sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Distrito da Guarda tem de se unir em defesa do serviço de notícias


O Distrito da Guarda não pode ficar sem o seu correspondente da Agência Lusa! Já somos um Distrito pobre e cada vez mais esvaziado de serviços e competências, mas se deixarmos de ter um correspondente da agência de notícias portuguesa, isso é muito mau. Ficaremos mais uma vez a perder, perdendo a pouca voz e visibilidade que vamos tendo e ficaremos inevitavelmente mais pobres.
É que, o governo, na sequência dos cortes cegos e na saga insensível de tirar aos mais fracos e continuar a alimentar os mais fortes, anunciou recentemente que a agência de notícias Lusa irá sofrer um corte de 30% no seu orçamento.
Independentemente de se compreender os cortes que são necessários em “todos” os setores, aquilo que se teme nesta medida é que sejam uma vez os mais fracos a ser penalizados com esta medida. Ou seja, a Lusa a ter que dispensar os seus correspondentes.
Por isso, antes que aconteça, antes do fato consumado, tudo teremos de fazer, para manter este serviço de informação no nosso Distrito da Guarda, já de si depauperado.
Da minha parte e enquanto líder da bancada do PS na Assembleia Municipal de Seia, apresentarei uma Moção em defesa da manutenção do correspondente da agência Lusa na Guarda e desafio todas as Assembleia Municipais, Municípios e outras entidades deste Distrito a fazerem o mesmo, numa posição de força que importa assumir.
Não podemos calar e consentir ficar mais pobres em matéria de informação e afirmação da nossa região no contexto nacional. Menos informação é sinónimo de menos democracia e atropelo a um desenvolvimento que assenta cada vez mais na comunicação e na descentralização.
A Lusa que fornece um serviço noticioso a inúmeros jornais, rádios e canais de televisão portugueses e que fornece igualmente notícias aos meios de comunicação social das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, não pode dispensar a pouca voz de um território que se quer afirmar.
A hora é de todos defendermos este serviço, sob pena de ficarmos cada vez mais pobres.

Mário Jorge Branquinho
Artigo publicado no Jornal Terras da Beira - Guarda



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