quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Contra o conservadorismo,… abertura total!

No passado fim de semana, dois artigos de opinião na mesma página do Expresso abordavam duas questões pertinentes nos dias de hoje. Num, Francisco Pinto Balsemão falava na necessidade de se vencer o Conservadorismo e noutro, António José Seguro (lembram-se dele?) escrevia sobre os deveres dos partidos políticos.
Pegando assim ao de leve nos assuntos, apetece ir ao fundo das questões também elas de muita acuidade para nós que nos situamos ao nível do Distrito da Guarda em termos de preocupações de Desenvolvimento Territorial.
É que por aqui, como no país, graça muito o conservadorismo, seja ao nível individual, seja colectivo e tanto vale nos partidos políticos, como nas empresas e demais instituições da sociedade.
Nos partidos, já se sabe, estamos fartos de saber, de dizer, escrever, ler e ouvir: - há necessidade destes se abrirem cada vez mais ao exterior, para junto das pessoas, das suas preocupações e assim promover o debate. Mas o que se verifica é muitas vezes o “fechamento” e o “afunilamento”, relegando para segundo plano o resto. E quanto a alargamentos, os mais caricatos a que se assistem, são as chamadas “chapeladas” que servem para dizer que se abrem os partidos às pessoas, fazendo dezenas e dezenas de militantes, mas isso todos nós sabemos como são e para que servem!? Ou não é?
Isto é na política de forma geral, no Distrito, no país e em muitos países da Europa e não é um exclusivo da nossa terra!
Outra questão essencial e aí sim, podemos dar como exemplo o nosso Distrito, é a quantidade de políticos reformados no activo, constando-se que quase metade dos 14 Presidentes de Câmara se encontram nessa situação, à semelhança de outros responsáveis políticos.
Isto não é crime e por ventura será uma mais valia, aproveitar o conhecimento e a experiência de quem sabe, mas também fica bem a tal abertura efectiva a outras gerações.
Nos outros sectores da sociedade o perigo que espreita é de facto o conservadorismo, aqui alargado á letra de Conformismo e Marasmo, ou seja, “como está, está bem” (obrigado!), “convém não mexer para não estragar”!
E aqui, não é preciso ser especialista para perceber que se ficamos na mesma, significa ficarmos cada vez mais longe dos Distritos que apresentam grandes índices de desenvolvimento, como tantos que conhecemos à volta. E não há nada mais desanimador para quem quer ver dinâmicas novas no fortalecimento dos tecidos sociais, económicos e culturais, do que estes estados de espírito apáticos. Nesse sentido, nunca fez tanta falta como agora o espírito de missão politica assim como a força da presença de novos Agentes de Desenvolvimento, no terreno, próximo das pessoas a fazer-fazer e a fazer-andar!
Mário Jorge Branquinho
"Crónica de Seia" no Jornal Terras da Beira
17/01/2008

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois é tem toda a razão. O problema é que esses "dinossauros" que estão na politica desde 1975 pensam mais neles próprios que nas populações que servem, pois caso contrário não estariam a maior parte das nossas freguesias deitadas ao abandono e a perderem cada vez mais população. Não se renova nada nem mesmo os tais "dinossauros". Novos agentes??? nem fale nisso a esses srs.Por outro lado hà como em tudo o reverso da medalha e aqui o revrso da medalha é que o povo que tanto critica na hora de ir votar vota no mesmo. Até aposto que nem um professor de matemática me consegue explicar esta?

Anónimo disse...

Ó senhor Branquinho fale mais de politica no seu blogue. Dê-nos a sua visão dos acontecimentos da vida politica desta terra. Do como vê o PS onde o senhor milita, o PSD que quase desaparece, o j. Tilly a encostar-se e já agora diga-nos se volta a candidatar-se ao Partido Socialista.

Anónimo disse...

Ó senhor Branquinho gostei do seu artigo. Mas só lhe falta uma coisa, para ser coerente: porque não abedica das suas mordomias de responsável da casa da cultura e chefe de secção? Ficava-lhe bem, acredite!

seia.portugal disse...

Não tenho nenhuma mordomia. E chefe de secção é um lugar da carreira administrativa, não é nenhum lugar de nomeação.