Crónica de Seia
Mário Jorge Branquinho
Jornal Terras da Beira - Guarda - 16/12/2009
O Distrito da Guarda, à semelhança do resto do país e do mundo, atravessa uma grave crise de desemprego, cada vez mais galopante e preocupante. Ultimamente, as maiores fábricas têm fechado e poucas ou quase nenhumas têm surgido.
A vida está difícil, cada vez mais dramática e quase nada ajuda, a não ser o Fundo de Desemprego e o Rendimento Social de Inserção. A desertificação acentua-se, dia-a-dia e por aqui, nos jornais e nos cafés, a cantiga é sempre a mesma – lamúria e mais lamúria. Que o Distrito caminha para o abismo, que as aldeias estão a ficar sem ninguém, que há freguesias que vão deixar de existir, que há concelhos que já quase não se justificam, etc, etc.
E num quadro deveras adverso e amargamente difícil, cabe-nos perguntar por onde andam os responsáveis políticos do partido que governa? Que têm feito os intervenientes que tomaram o poder socialista no Distrito da Guarda com ideias de dar a volta a isto? Que palavras têm dirigido às pessoas, que esforços têm feitos para ajudar os mais desfavorecidos? Que personagem dá a cara quando uma fábrica fecha? Sabemos que não há soluções milagrosas, mas a ausência de presença e omissão de discurso incomoda.
A menos que se pense que vai tudo bem no reino da Guarda e não se passe nada de extraordinário, porque é o que às vezes transparece nalguns discursos de dirigentes nacionais, quando se fala da situação do país. A menos que o mais importante seja safar o Engº Sócrates das embrulhadas e que o resto não conte para o relatório de actividades! A menos que o mais importante seja discutir quem é que vai para este ou para aquele lugar, em detrimento do que é necessário fazer! A menos que as pessoas se acomodem e tenham medo de dizer o que pensam, com receio de represálias ou para não perder um putativo “tacho”.
Este, como qualquer outro partido, tem de colocar cada vez mais em primeiro plano os problemas das pessoas e procurar resolvê-los e não passar o tempo no jogo da intriga e maledicência e ausência dos assuntos sérios.
Fecham fábricas, mas é preciso reagir. E dos políticos espera-se acção em prol das causas e não causas em prol do currículo dos próprios. E se há alturas em que o papel dos políticos é imprescindível, é nos momentos mais difíceis que mais se reivindica acção e presença. E se há coisas que se abominam, é o ar emproado e engravatado de novos ricos da política, desses que um dia tiveram a habilidade aparelhistica suficiente para chegar a um lugar de prestígio. E se há prestigio a bordo, o que se requer é dinamismo e acção e o Distrito da Guarda não pode esperar!
Mário Jorge Branquinho
Jornal Terras da Beira - Guarda - 16/12/2009
O Distrito da Guarda, à semelhança do resto do país e do mundo, atravessa uma grave crise de desemprego, cada vez mais galopante e preocupante. Ultimamente, as maiores fábricas têm fechado e poucas ou quase nenhumas têm surgido.
A vida está difícil, cada vez mais dramática e quase nada ajuda, a não ser o Fundo de Desemprego e o Rendimento Social de Inserção. A desertificação acentua-se, dia-a-dia e por aqui, nos jornais e nos cafés, a cantiga é sempre a mesma – lamúria e mais lamúria. Que o Distrito caminha para o abismo, que as aldeias estão a ficar sem ninguém, que há freguesias que vão deixar de existir, que há concelhos que já quase não se justificam, etc, etc.
E num quadro deveras adverso e amargamente difícil, cabe-nos perguntar por onde andam os responsáveis políticos do partido que governa? Que têm feito os intervenientes que tomaram o poder socialista no Distrito da Guarda com ideias de dar a volta a isto? Que palavras têm dirigido às pessoas, que esforços têm feitos para ajudar os mais desfavorecidos? Que personagem dá a cara quando uma fábrica fecha? Sabemos que não há soluções milagrosas, mas a ausência de presença e omissão de discurso incomoda.
A menos que se pense que vai tudo bem no reino da Guarda e não se passe nada de extraordinário, porque é o que às vezes transparece nalguns discursos de dirigentes nacionais, quando se fala da situação do país. A menos que o mais importante seja safar o Engº Sócrates das embrulhadas e que o resto não conte para o relatório de actividades! A menos que o mais importante seja discutir quem é que vai para este ou para aquele lugar, em detrimento do que é necessário fazer! A menos que as pessoas se acomodem e tenham medo de dizer o que pensam, com receio de represálias ou para não perder um putativo “tacho”.
Este, como qualquer outro partido, tem de colocar cada vez mais em primeiro plano os problemas das pessoas e procurar resolvê-los e não passar o tempo no jogo da intriga e maledicência e ausência dos assuntos sérios.
Fecham fábricas, mas é preciso reagir. E dos políticos espera-se acção em prol das causas e não causas em prol do currículo dos próprios. E se há alturas em que o papel dos políticos é imprescindível, é nos momentos mais difíceis que mais se reivindica acção e presença. E se há coisas que se abominam, é o ar emproado e engravatado de novos ricos da política, desses que um dia tiveram a habilidade aparelhistica suficiente para chegar a um lugar de prestígio. E se há prestigio a bordo, o que se requer é dinamismo e acção e o Distrito da Guarda não pode esperar!
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