quarta-feira, 29 de junho de 2011

Seia comemora 25 anos de elevação a cidade

No dia 3 de julho, a Câmara de Seia vai assinalar o feriado municipal com a distinção de personalidades e alunos do concelho.


As comemorações têm início hoje, 29 de junho, assinalando o 25º aniversário de elevação de Seia a cidade. Com duração até 3 de Julho, o programa arranca logo à noite, pelas 21h00, com a 2ª edição do Concurso Escolas Empreendedoras, iniciativa que envolve alunos da Escola Profissional da Serra da Estrela e da Escola Superior de Turismo e Hotelaria.


O concurso irá decorrer no Auditório da Casa Municipal da Cultura, local onde terá lugar na sexta-feira seguinte, dia 1 de julho, às 21h00, o Fórum “Pensar a cidade”, um debate público em torno do desenvolvimento urbano de Seia.


No sábado, 2 de julho, pelas 11h00, decorrerá na ETAR de Sameice uma sessão simbólica de inauguração do sistema de tratamento de águas residuais do concelho de Seia (setor noroeste). À noite sobe ao palco da Casa Municipal da Cultura a Orquestra da Escola Profissional da Serra da Estrela para uma noite de gala.


No dia da cidade, a 3 de julho, a autarquia irá promover a habitual cerimónia de atribuição dos prémios de mérito escolar e de campânulas de mérito municipal. A sessão solene terá início pelas 15h00, no auditório da Casa Municipal da Cultura.


Os Prémios de Mérito Escolar vão distinguir os 14 melhores alunos do concelho, respetivamente das escolas dos 2º e 3º ciclos, da Escola Secundária de Seia, da Escola Profissional da Serra da Estrela, da Escola Superior de Turismo e Hotelaria e do Conservatório de Música de Seia.


Relativamente às Campânulas de Mérito Municipal serão, este ano, atribuídas a seis personalidades, pelos seus feitos notáveis em prol do concelho. Após a cerimónia a autarquia vai proceder, às 16h30, à inauguração do “Novo Mercado de Seia”, espaço criado no âmbito da Agenda 21 Local de Seia, para que todos os munícipes possam expor, mostrar, trocar, vender e partilhar com a comunidade o seu eco-talento, ou seja um passatempo, projeto, um produto, uma arte, criados a partir de recursos locais.


A finalizar o programa, irá decorrer o Festival Internacional de Publicidade “Publi…cidade de Seia”, pelas 21h45, no auditório da Casa Municipal da Cultura.


sábado, 25 de junho de 2011

FESTIVAL PUBLI... CIDADE DE SEIA DOMINGO À NOITE


Domingo, dia 3 de Julho, Auditório da Casa da Cultura de Seia

21H45

Dando continuidade ao ciclo de festivais já realizados em anos anteriores no município de Seia, a FORDOC irá apresentar, mais uma edição de autor do Festival Internacional de Publicidade "PUBLI... cidade Seia".

Nesta edição serão apresentadas algumas das melhores colecções e estratégias publicitárias, realizadas nos últimos anos.

Com uma duração aproximada de 90 minutos e tendo como orador Paulo Antunes, prende-se que esta sessão também seja um momento de convívio e aprendizagem através de casos de estudo, do humor, despertando a atenção para os conceitos de marketing e publicidade a um público menos atento a estas matérias.




Entrada livre.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Feira de Trocas e de... Sorrisos




Dia 2 de Julho, Sábado durante toda a manhã, há mercado de vendas e trocas, na Av. Dos Combatentes da Grande Guerra, por trás o edifício da Câmara, à sombra das árvores. É uma iniciativa conjunta da Câmara, da Junta e da Associação de Arte e Imagem de Seia. Já há muitas inscrições, mas quantas mais, melhor. E quantas mais pessoas por lá passarem, mais justifica a continuação de uma iniciativa que tem tudo para dar certo.


Quem tem coisas em casa que queira vender ou trocar, é agora a oportunidade.


Vou ver se também arranjo uma quantas coisas para trocar. Uns pratos de gira-discos, livros, máquinas de sulfatar, de aspirar, de fotografar, de carimbar e de qualquer coisa! Pode ser que resulte! E pode ser que haja também outras trocas, nesta feira que é de Trocas e Baldrocas. Talvez abraços, por maus feitios. Sorrisos por caretas. Ou o contrário – invejas por coisas de nada. Punhados de tudo, por mãos cheias de nada! E assim, por aí fora, nestes tempos que correm, em que somos obrigados a poupar em tudo, menos nos sorrisos e na amizade.

Vamos à Feira!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

DUO CARLOS BARRETTO E BEATRIZ PORTUGAL NA CASA DA CULTURA DE SEIA




Esta segunda-feira, dia 20 de Junho o Município de Seia em colaboração com a Cultideias, oferecem ao público um concerto com o duo Carlos Barretto (Contrabaixo) e Beatriz Portugal (Voz), que terá lugar no Auditório da Casa da Cultura a partir das 18 horas.

Na ocasião será feita a apresentação da candidatura Cultrede 2011 – 2013, liderada por Seia e que contempla programação cultural financiada a 80% para 9 municípios portugueses.

O Duo Bea&Barretto interpretará temas inéditos e versões jazzisticas, temas de filmes, temas latinos, música francesa, blues, choros, poemas musicados, standards, temas originais, etc.

Pela natureza da formação (voz e contrabaixo) temas bem conhecidos do grande público transformam-se radicalmente, despidos até à sua essência e crescendo no improviso. Temas originais do duo são também apresentados de forma inédita.






Quando se fala de Jazz em Portugal, o nome de Carlos Barretto é uma referência de mérito incontornável. A crescente internacionalização da sua actividade artística tem levado a sua música a muitos destinos, tanto na Europa como no resto do mundo, sempre com rasgados elogios por parte da crítica especializada.




Beatriz Portugal tem participado como cantora em diversas formações de jazz.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

SEIA RECEBE VOLTA AÉREA A PORTUGAL DE ULTRALEVE




O Aeródromo Municipal de Seia vai acolher no próximo dia 10 de Junho a 1ª etapa da Volta Aérea a Portugal de Ultraleve, num percurso que ligará Atouguia da Baleia a Seia.



A iniciativa, de carácter não competitivo, é organizada pela Associação Portuguesa de Ultraleve e contempla 4 etapas. Seia vai ser a primeira cidade a receber a Volta, num percurso que tem início na Atouguia da Baleia.


A chegada ao aeródromo de Seia está prevista para as 15:30h, local onde os pilotos farão algumas demonstrações e acrobacias. No dia seguinte as aeronaves descolarão, às 10h, para Matila de los Caños. Daqui voam em direcção a Mirandela, concluindo o trajecto em Águeda no dia 13 de Junho.


ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E HOTELARIA (ESTH) DO IPG APRESENTA “PORTUGALIDADES – O LEGADO DE UM POVO”




Esta quinta e sexta-feira (dias 9 e 10 de Junho) as pessoas de Seia estão convidadas para se deslocarem à Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, na Arrifana, para participarem numa representação relativa à História de Portugal.


Trata-se de uma iniciativa da unidade curricular de Organização e Gestão de Eventos e insere-se nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.


A atividade tem como principal objetivo ilustrar alguns dos principias contributos que, ao longo sua longa história, Portugal deu ao Mundo nas áreas da Ciência, Artes (Pintura e Literatura) e Gastronomia. Será, igualmente, dado particular destaque ao papel dos portugueses da Idade da Expansão, enquanto precursores da globalização ao terem, de uma forma sistemática e consciente, promovido a primeira globalização à escala planetária.

Relativamente à sua vertente científica e pedagógica, o “Portugalidades” assumir-se-á como uma aula-aberta encenada, interativa, na qual os participantes serão convidados a interpretar cada uma das quatro idades de Portugal – da Formação, da Expansão, da Incerteza e da Transição – através de um itinerário no qual abundarão teatralizações e cenários alusivos a cada uma das idades de Portugal. Neste âmbito, destacar-se-ão episódios históricos considerados representativos de cada uma das referidas Idades.

Além do seu cariz didático, haverá também lugar a todo um conjunto de atividades lúdicas, música ao vivo, jogos para os mais novos, mostras gastronómicas dispostas em quatro áreas distintas em que se poderão degustar iguarias inspiradas em cada uma das Idades de Portugal, bem como workshops de dança, artesanato e muita animação de rua.

Parte das receitas deste evento reverterão a favor de ações de beneficência.

O programa contempla:


- Visita teatralizada às diferentes Idades de Portugal;
- Atividades lúdicas, Recriações históricas, Workshops e Animação de Rua;
- Tasquinhas alusivas às 4 idades de Portugal;
- Atuação de algumas bandas, outras surpresas.


Para participar, será apenas necessária a deslocação até à Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia. A entrada no evento é gratuita. Para além das diversas encenações históricas a que o evento se refere, haverá também a oportunidade de apreciar e degustar diversas iguarias típicas da região e das várias Idades em questão (Idade da Formação, Idade da Expansão, Idade da Incerteza e Idade da Transição).







segunda-feira, 6 de junho de 2011

Legislativas 2011 em Seia



O PSD foi o grande vencedor das eleições legislativas no concelho de Seia, à semelhança do resto do país. Dos mais de 14 mil eleitores que votaram no concelho, 5.841 votaram PSD e 4. 917 no PS. Ou seja, o PSD conseguiu mais 924 votos que o PS. Relativamente a freguesias, os sociais-democratas venceram em 15 e o PS em 13, registando-se um empate em Torroselo.


Outra surpresa para reflectir, foi o facto do PS pela primeira vez desde o 25 de Abril perder na Freguesia de Seia, ainda que por 80 votos.

E claro, a hecatombe no Distrito da Guarda para o PS também foi imensa, ao registar-se a eleição de 3 deputados para o PSD e um para o PS, tendo de tirar-se ilações, já que nunca aconteceu o PS deixar de eleger 2 deputados. Além de ter perdido nos 14 concelhos do Distrito.


Relativamente à saída de Sócrates, foi digna, esperando-se as movimentações naturais para a sua sucessão, falando-se em Zé Seguro, António Costa, Cesar e Assis.


Passos Coelho formará governo com Paulo Portas, numa coligação de maioria PSD / CDS, para cumprir as duras medidas da Troika.


Esta é uma leitura superficial dos factos, já que a minha posição a tomarei nos órgãos do partido a que pertenço.

Os resultados eleitorais das Freguesias do concelho de Seia são os seguintes:

Alvôco da Serra - PS 148, PSD 89, CDU 23, CDS 19, BE 20
Cabeça – PS 66, PSD 25, CDU 8, CDS 4, BE 2
Carragosela – PSD 91, PS 90, CDS 37, CDU 15, BE 7
Folhadosa – PS 140, PSD 70, CDS 4, BE 3, CDU 2
Girabolhos – PSD 129, PS 51, CDS 8, BE 6, CDU 0
Lajes – PSD – 106, PS 58, CDS 22, BE 2, CDU 1
Lapa dos Dinheiros – PS 81, PSD 74, CDS 33, BE 10, CDU 4
Loriga – PS 304, PSD 179, CDU 62, CDS 45, BE 14
Paranhos – PSD 459, PS 167, CDS 91, BE 15, CDU 11
Pinhanços – PSD 255, PS 78, CDS 46, BE 6, CDU 3
Sabugueiro – PS – 114, PSD 58, CDU 28, CDS 22, BE 15
Sameice – PSD 136, PS 68, CDS 17, CDU 7, BE 3
Sandomil – PSD 278, PS 169, CDS 50, CDU 21, BE 6
Santa Comba – PSD 180, PS 153, CDS 37, BE 21, CDU 11
Santa Eulália – PSD 91, PS 57, CDS 18, BE 4, CDU 4
Santa Marinha – PSD 224, PS 169, CDS 50, CDU 29, BE 26
Santiago – PSD 290, PS 178, CDS 57, CDU 31, BE 18
São Martinho – PS 180, PSD 119, CDS 31, CDU 22, BE 15
São Romão – PS 559, PSD 510, CDU 159, CDS 135, BE 57
Sazes da Beira – PSD 79, PS 40, CDS 18, BE 3, CDU 2
Seia – PSD 1.254, PS 1.174, CDS 328, CDU 201, BE 147
Teixeira – PS 76, PSD 44, CDS 9, CDU 8, BE 3
Torroselo – PS 82, PSD 82, CDU 38, CDS 17, BE 11
Tourais – PSD 525, PS 188, CDS 79, CDU 11, BE 4
Travancinha –PSD 178, PS 60, CDS 18, BE 9, CDU 7
Valezim – PS 86, PSD 83, CDS 15, BE 9, CDU 6
Várzea - PS 84, PSD 45, CDS 5, CDU 5, BE 4
Vide – PS 161, PSD 112, CDS 28, CDU 13, BE 5
Vila Cova – PS 136, PSD 76, CDS 15, BE 12, CDU 9

Fonte: CMS

A negrito: Freguesias PS

domingo, 5 de junho de 2011

Hoje há teatro em Seia


Imagens do ensaio de ontem do espectáculo EM VIAGEM, com mais de 30 actores de Seia, onde, desta vez também me incluo, e 5 actores profissionais da companhia Trigo Limpo, Teatro ACERT.


A estreia é hoje à noite, perto das 22 horas, já depois dos resultados eleitorais,... para descomprimir.


Fica o convite, que vale a pena.

terça-feira, 31 de maio de 2011

EM VIAGEM, Trigo Limpo Teatro Acert e actores locais na Casa da Cultura de Seia


Domingo, dia 5 de Junho, pelas 21H45, terá lugar no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia a apresentação do trabalho final da Residência Artística do Trigo Limpo Teatro ACERT e actores locais, que decorre de 2 a 5 de Junho.


O espectáculo de circulação na Cultrede, tem por base uma narrativa dramatúrgica baseada no cruzamento do conto “A Viagem” de Sophia de Mello Breyner Andresen e a “História Trágico-Marítima” de Bernardo G. de Brito. Um espectáculo final com um cenário e um elenco base do Trigo Limpo teatro Acert que integra, até 20 elementos da comunidade do concelho de Seia, que terão uma formação em construção (de vime), movimento e interpretação nos 3 dias anteriores à apresentação.




Resumo:
Um casal (que pode lembrar os antigos descobridores) parte em viagem. Chegam a uma encruzilhada. Devemos estar a chegar – disse o homem. E continuaram.
Devemos estar enganados. Devemos ter vindo por uma caminho errado – disse a mulher. Com certeza que nos enganámos no caminho. O que é que vamos fazer?
- Seguir em frente. E seguiram…
Numa sucessão de enganos o casal acaba por chegar a vários sítios mas continua sempre a perder-se e não encontra nunca o caminho de regresso.
Estes vários locais que encontra são as narrativas da história trágico-marítima:
“…e fomos até ter vista da ilha, mais por teima que por outra coisa e não achámos saída; e não achando saída fizemos um bordo de sudoeste para a contrabanda donde viemos, onde andámos quinze dias sem poder sair com muita chuva, vento e frio. E nisto andámos resgatando mantimento. E metemo-nos em um rio pequeno onde estivemos três dias. Aqui veio um filho do xeque da terra, a que eles chamam Feluz, e esteve falando com D. Luís, e trouxe de presente um galo e um pouco de arroz e lhe deram um barrete vermelho e mais um pedaço de pano vermelho pintado. E ao outro dia veio o pai e trouxe dois galos e um fardinho de arroz e levou outro barrete e uma bracelete de prata…”

domingo, 29 de maio de 2011

Nuno Portugal apresenta em Seia o Voo da Papoila



O Jovem realizador de Seia, apresentou hoje ao público da cidade, na Casa Municipal da Cultura, a sua ultima curta-metragem – O VOO DA PAPOILA.

O texto resumido do filme é este:



Uma simples fotografia e uma canção unem para sempre três personagens. O fotógrafo Sebastião, o soldado JOAQUIM e a criança RUI que se tornam, através de uma foto, ícones da esperança de Abril. E a questão lançada é, o que é feito dessa esperança 30 anos depois? E não estaremos nós a voltar de novo atrás, como nos prometeu a gaivota?


Trata-se de um trabalho de 15 minutos, financiado pela RTP e ICA, produzido por António Ferreira e Tathiani Sacilotto.

Na ocasião, Nuno Portugal apresentou igualmente uma outra curta-metragem – Hepicat, uma obra que já não teve financiamento e que por isso fica muito áquem da primeira, por falta de meios, conforme revelou o autor.

Ainda antes da apresentação de videoclips e outros trabalhos de Nuno Portugal, o público teve oportunidade de estabelecer diálogo com o realizador, que contou a sua história de vida. Um percurso que já leva 6 anos em termos de carreira profissional e que resultou e resulta de muita persistência, muito trabalho e dedicação.

Um talento de Seia no mundo do cinema, a dar provas de grande profissionalismo e de quem se espera uma carreira prometedora.
Nuno Portugal nasceu em 1982 em Coimbra mas foi naturalizado em Seia onde sempre viveu.

Licenciado em Estudos Artísticos (na vertente de cinema) em 2007 na Universidade de Coimbra.

O seu primeiro filme foi "O Outro Lado", uma curta metragem que recebeu uma menção honrosa no FANTASPORTO e que é uma das vencedoras no "Jovens Criadores 2006". Desde então tem realizado e montado inúmeros videoclipes, assim como trabalhos cinematográficos e institucionais ao serviço da Produtora PERSONA NON GRATA PICTURES (antiga ZED FILMES).

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pontes do Alva e Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do IPG alertam para os perigos do álcool



No passado dia 19 de maio, o Projeto Pontes do Alva, promovido pela Associação de Beneficência do Sabugueiro, dinamizou, em parceria com a Escola Superior de Turismo e Hotelaria, uma ação de sensibilização para o consumo de bebidas não alcoólicas. Esta ação consistiu na composição, por parte dos alunos da ESTH, de cocktails sem álcool, oferecidos aos visitantes da VII Expo Social, evento promovido anualmente pelo Município de Seia.



A equipa técnica do Pontes do Alva procurou sensibilizar para a existência de alternativas ao álcool, e para as consequências do consumo em excesso desta substância.


No período da manhã, a iniciativa deu seguimento ao workshop sobre Prevenção Rodoviária também no âmbito da VII Expo Social. Já no período da tarde, a ação conjunta do Pontes do Alva e da ESTH foi contextualizada pelo Fórum sobre Violência Doméstica que teve lugar nas instalações da Casa Municipal da Cultura, tendo participado cerca de uma centena de pessoas.

Realçamos que, quer a sinistralidade rodoviária, quer a violência doméstica são problemáticas potencialmente provocadas ou agravadas pelo consumo abusivo de álcool, pelo que a iniciativa não poderia ser mais pertinente.

A organização deixa um agradecimento especial a todos os que contribuíram para o sucesso desta iniciativa.


Filmes de Nuno Portugal, na Casa da Cultura de Seia




O jovem realizador português natural de Seia, Nuno Portugal vai apresentar nesta edição do ARTIS, vários trabalhos em vídeo de sua autoria.



Será na Casa da Cultura de Seia, dia 29 de Maio, pelas 15:30 horas, no âmbito da programação do Festival de Artes Plásticas – ARTIS X.



Nuno Portugal é Licenciado em Estudos Artísticos (vertente de cinema), foi primeiro assistente de Câmara nos filmes “Embargo” e “A Trança de Inês” de António Ferreira.


No final da exibição do filme, haverá debate, com a presença do realizador.


A entrada é Livre.




terça-feira, 24 de maio de 2011

MERCADO TROCAS & BALDROCAS NO 1º SÁBADO DE CADA MÊS EM SEIA





Organizado pelo Município, em colaboração com a Junta de Freguesia de Seia e Associação de Arte e Imagem, vai ter lugar no próximo dia 4 de Junho em Seia, o denominado “Mercado Trocas & Baldrocas”.




O mercado, que se realizará no primeiro Sábado de cada mês, até Setembro, na Av. Dos Combatentes, (por detrás da Câmara Municipal) destina-se, exclusivamente, a “expositores” não profissionais que estejam interessados em comercializar objectos que acumularam em casa ou do seu artesanato, bem como a pessoas das artes visuais, do espectáculo e da música que queiram actuar ou comercializar os seus trabalhos livremente.


Não é permitida a presença de comerciantes profissionais.


As inscrições são gratuitas e estão abertas na Casa Municipal da Cultura de Seia (238 310 293), embora no dia também se aceitem inscrições.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Novo acordo Ortográfico em debate na Casa da Cultura de Seia


25 de Maio de 2011, pelas 21.30 H, no Auditório da Casa da Cultura



O jornalista do Expresso, António Loja Neves, vai estar em Seia no próximo dia 25 de Maio para debater as alterações provocadas na Língua Portuguesa com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, numa palestra que irá decorrer no auditório da Casa Municipal da Cultura, pelas 21:30h.

Organizada pelo Município de Seia, através da Biblioteca Municipal, com esta palestra pretende-se explicar quais as causas do novo acordo, bem como dar uma explicação pormenorizada das respectivas alterações, estando ainda contemplado uma breve abordagem histórica da evolução da língua portuguesa através dos séculos.





Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores em 2004, António Loja Neves é jornalista no Expresso, onde coordenou por quase três décadas o Departamento de Copydesk, sector que assegura o cumprimento do estatuto editorial e da qualidade da escrita do português naquele semanário. Ligado ao suplemento cultural, tem desenvolvido crítica literária. Foi colaborador da revista Camões, editada pelo Instituto Camões, e de mais publicações especializadas. Fez parte da coordenação das três edições do Campeonato da Língua Portuguesa, organizado pelo Expresso, pelo Jornal de Letras e pela SIC.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ministra da Saúde em Seia



A Ministra da Saúde, Ana Jorge vai inaugurar esta sexta-feira a Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Seia, a funcionar na Folgosa do Salvador, junto ao Lar daquela instituição que faz este ano 440 anos.

Esta Unidade, que é uma espécie de Hospital de rectaguarda, está dotada de uma unidade de média duração e reabilitação, com 30 camas, e de uma de longa duração e manutenção, com 12 camas. Além de clínica de medicina física e reabilitação com fisioterapia e hidroterapia.

Por isso, esta é mais uma estrutura importante, a funcionar no nosso concelho, onde os Serviços Social e de Saúde ganham grande peso.

Já a construção do Hospital de Seia foi igualmente uma grande conquista para o concelho, faltando agora acrescentar cada vez mais valências e serviços.

O que não tem corrido muito bem são os cuidados de saúde primários, que são quase inexistentes no concelho. Basta olhar para o Centro de Saúde, quase moribundo.

Mas esse será um debate para depois das eleições do dia 5 de Junho!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Concerto com Orquestra Filarmonia das Beiras, nos Dias da Música Electroacústica


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21 de Maio, 21h45 no Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura de Seia




Programa:


Jaime Reis – Síntese I para Orquestra de Câmara
Edson Zampronha* – Concerto para Piano e Orquestra Nº1
Ana Cláudia Assis, piano
Jean Sebastien-Bereau** – A Última Porta para Piano a Quatro Mãos e Orquestra
Ana Cláudia Assis e Ana Telles, piano
João Pedro Oliveira – Abyssus Ascendens ad Aeternum Splendorem para Piano, Orquestra e Fita
Ana Telles, piano





* Primeira audição em Portugal
** Estreia absoluta

INTERVENIENTES:
Orquestra Filarmonia das Beiras
Ana Telles, piano
Ana Cláudia Assis, piano

António Vassalo Lourenço, maestro


Bilhetes à Venda







Técnico do Seia solidário na expulsão


O futebol tem destas coisas. O Seia Futebol Clube e o Mileu, que subiram os dois à 1ª Divisão da Guarda em Futebol sénior, jogaram recentemente para ver dos dois, qual era o campeão do Distrito. Ganhou o Mileu, mas no jogo ocorreu uma peripécia, relacionada com os dois treinadores – José Carvalho, do Mileu e Cesar Fernando do Seia.


A história é relatada por Matheus Laboissière, AQUI .

Fotografias digitais não guardam para sempre as memórias do passado



A fotografia digital está a matar o arquivo fotográfico para memória futura, uma vez que as fotografias em suporte digital não duram mais de 15 anos e as fotografias actuais, em papel, a cores também não duram muito mais. Por isso, está em risco a cultura civilizacional desta geração. Quem o disse foi o fotógrafo José Pessoa, na passada sexta-feira à noite, na Casa Municipal da Cultura de Seia, no âmbito da Conversa sobre Fotografia, que decorreu integrada no Festval ARTIS.


José Pessoa, cujo curriculo se pode ver AQUI alertou inclusivamente para as preocupações da UNESCO nesta matéria, sustentando o facto de se viver cada vez mais para o momento, com o advento da internet e de tudo o que é efemero em detrimento da salvaguarda de valores culturais para as gerações vindouras.



Nós ainda vemos fotografias dos casamentos dos nossos pais e avós, mas os nossos filhos e netos não verão as nossas fotografias, advertiu.


José Pessoa falava para 15 pessoas de Seia ligadas à fotografia, aproveitando a ocasião para projectar fotografias associadas à musica, “Rhapsody in Blue” de George Gershwin e “Um Americano em Paris”, o que constituiu também um momento alto daquela noite.

Sérgio Reis, no seu blogue Artes Vivas fala também desta iniciativa AQUI

domingo, 15 de maio de 2011

Exposocial esta semana em Seia


O Município de Seia, a Rede Social e o Contrato Local de Desenvolvimento Social, vão promover, em parceria com diversas entidades, de 17 a 21 de Maio, a VII Edição da ExpoSocial, este ano subordinada ao tema “A Inovação Social: Empreender para Desenvolver”.


Mantendo os traços das edições anteriores, que têm como objectivos criar um espaço de encontro, debate e formação, agregando públicos diversos, a organização preparou para a VII Exposocial um conjunto de actividades, nomeadamente em torno das seguintes temáticas: inovação e empreendedorismo, igualdade de género, educação e cidadania, voluntariado, salientando-se ainda várias manifestações nas áreas das artes e da cultura.


O ponto central será no largo do município, onde estará montada uma grande tenda e na Casa Municipal da Cultura, onde decorrerão vários seminários, conferências e espectáculos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dispositivo de protecção civil na Serra da Estrela pode ser replicado

Está desactivado o Dispositivo Conjunto de Protecção e Socorro da Serra da Estrela, plano que nos últimos cinco meses juntou Bombeiros, Protecção Civil e GNR na vigilância de todo o maciço central acima dos 1400 metros. Neste Inverno, o balanço é considerado bastante positivo, ao ponto de já se estudar a sua aplicação aos meses de Verão, de forma a proteger o Parque Nacional da Peneda Gerês.

Ao terceiro ano de plano conjunto, as melhorias explicam-se com a experiência já adquirida, seja na capacidade de escolha e pré-posicionamento dos meios de socorro, seja no melhor conhecimento dos hábitos e comportamentos de quem frequenta a Serra.

Os números falam por si: Este Inverno, as autoridades evacuaram 133 pessoas – a esmagadora maioria por terem ficado retidas dentro de automóveis e autocarros, quatro vezes menos do que as 557 evacuadas o ano passado. No posto de intervenção que juntou todas as forças, foram atendidas este ano 180 pessoas – menos 359. Por outro lado, foram lançadas operações de busca e salvamento para cinco pessoas que se perderam – menos 13 do que o ano passado - e foram assistidas 62 pessoas vítimas de quedas com traumatismos – menos 16 do que no Inverno anterior.

Pela negativa, apenas um indicador: o das desempanagens, ou seja, aqueles casos em que a mecânica ou – sobretudo – a falta de gasolina trai quem sobe à Serra. Este ano, as autoridades tiveram que ajudar 407 automobilistas, mais 379 do que o ano passado.

Este dispositivo conjunto da Protecção Civil, bombeiros, e Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro, da GNR, abrange os distritos da Guarda e Castelo Branco e, dentro deles, os concelhos da Covilhã, Manteigas, Seia, e Gouveia.



Celso Paiva Sol

segunda-feira, 9 de maio de 2011

CONVERSA INFORMAL DE FOTOGRAFIA, com José Pessoa


No âmbito da programação do ARTIS 2011 – X Festival de Artes Plásticas de Seia, vai decorrer esta sexta – feira, dia 13 de Maio, a partir das 21 horas no Espaço Internet da Casa Municipal da Cultura, uma denominada “Conversa Informal” sobre Fotografia. A Conversa que tem como tema, “Novos Olhares, novos percursos na fotografia” e será orientada pelo técnico de Fotografia e Radiografia José Pessoa.


O município de Seia convida todas as pessoas interessadas em participar na conversa.

Doutorando em História da Arte pela Universidade de Coimbra, José Pessoa cedo começou as suas incursões pelo mundo da fotografia. Primeiro na imagem publicitária, em 1966, mas apenas quatro anos depois sentiu necessidade de aprofundar conhecimentos técnicos.


É nessa altura que realiza um estágio no Instituto José de Figueiredo, onde acaba por ficar durante 17 anos. Em 1987 monta o laboratório do Arquivo Nacional de Fotografia, em formação, e integra desde 1989 a Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto dos Museus e da Conservação.


Do seu vasto curriculum, que inclui o inventário fotográfico nacional, destaque para a direcção de fotografia da Europália e Lisboa 94. Foi ainda membro do grupo de trabalho para o estudo da Pintura Portuguesa do século XV e é o actual responsável pelos exames técnicos e científicos do retábulo flamengo da Sé de Évora. Autor de textos sobre fotografia documental e História da Fotografia, tem comissariado diversas exposições como é o caso de “Luzes da Pedra”, “Fotografia ao Serviço da Obra de Arte I” e “Terra, Mãos e Fogo – Fotografia ao Serviço da Obra de Arte II”.


Tem sido responsável de cursos de técnicos de fotografia e radiografia para o exame de obras de arte e participou com aulas em diversos mestrados e cursos livres, em diversas Faculdades.
Tem leccionado também diversas cadeiras de História da Fotografia.


Actualmente exerce funções no Museu de Lamego.




domingo, 8 de maio de 2011

José Mário Santos vence Prémio Pintura ARTIS, em Seia







“Labirinto”, uma obra de técnica mista em acrílico, da autoria de José Mário Santos, residente na cidade da Maia, foi a grande vencedora do Prémio de Pintura do ARTIS – X Festival de Artes Plásticas de Seia. O prémio, no valor de 1.500 euros (com aquisição da obra pelo município) foi entregue na cerimónia de abertura do Festival, este Sábado à noite, perante uma assistência que quase enchia o Cineeatro da Casa Municipal da Cultura de Seia.


José Mário Santos é licenciado em artes plásticas – Pintura, pela Escola de Belas Artes do Porto e é docente na Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos.


O Júri do Festival, constituido pelos artístas plásticos e docentes Sérgio Reis e Luis calheiros e pelo programador da Casa Municipal da Cultura de Seia, Mário Branquinho, atribui ainda na área da Pintura, as seguintes Menções Honrosas:


“O Beijo de Judas” – Óleo s/ tela, de Adriana Matos, de Azambuja; “Espaço – Off” – Acrílico s/ tela, de Paula Aniceto, de Santa Maria da Feira e “Meeting”, Acrílico s/ tela, de Rui Tavares, de Vila Real.


O Prémio Escultura, no valor de 500 Euros, foi atribuido à obra “Tensão e Alma do Ferro”, de ferro soldado, da autoria de Hugo Maciel, de Sezimbra.


Nesta área de Escultura, foram ainda atribuídas as seguintes Menções Honrosas:

“Metamorfose V”, que utiliza barro e resíduos industriais, da autoria de Iliana Menaia, de Ponte de Sôr e “Perpétuo Movimento”, uma escultura em Bronze, da autoria de Fernando Saraiva, da Figueira da Foz.


Concorreram 92 artistas nas modalidades de pintura e escultura, oriundos de 43 localidades portuguesas, e um artista brasileiro, de Fortaleza.


O Festival ARTIS, decorre de 7 de Maio a 5 de Junho, na Casa Municipal da Cultura de Seia e noutros espaços alternativos da cidade de Seia e para além da Exposição de Pintura e Escultura deste concurso, tem ainda a decorrer Mostras de Pintura, escultura e fotografia de artistas locais, num total de mais de 100 obras expostas.


Do programa das actividades paralelas, para além do espectáculo Caravant Cabaret, da Companhia Ball 17, que decorreu no âmbito da abertura do Festival, o ARTIS conta ainda com workshop’s de escrita criativa, fotografia e pintura, um concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras e outro com uma banda local; um espectáculo com a Companhia de Dança Contemporânea de Sintra – O Mundo que Dança, e uma Residência Artistica de 2 a 5 de Junho com o Grupo Trigo Limpo, Teatro ACERT, que mobiliza também actores locais.

Mais informações, AQUI e AQUI

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Escultor António Nogueira e compositor Jaime Reis homenageados no Festival ARTIS




Os artistas de Seia, na sequência do que é habitual nas edições do Festival ARTIS, vão homenagear este ano mais dois artistas locais.

Nesta décima edição, serão homenageados o escultor António Nogueira, na cerimónia de abertura do Festival, dia 7 de Maio à noite na Casa Municipal da Cultura e o compositor Jaime Reis, no concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras, que se realiza também na Casa Municipal da Cultura, no dia 21 de Maio.

António Nogueira nasceu em Seia a 1 de Março de 1967. Licenciou-se em escultura pela Escola Universitária das Artes de Coimbra ARCA-EUAC em 1994, tempo durante o qual exerceu actividade de escultor numa fábrica de mármores em Alfarelos.


Desde 1995 possui ateliê próprio, em Lavariz, Carapinheira, Concelho de Montemor-o-Velho, onde passou a residir. Entre 1995 e 1999 leccionou Artes Visuais em várias escolas. Encontra-se representado em diversas instituições e colecções particulares, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Jaime Reis nasceu em Dezembro de 1983 e iniciou os seus estudos musicais em Seia aos cinco anos com o Etnomusicólogo António Tilly. É licenciado em Composição na Universidade de Aveiro, onde recebeu três bolsas de mérito. É aluno do doutoramento em Ciências Musicais na FSCH-UNL. Frequentou seminários com Emmanuel Nunes e Stockhausen. Investiga no INET-md. É director artístico do festival Dias de Música Electroacústica, professor e director pedagógico do Conservatório de Música de Seia.




Convite às pessoas de Seia para integrarem Residência Artística de Teatro

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Vai decorrer na Casa Municipal da Cultura de Seia, uma Residência Artística de 2 a 5 de Junho, com o Grupo Trigo Limpo, Teatro ACERT, ver AQUI

Quem estiver interessado, pode participar numa reunião, segunda-feira, 9 de Maio, 18 horas na Casa Municipal da Cultura, onde serão dadas informações detalhadas.


Esta pode ser uma experiência enriquecedora, através do contacto com actores profissionais.


Fica o convite!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caravan Cabaret, na abertura do Festival ARTIS


Senhoras e senhores, meninos e meninas, chefes de família, funcionários, secretárias, intelectuais, desempregados, vereadores da cultura, directores gerais, moradores de um mundo no qual sonhar é uma urgência… Bem-vindos ao "Caravan Cabaret". Um pedaço ambulante de história. Uma caixa de surpresas; um refúgio para proscritos; a estação terminal dos artistas que nenhum espectáculo quer. Bailarinas expulsas dos melhores music-halls de Paris; cómicos espancados nos night clubs de Nova Iorque; mágicos fugidos dos Circos Mundiais; aberrantes belezas esquecidas numa bomba de gasolina por um Freak Show no Minnesota; um cantor que nunca actuará no Coliseu dos Recreios. Para esta família de outsiders interestelares o cabaret é uma forma de viver, de ver, de sentir. Um boulevard de sonhos desfeitos. O Caravan Cabaret é um castigo divino; artistas condenados a vaguear eternamente numa estrada perdida, num revivalismo de glórias passadas; pequenas doses de arte concentrada, a ponto de serem deitadas para o vazio do esquecimento.






http://www.casadaculturadeseia.com/teatro.htm



sábado, 30 de abril de 2011

A minha intervenção na Assembleia Municipal sobre as contas de Gerência da Câmara de Seia




Por ocasião da apresentação das contas de gerencia do municipio relativamente ao ano de 2010, venho aqui fazer uma apreciação politica às mesmas, que é por aí que nesta Assembleia nos devemos posicionar. FAZER AVALIAÇÃO POLITICA DA GESTÃO DO MUNICÍPIO.


Como se constata, a situação não é fácil, mas hoje nada é fácil.


E o que se verifica, é nada mais nada menos do que um arrumar de contas, dos grandes investimentos que tem sido feitos nos ultimos anos em seia e que são decisivos para o progresso do concelho. Não poderemos invocar a necessidade de progresso sem arcar com os custos desse mesmo progresso.


Nesse contexto, temos reflectidas desde logo nas contas, as contas da construção do museu da electricidade, do centro escolar de são romão, das requalificações urbanas e centros históricos das nossas aldeias, da manutenção da rede viária urbana e muito mais.


Ou seja, se o endividamento cresceu em 2010, foi porque houve investimentos que vinham de trás que importava concretizar.

Tudo isto foi feito, no entanto, debaixo de uma política de contenção orçamental que se regista.


Mas que fazer, quando a factura que se paga pelas águas e pelos lixos é ruinosa para as contas do município? A RESPOSTA É – MUDAR. Por isso, o municipio de Seia está já a tratar do Processo de migração das águas do zezere e coa para as águas do mondego, com a certeza de poder baixar pelo menos 20 % no prejuízo destes serviços.


Como podem constatar, até aqui a factura anual é de 3 milhões de euros e a receita de 1 milhão e meio, ou seja, por ano a água e os lixos custam aos cofres do município 1 milhão e meio. ASSIM, É CASO PARA DIZER, - AONDE É QUE ISTO VAI PARAR. E ainda não começaram a contar as várias ETAR’s que vão arrancar dentro de pouco tempo.


Ainda por cima, houve uma diminuição das transferencias do estado na ordem dos 400 mil euros, que representa cerca de 3,6 %, E EM DOIS ANOS JÁ LÁ VÃO 800 MIL EUROS.


Junta-se a isto, uma quebra de impostos e taxas arrecadadas e temos o cenário de dificuldades traçado.


Por isso, é preciso dar a volta por cima, que é o que o executivo socialista está a fazer, com FIRMEZA MAS TAMBÉM COM VERDADE, sem deixar no entanto de continuar a apostar, por exemplo no trabalho das juntas de freguesia e colectividades, para quem houve um aumento de 428 mil euros, no ano de 2010.


Há também uma aposta muito clara, na captação de investimento para o concelho. Vem aí mais 4 empresas, duas delas de Oliveira do Hospital. Mais postos de trabalho, mais alargamento de empresas já existentes, sobretudo de pequenas empresas, porque essas tem efeito multiplicador e se fechar uma, não tem tanto impacto na economia como as grandes.


A ADRUSE, que faz agora 20 anos e que é presidida pelo Presidente da Camara de Seia, aprovou investimentos no valor de 1 milhão e 700 mil euros a 8 pequenas empresas do concelho, cujo montante a fundo perdido será de 791 mil euros.


Depois está prestes a chegar esse grande investimento que é a CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE GIRABOLHOS – que serão mais de 400 milhões de euros de investimento, beneficiando por uns anos a mão-de-obra local e consequentemente o comércio e os serviços.


Por tudo isto, temos esperança em ultrapassar as dificuldades.


Portudo isto o PS acredita e lança, mesmo assim novas obras – CENTRO MUNICIPAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO, REABILITAÇÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE SEIA E ARRUAMENTO DE QUINTELA SANTIAGO, para além de umas pequenas acções de carácter ambiental lançadas, mais pelo simbolismo que representam do que o sumo que deitam – diga-se em abono da verdade.


Porque as populações querem acções concretas, o PS, dentro destas limitações financeiras, vai procurando fazer, sem esquecer que qualquer estrutura que seja feita, tem os seus custos de manutenção. E também por isso, hoje pagamos caro a factura da manutenção de tanto equipamento que fomos exigindo – estádio, cise, museus, biblioteca, arquivo, cinema, piscinas, pavilhões, etc.


Mesmo assim, segue-se o caminho. Modernizaram-se os serviços administrativos, criou-se o balcão único e alargou-se o espectro de actuação dos serviços sociais, para ajudar quem mais precisa.


Na cultura, continou a fazer-se muito mais actividades por menos dinheiro, já que os eventos realizados ao longo do ano, sobretudo na casa da cultura, foram quase todos financiados em 80% pela comunidade europeia, no ambito de uma candidatura feita com mais 17 camaras. Uma política que ainda vai continuar pelo menos mais este e outro ano, num processo que é agora liderado por SEIA.


A fiagris, que era cara, para 3 ou 4 dias, o municipio tomou a decisão de acabar com ela, e em nosso entende bem, por tão dispendiosa que se torna para os cofres do municipio.


Quanto ao resto, esperamos pelo espirito de cooperação por parte do PSD para mobilizar recursos, para estimular as populações, enfim para ajudar a construir um futuro melhor, quando a conjuntura é altamente desfavoravel e quando os interesses do concelho – das pessoas e das instituições estão a cima de querelas partidárias.



A importância do Associativismo no Concelho de Seia abordada na Assembleia Municipal


O grupo do PS com assento na Assembleia Municipal escolheu como tema central do Período antes da ordem do dia - A IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO NO CONCELHO DE SEIA.

Para além da minha intervenção, que publico neste post, irtervieram os Presidentes de Junta de Teixeira, São Romão e Loriga, dando testemunho dos exemplos verificados nas suas localidades.


Por forma a dar mais vida às sessões plenárias da Assembleia Municipal, entendemos que, para além dos assuntos constantes da Ordem de Trabalhos, devemos falar e reflectir sobre temas que a todos nos dizem respeito.


Por isso, informalmente, a bancada do PS escolherá a partir de agora, para cada sessão e sempre que possível, um tema de destaque e para hoje escolhemos falar DA IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO NO CONCELHO DE SEIA.

Um concelho que tem mais de 100 colectividades de cultura, Recreio, desporto e da área social. Instituições que acabam por ter também algum peso no sector económico, com destaque para o sector social, onde as nossas 32 IPSS fazem um trabalho relevante no apoio aos mais desfavorecidos.


Mas também as de cultura, recreio e desporto, que movimento milhares de pessoas e dão vida às nossas freguesias.

Com o apoio de várias instituições e da Câmara Municipal, que em 2010, por exemplo, apoiou em 630 mil euros as associações do concelho.

Mas tem de ser assim, com o apoio de todos e o entusiasmo das pessoas das terras em particular, porque o associativismo é uma mais valia para o desenvolvimento da sociedade e do nosso concelho em particular.


E é em tempos de crise que mais ele é importante.

O Associativismo é visto como uma forma de juntar interesses comuns, defendendo pontos de vista de forma global, possibilitando a intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social, constituindo um importante meio de exercer a cidadania. A importância e o valor do associativismo decorre do facto de constituir uma criação e realização viva e independente; uma expressão da acção social das populações nas mais variadas áreas.

É uma escola de vida colectiva, de cooperação, de solidariedade, de generosidade, de independência de humanismo e cidadania. Concilia valor colectivo e individual. Pelo que, defender, reforçar, apoiar e promover o desenvolvimento do movimento associativo é defender e reforçar a democracia e a participação dos cidadãos na vida social.

Por isso o concelho de Seia é mais rico com as associações. Com Bandas Filarmónicas centenárias. A propósito, faz falta a banda de Seia voltar ao activo. Era um ex-libris da cidade e lamentavelmente não tem tido vida. Lançamos por isso um apelo aos senenses para que volta de novo a Banda de Seia á senda das suas actuações.


Temos também Ranchos Folclóricos, grupos corais, grupos de instrumentistas, associações de recreio e lazer e as colectividades desportivas.


O futebol já foi um dos desportos mais em foco no concelho, mas hoje a tarefa é mais difícil, devido aos grandes gastos que envolve. Contudo, o Seia Futebol Clube, a Associação Desportiva de São Romão destacam-se nesse panorama, sobretudo na formação das classes jovens.


No atletismo temos também o Centro de Atletismo de Seia e a Associação da Senhora do Desterro, que consagram muitos campeões.


Mas há muitas mais associações dedicadas ao atletismo e a outras modalidades que contribuem também para dar vida ao concelho e ocupação aos jovens.

Mas estar nas associações não pode nem deve pensar-se que é à Câmara Municipal que tudo se exige. É em todas as áreas mas no associativismo em particular que tem de haver engenho e arte para se fazer cada vez mais, com menos.


E nem tudo se resume a subsídios financeiros. Há tanto apoio material que tem sido dado e tantas vezes não lembrado, como sejam transportes, materiais, etc.

Nesse sentido, com a participação de todos e o apoio possível das autarquias e de outras entidades, é possível continuar a dignificar o Associativismo em geral e no concelho de Seia em particular, lançando-se a sugestão para que no próximo ano se organize um grande encontro das colectividades do concelho de Seia. Fica a sugestão, porque são muitos agentes em jogo e é sempre bom reunir, falar, trocar experiências e combinar estratégias comuns, inclusivamente para se saber onde se pode obter financiamento noutros lados.

Fica a sugestão.

E por fim fica a convicção de que o associativismo, constitui uma exigência histórica para melhorar a qualidade da existência humana, para melhorar as condições de vida dos indivíduos, uma vez que permite a troca de experiências e a convivência entre as pessoas, resultando em oportunidade de crescimento e desenvolvimento.




Mário Jorge Branquinho, PS
Seia, 29 de Abril 2011


segunda-feira, 25 de abril de 2011

o meu discurso do 25 de Abril na Assembleia Municipal de Seia



25 de Abril sempre!

Começo, como acabarei este discurso, com esta frase, que lança o mote do que penso e da disposição que tenho em relação aos ideais de Abril: LIBERDADE, VERDADE e DESENVOLVIMENTO!

E começo por aqui, porque os tempos que atravessamos, são dos mais difíceis da nossa história mais recente, onde liberdade, verdade e desenvolvimento continuam a ser paradoxos que nos fazem pensar, num quadro de preocupações cada vez mais latente.

Liberdade de acção em tempos de novas ditaduras, subjugadas aos interesses económicos, dos mais ricos sobre os mais fracos.

Verdade, que é a verdade que falta, tantas vezes nos actos, nos relatórios e nas palavras das instituições onde se ancora a subsistência das comunidades das nações.

E Desenvolvimento, que é uma permissa que tem de estar permanentemente em vigor, sobretudo em regiões desfavorecidas dos países, seja de que continente for.

Lembrar Abril é lembrar estes conceitos simples e por vezes gastos, mas essenciais às democracias e à sã convivência dos cidadãos.

Evocar Abril é lançar esperança e abrir caminho para novos desígnios, assente nestes três pilares, mas onde o cidadão é, e terá de ser sempre, o centro das preocupações.

Comemorar Abril, significa partilhar ideais de progresso e de modernidade, num tempo que não tem contemplações para atrasos culturais e inércias estruturantes.

Comemorar Abril significa acreditar no futuro e não embandeirar nem em desânimos, nem em laxismos. E se há alturas em que faz mais sentido apelar aos sentimentos que fizeram o 25 de Abril, este é o momento!

Porque é preciso remar contra o desalento e o desânimo, o país precisa de todos e de cada um! E todos não somos muitos.

O país, que não está perdido, mas em situação aflitiva, precisa de pequenas revoluções diárias, que todos nós, quer no nosso dia-a-dia profissional, quer na nossa comunidade, enquanto espaço aberto á cidadania.

Não vou lastimar o momento que vivemos nem enveredar pelo discurso moralista e politicamente correcto, que uma ocasião como esta propícia. Vou antes seguir o caminho da reflexão que leva ao ânimo e ao desejo de lutar por um país que resiste, um país que tem potencialidades e oportunidades suficientes para se afirmar no quadro das nações. E tanto é válido um discurso numa assembleia, como um lamento na rua ou uma observação num qualquer lugar que frequentamos - porque tudo faz corrente e quem governa tem de saber interpretar as correntes e os sinais das populações, independentemente da firmeza e da determinação que se impõe aos governantes.

Neste quadro, muito tem sido feito para o progresso do nosso país, com destaque para o crescente indice de exportações, para a aposta nas novas tecnologias e nas ciências em geral, mas muito mais há para fazer, sobretudo quando a conjuntura internacional desfavorável se abate sobre nós!

E num tempo como o tempo que atravessamos, aos políticos pede-se verdade e trabalho e aos cidadãos, trabalho e … trabalho.

E no quadro da governação, há uma altura em que os partidos em geral terão de colocar os interesses do país, á frente de qualquer interesse eleitoralista e querelas partidárias, particularmente agora, com o Estado num estado preocupante.

A conjuntura não tem sido favorável e os mercados poderosos têm condicionado os países pequenos como Portugal.

No entanto e pese embora todas as vicissitudes, o Partido Socialista, como partido que mais tem contribuído para o progresso do país nestes anos de democracia, continua a ser o melhor posicionado para defender o interesse nacional e negociar medidas difíceis.

Com o devido respeito, não são, em nosso entender, os partidos de extremos ou outros de líderes fracos e inexperientes, que serão capazes de conduzir o país num momento tão difícil. No pouco tempo de serviço, o líder do principal partido da oposição em Portugal já deu mostras preocupantes da sua fragilidade, da sua incoerência e da sua impreparação, para o desempenho de um cargo tão exigênte como o de ser Primeiro-Ministro de um país pequeno territorialmente, mas grande em complexidade.

No entanto, como todos já verificámos, todos os partidos, terão de assumir o seu compromisso e a sua responsabilidade, com sentido de estado e espírito de missão, para que daí resulte uma melhor governação e a salvação do país. Porque o que se fizer nos próximos 3 anos, será determinante para o nosso futuro. Para o bem e para o mal.

Atendendo sempre à necessidade de salvaguarda do Estado Social, como garante da sobrevivência mínima e apoio indispensável a uma melhor qualidade de vida dos cidadãos em geral, importa por isso, aproveitar a actual situação desfavorável que o país atravessa, para que se façam as reformas necessárias ao seu desenvolvimento.

As dificuldades devem ser usadas para nos fazer crescer e não para nos desencorajar. Somos dos que acreditamos que o espírito humano cresce mais forte no conflito, que é quando se faz das fraquezas forças e se vence!

Porque, como sempre ouvimos falar, - a verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.

O país, este país que teimosamente tem vivido acima das suas possibilidades, tem de se levantar, como noutros períodos díficeis da sua história se levantou.

O país, este país, como tantos outros, vítima do capitalismo selvagem, tem de seguir novo rumo.

O país, este país dominado por lobbies, tem de fazer da JUSTIÇA uma bandeira e agitá-la de modo a evitar convulsões sociais e uma maior degradação do sistema político e económico. Ninguém resiste ao sentimento de impunidade de alguns, quando se é forte com os fracos e fraco com os fortes!

Em Abril é tempo de dizer basta a certos desvarios, que não são um exclusivo da classe política, mas de tantas classes que minam e mamam na teta do e Estado!

Em Abril é tempo da união de esforços de todos e de sacríficios repartidos. É tempo de colocar em marcha um desígnio mobilizador, que nos ponha a todas a remar para o mesmo lado, com os partidos á frente, para sairmos da situação em que nos encontramos.

Neste dia em que comemoramos a revolução dos cravos, devemos erguer a nossa voz e juntá-la às demais, e ajudar a fazer a corrente necessária para ajudar o governo a fazer o que é preciso.

A gravidade do momento não nos dá margem para manobras eleitoralistas e apela á intervenção de cada um de nós, a partir do lugar onde nos encontramos, para contribuir para o salto que o país tem de dar.

É num quadro cinzento que a Europa e o mundo tentam ultrapassar novas crises e novas fronteiras, num permanente confronto com os avanços tecnológicos, onde a máquina e o virtual se substituem ao homem.

Onde o global chega ás nossas terras, com o que de bom a ciência proporciona, mas com todos os efeitos colaterais que a mesma produz. Os efeitos colaterais das guerras de mercados financeiros, comandados por homens sem escrúpulos e tudo o mais que escapa tantas vezes ás boas intenções governativas.

E assim se aplica ao nosso concelho a mesma visão do mundo: de problemas, de controvérsias, de dificuldades, mas também de soluções.

E assim se pode dizer com toda a propriedade que, também localmente, aqui em Seia, a melhor alavanca para o progresso é, desde logo, o entusiasmo, a dedicação e o gosto que as pessoas põem naquilo que fazem e o espírito de iniciativa que empreendem.

Na mobilização coletiva que é preciso fazer, deve por isso conjugar-se experiência e juventude, conhecimento técnico e científico com sabedoria popular.

É tempo de todos sabermos separar o essencial do acessório. De todos nos mobilizarmos em torno desse grande desígnio camarário, que é o da criação de postos de trabalho, para o aumento da riqueza no nosso concelho. Sem nos desviarmos um milimetro dessa grande prioridade por demais evidente e por todos reconhecida.

Não é fácil criar empregos, mas o nosso rumo não pode sair dessa linha. Muito tem sido feito neste sector, como se tem verificado na ténue mas crescente criação de postos de trabalho, mas temos de fazer ainda mais e melhor.

Para lançar desafios permanentemente, porque este trabalho nunca está feito.

Para pedir ajuda aos que estão fora e que podem contribuir, e que podem influenciar!

Para dar novas pistas para criação de riqueza.

Lá fora, as populações esperam dos políticos locais, acções e politicas concretas, que dêm frutos e de preferência no imediato, porque o tempo não tem contemplações.

Temos de ser críticos de nós próprios e muito exigentes!

Às Câmaras Municipais pede-se acção. Obra!

Às Assembleias Municipais pede-se fiscalização da actividade dos municípios, mas também se pede debate e reflexão sobre assuntos locais.

Por isso, é essencial trazer para este forum o debate necessário e pertinente sobre as questões do concelho.

Por isso também, devemos fazer desta tribuna um lugar para procurar influenciar o executivo para aquilo que entendemos que é o melhor para o nosso concelho, sem tibiezas ou falsos moralismos, porque todos temos esse dever. Aqui é o lugar da palavra e como em Abril, a palavra é uma arma. Saibamos nós utilizá-la. Saibamos nós interpretar as palavras de cada um, neste quadro complexo em que nos movimentamos.

Não podemos pensar que não adiantamos nada em falar. Temos de falar. Temos de nos entusiasmar, de dar animo uns aos outros, para puxarmos pelo entusiasmo e dinamismo e contagiarmos esse dinamismo lá para fora, para o sector económico, cultural e social da nossa comunidade.

Para criticar, mas também para enaltecer o muito que tem sido feito, nas várias áreas e nas mais diversas frentes e em todas as linhas da governação.

E é essa linha de trabalho e dedicação que o executivo camarário socialista tem seguido, dotando o concelho de uma rede de equipamentos de elevada qualidade e que nos colocam na dianteira dos concelhos de interior mais desenvolvidos.

E é essa linha, que através de um esforço sobrehumano, tantas vezes difícil e incompreendido, o actual presidente da Câmara tem seguido, para dar continuidade a uma obra gigantesca, implementada na cidade e nas actuais 29 freguesias do concelho!
Comemorar Abril é isto mesmo. É ter esperança, é querer mais, mas é também reconhecer o que se tem feito. É saber de onde se parte e para onde se quer seguir. E muito tem sido feito, como daremos conta no próximo dia 29, aquando da discussão das contas de gerência do município.

Mas mesmo com muito trabalho feito, há ainda muito caminho para desbravar!

Um caminho onde todos cabemos, dentro do tal desígnio de desenvolvimento económico que está a ser seguido no concelho, e que nos tem mobilizado. Um caminho e uma estratégia que tem e vai continuar a assentar na reivindicação dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela.

Haja o que houver, não podemos desistir. Não podemos parar. Seia e esta região, mesmo em tempo de vacas magras têm de continuar a exigir os IC’s, nem que seja para fazer um de cada vez. Temos de lutar e procurar influenciar, para que tais obras se executem. Repito, nem que seja uma de cada vez!

Por isso, é importante que em tempo de campanha eleitoral, todos os candidatos do distrito, sem excepção, digam claramente se apoiam ou não esta justa aspiração das nossas populações.

Cumprir Abril é também abrir caminhos nas zonas mais flageadas do país e mais afastadas dos grandes centros, combatendo assimetrias.

Cumprir Abril é fazer justiça para com as populações que reclamam há decadas, sem ser ouvidas e atendidas, como acontece em matéria de acessibilidades à região.

Mas porque acreditamos e porque reconhecemos que este governo tem feito muito pela coesão territoral – vamos partir para esta caminhada decisiva com esperança e com determinação, no desejo de ver cumprido um outro designio de Abril.

Neste dia histórico em que assinalamos a revolução que conduziu Portugal à liberdade e ao progresso, quero também lembrar o papel do poder local no desenvolvimento do país em geral e do nosso concelho em particular.

E neste registo, sublinho a confiança que deposito no actual presidente Carlos Filipe Camelo, que mostrou já, saber interpretar as novas realidades e os novos desafios a seguir, no cenário mais negro que alguma vez se espreitou desde 1974.

Contamos consigo, senhor Presidente, para abrir as portas que abril abriu, no arrojo e no afinco que lhe reconhecemos, de modo a conduzir o concelho de Seia a um patamar ainda mais elevado.

Por tudo isto, há uma mensagem clara que queremos transmitir á população do concelho de Seia – o PS está a dar o seu melhor para ultrapassar as dificuldades, para procurar melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e para minorar muitas angústias que inexperadamente se abateram sobre várias famílias. A aposta social da Câmara e o empenhamento efectivo na captação de investimento, são algumas das realidades mais visíveis e determinantes. Porque se tudo está a mudar, o PS não se acomoda e por isso, reforça permanentemente o seu empenhamento e o seu esforço, introduzindo cada vez mais exigência naquilo que faz.
Porque acreditamos e porque temos esperança, assim continuaremos a fazer, dia-a-dia, hora-a-hora!

É tradição, as Assembleias Municipais reunirem em sessão extraordinária para evocar o Dia da Liberdade. É assim desde a implementação do Poder local democrático em Portugal. E desde essa altura que há uma outra sessão ordinária também em Abril, para aprovação das contas de gerência do município. Neste município e nos outros de todo o país.

Por isso e antes de terminar, gostaria de fazer aqui uma referência às criticas naturais que se ouviram sobre a pertinência da realização desta assembleia.

Gostaria de dizer que é nesta actual conjuntura que faz todo o sentido reunirmos e falarmos, porque é nos períodos dificeis que devemos falar mais, para não cairmos no desânimo e procurar alinhar estratégias e definições. Procurar desinquietarmo-nos uns aos outros, sem levarmos a mal, fazendo auto-critica e redobrando forças e empenhamento para os tempos adversos e nada facéis que aí vêm.

Sobre os gastos com a realização da Assembleia, julgo que essa é uma questão que terá de ser remetida para o quadro da reforma do sistema eleitoral autárquico, que os partidos nacionais, de uma vez por todas terão de executar. Há muito para fazer neste domínio, e não é uma reunião isolada em Seia, que faz a diferença!

É o próprio papel da Assembleia que está em jogo e que tem de mudar, como a forma de eleger as Câmaras e as Juntas de Freguesia. Deram-se passos na limitação de mandatos, mas não se fez mais nada e é preciso fazer e mudar nesta matéria.

E sobre os gastos com a realização desta assembleia, o que eu posso dizer é que, da minha parte o que me move aqui não é o valor das senhas, como certamente a vós, mas o desejo de participar na coisa pública, como já o faço nas várias acções de cidadania em que estou envolvido. Por isso, e como gesto simbólico, irei entregar o valor da senha de presença da sessão de hoje à Associação de Beneficência do Sabugueiro, que é uma IPSS a que presido e que muito tem feito pelo desenvolvimento social do concelho. Se mais alguém o quiser fazer, a associação agradece!

E termino, como comecei- 25 DE ABRIL, SEMPRE!

Mário Jorge Branquinho, PS
Seia, 25 de Abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ministra da Cultura atribui Medalha de Mérito Cultural a Américo Rodrigues, director do TMG









Fui convidado pelo Governador Civil da Guarda para uma cerimónia de atribuição de Medalha de Mérito Cultural pela Ministra da Cultura, ao Director do Teatro Municipal da Guarda (TMG), Américo Rodrigues. A cerimónia, justa e merecida, tem lugar dia 25 de Abril no TMG pelas 23 horas. Lá estarei.


E a propósito, deixo aqui excertos de um trabalho que fiz sobre Américo Rodrigues, para a cadeira de Processos de Criação Artistica, no âmbito do Mestrado.



Américo Rodrigues, Perfil
Animador, programador, autor, actor, encenador, formador e performer.

Américo Jorge Monteiro Rodrigues, nasceu em 1961 na cidade da Guarda. Licenciado em Língua e Cultura Portuguesa (ramo científico) pela Universidade da Beira Interior e Mestre em Ciências da Fala pela Universidade de Aveiro. Animador cultural na Casa de Cultura da Juventude da Guarda/FAOJ (desde 1979 até 1989) e na Câmara Municipal da Guarda (desde 1989), onde coordenou o Núcleo de Animação Cultural. É o director do Teatro Municipal da Guarda, desde a sua abertura (2005).

Programou milhares de actividades culturais, que dirigiu, das quais se destacam o Festival de Teatro da Guarda, Ciclo de Jazz da Guarda, Ó da Guarda - Festival de Novas Músicas, Ciclo de Dança da Guarda, Projecto “emergências”, Ciclo “Contaminarte”, Festival de Poesia Sonora “Correntes de ar”, Festival de Música “João José Baldi”, entre muitas outras. Foi o responsável pela coordenação da programação cultural da cidade da Guarda. Foi membro da Comissão Organizadora do 50º aniversário da vida literária de Eduardo Lourenço e coordenou o programa de animação das comemorações do Oitavo centenário da cidade da Guarda.

Tem vindo a desenvolver inúmeras actividades nas áreas da expressão dramática, teatro, cinema, música, mímica, comunicação não verbal, dança e marionetas. Escreveu poesia, crónicas e teatro. Foi colunista de vários jornais e realizador de programas de rádio. Coordenou as revistas Cadernos de Poesia Aquilo, Praça Velha e Boca-de-incêndio. É poeta sonoro e improvisador vocal, sendo autor de três discos de poesia sonora.

Trabalha a nível experimental com a voz desde 1979, altura em que estagiou com a actriz Catherine Dasté em Paris. Poeta sonoro, actor, encenador e programador de eventos culturais. Poeta com vários livros, diversas plaquetas e poemas-objectos publicados. Tem desenvolvido um trabalho contínuo de improvisação vocal para teatro, música, poesia, dança e performance. Para além da voz tem utilizado brinquedos, apitos, silo metálico, buzinas de ar e cornetas de plástico. Participou em vários workshops de improvisação musical e vocal. Tem apresentado o seu trabalho em vários festivais na Europa e América do Sul.

Actualmente dirige o Festival de Novas Músicas “Ó da Guarda”, o Festival de Teatro “Acto Seguinte”, o Festival Dizsonante, o Festival de Jazz nas Alturas, entre outros.

Juntamente com Fernando Mora Ramos, José Luís Ferreira e Manuel Portela, é autor do livro “Quatro ensaios à boca de cena – Para uma política teatral e da programação”.

Américo Rodrigues é director artístico e executivo do TMG – Teatro Municipal da Guarda, um complexo que é muito mais que uma Sala de Espectáculos, uma vez que se pode considerar como um dos maiores projectos culturais concretizado no País nos últimos anos. Sob a sua direcção, o TMG é hoje uma referência na produção cultural da região, comprovado mesmo pelos públicos que a si chama, cativando pessoas de vários pontos do País e até da vizinha Espanha, que aqui vêm assistir ao que de melhor se produz nas artes do espectáculo, nas artes plásticas, e não só.


Inclinação para ser o que é
A inclinação para ser o que é, em termos artísticos, surgiu muito cedo, quando tinha 6 anos. Na aldeia onde nasceu, o seu avô tinha uma casa principal e uma outra anexa, chamada “casita”, que foi tomada de assalto pelas crianças, passando a ser uma espécie de “casa de brincadeiras”. E foi aí que começou a fazer teatro, na sequência daquele jogo espontâneo que é jogado por todas as crianças. Até que um dia, o pequeno grupo passou a fazer algo mais formal, com cortinas que se abriam, apresentando a “Nau Catrineta”. Surgiu por isso, essa inclinação, da necessidade que as crianças têm de jogar, o jogo pelo jogo e a brincadeira. De se imaginarem noutros papéis. Foi um passo que se deu ali, ao fazerem a “Nau Catrineta”, impulsionados por um dos meninos que tinha o livro da escola primária.

Depois pertenceu a um grupo de teatro no Liceu, tendo participado na peça de Virgílio Martim, chamada “O Grande Cidadão”, o que lhe proporcionou contacto com outras pessoas e outras emoções.

O início do processo criativo, onde se pode verificar uma marca mais representativa, verificar-se-á mais tarde com a criação do Grupo de Teatro “Aquilo”, na cidade da Guarda, em 1982. Mas a verdade é que já antes, Américo Rodrigues tinha feito várias tentativas para criar um grupo de teatro, chamado “Labirintoficina”, com jovens da sua idade, no âmbito do qual ainda fizeram o “Saco das Nozes” de Pires Cabral e outros. Mas em 1982, não só pensaram na criação de um grupo de teatro, como criaram mesmo. A primeira encenação foi “Mário, ou eu próprio o Outro” do José Régio, juntamente com o Rui Nuno e o José Neves, tendo sido bem sucedida esta primeira experiência teatral. Actualmente o “Aquilo” ainda existe, Américo Rodrigues já não pertence há cinco anos.

Esta parece ser a base de iniciação do processo criativo de Américo Rodrigues, embora, por essa altura começasse igualmente a fazer recitais de poesia. Houve mesmo uma época em que fazia muitos recitais. No entanto, o teatro e a poesia eram e são, as suas grandes paixões.

Onde nascem as ideias como fonte de inspiração
Desde o início do Grupo “Aquilo”, foi Américo Rodrigues que fez mais encenações, enquanto que o Rui Nuno, quis sempre ser actor. A imaginação surge, por exemplo, a partir de um texto e da necessidade de transpor as palavras para o palco, e nesse processo, ocorrem com frequência, muitas ideias dispersas.

De onde vêem essas ideias? Isso é um grande mistério!

No entanto, Américo Rodrigues diz que isso tem a ver com a maneira como se entende o mundo, com as leituras que se fazem, com a capacidade que se tem, ou não, de visualizar as palavras, e por aí fora. Tem a ver com escolas que se podem seguir, ou não, do ponto de vista da encenação. É no entanto, um trabalho em constante aperfeiçoamento.

Nesse sentido, Américo Rodrigues começa por fazer a análise do texto, por discuti-lo com todos os envolvidos. Primeiro, para se procurar perceber muito bem os textos, para depois se começar a definir uma ideia de transposição, daquelas palavras para o palco. A sua versão, a sua leitura. Entretanto, vai registando ideias dispersas em blocos, tem sempre um bloco de apontamentos associado a cada peça, onde vai anotando pormenores. Às vezes pode ser uma frase de um jornal, outras vezes uma fotografia de uma revista, ou mesmo uma ideia que pode parecer não ter grande interesse. Pode ser um verso de um poeta, que aparentemente não tem nada a ver e a pouco e pouco, procura um sentido para aquele contexto. Para o que anda tão disperso.

Nesta ultima peça que apresentou agora (dia 26 de Maio no TMG), “Simplesmente Complicado” a 9ª produção do Projec~ (estrutura de produção teatral do TMG), em co-produção com o CENDREV (Centro Dramático de Évora), começou por ler o texto e gostou. Fala de um velho actor solitário, que desconfia de tudo e de todos. Um texto que lhe despertou interesse e o levou a partilhar ideias com outras pessoas, surgindo de imediato a ideia de valorização de um elemento que no texto original era secundário. Um homem que tem um gravador de bobines e então, neste processo criativo, optou por centralizar tudo nesse gravador. É ali que está gravada a memória, naquelas bobines de fita magnética, que estão guardadas as memórias daquele homem. E ele age em função de tudo o que tem gravado. Depois construiu um arquivo de bobines e as personagens que ele cria na sua cabeça estão ali também, em forma de voz, nas bobines. É um homem que tem a sua memória guardada naquelas bobines. Ou seja, aquilo que poderia ser de alguma forma um objecto periférico, que não teria grande importância para a peça original, na sua encenação adquire uma função primordial e simbólica. Ora, isso acontece-lhe frequentemente. Tenta olhar para os textos de forma irreverente, que os coloque em causa. Não é completamente respeitador. Tem uma espécie de direito á sua criatividade. Habitualmente não desrespeita o espírito e o sentido do texto, mas procura criar outros sentidos, valorizando ou subestimando um ou outro aspecto. É um trabalho diário de apontamentos, de registos.

Américo Rodrigues que também orientou em diversas partes do país e no Brasil centenas de acções de formação de iniciação ao teatro e sobre “como fazer um espectáculo de teatro” bem como ateliês dedicados ao trabalho com a voz, para actores, professores, cantores e locutores, costuma fazer muitos desenhos, no seu trabalho de encenador, inclusivamente, da movimentação a seguir no palco. De indicações para a cenografia, porque há uma grande preocupação em perceber em que espaço a acção se realiza. Nalgumas peças, começou por definir o próprio espaço, condicionando desde logo a sua encenação. Por vezes, há peças que pedem logo no início do processo criativo, um espaço onde vão acontecer, mas já houve outras experiências em que só pensou no lugar da acção, já depois de o trabalho ir adiantado. Às vezes começa por uma abordagem mais conceptual em relação ao teatro, ou seja, adopta várias abordagens, conforme a peça, mas é uma correcção contínua.

Obstáculos à criação
Américo Rodrigues foi galardoado, entre outros, com os prémios “Melhor actor” e “Melhor Encenador”, na I Mostra Portuguesa de Artes e Ideias (Prémio da Fundação Luso - Americana para o Desenvolvimento) pelo seu trabalho em “Homem & Companhia”. À sua encenação de “Van Gogh” foi atribuído o prémio “Teatro da Década” pelo Clube Português de Artes e Ideias/Secretaria de Estado da Juventude.

Neste contexto, impõe-se a questão relativa aos obstáculos à criação, para quem dá provas de mérito criativo. E aí esbarramos com a dimensão dos meios disponíveis. Às vezes imagina fazer um certo espectáculo, mas precisa de determinado actor, e não há facilidade de ter esse actor, por razões orçamentais. Outra condicionante é o dinheiro disponível para a produção.

Américo Rodrigues, que tem apresentado trabalhos seus em vários festivais de teatro - em Portugal, França (Bienal dos Jovens criadores da Europa do Mediterrâneo, 1990), Espanha, Bélgica, Alemanha, Brasil (1ª Mostra de Teatro Ibérico, 1993), Itália e Dinamarca - trabalha habitualmente com orçamentos muito baratos para a criação. Por vezes é difícil concretizar determinados projectos, porque necessitaria de outros espaços, outros meios, mas isso também faz parte do seu próprio trabalho. Sabe perfeitamente os recursos que tem, e por isso a sua criatividade fica ajustada àquela dimensão concreta. Ele que foi galardoado pela Câmara Municipal da Guarda com a Medalha de Mérito Municipal por relevantes serviços prestados à cultura na Guarda, não tem constrangimentos de liberdade. Faz o que muito bem entende. Não tem obrigação nenhuma de corresponder a esta ou aquela expectativa. Mesmo quando lhe fizeram encomendas, como foi o caso de “Guarda: Memória da Rádio”, uma co-produção TMG e Trigo Limpo Teatro ACERT, para a Câmara Municipal da Guarda que juntou mais de 300 participantes de organizações culturais deste Distrito (actores, músicos, bailarinos), propiciando a exploração do fantástico e do imaginário da história da cidade. Indica-se o tema e a partir daí, faz-se o trabalho criativo. Em suma, os constrangimentos são mais de carácter material do que de imaterial.

Pensar ou não em desistir
Perguntando-lhe se nunca pensou em desistir, em ser outra coisa qualquer, Américo Rodrigues responde peremptório que não. Pelo contrário, acha que devia ser mais radical. Ou seja, já lhe apeteceu deixar de dirigir o TMG – Teatro Municipal da Guarda, do ponto de vista de direcção artística e executiva, para se dedicar apenas ao teatro, á encenação, ou fazer algum trabalho de actor, mas isso significava mudar de vida. Ele que já foi dirigido por encenadores como Oswaldo Maggi, John Beedel, Joke Terpsma, José Wallenstein, Moncho Rodriguez, entre outros.

Diz que gostava de ter coragem e de ter força para desistir, mas não, nunca lhe aconteceu deixar de ter interesse pelo teatro. Acontece isso sim, haver épocas em que se dedica mais á poesia, por exemplo e noutras alturas, mais às questões da gestão cultural, em detrimento do teatro, enquanto arte, mas de alguma forma a ligação está sempre a ser feita, sobretudo há o contacto com os grupos que actuam no TMG.

A criação propriamente dita, é que é irregular. Houve alturas em que convidava mais pessoas do que ele próprio se implicava nos processos.

Já encenou textos da autoria de José Régio, Tomaz de Figueiredo, Almada Negreiros, António José da Silva, Fernando Pessoa, Manuel Grangeio Crespo (estreia absoluta), João Camilo (estreia absoluta), Antonio Tabucchi (estreia nacional) Ionesco, entre muitos outros.

No domínio da escrita, conta com várias publicações. Autor de “Na Nuca” (1982), “Lá fora: o segredo” (1986) “A estreia de outro gesto” (1989), “Património de afectos” (1995), “Vir ao nascedoiro e outras histórias (1996), “Instante exacto” (1997), “Despertar do funâmbulo” (2002), “O mundo dos outros” (2000), “Até o anjo é da Guarda” (2000), “Panfleto contra a Guarda” (2002), “Uma pedra na mão” (2002), “Obra completa- revista e aumentada” (2002), “Língua de trapo (com Leonardo Rodrigues, 2002), “O mal - a incrível estória do homem-macaco-português” (2003), “A tremenda importância do kazoo na evolução da consciência humana” (2003), “O capador do Toito” (2003), “Escatologia” (2003), “Os nomes da terra” (2003) e “A fábrica de sais de rádio do Barracão” (2004), “Pedra escritas” (2004), “Aorta tocante” (2005).

Tudo isto, num processo criativo constante e em vários registos, lhe alimenta o gosto para continuar e não desistir.

Permanente insatisfação
Questionado sobre o seu grau de felicidade em termos artísticos e se se sente realizado, responde que não! Gostava que as peças que fazem na Guarda, interior de Portugal, circulassem mais. Esse é um problema nacional, mas já houve espectáculos que mereciam que fossem apresentados noutros pontos do país. Por outro lado, Américo Rodrigues sente a falta da crítica. Critica não só dos jornais, mas sobretudo dos espectadores, da existência de uma massa crítica do meio, porque senão não há retorno. Os espectáculos são apresentados, há umas pessoas que lhe dão umas palmadinhas nas costas, porque são amigos, mas a discussão fica por aí. Não se desenvolve a crítica, para se perceber melhor o que é que falhou, se se podia fazer algo melhor, etc. Essa é uma ausência terrível no processo criativo na cidade da Guarda, onde Américo desenvolve a sua actividade.

No seu ponto de vista é muito difícil obter-se felicidade através da actividade artística. Não se pode desligar o teatro e a actividade artística em geral da vida. E viver na Guarda e criar condições de felicidade é realmente muito difícil, conclui. Mas, Américo Rodrigues reconhece que se trata de uma procura constante.

Todavia, Américo Rodrigues considera-se muito irreverente e desassossegado, o que o leva a querer fazer sempre mais espectáculos, intervalando com a sua acção de programador do Teatro Municipal da Guarda. Está permanentemente insatisfeito, mesmo quando apresenta os seus trabalhos, porque há sempre coisas que podem ser melhoradas. Acompanha-o sempre um certo nervosismo, mesmo depois da estreia das peças. Por isso, felicidade é muito difícil de alcançar.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Convite à população para a sessão do 25 de Abril



Desta vez o 25 de Abril calhou na segunda-feira da Páscoa.

Contingências do calendário, como as contingências da vida portuguesa do Estado Novo que levaram os capitães a fazer uma revolução precisamente no dia 25 de Abril de 1974. Poderia ter sido no dia 23 ou noutro dia, mês ou ano!

Desde a implantação do Poder Local que é hábito comemorar o Dia da Liberdade. Pelo país fora, as autarquias têm evocado a efeméride, pela importância de que a mesma se revestiu para o progresso e desenvolvimento do nosso país.

Agora, poderemos pensar, que face à actual situação política e económica, poderia não fazer sentido realizar esta assembleia.


Por mim, julgo que é nas alturas difíceis que se deve repensar o efeito das revoluções e procurar reflectir nelas o desejo de mudança. Por isso, acho que devemos aceder ao convite público do Presidente da Assembleia Municipal de Seia para participar na sessão de segunda-feira, que decorre no auditório da Casa Municipal da Cultura, pelas 10 horas.



A comemoração de Abril é dos políticos, mas é sobretudo do povo, daí o redobrado convite às pessoas para que se juntem à efeméride.

Porque é preciso animar a malta.
Porque é preciso abrir as portas de Abril.
Porque é preciso acreditar.
Porque é preciso por um cravo na lapela.
Porque, o que é preciso, é a gente estar unida, como as uvas estão no cacho.





Segunda-feira encontramo-nos, na Casa Municipal da Cultura, para comemorar Abril!