quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Histórias de Seia




Casal amigo que retorna ao Porto

Cruzei-me esta manhã com a D. Paula, proprietária do Cabeleireiro Jardim, em Seia, mesmo em frente à Casa da Cultura e com o seu marido, o “dragão” como simpaticamente o tratamos, pelo seu amor ferrenho ao Futebol Clube do Porto. Um homem do Norte um exímio condutor TIR.
Uma cabeleireira com muito movimento, com casa feita e que sempre se disponibilizava para colaborar nas iniciativas da comunidade para que era solicitada. Patrocinou várias passagens de modelos feitas na cidade, como contributo para a valorização das atividades desenvolvidas. Na hora de agradecer, estranhei a partida, que afinal se deve, como me disseram, a questões familiares. Uma filha a estudar no Porto, o marido também a trabalhar por lá e a D. Paula aqui, sozinha. Assim, sem mais, uma decisão de vida, como tantas outras que se tomam. Pessoas amigas e simpáticas que partem, porque a vida é assim. Retratos de pessoas que estimamos, de laços que se criam, entrelaçados nas voltas que a vida dá. Somos de onde estamos e das circunstâncias que nos impelem a mudar. Neste caso de retorno ao Porto e de um chefe de família dragão que soube cultivar amizades.
Lembro-me de um dia, de um debate no pequeno auditório da Casa da Cultura. O Futebol Clube do Porto acabava de ser campeão de qualquer coisa nessa hora, e a certa altura ouve-se música em alto volume, que perturbava o debate. Algumas pessoas saíram e pediram para baixar o volume. E Nada! Depois saí eu e pedi ao senhor da varanda em frente, por cima dos “Olhos de Água” se podia fazer o favor de baixar a música para prosseguirmos com o debate. “Claro que sim Branquinho, vou já baixar o volume”. Começava aí minha amizade pelo “Dragão de Seia”.



1 comentário:

Avental disse...

Uns partem... outros chegam / regressam...