O segundo Festival de Tunas - FESTUS sobe ao palco da Casa da Cultura de Seia, neste Sábado à noite. Para quem gosta do género, é um bom pretexto para sair.

A Banda Jota, que é integrada por músicos de Seia (Tozé e Célia) actuam Domingo às 17 horas no TMG (Guarda). Farei tudo para assistir ao concerto desta banda do Departamento Diocesano da Pastoral Juvenil da Guarda.

FESTUS, na Anjos & Demónios




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Empreendedorismo vazio

Parece que o concurso de empreendedorismo lançado pela Caixa Agrícola, Fundação EDP, Câmara de Seia e Associação de Antigos Alunos não teve qualquer concorrente. É sintomático. Mas não admira, pelo menos a mim. Louva-se o esforço dos promotores, mas uma iniciativa desta natureza carece de intervenção no terreno. Digo isto porque eu fui Agente de Desenvolvimento na década de noventa e fiz durante vários anos de elo de ligação entre os potenciais investidores e empreendedores e as instituições públicas e privadas. Porque era um de muitos jovens portugueses que andavam no terreno a servir de ponte e ao mesmo tempo de mola impulsionadora que estimulava, orientava e dava pistas. Que dizia onde havia incentivos, como elaborar candidaturas, mas que também ajudava a ultrapassar barreiras que as burocracias ditavam ou os mangas de alpaca aumentavam. Porque nestas coisas não basta dizer aos jovens que podem concorrer a um prémio de 5 mil euros. Não basta dizer a um potencial empreendedor que tenha coragem e avance, que é preciso arriscar! É preciso haver pessoas no terreno que acompanhem, dêem alento ao outro que quer investir. Àquele que tem uma boa ideia para desenvolver, mas que tem um mundo de dificuldades à frente.

Já uma vez defendi na Assembleia Municipal a criação de um Conselho Económico e Social - que curiosamente o PSD trazia recentemente no seu programa eleitoral - onde se juntassem todas as forças do concelho em matéria económica, social e de emprego para definir orientações e pô-las em prática. Defendi inclusivamente que algumas escolas primárias das aldeias fossem convertidas em PDL’s – Polos de Desenvolvimento Local, onde seriam colocados jovens licenciados a estagiar, para potenciarem e alavancarem estratégias de desenvolvimento.

Enfim, acção prática, diária e persistente. A bem do desenvolvimento concreto e fora da conversa balofa dos arautos do costume que só sabem dar palpites, sem saberem do que custa investir num país ou numa região como esta.

Parque hoteleiro esgotado

O parque hoteleiro da Serra da Estrela, há muito que estará esgotado para o fim-de-ano. Tudo o que é hotéis, estalagens, residenciais, turismo rural, quartos particulares, quartos clandestinos, tudo estará esgotado. Chega a haver pessoas a alugar a sua própria casa para esta época do ano.

Ainda ontem um hoteleiro me dizia que nesta altura se tivesse 4 vezes mais quartos enchia.

Ainda hoje um outro hoteleiro me ligou a perguntar se eu conhecia alguém que tivesse dormida para dezasseis pessoas para o fim de ano.

Seia e o Sabugueiro, que são os casos que eu mais conheço são um fenómeno. E não é só nesta época do ano. Ao que parece a procura é cada vez maior ao longo do ano e a resposta ainda é muito insignificante. Faz mesmo falta mais hotelaria em Seia. E em boa hora registo o anúncio da construção de mais um hotel na cidade. E para outros há ainda lugar.
Hotelaria puxa turismo e turismo puxa hotelaria e outros investimentos. Como venho a dizer há muitos anos e a praticar nalguns casos, porque não basta mandar bitaites, este é o caminho certo para o nosso desenvolvimento.