quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O perigo da droga espreita em frente à Escola Secundária

O prédio em ruínas frente à escola Secundária de Seia, para além de constituir um perigo para a segurança das pessoas, porque pode cair, como caiu o outro ao lado, está a constituir um verdadeiro atentado à dignidade das pessoas. É que é para ali que “fogem” muitos alunos nos intervalos das aulas para fumarem, uma vez que não é permitido fumar dentro da escola. Às vezes chegam a fazer fila em grandes correrias para “esfumaçar”. Passo ali todos os dias a caminho de casa e sei o que isto é.

Há inclusivamente um grupo de alunos que no âmbito de uma disciplina ou projecto da escola terá feito um pequeno filme sobre o mundo da droga e o cenário escolhido foi mesmo aquele!
Quem quiser confirmar é só entrar, para verificar verdadeiros cenários dantescos e tenebrosos a fazer lembrar o submundo droga. E andamos nós aqui a fazer campanhas e projectos contra a droga! E estão os pais em casa descansados.

Bem sei que a situação pode ser complicada, dado que o proprietário daquele monstro não é pessoa fácil, e só está metido em encrencas, mas alguma coisa tem de ser feita, porque tudo tem remédio.

Nota: Imagem do local e mais informação em http://joaotilly.weblog.com.pt/

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Língua Travada

No âmbito das actividades paralelas do Cine’Eco, teve lugar uma sessão de apresentação do livro “A Língua Travada” da escritora brasileira Denise Godoy.

Na obra, funde-se a literatura e a fonética, com poemas e pequenos contos, além de uma segunda parte com trava-línguas e exercícios de respiração.

São textos que devem ser lidos em voz alta, por isso, a autora pediu na ocasião a alguns presentes que lessem alguns textos.

Na altura fui uma das “vitimas” e coube-me entre outros ler o seguinte:


(consonâncias explosivas bilabiais – B)

BRINCADEIRA

A boca ou o braço
O bambu ou o bagaço?

A bola ou a boneca
O barco ou a bica
O boliche ou a biblioteca
A busca ou a brincadeira
A beterraba ou a bolacha
A blusa ou o brinquedo
A briga ou o beliscão?

O belo ou o “bão”
A borboleta ou a brisa
A bicicleta ou o balão
A banda ou o boi-bumbá
A bênção ou o bem-te-vi
A bruxa ou o boitatá
O bosque ou o buriti?

... Em memória do senhor Castanheira do Lagoa

Hoje vou lembrar aqui, em geito de homenagem o senhor Castanheira. Soube há dias que faleceu. Tinha estima por ele. Muita estima.

Dono do Restaurante Lagoa, o senhor Castanheira era uma pessoa carinhosa, simpática, afável e respeitadora, apesar da dureza da vida. Partiu e quase nem se deu por isso. Parece que nem os jornais da terra falaram disso. Nem na necrologia. Ou fui eu que nem me apercebi.
Seja como for, fica a minha lembrança e os votos de sentidos pêsames à família.


Esta é uma foto do senhor Castanheira com a esposa, que fui recuperar aos arquivos do Jornal Noticias da Serra e que publico com o devido respeito e sentimento profundo de singela homenagem.

Dinamismo cultural prossegue em Novembro

Em Novembro o dinamismo cultural não pára em Seia.
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Da agenda da Casa Municipal da Cultura, consta, já para este fim de semana o “Mamma mia!”, para quem tem saudades dos ABBA. No dia 8, será um Sábado em cheio com o Festus – 1º Festival de Tunas de Seia, um novo evento que pode vir para ficar e que promete animar os bares do centro histórico da cidade. A seguir, dia 14, o concerto Concerto “Flauta Mágica” de Mozart, com a Orquestra Sinfónica do Norte, integrado nas Jornadas históricas, este ano dedicadas à Maçonaria. No Domingo, 23 será o concerto comemorativo do centenário da banda de torroselo. No dia 27 será a vez do “Quarteto de Cordas Vardanyan”, do Real Colégio de Londres se apresentar ao público de Seia no âmbito do Festival Harmos e no Domingo seguinte, dia 30, será a vez do Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira da OJSE. Pelo meio ainda haverá cinema, exposições e tudo o mais.
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Como se vê, é um mês marcado por um grande ecletismo musical, mas as circunstâncias assim o determinam, com o envolvimento de várias entidades da sociedade civil.

rostos Cine'Eco

Ainda o cine’Eco, para publicar esta imagem dos “rostos Cine’Eco” da autoria de M.E.C.

… e uma recomendação de visita ao blogue do cine’eco 2008:
http://cineeco2008.blogspot.com/2008/10/cine-eco-2008.html

... E para o ano há mais.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

... Até temos mais uma igreja nova

Agora até temos uma igreja nova. Dizem que é grande demais, que ficou enfiada num buraco e que não se justificava. Que só foi feita por teimosia. Que agora o Estado tem de injectar lá dinheiro, em vez de o aplicar nos projectos para carenciados. Que as igrejas que já havia eram suficientes. Que o problema é o da mobilização das pessoas para as encher. Que afinal isto anda tudo ao contrário – tudo preocupado com obras físicas em vez de empenhamentos redobrados na construção interior do homem.
Mas pronto, é uma obra de regime. A maior do distrito da Guarda! Até faz parar o trânsito em Seia! É verdade, tiveram que ser mudados os semáforos e as passadeiras e isso está a provocar engarrafamentos.
É o progresso na nossa terra!
Ao que parece, terá sido uma obra feita ao arrepeio da maioria, mas pronto, ou prontes! Manda quem pode, obedece quem deve.

Até já tenho ouvido dizer que não vale a pena dizer nada porque está feito – está feito e por isso é melhor não dizer nada, porque podem levar a mal, podem pensar que é má sina, estar sempre contra, ou que nesta terra não se pode fazer nada, enfim...

Os homens passam e a obra fica e pronto! Agora o que é preciso é ampliar o rebanho, levar lá muita gente, porque o betão já lá está. E não é como aquele senhor da minha terra que construiu uma capela e depois da obra, já sem dinheiro para comprar santos, exclamou: “A capela já está feita, agora o santo é que é o diabo”!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cine'Eco, um festival que é uma imagem de marca de Seia

Terminou mais uma edição do Cine’eco. Foi uma semana intensa que este evento proporcionou, afirmando-se como o maior cartaz de promoção de Seia para o exterior. E todos nós sabemos a importância do Festival na afirmação deste território.
Quantas vezes não reclamamos a organização de grandes iniciativas que nos projectem nos exterior?
Pois o cine’eco é bem disso um exemplo. É uma imagem de marca desta cidade que se afirma, pouco a pouco pela cultura e pelo ambiente. E como tem sido dito, esse festival é o principal responsável por haver em Seia o CISE, como Centro de Interpretação da Serra da Estrela. Um pretexto bem aproveitado por Eduardo Brito, que assim regista para as gerações vindouras esta marca no desenvolvimento de Seia.
A par deste fenómeno, regista-se um outro chamado Museu do Pão, projecto privado que atrai a Seia milhares de pessoas e que constitui igualmente uma outra imagem de marca da cidade. Depois há o Museu do Brinquedo e os Museus Etnográficos. A seguir vem o Museu (vivo) da electricidade, o museu da agricultura e alimentação de Sandomil, a Galeria de arte na parte histórica de Seia e a Livraria em construção, frente ao Largo da Câmara.
Tudo isto e os muitos eventos organizados ao longo do ano, fazem de Seia, apesar dos seus condicionalismos, uma cidade viva.
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Nota: Dia 8 vai começar mais um festival. Desta vez é de tunas, envolvendo a Escola Superior de Turismo e a EMCR, na Casa da Cultura. É o FESTUS.

domingo, 26 de outubro de 2008

O documentário "Em Construção" de Zhenchen Liu foi o grande vencedor do Cine'Eco 2008 em Seia

O documentário "Em Construção" (Under Construction), do realizador Zhenchen Liu, foi o grande vencedor do Cine'Eco 2008, XIV Festival Internacional de Cinema de Ambiente de Seia.Zhenchen Liu Nasceu em Xangai, China em 1976. Formou-se na School of Fine Art de Xangai e trabalha como freelancer em França e na China. "Os planificadores urbanos decidiram derrubar partes da antiga cidade de Xangai para renovar a cidade. Todos os anos mais de cem mil famílias são forçadas a abandonar as suas casas e a mudarem-se para edifícios nos limites da cidade. "Em Construção" é uma visão bi – e tri – dimensional das áreas habitacionais de Xangai, agora destruídas".
O Juri Internacional atribuiu ainda os seguintes prémios: Prémio Educação Ambiental: "Desertos em Movimento - Europa" (Wüsten im Yormarsch - Europa Deserts on the move – Europe), de Ingo Herbst, (Alemanha, 2007); Prémio Antropologia Ambiental - "Os Olhos Fechados da América Latina" (Los Ojos Cerrados de América latina The Cloce Eyes of Latin America), de Miguel Mirra (Argentina, 2007); Prémio Resíduos - "Cemitérios digitais" (Digital Cimiteries Digital Cimiteries), de Yorgos Avgeropoulos (Grécia, 2007); Prémio Polis - "O Estádio Verde" (Der Prater – Ein Wilde Geschichte The Green Stadium), de Manfred Corrine (Áustria, 2007); Prémio Água - "Desenvolvimento Hidrográfico – Tratamento de Áreas em Sulcos" (Jalagam Vikas – Mitti Ke Bandh Watershed Development – Earthen Dams) de Pinky Brahma Choudhury, Shobhit Jain (Índia, 2007); Vídeo não profissional - "Não Há Terra para os Pinguins" (No Pinguin's Land No Pinguin's Land), de Barelli Marcel, (Suíça, 2008); Prémio Camacho Costa - "Um Sentimento Maravilhoso" (A Sense of Wonder A Sense of Wonder) de Christopher Monger (E.U.A, 2008); O Juri Internacional atribuiu ainda Menções Honrosas aos seguintes filmes:"Os Profetas do Clima" (Die Wetterpropheten The Weatherprophets) de Christoph Felder (Alemanha, 2007); "Correntes – Por Amor À Água" (Flow, for Love of Water Flow, for Love of Water) de Irena Salina (EUA, 2008);
Por ultimo o Juri Internacional deixou ainda lavrado em acta a seguinte anotação: "A importância deste festival é primordial porque o mundo é a nossa casa e todos temos o direito de viver em harmonia.Por isso, aqui lavramos um desafio: Para o ano queremos ainda mais filmes e mais momentos para contrariar o medo de mudar".
Por sua vez, o Juri da Lusofonia atribuiu os seguintes prémios: Premio Lusofonia: "Juruna, O Espírito da FlorestaJuruna", (O Espírito da Floresta Juruna, The Spirit of the Forest) de Armando Sampaio Lacerda (Brasil, 2008); Menções honrosas: "A Luz dos Meus Dias" (A Luz dos Meus Dias The Light of my Days) de Anabela Saint-Maurice (Portugal, 2008);"dot.com" (dot.com dot.com) de Luís Galvão Teles (Portugal, 2007);"A Grande Aventura" (A Grande Aventura The Great Adventure) de Francisco Manso (Portugal, 2008);
O Júri da Juventude atribuiu o Grande Prémio da Juventude à obra "Under Construction" – "Em Construção" (França, 2008) de Zhenchen Liu. Analogamente, o júri jovem atribuiu ainda os seguintes prémios: Prémio "Terra" à obra "Scarred Lands and Wounded Lives: The Envirommental Impact of War" – "Terras Feridas, Vidas de Dor" (EUA, 2007) de Alice T. Day e Lincoln H. Day, pela sensibilização emergente da capacidade auto-destrutiva da naturza Humana; Prémio "Alerta" à obra, "Digital Cemiteries" – "Cemitérios Digitais" (Grécia, 2007) de Yorgos Avgeropoulos, pela consciencialização de um problemática desconhecida da maioria da população mundial; Menção Honrosa à obra, "The Women at Clayoquot"- "As Mulheres de Clayoquot" (Canadá, 2008) de Shelley Wine.
O Júri das Extensões atribuiu o Prémio "Cine'Eco em Movimento" ao documentário - "Desertos em Movimento - Europa", de Ingo Herbst, (Alemanha, 2007); e as seguintes Menções Honrosas: "O Fantasma do colectivo", de Abi Feijó e "Em Construção", de Zhenchen Liu, (França/ China).

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E se a sede da Região de turismo viesse para Seia?!

Há uma guerra instalada para os lados da Covilhã porque a Câmara de lá quer sair ou já saiu da região de turismo da serra da estrela, que agora se vai chamar ou já se chama outra coisa qualquer, e está bom de ver; se a Câmara de lá sai, não faz muito sentido a sede dessa estrutura ficar naquela cidade, logo fará algum sentido a cidade de Seia começar a reivindicar para cá essa sede, porque afinal a “serra é nossa”!, por isso fica aqui desde já o alerta aos senenses e afins para que comecem a pensar nisso e a reivindicar, porque é aí que pode estar o ganho!
Pode parecer que já se está a “esfolar o animal, quando ele ainda está vivo”, como se diz na gíria, mas nestas coisas, como dizia a minha tia, “temos que nos fazer ao caminho bem cedo”, e por aí fora.
Nota 1: Bem sei que não é por muito madrugar que amanhece mais cedo, mas às vezes é preciso fazer caminho.
Nota 2: Vou procurar voltar ao assunto.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Filmes de Seia no Cine'Eco

São vários os documentários feitos por pessoas de Seia ou sobre a região de Seia. Desses destacam-se na competição da lusofonia os seguintes:

“Centenário da Banda de Torroselo” de Luis Silva;


“Conservação de Recursos hídricos”, de João Tilly;


“Maputo: Não é proibido sonhar” de Madalena Cunhal;


“Cartas de Amor” de Alexandre Sampaio, com o Grupo Senna em Palco;


“Na diáspora, os lusos na Argentina” de Fernando Moura


Este ultimo faz o retrato dos emigrantes oriundos de Seia que se encontram na Argentina. Com este documentário, o realizador pretende “mostrar como vivem os portugueses na Argentina (48,4% naturais do Distrito da Guarda, 37% dos quais nascidos no Concelho de Seia), o isolamento a sobrevivência da última geração enquanto comunidade particular, num país em que a imigração desta zona parou na década de 1970. Retratar a SAUDADE, DIÁSPORA E O RETORNO.”

terça-feira, 14 de outubro de 2008

De que politica se fala em Seia, quando não se fala quase nada?

De que politica se fala em Seia quando não se fala quase nada? Por cá e arredores, fala-se de politica à boca cheia, mas também não se fala tanto como seria suposto, existindo aqui e ali uma certa apatia, como que uma espécie de vazio a adivinhar expectativa ou a revelar puro desinteresse. E não se diga que não há matéria. Eduardo Brito anuncia que não se candidata mais. Filipe Camelo disponibiliza-se em entrevista pública e publicada. António Maximino também se perfila como candidato a candidato. A Comissão Politica do PS, afecta na totalidade a EB irá pronunciar-se até ao fim do ano, quando o ainda Presidente da Câmara já comunicou apoio ao seu actual número dois. Por sua vez, o mesmo Eduardo Brito vai disputar eleições para a Federação da Guarda no próximo dia 24, onde terá grandes dificuldades em vencer uma lista há muito preparada.

Do lado do PSD, Andrade Ferreira, que andou dois anos a “dormir na forma “como Presidente da Concelhia, parece acordar agora para se recandidatar, sabendo que Eduardo Brito não corre para a Câmara. Nuno Vaz também poderá avançar. Outros mais cautelosos poderão igualmente sair da toca, e… Assim se toca a música da política local, num meio tom entre a euforia de uns poucos e o alheamento e a indiferença de uma grande maioria. E ainda há quem diga que em Seia não há assunto. Então não há! E o resto, o que se adivinha? O que aí vem, não conta?

Haja quem queira usar da palavra!

O problema é que no emaranhado destas coisas há sempre os que se divertem a alimentar fóruns de anonimato, onde se descarregam uns odiozinhos e se fazem e desfazem artimanhas. E o resto é treta! Mas vamos ver as cenas dos próximos capítulos e os “papalvos” que nestas ocasiões ocorrem.

Oferta cultural em Seia

Já me tinham dito uma vez e hoje voltei a ouvir esta expressão: “em matéria de programação cultural, “Seia é uma espécie de Académica da 1ª divisão”. Ou seja, quer isto dizer que ao longo do ano vamos tendo uma certa programação de relevo na Casa Municipal da Cultura. Já vamos disputando uns “joguinhos” de grande plano. Temos uma programação equilibrada, sistematizada, planeada; eventos consolidados, hábitos a enraizar-se. Temos vários festivais ao longo do ano: - de Jazz e Blues, de Stand Up Comedy, de Artes Plásticas (Artis), de cinema (Cine’Eco), de musica ligeira,... Há concertos pontuais ao longo do ano, espectáculos de dança e teatro, sessões regulares de cinema dito comercial e alguns ciclos temáticos; conferências, feiras, etc.

Apesar do edifício estar teimosamente em obras há mais de dois anos, inviabilizando uma programação mais rica e diversificada, muito se oferece ao público. E esta é sem dúvida uma aposta muito importante por parte do município – proporcionar aos seus munícipes os chamados “bens culturais”. As pessoas, por sua vez, e dado que tem sido feito um trabalho persistente, de habituação e com envolvência das escolas e de encontro à comunidade em geral, têm vindo a aderir às iniciativas. Com excepção das sessões de cinema comercial, que tem sofrido nos últimos tempos uma queda bastante acentuada, e que não é um exclusivo de Seia; todas as outras áreas têm registado subidas vertiginosas de adesão de público.

Por isso, esta á a parte importante da coisa - que as pessoas de Seia (concelho) usufruam. E usufruir é isso mesmo, fruir, tirar partido, gozar. Daí a necessidade de se apelar cada vez mais à participação das pessoas nas manifestações artísticas que por cá se realizam. E no palco de Seia passam nomes sonantes das artes, acontecem espectáculos dignos das grandes salas de grandes centros urbanos. E o exemplo mais próximo é o concerto de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, este Sábado na abertura do Cine’Eco. Este será, como também me dizia o Outro, uma espécie de jogo Académica Benfica, em que a Académica é Seia e o Rodrigo Leão o Benfica, que só não é águia porque,… não foi assim que o baptizaram!
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P.S. É óbvio que este assunto, da programação cultural dá sempre pano para mangas, mas para já, foi o que me ocorreu nesta espécie de caderno diário preenchido ao fim de um dia de (muito) trabalho.
Para aliviar!

sábado, 11 de outubro de 2008

Imagens da história. Cine'Eco 1997

Esta é uma imagem da edição de 1997 do Cine'Eco. Claudio Marzo, Eduardo Brito e o saudoso Camacho Costa.
A foto é de MEC.

Curtas. Cine’Eco

Entrou em contagem decrescente o tempo para o início do Cine’Eco 2008.

Bilhetes disponíveis para os concertos
A abertura solene é este Sábado, dia 18, a partir das 21:30 horas, no cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia. Na ocasião e depois das breves intervenções dos responsáveis, seguir-se-á o concerto com Rodrigo Leão & Cinema Ensemble. Para este concerto a entrada é livre, mas os interessados terão de levantar na bilheteira do cine-teatro o respectivo bilhete. O mesmo sucederá para a cerimónia de encerramento, onde actuará Viviane, senhora de uma voz imponente.

Sessões na Casa da Cultura
Como habitualmente acontece, no cine-teatro decorrerão vários ciclos temáticos. De manhã, serão os filmes infantis, para os quais o município mobiliza os alunos do 1º ciclo do concelho.
Haverá ainda diariamente sessões às 14 horas, às 18 e às 21:30 horas, com destaque para o ciclo “Outras terras, outras gentes”. Nalguns dias, haverá também filmes à meia noite.

Sessões no CISE
No CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela haverá 3 salas disponíveis. No auditório, com capacidade para 180 pessoas, serão exibidos os filmes a concurso, sendo que os da Lusofonia serão de manhã e á tarde para possibilitar aos alunos assistirem. A sala 1, com capacidade para cerca de 40 pessoas, será o espaço “Dino Risi / Audiovisual Goiano / Lusofonia / Humberto Delgado” e a sala 2, “Sala Sydney Pollack / Paul Newman / Panorama Informativo”.

Corredor Verde
Já estão quase garantidas as mil pessoas necessárias para formar o cordão humano, designado “Corredor Verde”, dia 22 de Outubro, dia de feira semanal em Seia. Como é natural, as escolas dão um grande e forte contributo para esta mega-manifestação. Em principio, serão feitos alguns directos para o programa “Praça da Alegria” da RTP.

Portugal no Coração
Quem já assegurou a sua presença em Seia foi o programa “Portugal no coração”, da RTP, que tem em estúdio João Baião e Tânia R Oliveira e uma equipa de reportagem a fazer directos de Seia, no dia 20.

Animação de Rua
No dia 18 à tarde, a Funfarra à imagem das brass bands norte-americanas, irá animar as principais ruas de Seia para anunciar a abertura do Festival. A mesma Funfarra e a Fanfarra Sacabuxa animarão a cidade no dia 22, por ocasião do “Corredor Verde”.
http://www.myspace.com/funfarra
http://www.ajac.com.pt/index.asp?idedicao=51&idSeccao=569&Action=seccao

Filmes produzidos em Seia
Este ano há pelo menos 8 filmes a concurso produzidos e/ ou realizados em Seia e na região. De entre eles destacam-se “Centenário da Banda de Torroselo”, de Luis Silva; “Conservação de Recursos Hídricos”, de João Tilly e “Maputo: sonhar não é proibido” de Madalena Cunhal.

Programação geral
A programação geral do cine’eco pode consultar-se no sitio do festival em:
http://www.cineeco.org/pergamum/multimedia/PROGRAMACAO_GERAL_CINEECO2008.pdf

Sinopses de filmes a concurso
As sinopses dos filmes a concurso já se podem consultar em:
http://www.cineeco.org/pergamum/multimedia/obras.pdf

Concurso de montras
Para além de tudo isto, há ainda a registar o entusiasmo e interesse dos comerciantes de Seia relativamente ao concurso de montras. É que este ano a organização atribui a cada loja um prémio de participação de 150 euros, mais os prémios atribuídos no final às melhores montras.
http://www.cineeco.org/pergamum/multimedia/Concurso.pdf

Concurso Escolar
Já há turmas das escolas de Seia a inscrever-se para o concurso escolar: “Pensar o centro urbano da tua cidade”. Os vencedores terão direito a um fim de semana numa das pousadas da juventude do litoral.

Spot televisivo
Já está feito o spot promocional do Festival que vai passar umas 30 vezes na RTP 1 e RTP2. Da autoria de Frederico Corado, o spot tem 15 segundos recheados de imagens cine’eco.
http://cineeco2008.blogspot.com/

Reportagem
A reportagem vídeo da apresentação do Cine’Eco em Lisboa está em:
http://www.turiviajar.tv/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Composição dos vários juris do Cine'Eco


COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
LINDA MOREIRA / Presidente da Agência Goiania de Cultura (BRASIL)
MARA PUBLIO JARDIM / Antropóloga (BRASIL)
FERNANDO DACOSTA / Escritor
JOÃO PEREIRA BASTOS / Musicólogo
LÍDIA FRANCO / Actriz
UXIA BLANCO / Actriz (ESPANHA)
ANXO SANTOMIL / Director Cinemas Dixitais (ESPANHA)
MARGARIDA RUAS / Directora Museu da Água
ETZEL BAEZ / Director de Festival (REPÚBLICA DOMINICANA)
ANA REIS / Professora
LICINIA GIRÃO / Jornalista
LUIS MORGADINHO / Artista Plástico
JOSÉ CARLOS PESSOA / Tecnologias da comunicação
CARMEN CASTELLO-BRANCO / Realizadora
CATARINA BEIRÃO / Actriz
COMPETIÇÃO LUSÓFONA
LISA FRANÇA / Ciências da Comunicação (BRASIL)
ANTÓNIO COLAÇO / Antropólogo
FILIPA MACEDO BAPTISTA / Antropóloga
CELINA PEREIRA / Cantora (CABO VERDE)
ROSÁRIO FARDIHA / Socióloga - AVEIRO
MARIA EUGÉNIA CARDOSO LOPES / Veterinária
NUNO ALMEIDA / Advogado
JULIANA TORCATO LUZ / Socióloga (BRASIL)
JÚRI “EXTENSÕES DO CINE ECO”
SUSANA RIBEIRO / Ambientalista- LISBOA
SANDRA SILVA / Ambientalista - AÇORES
ROSÁRIO FARDIHA / Socióloga - AVEIRO
ANTÓNIO COLAÇO / Antropólogo – INATEL, ALGARVE E ALENTEJO
JÚRI DA JUVENTUDE
HELDER MAGALHÃES / Estudante FEUP
ANA JOANA AMORIM / Curso de TCAV
JONAS SANTOS / Curso de Cinema
DIANA VIEIRA / Bailarina
HELGA VINHAIS / Design, Animação Cultural
TÂNIA ESPIRITO SANTO / Ciências da Comunicação
RICARDO HERDEIRO / Ciências da Comunicação
LÍDIA MADEIRA / Arquitecta
JORGE ANTUNES / Engenheiro
REGINA BABO / Geógrafa
RITA CORREIA / Educadora de Infância
Estas e outras informações em: http://cineeco2008.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Imagens da apresentação do Cine'Eco em Lisboa

O vice-Presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo com a actriz Lídia Franco, que vai ser membro do júri.



Eduardo Brito reforçou na ocasião o empenhamento do Município na realização do Cine'eco.





Lauro António apresentou o festival aos convidados presentes.

Mais de 500 documentários de ambiente oriundos de 40 países concorreram à edição deste ano

Apresentação do Cine’Eco em Lisboa

A apresentação do Cine’Eco 2008 decorreu no passado dia 3 de Outubro ao fim da tarde em Lisboa, na Loja da EDP / Sustentabilidade, ao Marquês de Pombal.

Perante uma assistência de cerca de 50 convidados, entre eles parceiros e “amigos do Cine’Eco”, o Presidente do Município de Seia destacou a importância do Festival e o empenhamento da autarquia para dar continuidade a este evento de dimensão internacional. Eduardo Brito, aproveitou para criticar a falta de apoio do ICA, destacando no entanto a disponibilidade da EDP e da AIBT Serra da Estrela.

Por sua vez, Lauro António, Director Técnico do Festival fez a apresentação da edição deste ano, dando conta que este ano concorreram mais de 500 documentários, oriundos de cerca de 40 países, dos quais foram seleccionados 65 na categoria internacional e 21 na competição lusofona. Este ano a organização criou uma secção denominada “Panorama Informativo” onde serão exibidos 33 documentários, extra-competição.

Para promover o cinema de qualidade, o Cine Eco criou Secções Paralelas, como “Outras Terras, Outras Gentes”, que pretende difundir um cinema menos visto pelo grande público, mas de grande qualidade, de cinematografias não muito habituais no nosso país. Em 2008, serão exibidos no cineteatro da Casa da Cultura os filmes: Caramel, Tropa de Elite, O Lado Selvagem, Sabor do Amor, Haverá Sangue, Dot.com, O Segredo de um Cuscuz, O Sabor da Melancia, Sweeney Todd, Corações, Michael Clayton, O Acontecimento e Promessas Perigosas.

Anualmente, o Cine Eco exibe ainda alguns “Clássicos”. Este ano o escolhido é “Blade Runner”, de Ridley Scott, uma genial antevisão de um inquietante mundo do futuro, onde a questão ambiental não deixa de estar presente.

“O Amor do Cinema” destaca três nomes grandes do cinema que desapareceram este ano: Dino Risi, mestre da comédia Italiana, e Sydney Pollack e Paul Newman, realizadores e actores dos mais marcantes das últimas cinco, seis décadas do cinema norte-americano.

Para sublinhar a oficialização da Geminação Cine Eco – FICA, Seia – Goiás, será apresentado um pequeno ciclo de obras audiovisuais de Goiás.

No ano em que se comemoram 50 anos sobre as fraudulentas eleições de 1958, será homenageada a figura do General Humberto Delgado, com uma sessão onde estará presente a filha do General sem Medo, a historiadora Iva Delgado, e durante a qual serão exibidos filmes de Francisco Manso e Lauro António.

“Animação + Aventura” é o ciclo dedicado ao público infantil e juvenil, em idade escolar, conservando uma relação íntima com as escolas e as crianças. Por isso, no Cineteatro da Casa da Cultura serão exibidos os filmes “Wall.E”, “O Panda do Kung Fu”, “A Ilha de Nim”, “O Incrível Hulk”, “Persépolis”, “O Cavaleiro das Trevas” e “Blade Runner – Versão Final”.

Um conjunto diversificado de actividades paralelas farão igualmente parte da programação, com destaque para um concerto com Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, na abertura do Festival, um concerto com Viviane, um cordão humana com mais de mil pessoas em prolo do ambiente, uma conferência sobre “territórios de baixa densidade”, exposições, workshop’s, concursos de montras, concursos escolares, etc.

Do Júri Internacional, entre outros farão parte Linda Moreira e Mara Jardim de Goiás (Brasil), Fernando Dacosta, Lídia Franco, Uxia Blanco e Anxo Santomil de Espanha, Etzel Baez da Republica Dominicana, Margarida Ruas, Ana Reis, Luis Morgadinho.

Na competição Lusofona, o Júri será constituído por Lisa França (Brasil), António Colaço, Celina Pereira, Nuno Almeida, Juliana Torcato Luiz.

O Júri das Extensões por diversos representantes dos organismos que fazem parte da rede de extensões do Festival: Lisboa, Açores, Aveiro, Albufeira,...
E o Júri da Juventude constituído por Rita Correia, Regina Babo, Jorge Antunes, Lídia Madeira, Ricardo Herdeiro, Tânia Espirito Santo,...


http://cineeco2008.blogspot.com/
www.cineeco.org

domingo, 5 de outubro de 2008

Cine'Eco em ante-estreia

A edição deste ano do Cine’Eco, pode dizer-se, já começou. Foi na passada sexta – feira, dia 3, com o lançamento em Lisboa, do Festival, numa das lojas da EDP, que é parceiro na organização deste ano. Compareceram cerca de meia centena de convidados, na hora de partida para mais uma jornada de afirmação de Seia.

Nos dois dias seguintes, Sábado e Domingo, continuou o Festival, desta vez no CISE, com a realização do Workshop sobre cinema documental – “Filmar o Ambiente” com orientação de Frederico Corado.

Além de organizador, fui um dos mais de 20 participantes nesta jornada bastante enriquecedora.
Para quem quiser ver alguns bons documentários que têm passado pelo cine’Eco, podem espreitar no blogue criado propositadamente para o workshop:
www.filmaroambiente.blogspot.com

Comemoração de 3 Dias Mundiais em Seia

Em menos de uma semana, comemorou-se no concelho de Seia 3 “Dias Mundiais”!

O Dia Mundial do Coração, que foi comemorado no dia 28 de Setembro com uma caminhada saudável , pelas ruas de Seia, envolvendo cerca de 400 pessoas.

O Dia Mundial da Música, que é dia 1 de Outubro mas que foi assinalado em Seia dia 27 de Setembro , com um concerto pela Filarmonia das Beiras, na Casa Municipal da Cultura. E agora o Dia Mundial do Idoso, também consagrado dia 1 de Outubro, mas comemorado em Seia dia 4.

Sobre os dois primeiros já aqui falámos no blogue e sobe este último, que decorreu este Sábado, nos Pavilhões da Escola Tourais / Paranhos, foi bastante participado, (falaram-me em 400 pessoas) e muito animado, com Tunas e Ranchos.

A “festa”, com nome pomposo de “Encontro Intergeracional” é no fundo, uma forma simples e muito simpática de tornar diferente um dia na vida dos mais velhos, a maioria dos quais, utentes ou frequentadores de Lares ou centros sociais do concelho. Já tinha havido este ano o “Roteiro da Solidariedade” também promovido pelo município, com a colaboração das Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Ao longo do ano foram também partindo de Seia autocarros com “gente sénior” em direcção ao Santuário de Fátima, nos chamados "Passeios Culturais" e agora completou-se o quadro comemorativo, com esta festa simpática.

E assim se vê a força da criatividade simples, que faz do pouco, um grande punhado de amizade em prol da sã convivência e da descontraída confraternização.

E assim se comemora mais um dia mundial. Em Seia.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Saudações e agradecimento a J. Pinto

O Blogue feito pelos leitores
Acabei de adicionar o seu blog à lista de links de http://cabeca.no.sapo.pt., retribuido e agradecendo o facto de este sítio de Cabeça já constar do seu rol de ligações. O seu blog já se afirmou como um sítio de consulta obrigatória diária.
Parabéns. Cumprimentos.
J. Pinto

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

600 idosos do concelho de Seia na festa em Tourais / Paranhos

Ainda no âmbito do Dia Mundial do Idoso, as Instituições Particulares de Solidariedade Social conjuntamente com o Município de Seia vão levar a efeito no próximo dia 4 de Outubro uma grande festa a realizar na EB 2/3 de Tourais/Paranhos. A Comissão responsável pela organização é composta pela Câmara Municipal de Seia - Divisão de Acção Social, Associação de Beneficência Social e Cultural de Tourais, Lar de Paranhos da Beira, Centro Paroquial de St.ª Marinha, Centro Paroquial de Seia e Associação Loriguense/Centro de Dia.
O programa será o seguinte:

10h - Celebração de Missa;
12h - Almoço;
14h - Actuação do Rancho de S. Romão;
14h20 - Actuação da Tuna do Solar do Mimo;
14h40 - Actuação do grupo de musica do Centro La Salette (Paranhos);
15h - Actuação da Tuna de Figueiredo;
15h30 - Cerimónia de encerramento.

São esperadas cerca de 600 pessoas.

O talento, segundo Jacques Brel

“O talento é ter vontade
de fazer alguma coisa…
Ter vontade de realizar um sonho,
é isso o talento…”
“Ah, a estupidez, é terrível…
Uma espécie de gordura
à volta do coração…
uma gordura à volta docérebro…”
“Sim, eu acredito que o
homem passa
a vida acompensar a sua infância.
Um homem acaba aos 16-17anos.
Já teve todos os seus sonhos.
Não os conhece, mas passaram por ele”
Jacques Brel

terça-feira, 30 de setembro de 2008

HISTÓRIA DA POPULAÇÃO DE SÃO ROMÃO-SERRA DA ESTRELA

O Blogue feito pelos leitores
No Arquivo Distrital da Guarda é possível aceder, em suporte microfilme, a documentação ligada à evolução da população de São Romão entre o século XVII e a década de 50 do século XIX. Em relação aos registos paroquiais obtemos informações sobre Casamentos (1613-1776 e 1776-1831), Baptismos (1710-1759; 1759-1777; 1776-1800; 1801-1831 e 1831-1859) e Óbitos (1748-1811).
Está também acessível a consulta dos Mistos (Nascimento, Casamento e Óbito) com registos compreendidos entre 1613 e 1749, constituído por dois livros.Após a implantação da República (1910) é criado o registo civil obrigatório, surgindo as Conservatórias do Registo Civil para as quais foram transferidos os registos produzidos antes de 1910. Resulta daqui o acesso a documentação relativa ao período entre 1860 e 1909, entretanto transferida da Conservatória do Registo Civil de Seia.

Carlos Manuel Ribeiro S. Dobreira

domingo, 28 de setembro de 2008

Vários eventos de fim de semana em Seia

Este fim de semana foi pródigo em acontecimentos no Concelho de Seia.

Em Vide, a Junta de Freguesia e a população prestaram homenagem póstuma ao médico, Dr. Asdrúbal e sua esposa.

Em Santa Marinha, decorreu a festa de reentre politica do PS, com muita participação da família socialista. Houve lanche, música e discurso político do Presidente da Federação e de Eduardo Brito, que anunciou o que já tinha anunciado dias antes – a sua não recandidatura à Câmara.

Na cidade, houve no Sábado, o Concerto com a Filarmonia das Beiras, no Cineteatro da Casa da Cultura, que apesar da concorrência do Benfica – Sporting teve “boa casa”, com mais de 100 pessoas na assistência. E as expectativas cumpriram-se, com um bom concerto, terminando quase em apoteose, com as 4 estações portenhas de Piazzolla.

Ainda na Casa da Cultura, neste fim de semana o público de Seia e sobretudo os mais novos foram em grande número ver “As crónicas de Nárnia – O Príncipe Caspian” e não deram o tempo por mal empregue.

No Domingo de manhã, cerca de 400 pessoas saíram à rua para entrar na caminhada saudável promovida pelo município. Uma iniciativa simpática que apela a hábitos de vida saudáveis, pela "nossa rica saúde".

Como se vê, por estas e por outras iniciativas, este é um concelho em movimento. Da minha parte, procurei marcar presença, como faço sempre que posso!

Dia Mundial do Coração levou 400 participantes às ruas de Seia

Este Domingo foi Dia Mundial do Coração em Seia. O Município assinalou a efemérid com uma caminhada saudável, em circuito urbano, e que contou com cerca de 400 participantes.

Tratou-se de uma iniciativa louvável, que demonstrou poder de mobilização do Gabinete de Desporto e entusiasmo dos participantes.
Já se sabe que as caminhadas estão na moda e de que a nossa sociedade gosta muito das modas, mas neste caso, porque é uma “mania” saudável, é bom mantê-la pela nossa saúde. De resto, vê-se muito ao fim do dia e mesmo à noite, pessoas a fazerem circuitos pedestres na cidade e no Estádio Municipal.
Até eu, sempre que posso, o faço, como neste Domingo.

As fotos são do Carlos Moura
Participantes na Av. 1º de Maio, no regresso em direcção à praça do Município.
Participantes no Largo do Município a formar um coração.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Este Sábado, há concerto na casa da Cultura

Este Sábado a partir das 21:45 horas, terá lugar no cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia, o concerto comemorativo do dia mundial da música, com a Filarmonia das Beiras.

O programa contempla “As Quatro Estações” de VIVALDI e na segunda parte as “Quatro Estações Portenhas”, de Astor PIAZZOLLA. Como se vê, um programa de luxo.
Acontece que neste dia e uma hora antes, joga o Benfica – Sporting, pelo que se prevê algumas desistências no público. Não é que não tenha havido planeamento de agenda, o que acontece é que todos os anos, no último Sábado de Setembro a Filarmonia presenteia o público de Seia com um concerto e este ano não foge à regra. Ou seja, fica marcado de um ano para o outro e o calendário dos jogos é recente.
Seja como for, o público de Seia, verdadeiramente interessado, não trocará o concerto pela “bola”.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eduardo Brito anuncia que não se recandidata

A actualidade política de Seia foi hoje marcada pelo anuncio feito ontem a fim do dia por Eduardo Brito, de que nas próximas eleições autárquicas não se recandidatará ao cargo de Presidente da Câmara.

O autarca, que já me havia confidenciado isso mesmo há uns meses atrás, não resistiu a anunciar perante uma plateia de professores, uns dias antes da festa-convivio do PS de Seia em Santa Marinha, no próximo Domingo.

Já hoje houve várias reacções e muitas outras se seguirão nos próximos dias, semanas e meses.

Da minha parte, o que me ocorre dizer neste preciso momento é de que, independentemente de tudo, estamos perante a figura mais marcante do concelho de Seia pós 25 de Abril, pelo muito trabalho efectuado em prol das populações. Um trabalho dedicado, uma entrega total, uma coerência ferrea e uma determinação sem igual, sustentada numa experiência muito forte e que não deve ser desperdiçada. Por isso, a minha convicção de que muito há ainda que contar em Seia e no Distrito da Guarda em geral, desta personagem marcante, que se fez a pulso, qual operário fabril dedicado ao desenvolvimento regional efectivo.
Para já é o que me ocorre dizer assim, a frio, no dia em que todas as conversas em Seia andaram à volta deste anuncio.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Cine'Eco com iniciativas para mobilizar as pessoas

O Cine Eco 2008, que se realiza em Seia de 18 a 25 de Outubro, vai ficar marcado por um «Corredor Verde» que, no dia 22, ligará a Casa Municipal da Cultura e o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE). Cerca de 1.500 pessoas são esperadas nesta iniciativa que pretende ser uma forma de dar visibilidad» a um festival «único no país», mas também ao CISE, como estrutura vocacionada para a educação ambiental. Aos participantes vão ser distribuídos um guarda-chuva e uma t-shirt, como forma de criar um efeito coreográfico, podendo os integrantes do «Corredor Verde» colocar mensagens sobre preocupações ambientais ao longo do percurso.


Este cordão humano será feito na quarta-feira de manhã, dia de feira semanal na cidade e contará com muita animação de rua, onde sobressairá a banda “Funfarra”.


Do programa das actividades paralelas do festival, destacam-se uma conferência sob o tema «Territórios de baixa densidade», no dia 25, organizada em conjunto pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e a Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia. A conferência conta com figuras de renome, que falarão sobretudo de soluções e de casos práticos no quadro de desenvolvimento regional.


A cerimónia de abertura do Cine’eco contará com a actuação de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble, no auditório da Casa Municipal da Cultura, enquanto no encerramento, além da cerimónia de entrega de prémios, terá lugar um concerto com Viviane (ex “Entre Aspas”).
Nos dias 04 e 05 de Outubro decorrerá um workshop orientado por Frederico Corado, sob o tema Filmar o Ambiente, que procurará abordar a temática do documentarismo ambiental e realizar um vídeo sobre a Serra da Estrela.


No sentido de aproximar o festival à comunidade, haverá um concurso de montras – o cinema e o ambiente no comércio tradicional de Seia, que garante um prémio de presença de 150 euros a cada loja, para além dos prémios do concurso.


Está ainda previsto um concurso “Como dinamizar o Centro Urbano da tua cidade”, destinado aos alunos da Escola Profissional da Serra da Estrela, Escola Secundária e Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia. Os trabalhos serão feitos colectivamente ao longo do ano lectivo e a turma vencedora terá direito a um fim de semana numa Pousada de Juventude do Litoral.


O programa dos vários ciclos de cinema, onde se incluem os de competição, bem como a composição dos diversos júris, será revelado no próximo dia 3 de Outubro, em Lisboa, ao Marquês de Pombal no espaço da EDP / Sustentabilidade.



À semelhança do ano passado, a RTP associou-se à iniciativa, como média partner, contribuindo para a valorização do Festival.


Estou na organização do Cine'Eco desde 1995 e parece-me que este ano vamos estar perante a edição mais participada e mediatizada de sempre.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

3º aniversário da morte do pintor Tavares Correia

Faz hoje 3 anos que faleceu o pintor senense Tavares Correia.
O Mestre, conhecido como pintor da neve deixou uma obra notável, conforme atestam as suas obras e o seu notável currículo.
O jornal Porta da Estrela deu na altura a noticia da sua morte:
http://www.portadaestrela.com/index.asp?idEdicao=156&id=7146&idSeccao=1328&Action=noticia

Em 2000, já com 91 anos, de surpresa, ofereceu-me esta prenda, que tanto quanto me transmitiu, terá sido o seu ultimo trabalho.

domingo, 21 de setembro de 2008

Pensar Seia - Ideias e reflexões à volta do Turismo

Resposta a Pedro Fraga
Antes de mais quero agradecer ao Engº. Pedro Fraga o contributo dado para o debate e sobretudo a forma lúcida com que se debruça sobre as questões do desenvolvimento do concelho de Seia e em particular da cidade, conforme se pode ler nos dois pot's seguintes a este. Neles se revela uma visão estratégica de alguém que é de cá mas que está fora, assinalando, fora de vícios ou dependências, o que entende estar mal, e apontando caminhos a seguir. De alguém com provas dadas pelo projecto empresarial de sucesso desenvolvido, que o coloca, em minha opinião, na galeria dos melhores agentes empreendedores que o país tem .
Quanto às ideias para Seia, obviamente partilho do pressuposto de que a prioridade máxima e primeira deverá ser o turismo e daí as minhas intervenções e participações ao longo dos ultimos anos se terem centralizado neste sector. Foi de resto um vicío que me ficou do Curso de Agente de Desenvolvimento que no início da década de 90 me permitiu conhecer muitas realidades em vários países da Europa em matéria de Desenvolvimento Rural. Naturalmente que só partindo dessa ideia chave - Turismo, sector prioritário - mobilizando tudo e todos, com planeamento, estratégia concertada, determinação e meios, se pode alcançar os objectivos a que nos propusermos. E aí cabem as ideias, todas as ideias suficientemente fortes para implementar e dar resultados visíveis. E no Brainstorming ter-se-à então em conta as múltiplas variáveis: melhores acessos; imagem de marca; pacotes de animação – Museus, CISE, eventos culturais (festivais, jornadas, feiras, encontros, animação de rua); criação de residências artísticas, criação de trilhos, aproveitamento da gastronomia, valorização das tradições, campanhas promocionais, etc, etc.
E para essa chuva de ideias contribuo também com as seguintes, de forma telegráfica:-
- Criação de uma grande praça central na cidade, que poderia passar pela compra do edifício dos Correios para ser demolido, criando-se ali a verdadeira "sala de visitas" que Seia necessita. Com esplanadas e animação, onde se pudesse ao fim da tarde ou aos fins de semana ir tomar uma bebida, ler um jornal, enfim um lugar onde os senenses se encontrassem e os turistas também deambulassem. O edifício do Mercado poderia servir como centro cultural e de exposições e nos baixos para estacionamento.
- Há em Seia o Conservatório de Música que é uma estrutura de excelência no ensino da música e cujas instalações começam a ser pequenas. Poderiam os seus promotores, em articulação com a autarquia, partir para a criação de uma grande Academia, à semelhança do que já acontece em Espinho. Esta é uma ideia que me foi avançada pelo meu amigo António Maximino e que julgo pertinente. E de repente, lembro-me da Escola EB 2,3 da Arrifana, que quase já não se justifica e que poderia albergar esta Academia, sem ter de se estar a gastar mais dinheiro.
- Uma situação que considero gritante e que quase toda a gente fala é o eixo Paranhos / Seia / Sabugueiro / Lagoa / Torre. Aquilo que poderia ter sido ao longo dos anos a jóia da coroa do turismo, é o mais dos miseráveis exemplos do desleixo e da falta de visão estratégica num concelho de apetência turística tão forte.
- Depois há a valorização do património construído, onde se inclui o religioso, etc.
E para tudo isto, como se sabe, não é preciso inventar muito. Há exemplos por todo o lado, Ponte de Lima (onde vou com frequência), Óbidos e por aí fora.
No ano passado, no âmbito do Cine'Eco organizei uma conferência sobre desenvolvimento sustentável na região centro, onde participaram entre outros o Dr. Daniel Bessa e o Dr. Paulo Fernandes. Este último falou de um caso prático de como estas questão foram e estão a ser conduzidas com pés e cabeça – as aldeias de xisto. E sobre isso, porque o texto já vai longo, recomendo apenas uma visita ao site: http://www.aldeiasdoxisto.pt/ . Uma das ideias que ficou já na altura, foi a necessidade de se trabalhar a sério a marca Serra da Estrela, onde haja desde logo uma espécie de "dono da marca" que marque o ritmo, congregue todas as estratégias e sinergias, de autarquias, privados, etc.
Como se vê o assunto tem pano para mangas e nós vamos continuar a falar e à espera de outros contributos, porque é importante PENSAR SEIA.

Pensar Seia - Contributo de Pedro Fraga (1)

O Blogue feito pelos leitores
Do Engº Pedro Fraga, um ilustre empreendedor senense em Braga, recebi um texto, na "mera perspectiva de troca de ideias e reflexão" e que aqui dou a conhecer aos leitores do blogue, dividido em duas partes:
Opinião de Pedro Fraga
"Uma pergunta inicial
Começo com uma pergunta : será que alguém que não é de Seia e passe por Seia, lembrar-se-á de algo positivo na viagem de retorno a casa ? A minha resposta é não. Gostam de Seia os senenses que lá vivem e os que estão fora, seja em Portugal ou em qualquer país estrangeiro.
Sinceramente e por muito que me custe, não acredito que qualquer visitante, seja ele turista ocasional ou passante em actividade profissional, leve uma impressão minimamente positiva de Seia. Não há localidades naturalmente feias, é a “mão humana” que as torna mais ou menos aprazíveis.
Seia fica localizada numa zona agradável em termos de paisagem natural, mas se por momentos deixarmos de ver a cidade como senenses, o cenário fica entre o arrepiante e o indescritível. Muitos de nós, senenses residentes e não residentes, olhamos para a cidade como os pais olham para os filhos e muitas vezes temos dificuldades para descortinar algo para lá desse “amor paternal”.
Mas, abstraiamo-nos da nossa condição de pais e o que vemos ? O state of the art- devemos ter uma das poucas cidades do país, onde se passa de uma zona principal para outra, através de um “beco”, onde um carro que não seja pequeno tem muita dificuldade em passar. Esta situação é absolutamente aberrante, caricata, risível; - a passagem de viaturas (ligeiras e pesadas) da entrada pela ponte para a Serra é algo que custa a acreditar. Será que alguém pode garantir que um transporte de grandes dimensões consegue fazer alguns destes trajectos : S. Romão à centro da cidade à Serra; S. Romão à centro da cidade à Vodra; ponte do Rio (é assim que eu lhe chamo) à Serra, etc. Alguém o garante ? Tenho dúvidas que, de boa fé, alguém o possa fazer;- o que era a chamada zona do bairro, onde nasci e cresci até sair de Seia para estudar, é hoje um amontoado disforme, semelhante a dezenas e dezenas de cidades portuguesas, onde o pato-bravismo campeia e a construção anárquica cresceu sem controle. Não colhe o argumento estafado das autarquias que quem não é arquitecto não deve opinar sobre este tipo de situações. É um argumento pobre e, menoriza quem o usa, pois parece sempre que se está a tentar esconder algo de menos claro; - na onde do nacional-pacovismo autárquico, as rotundas começaram a campear nos últimos anos.
Durante quase duas décadas, sempre achei que Seia se distinguia dessa febre low level que parece atacar a maioria dos autarcas nacionais (às vezes penso que quem projecta este tipo de situações julga que o horizonte de todas as pessoas acaba na fronteira com Espanha …) e que os leva a construir rotundas a torto e a direito, de preferência com fonte e, last but not the least, com iluminação. Afinal, nos últimos anos a febre também atacou em Seia e as rotundas começaram a surgir a esmo, como se fosse essa a única forma de controlar/ordenar o trânsito; - todas as entradas de Seia são uma vergonha em termos de aspecto. Aliás, acho que nem vale a pena alargar-me muito sobre este tema, pois os 4 cartões de visita que disponibilizamos a quem visita Seia, levam esse visitante a querer rapidamente ir embora, ou porque o estado da estrada é indescritível (Ex: quem vem de Vodra – algo que devia fazer corar de vergonha os responsáveis por tal situação - e quem vem da Serra) ou porque a poluição visual é inacreditável (entrada por S. Romão ou pela ponte).
Tentem olhar todos sem paternalismos e penso que a conclusão é óbvia; - a gastronomia senense não tem hoje a projecção que teve há algumas décadas atrás. Lembro-me de professores da Universidade e clientes falarem sempre do Restaurante Camelo quando falavam de Seia. Hoje, encontro inúmeras pessoas em reuniões que me falam no Antónios em Nelas, no Bem Haja em Gouveia, no Júlio em Gouveia, mas são poucos ou nenhuns os que são capazes de citar um restaurante em Seia. Dir-se-á que isso é um problema da iniciativa privada. Claro que é, mas este texto não é um libelo contra a autarquia; - o que é o turismo em Seia (poderia perguntar o mesmo em Gouveia, na Covilhã, em Manteigas) ?
Deixei de viver em Seia em 1982 e 26 anos depois a questão continua em cima da mesa. O turismo em Seia é ZERO e continuará a ser ZERO enquanto não for percebido que é o único trunfo que a cidade e a região têm para sair da apagada e vil tristeza em que caíram. Para haver turismo (e nem sequer entro na análise que há turismo e turistas que pura e simplesmente não interessa(m)) a cidade e o concelho têm que ser pensadas em função disso e Seia deve viver em função desse desígnio; - a projecção desportiva de Seia é ZERO, sendo apenas de realçar claramente o trabalho esforçado feito pelo João Gomes (meu colega de liceu) em termos de atletismo. O resto … Não se pode cair em devaneios e esperar ter em Seia equipas com projecção nacional.
Mas, nem projecção regional existe, se pensarmos nas duas modalidades (além do atletismo, claro) em que Seia atingiu alguma notoriedade : hóquei em patins e atletismo. Se a cidade definha, não há patrocínios; não os havendo não há desporto de cariz competitivo e isso é menos um factor de projecção da cidade que está a ser trabalhado;
- Seia sofre da desertificação (infelizmente) normal do interior e não revela a mínima capacidade em fixar pessoas/quadros. Assim, a actividade económica definha e cada vez mais essa actividade vai girar à volta dos serviços públicos (autarquia, finanças, etc).
É óbvio que residem no concelho de Seia verdadeiros exemplos de sucesso em termos de investimento, mas também é compreensível que uma decisão de um investimento de uma PME em Seia é algo muito difícil de conceber por incontáveis motivos : péssimas vias de acesso; dificuldades de encontrar colaboradores qualificados (estes não se criam com pólos de Politécnicos, criados – os politécnicos e os pólos – na febre incontrolável que varreu o país num dado momento e em que só faltava cada vila e aldeia ter uma instituição universitária, nem que fosse um pólo da Moderna …), ambiente de pessimismo, ambiente de trica regional com guerra de comadres e de protagonismo entre barões, baronetes e afins, etc, etc.
Assim, tirando o tão decantado contact centre que investimentos de relevo houve em Seia nos últimos anos ? Como previ, o parque empresarial de Vila Chã é um nado-morto (fazendo humor negro, talvez fosse melhor construir estes pólos longe das estradas principais de acesso ao Seia, pois era menos penoso …), as empresas têxteis vão definhando (o caso mais recente da Beiralã só pode ser surpresa para quem está fora do que é a realidade têxtil a nível global), não se vê uma aposta séria no turismo, etc, etc.
No meio deste panorama de quase indigência, o que impressiona é que parece que a resignação campeia e que enquanto os responsáveis autárquicos celebram e festejam por qualquer fontanário (já faltou mais …), a principal força de oposição, ignorando que tanto a nível local como (principalmente) nacional foi a erva mais daninha que este país já viu, não tem uma ideia útil. Repito, uma ideia que seja, ou pelo menos que surja na imprensa escrita local, tanto naquele que é o órgão local do PSD (embora com elevação e civismo, apesar do conservadorismo que se entende e subentende em cada linha), como naquele que é órgão local do PS ou do PSD consoante quem detém a cadeira de Presidente da Câmara. "
Pedro Fraga

Pensar Seia - Contributo de Pedro Fraga (2)

O Blogue feito pelos leitores
Opinião de Pedro Fraga
" Mas, nada há de positivo ?
Mas então, mesmo sem olhar para Seia como “Ó Seia querida” não consigo encontrar nada de positivo ? Claro que há, mas é possível ir mais longe, desde que haja um projecto de cidade, uma visão de futuro que é algo que garantidamente não existe em Seia há várias décadas. - 3 projectos interessantes e que, de forma inacreditável, estão espalhados pela cidade : CISE, Museu do Brinquedo e Museu do Pão. São 3 referências da cidade e que têm alguma repercussão nacional. Não pretendendo uma MuseumInsel (Ilha dos Museus) como em Berlim, será que nunca foi considerado juntar as 3 entidades no mesmo local, agregar-lhe uma série de serviços e criar uma marca senense a esse nível, que trouxesse turistas que, sem saírem do mesmo local, conseguissem estar uma manhã/tarde/dia em Seia ?
Será que é mais lógico criar o Museu do Brinquedo num local absolutamente “atravancado”, sem estacionamento decente, sem hipótese de crescer e, por outro lado, ir criar o CISE de uma forma anónima, com acessos miseráveis (mais um tipo de acesso que lembra o beco acima citado, junto ao Museu do Brinquedo) ? Estamos a falar de 3 entidades com menos de 10 anos (não estamos a falar de entidades centenárias) que “nasceram” em sítios diferentes !!! Mas, ao invés de se fazer um investimento único, com um Plano de Negócios decente, achou-se mais lógico espalhar museus a esmo por uma cidade que não tem acessos decentes, não tem sinalização decente, não tem estacionamento decente. - existe esforço na vertente cultural (Jornadas Históricas, Cine Eco, etc) e independentemente de todos quererem sempre mais e melhor, deve ser claramente realçado como algo de notável;- … pois, não me lembro mesmo de algo mais.

Obs : não referi a Fiagris, que tanto o poder local como a oposição consideram um sucesso, porque acho o modelo intelectual e economicamente pobre, muito ao estilo “pão e circo”. É uma mera questão de opinião. Acho esse tipo de eventos perfeitamente desnecessário, pois as cidades ou investem em vários pequenos eventos locais/regionais ou num grande evento de projecção nacional. Investir e insistir em modelos daqueles em cidades pequenas é algo que não compreendo.

A culpa
Mas se eu entendo que algo está mal, de quem é a culpa ? A resposta normal é : da Câmara.
Esta é a explicação mais simplista. A culpa é de todos os senenses, incluindo o signatário :- é dos senenses que votam a nível nacional e que têm escolhido sucessivamente o centrão que nos governa há 34 anos (aqui estou ilibado); - é dos senenses que votam a nível local e que têm escolhido sucessivamente o centrão que governa a cidade há 34 anos (também estou ilibado); - é dos senenses que apenas criticam e nada fazem directamente pela sua cidade (Mea culpa, mesmo vivendo fora); - é dos sucessivos poderes autárquicos que nunca tiveram o “golpe de asa” que retiraria Seia do marasmo; - é do poder autárquico e das estruturas locais dos partidos que discutem as suas ideias (?) em circuito fechado, sem nunca se abrirem sociedade civil (a este nível não falem naquele conceito “à la PS” de Estados Gerais e afins.
Seia é um assunto demasiadamente sério para vir com piadas e mistificações … Um independente bom não é aquele que diz bem do meu partido, um independente bom é alguém que diz bem e mal do meu partido e isto é algo que o PS e o PSD nunca perceberão)- é dos senenses residentes em Seia que nunca se associaram para combater a estagnação que os partidos do centrão trouxeram, trazem e continuarão a trazer à cidade
3 ou 4 ideias básicas
- Apostar em 1º lugar no turismo, em 2º lugar no turismo e em 3º lugar no turismo. Em 10º podem apostar nos contact/call centre … - Para isso há questões básicas a cumprir :
- à rasgar a cidade, deitando ao chão o que impede que os senenses e os turistas circulem de forma decente e agradável;
- à criar/fomentar a criação de mais um ou dois museus (penso que há algo nesta zona que é o Queijo da Serra, os pastores, etc, tenho ideia, mas não tenho bem a certeza !!!) e juntar o que há, num único local e apostar numa marca própria para cativar turistas, começando no ensino básico;
- à racionalizar o orçamento autárquico. Como calculam, teria que se mexer (e muito) naquilo que nenhum presidente da Câmara tem coragem para mexer. Pois … o problema é que após pagar os salários, pouco dinheiro fica para obras. Mas, se pouco dinheiro fica para obras e para a gestão corrente ….. é isso mesmo, temos depois centenas de funcionários autárquicos, pessimamente pagos, ao invés de termos um número racional de funcionários autárquicos muito bem pagos e altamente motivados e envolvidos numa MISSÂO;
- à apostar nas parceria público-privadas à semelhança do que algumas câmaras já fazem, tentando com que uma parte significativa do investimento seja feita pelo investimento privado (normalmente construção civil), havendo imaginação para criar garantias de retorno;
- à ter a coragem para não apostar em candidatos autárquicos com perfil exclusivamente político, sem capacidade de gestão. Tenho para mim a ideia clara, há largos anos, que em muitas autarquias, após as eleições, haveria claros benefícios em irem ao mercado, a uma empresa de head hunting, contratar um DG com plenos poderes, que trabalhasse com uma componente salarial fixa, mais uma componente variável agressiva, dependendo da Avaliação de Resultados. Porque não termos um presidente da CMS que teria apenas a componente de representação institucional (para a qual era democraticamente eleito), deixando depois toda a gestão executiva suportado num DG profissional ? Parece absurdo ? Mas, será ?
Independentemente de tudo isto e muito mais que poderia passar para o papel, acho que o panorama actual é tão negativo, que serão preciso décadas para o melhorar. Poder-se-á sempre dizer que é uma questão de interioridade, de crise macro-económica, etc, mas … é pobre, é curto. Permito-me citar dois exemplos de pequenas localidades que estão nas mãos de partidos políticos nos quais nunca votei em 34 anos (ou seja a minha análise nada tem a ver com a componente político-partidária) : Esposende e Ponte de Lima.

Pedro Fraga

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Viaturas dos CTT de Seia ocupam passeios

O Blogue feito pelos leitores

De Miguel Krippahl recebi a seguinte mensagem / reclamação e foto, a propósito do abuso dos responsáveis dos Correios de Seia na ocupação da via publica com as suas viaturas:


"Uma vez iniciadas as aulas, continuam os funcionários do Centro de Distribuição Postal de Seia a estacionar as viaturas de serviço sobre o passeio, bloqueando-o, conforme atesta a imagem em anexo tirada ás 08.40 de 19/09/2008.


Fazem-no exactamente à hora de entrada dos alunos, obrigando-os a circular pedonalmente no meio da via automóvel.


Deste facto já tinha dado conhecimento, conforme se pode ver no email enviado aos CTT.

Uma vez que os CTT se apresentam impotentes para resolver a situação, e tendo em conta o perigo que esta representa para as centenas de crianças que circulam nesta via diariamente, resta-me apenas a solução de notificar outras entidades locais do sucedido, como seja o Município, a GNR e os orgãos de comunicação social.


Com os meus melhores cumprimentos
Miguel Krippahl"

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Beiralã - a Voz dos trabalhadores

O Blogue feito pelos leitores
a propósito da crise instalada na Beiralã recebi mais duas mensagens que passo a publicar, porque entendo que se deve dar voz aos trabalhadores que estão a passar uma fase difícil, que se agravará com a chegada do Natal e do fim do ano.
Caros Amigos
Fomos chamados a atenção por alguns dos nossos colegas que seria importante também comunicar-vos o seguinte:
a) A sede da empresa Beiralã sempre foi na Covilhã, desde a sua constituição. No final do passado mês de Agosto, o Rui Cardoso alterou a sede para SEIA. Deverão perceber porquê e para quê.
b) Vários colegas nossos afirmam que estão a ser censurados no forum do Porta da Estrela, embora nós também sabemos que de isento não tem nada, estando ao serviço de uma minoria.
c) No final de 2005, de acordo com o IEFP de Seia e através deste, foram realizados, na empresa, vários cursos de formação ao abrigo do Programa FACE, tendo sido atribuído á empresa um subsídio de mais de 300.000 euros. Como contrapartida a empresa teria de manter o mesmo número de postos de trabalho até final de 2008. Agora perceberão os caros amigos, porque é foram suspensos, até final do ano, os contratos de 170 trabalhadores e ainda não foi pedida a insolvência da empresa. E esta, Hem!!!!!
E mais poderia ser dito, mais à frente e dependendo dos desenvolvimentos e depois do medo de retaliação passar a alguns dos nossos colegas, irão surgir mais novidades.
Cumprimentos e muito obrigado
Trabalhadores da Beiralã

Ainda a Beiralã - algumas verdades dos trabalhadores

O blogue feito pelos leitores
Amigos João Tilly e Mário Branquinho
Ainda é cedo para estarmos a apresentar todas as nossas futuras medidas de acção. Oficialmente e legalmente, ainda ninguém foi despedido, mas sabemos que será esse o objectivo.
Para meditarem, lançaremos apenas umas breves notas, de si já elucidativas, sobre o tal "embuste".
a) Em finais de 2005, foi criada uma empresa, "Texwool" de seu nome, em que os sócios e "testas de ferro", são os filhos do accionista e Presidente do Conselho de administração da Beiralã.
b) Esta empresa, sem equipamento produtivo e quase sem imobilizado nenhum, tem o mesmo ramo de actividade da Beiralã, os mesmos clientes, e os mesmos produtos.
c) Por incrível que pareça, contrariamente a todas a boas práticas actuais de gestão, esta nova empresa fez e faz concorrência directa à Beiralã, visitando os mesmos clientes e vendendo os mesmos produtos, tendo no último ano, "roubado" os clientes e encomendas à Beiralã, que suportando quase todos os custos de produção, ficou numa situação financeira caótica.
d) Todos sabemos que a maioria de nós, trabalhadores da Beiralã, temos em média, mais de 30 anos de antiguidade na empresa, que de acordo com a lei e no caso de despedimento sem justa causa, teríamos que ser ressarcidos ou indemnizados, que segundo cálculos feitos por quem sabe, rondaria os cerca de dois milhões e meio a três milhões de euros.
e) Na nossa empresa, passaram ao longo destes últimos 4 a 5 anos, quadros superiores, altamente competentes e com passados impolutos, no que respeita a seriedade e honestidade, que quando confrontados com "algumas coisas" optaram por ir embora.
f) Porque é nosso conterrâneo e é do conhecimento geral, perguntem ao Sr. Engº. João Fernandes, porque é que em 2006, quando foi convidado pelo Rui Cardoso para assumir o cargo de Director Geral e tendo aceite, no dia seguinte deu o dito por não dito?? Para um bom entendedor…meias palavras bastam…
g) A seguir entrou um ex-Director da Maconde com percurso académico e profissional de relevo. Que lhe aconteceu??? Abandonou o "barco" desolado, triste e acima de tudo revoltado (segundo se consta, foi despedido por E-mail pelo Rui Cardoso).
h) Mais recentemente, foram embora os dois últimos quadros, um deles há 5 anos na empresa, pessoa competente, leal, credível, com boa aceitação na Banca e instituições externas, amiga dos trabalhadores e motivadora dos mesmos, tendo outro entrado em Setembro de 2007 e apesar de ser extremamente competente e tecnicamente muito bom, não conseguiu singrar, pois foi muitas vezes, "apunhalado" pelas costas pela família e accionista.
i) Porque é que o Sindicato, a Comissão Sindical da empresa, a CM de Seia, e o Governo não fazem nada????
j) Porque vamos ter eleições legislativas e autárquicas e todos sabemos que a bandeira deste governo é o emprego, lembram-se dos 150.000 empregos, e todos sabemos o que convém ao PS neste momento, o silêncio e o faz de conta que não se passa nada.
k) Porque razão todas a televisões privadas, deram relevo á nossa luta e à situação na empresa, tendo a RTP, estação pública, optado também pelo silêncio, apesar de diversas vezes a termos contactado???
l) Porque razão o IAPMEI e as capitais de risco, a quem o Rui Cardoso, deve cerca de 4 a 5 milhões de euros, isto desde 1998 /99, não o executam, desde a "compra" da ex-Fisel.???
m) Os edifícios fabris são do BCP, por causa do contrato de leaseback, algumas máquinas são da CCAM de Seia (leasing), resumindo, empresa quase sem património.
n) Por último e agradecemos a autorização do Mário Branquinho, transcrevemos o que alguém lá escreveu no blog, que nos parece uma antevisão do guião do filme, sobre o fim da Beiralã:
1-"Estamos perante um grande embuste!!!Sindicato em silêncio é mau sinal.Este Rui Cardoso "canta" melhor que a falecida Amália, mas o povo já conhece as letras todas das músicas dele. Efectivamente isto é uma história para contar, mas no local próprio e com depoimentos credíveis das pessoas lesadas".

2-"Pois é,... o silencio ensurdecedor do Sindicato! E da CMSEIA!Este sindicalismo anda muito crédulo e crente e agachado.Insolvência, sindicato na comissão de credores, proposta de um sócio da empresa comprar por "tuta e meia" a "sua" empresa (agora limpa de encargos) com a promessa de alguns poucos trabalhadores ficarem (por algum tempo e para tapar os olhos, com o amen do SR SINDICALISTA o patrão da manipulação. Julgo já ter visto este filme!!ABRAM OS OLHOS."
Por últimos resta-nos agradecer a vossa ajuda e esperamos contar com vocês neste processo doloroso, talvez mais, do que quando foi da ex-FiSEL. Como compreenderão, não nos podemos ainda identificar até o processo estar mais evoluído, vivemos numa terra pequena e temos medo de ser alvo de perseguição e intimidação, quer política, social e até familiar.
Muito Obrigado e Melhores Cumprimentos
Trabalhadores da Beiralã