domingo, 15 de fevereiro de 2009

Como se a serra fosse poesia

Estas são fotos recentíssimas, que me foram enviadas pelo Victor Roque que é professor da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia. E eu não resisti a publicá-las, pedindo primeiro autorização, claro.
Por baixo delas coloco o texto que escrevi fruto da inspiração.










Como se a serra fosse poesia, brilhava-lhe lá na lonjura, o grande significado dos múltiplos códigos em forma de paisagens abstractas. Ele era neve, ele eram raios de sol e tudo o mais que a terra deixava brotar e o olhar alcançar, sem perder de vista o caminho que levava ao cume. E foi por aí a cima, que uma brisa intempestiva levou, o murmurar das águas cristalinas, o silêncio das urzes e o aroma dos rastos de lebres fugidias. E verdes campos de servum a estender-se, como tapetes que flutuam, com narcisos a acenar e campânulas a abrir, sempre a sorrir na serra que se estende ao sol em lonjuras de branco.
Branca como só a neve sabe ser, lá no ponto mais alto, ao pé da morada dos deuses.

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo,pode dizer-se que tem uma veia poética,isto é k é inspiração!...Parabéns Dr.

Andradarte disse...

Sugestivas imagens. Dá para matar saúdades do meu tempo de montanhista.Saudades....muitas.
Parabéns pelo texto.
Um abraço

Anónimo disse...

serra da estrela
meu parque de alvura
branca e leve neve
imensidão de beleza
do mais alto ao mais baicho
suave aroma a frescura......

Maria de Fatima F.S.Cardoso--Fatita