sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CASA DA CULTURA DE SEIA CADA VEZ MAIS PRÓXIMA DA COMUNIDADE




A Casa Municipal da Cultura de Seia durante o ano de 2011 registou 36.728 entradas nas mais de 200 iniciativas e eventos realizados em todo o complexo. Comparativamente ao ano anterior, registaram-se mais 2.731 entradas, já que tinha contabilizado um total de 33.997.

Embora a perspectiva dos números seja importante mas não o mais fundamental, verifica-se que o teatro profissional e amador registou 2.453 entradas, sendo de destacar os espectáculos com as companhias Urze, Baal 17 e Trigo Limpo / Acert, tendo-se realizado com esta última uma residência artística de 5 dias com a envolvência de actores locais. A realização do MOTIN, que é uma mostra de teatro das escolas de Seia em colaboração com o município, revelou-se igualmente importante.

Mas foram os concertos de vários géneros musicais que atingiram números mais elevados de entradas - 6.905. Neste caso, para além dos músicos ou formações contratados – Chris Jagger, André Sarbib, Bea & Barreto, Vitorino D’Almeida, Luiz Avelar, Deolinda, The Crow, Filarmonia das Beiras, entre outros. Na área da música, merece igual destaque a forte participação de grupos locais, quer através do Conservatório e Escola Profissional, quer através das agremiações culturais do concelho e bandas de garagem, decorrendo da chamada Bolsa de Talentos Locais, impulsionada pelo município. Nessa linha, há vários concertos e festivais impulsionados por estas entidades que se consolidam no calendário da Casa da Cultura, como sejam o Festival de Clarinetes, Dias da Música Barroca, Dias da Música Electroacústica, Festival de Orquestras de Música Ligeira, Festival de Folclore de Inverno, Festival de Música Coral, Festival da Canção Jovem, etc.

Foram ainda registadas 3.417 entradas em espectáculos multidisciplinares, na sua maioria promovidos por instituições locais, cumprindo igualmente um requisito importante do município, na aproximação da Casa da Cultura à comunidade. E neste capítulo, sublinha-se também um grande aumento nos “Outros Eventos” onde se incluem Conferências, atividades da Feira do Livro, etc.

As Exposições registaram um ligeiro acréscimo, passando de 3.121 para 4.100, mas aqui, para além do aumento quantitativo, verificou-se um grande aumento de qualidade das obras expostas, já que houve uma aposta no convite a artistas de grande nome nacional. O expoente máximo das exposições acontece com a realização do ARTIS, que em 2011 passou a festival internacional de artes plásticas.

Relativamente ao cinema, constata-se uma descida acentuada do nº de espectadores nas sessões de fim de semana, do chamado circuito comercial, uma tendência que poderá ser invertida se for instalado o sistema de cinema digital, como o município tem previsto. Com essa medida, será proporcionado ao público o cinema em 3 D e sobretudo a exibição de filmes mais atempada e nalguns casos a realização de algumas estreias.

Na Loja Ponto Ja, que também proporciona acesso gratuito à internet, onde as entradas são igualmente contabilizadas, verificou-se um acréscimo de cerca de 600, uma vez que em 2010 se tinham registado 3.084 entradas e em 2011, contaram-se 3.695 entradas.

Relativamente aos custos, a grande maioria dos espectáculos foram financiados em 85%, através da Cultrede, e muito poucos do orçamento exclusivo do Município.

Por último importa citar António Pinto Ribeiro (Público, 2011) no artigo “As Artes sempre foram, são e serão minoritárias” quando refere que “Não há pois qualquer argumento que possa atribuir uma relação directa entre públicos e bilheteira, entre bilheteira e qualidade da obra, entre quantidade de público e pertinência da obra”. Ou seja, a alusão quantitativa aos públicos de uma obra, pouco ou nada diz, quer sobre a obra em causa, quer sobre os próprios públicos.

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