segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fotografias digitais não guardam para sempre as memórias do passado



A fotografia digital está a matar o arquivo fotográfico para memória futura, uma vez que as fotografias em suporte digital não duram mais de 15 anos e as fotografias actuais, em papel, a cores também não duram muito mais. Por isso, está em risco a cultura civilizacional desta geração. Quem o disse foi o fotógrafo José Pessoa, na passada sexta-feira à noite, na Casa Municipal da Cultura de Seia, no âmbito da Conversa sobre Fotografia, que decorreu integrada no Festval ARTIS.


José Pessoa, cujo curriculo se pode ver AQUI alertou inclusivamente para as preocupações da UNESCO nesta matéria, sustentando o facto de se viver cada vez mais para o momento, com o advento da internet e de tudo o que é efemero em detrimento da salvaguarda de valores culturais para as gerações vindouras.



Nós ainda vemos fotografias dos casamentos dos nossos pais e avós, mas os nossos filhos e netos não verão as nossas fotografias, advertiu.


José Pessoa falava para 15 pessoas de Seia ligadas à fotografia, aproveitando a ocasião para projectar fotografias associadas à musica, “Rhapsody in Blue” de George Gershwin e “Um Americano em Paris”, o que constituiu também um momento alto daquela noite.

Sérgio Reis, no seu blogue Artes Vivas fala também desta iniciativa AQUI

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