O Cinema de Seia tem registado nos últimos meses uma grande quebra na afluência de público. Sensivelmente desde Novembro que tal se verifica. A receita utilizada na dinamização deste equipamento tem sido a mesma de sempre, com mecanismos ainda mais reforçados, sobretudo na promoção – 5 mil agendas culturais, mais de 1500 endereços de e-mail, site da Casa da Cultura, jornais e rádios, cartazes, etc.
Além disso, os filmes demoram, como sempre demoraram a chegar a Seia cerca de dois meses, fruto da política das grandes distribuidoras que lançam um número limitado de cópias, o que faz com que estas sirvam primeiros os grandes centros e só depois sejam libertadas para a chamada “província”
O que poderá justificar este abrandamento poderá ser o facto de hoje se ter acesso na internet aos filmes muito antes de se estrearem, permitindo efectuar muitos download’s. Com isto poderemos estar a assistir a um fenómeno semelhante ao que ocorreu na década de 80, com a emergência dos vídeos.
Tudo isto são questões que nos devem merecer atenção e reflexão, nos dias que correm, de forma franca e aberta e neste caso esperar que esta crise passe e o público de Seia se volte a encontrar de forma maciça com o cinema.
Além disso, os filmes demoram, como sempre demoraram a chegar a Seia cerca de dois meses, fruto da política das grandes distribuidoras que lançam um número limitado de cópias, o que faz com que estas sirvam primeiros os grandes centros e só depois sejam libertadas para a chamada “província”
O que poderá justificar este abrandamento poderá ser o facto de hoje se ter acesso na internet aos filmes muito antes de se estrearem, permitindo efectuar muitos download’s. Com isto poderemos estar a assistir a um fenómeno semelhante ao que ocorreu na década de 80, com a emergência dos vídeos.
Tudo isto são questões que nos devem merecer atenção e reflexão, nos dias que correm, de forma franca e aberta e neste caso esperar que esta crise passe e o público de Seia se volte a encontrar de forma maciça com o cinema.
3 comentários:
Meu Caro: não me parece que seja esse o principal motivo do afastamento das pessoas do cinema. O mesmo fenómeno se está a passar em todos os cinemas das pequenas cidades vizinhas. Aliás, o cinema de Seia - embora a Casa tenha um desenho arquitectónico muito ultrapassado para as exigências do cinema actual e não adequado para teatro de média produção - ainda é a única, num raio de 50 quilómetros, que tem algum público. Gouveia, Oliveira, Nelas e Mangualde é tudo mentira. Manteigas tem público mas apenas devido ao seu afastamento dos grandes centros.
O que se passa é que não há blockbusters a aparecer em Seia. A programação não cativa e quando vem um filme de produção maior ele não é devidamente publicitado com cartazes de grande dimensão, como aconteceu, por exemplo, com o There will be blood, um filme que competiu para o Óscar deste ano e que passou perfeitamente despercebido porque nem um cartaz que se visse foi afixado. As pessoas passam à frente do cinema e olham para o cartaz. Não se iluda com as belas agendas, que ninguém as lê, infelizmente. Muita informação condensada numa brochura torna-se praticamente inútil. Aquilo não é um livro de cabeceira para que as pessoas a consultem todos os dias.
Devia ser, é verdade, mas não é.
Devem poupar esse dinheiro e distribuí-lo por publicidade eficaz de proximidade, quanto a mim.
Apostar no evento de cada semana e uma semana de cada vez.
E não devemos esquecer que apareceu o inverno e, para além de não haver dinheiro, também não há grande vontade de sair de casa.
Também não acredito que as pessoas de Seia vão a Viseu - menos ainda a Coimbra - ver as estreias. Não pense nisso. Vão lá mas é passear nos shoppings e ver quem passa. Se quer ver senenses vá ao Palácio do Gelo. Mas não os vai ver comprar nada, descanse!... Menos ainda no cinema.
Quanto aos downloads, eu digo-lhe que vejo no cinema de Seia um ex-aluno meu que domina essa tecnologia toda há anos e vai lá todos os fins de semana com os pais.
Uma coisa nada tem a ver com a outra.
O ecran do cinema tem muitos metros quadrados de área e som surround. Não é um monitor de computador de 19 polegadas.
Por acaso as cópias recebidas nem sempre tiram partido dessa diferenciação, e isso é outro problema. É o caso do filme deste fim de semana. Aquilo "parece uma televisão" diziam ontem duas colegas minhas. Porque a tela utilizada é pequeníssima e como está muito recuada relativamente ao desenho "em comprimento" da sala... parece ainda menor.
Nada disso se usa hoje em dia.
Mas é o que temos...
Há que insistir para que se recebam cópias em tela total.
E há que animar o cinema com outras iniciativas antes dos filmes. Agora uma coisa também é certa: a interrupção do ciclo sexta - sábado - domingo tem-se revelado muito prejudicial em todos os cinemas da região. Em Gouveia foi isso que matou o cinema. Espectáculos todos os sábados. As pessoas só podem ir sexta e domingo. Sexta estão cansadas e não há feed-back para o domingo. Quem vai ao espectáculo no sabado já não vai ao cinema no domingo. É muita confusão, percebe?
Podemos falar destes assuntos com mais calma, quando quiser.
É que está tudo inventado.
É só seguir os manuais, como alguém dizia na AM...
bem visto
albertino
bem visto
albertino
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