Acabei de ler no princípio das férias de Natal o livro de Zita Seabra “Foi Assim”.
Desde há muito que me fascina o período “antes do 25 de Abril” em Portugal, do ponto de vista histórico. Agora está muito na moda o Salazar, mas a mim sempre me seduziu mais o lado dos que combatiam a ditadura, embora me prepare para um deste dias ler “Máscaras de Salazar”, de Fernando Dacosta!
Goste-se ou não de Zita Seabra, até porque, como diz Vasco Pulido Valente, “Zita Seabra é como a França para Tocqueville: pode ser à vez, objecto de admiração, de ódio, de piedade e de terror”, mas despertam-me curiosidade as histórias dos que lutaram pela liberdade, (ou não fosse o livro da minha vida - "Longo Caminho para a Liberdade" de Nelson Mandela). E esta senhora, como tantos outros, sobretudo comunistas, viveram em Portugal períodos “fascinantes”, na clandestinidade, resultante de um trabalho extremamente laborioso, eximio, meticuloso e deveras perigoso.
Só que, como se sabe, depois de conquistada a liberdade, Cunhal quis implantar ele próprio a sua ditadura e deu no que deu!
Afinal o PCP não sabia mover-se em democracia; afinal a União Soviética não era como a pintavam; o Socialismo e o Marxismo não constituia afinal o sonho vermelho com que sempre sonhavam, nem eram ideologias capazes de desenvolver qualquer país, até que se deu a Perestroika. Com ela houve a debandada de muitos comunistas pelo mundo fora e no caso português, o que deu mais brado foi o de Zita Seabra, que saltou depois para o PSD! O Pina Moura e o Zé Magalhães inscreveram-se no PS e tantos outros se arrumaram num e noutro partido. O caso agora da actualidade é o da Deputada Luísa Mesquita, “corrida” do Partido e que está a sofrer na pele as consequências da sua ousada independência.
Curiosamente tanto Pina Moura como Zita Seabra foram de um extremo para outro, porque acho que nunca vi ninguém ganhar tanto dinheiro em Portugal como eles hoje ganham. Acabam por ser dos mais bafejados pelo sistema capitalista, ideologia que tanto combateram! Enfim mudaram de opinião e o empenho, engenho e arte que outrora colocavam para implementar a igualdade de classes, colocam agora na causa financeira, nem que para tal tenham de vender a alma ao diabo, ou Portugal aos Espanhóis!
Em matéria de leitura, estou a acabar agora “Rio das Flores” de Miguel Sousa Tavares, um romance que curiosamente retrata um período que vai da queda da monarquia a meados do Estado Novo, mas dele falarei mais tarde, assim como do “Sétimo Selo” de José Rodrigues dos Santos, onde a questão ambiental se revela bastante preocupante e enigmática.
Se o leitor quiser entrar no debate sobre estes livros e temas, faça favor de entrar!
Desde há muito que me fascina o período “antes do 25 de Abril” em Portugal, do ponto de vista histórico. Agora está muito na moda o Salazar, mas a mim sempre me seduziu mais o lado dos que combatiam a ditadura, embora me prepare para um deste dias ler “Máscaras de Salazar”, de Fernando Dacosta!
Goste-se ou não de Zita Seabra, até porque, como diz Vasco Pulido Valente, “Zita Seabra é como a França para Tocqueville: pode ser à vez, objecto de admiração, de ódio, de piedade e de terror”, mas despertam-me curiosidade as histórias dos que lutaram pela liberdade, (ou não fosse o livro da minha vida - "Longo Caminho para a Liberdade" de Nelson Mandela). E esta senhora, como tantos outros, sobretudo comunistas, viveram em Portugal períodos “fascinantes”, na clandestinidade, resultante de um trabalho extremamente laborioso, eximio, meticuloso e deveras perigoso.
Só que, como se sabe, depois de conquistada a liberdade, Cunhal quis implantar ele próprio a sua ditadura e deu no que deu!
Afinal o PCP não sabia mover-se em democracia; afinal a União Soviética não era como a pintavam; o Socialismo e o Marxismo não constituia afinal o sonho vermelho com que sempre sonhavam, nem eram ideologias capazes de desenvolver qualquer país, até que se deu a Perestroika. Com ela houve a debandada de muitos comunistas pelo mundo fora e no caso português, o que deu mais brado foi o de Zita Seabra, que saltou depois para o PSD! O Pina Moura e o Zé Magalhães inscreveram-se no PS e tantos outros se arrumaram num e noutro partido. O caso agora da actualidade é o da Deputada Luísa Mesquita, “corrida” do Partido e que está a sofrer na pele as consequências da sua ousada independência.
Curiosamente tanto Pina Moura como Zita Seabra foram de um extremo para outro, porque acho que nunca vi ninguém ganhar tanto dinheiro em Portugal como eles hoje ganham. Acabam por ser dos mais bafejados pelo sistema capitalista, ideologia que tanto combateram! Enfim mudaram de opinião e o empenho, engenho e arte que outrora colocavam para implementar a igualdade de classes, colocam agora na causa financeira, nem que para tal tenham de vender a alma ao diabo, ou Portugal aos Espanhóis!
Em matéria de leitura, estou a acabar agora “Rio das Flores” de Miguel Sousa Tavares, um romance que curiosamente retrata um período que vai da queda da monarquia a meados do Estado Novo, mas dele falarei mais tarde, assim como do “Sétimo Selo” de José Rodrigues dos Santos, onde a questão ambiental se revela bastante preocupante e enigmática.
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