quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ordem para poupar



A Câmara de Seia estima poupar, no próximo ano, mais de 200 mil euros na iluminação pública, através dos ajustamentos que têm vindo a ser realizados na rede, nomeadamente retardando um pouco a ligação à noite e antecipando ligeiramente o seu horário de funcionamento, perto do amanhecer.

O apertar do cinto leva também o Município, pelo segundo ano consecutivo, a abdicar da iluminação de Natal e, pela primeira vez, não será realizado o habitual jantar de Natal dos trabalhadores, à custa do orçamento municipal.
Esta pode parecer uma notícia simples, naída no Jornal Porta da Estrela, mas revela a preocupação e a necessidade da autarquia em poupar. Uma estratégia e uma necessidade que vem detrás mas que terá de prevalecer no futuro. Infelizmente!

Recentemente recebeu o aval do Tribunal de Contas para o empréstimo de 45 milhões de euros. Não que isso seja uma salvação da Câmara, mas é certamente o aliviar de uma situação que começava a ser penosa e que a continuar a arrastar-se, constituiria um sufoco ainda maior para quem governa. Por isso, o Plano de Reequilíbrio financeiro não resolve tudo, mas alivia e dá a possibilidade de algum jogo de cintura, permitindo para já introduzir algum dinheiro na economia local, sobretudo a fornecedores. Obviamente que este plano obriga a Câmara a um controlo mais apertado, daí estas outras medidas de poupança e contenção.
Segundo se sabe, o município tem um défice de exploração de 250 mil euros por mês, ou seja, é como uma empresa que dá prejuízo de 50 mil contos por mês. Um prejuízo que se deve sobretudo aos desequilíbrios nos serviços de águas, saneamento e lixos. Um desequilíbrio que será ainda maior quando entrarem em funcionamento mais 20 Estações de Tratamento. Aí será ainda mais desastroso, com a contagem do litros de água para tratar, onde entram também, imagine-se, as águas da chuva! Por falar nisso, parece que em São Romão, graças à intervenção que tem sido feito, a desviar águas da chuva para fora deste sistema, a Câmara já está a poupar 15 mil euros por mês.

Como se vê a vida não está fácil em matéria de contas. Daí a necessidade de poupança. Já lá vai o tempo que era só mandar fazer!
Agora antes de se fazer o que quer que seja, tem de se ver de onde vem o dinheiro e isso é coisa que não abunda. Porque até nas transferências do Estado, o Município terá no próximo ano, menos 500 mil euros, o que também é muito significativo.

Mas mesmo assim, temos de ser optimistas e lutar. E acreditar!
Estou certo que Seia saberá dar a volta, daí este espírito de poupança na governação e a aposta forte na captação de emprego, onde de forma discreta, mas difícil, o município liderado por Filipe Camelo vai fazendo caminho.
O resto, iniciativas de putativo teor académico, não passam de romantismos desprovidas do pragmatismo que os novos tempos impõem!

4 comentários:

Anónimo disse...

Falta de dinheiro???

Se houvesse falta de dinheiro, não estariam a fazer aquelas obras num local em São Romão", designado por "fonte da cale"...apenas e só para darem trabalho à empresa do "regime"...TENHAM VERGONHA!!!

Anónimo disse...

isso é verdade , obras de faxada , enquanto as ruas estão todas xeias buracos , o camelo não gosta de saõ romão

Anónimo disse...

Será que este an´nimo é de São Romão ou será de Seia?

M. Almeida disse...

Espírito de poupança na governação? Só agora?
A cada passagem pela frente de um televisor, nalgum café, ou das “gordas” dos jornais: tanto o “opositor” Seguro, como o senhor dos Passos (de Coelho) não se calam com a existência, ou a ausência, ou mesmo a disposição daquilo a que chamam, obcessivamente... “almofadas”.
Isto é uma nova forma de governo e de oposição... ou andam mesmo a fazer-nos a cama?