quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O meu modesto contributo político



Um destes dias, um amigo, por quem nutro simpatia e estima pessoal, embora com frequentes divergências sobre política local, dizia-me que ultimamente não tenho tido uma análise tão crítica como a que segui ao longo dos últimos anos.


Perante tal afirmação, lá tive que explicar que, desde que assumi a liderança da bancada do PS, apenas me coloquei num outro patamar de intervenção. E que a partir daí me propuz a dar o meu modesto contributo à Câmara na implementação das melhores práticas, com espírito de lealdade e de disciplina que estas posições impõem.


No entanto, isso não tem impedido que esse meu espírito crítico prevaleça, só que, deixou de ser em primeira linha do domínio público, passando primeiro pelos órgãos próprios quer no partido a que pertenço, quer no quadro da Assembleia Municipal e Assembleia Intermunicipal, onde uso as respectivas tribuna e as reuniões a que sou chamado.


Ou seja, primeiro falo dentro dos órgãos a que pertenço, procurando influenciar a Câmara, naquilo que entendo que é o melhor para o concelho, e só depois recorro à “via publica”, ou seja, à comunicação com as pessoas, através dos jornais das rádios, do blogue ou do facebook. O que não invalida que me cale! De resto, têm sido bem visíveis as minhas posições públicas, quer sobre as vias de comunicação e em particular a luta travada pela construção dos Itinerários da Serra da Estrela, quer sobre a nova reforma administrativa, ou na defesa da consolidação do ensino superior em Seia, do Hospital ou do próprio Centro de Emprego.


No quadro da política local há muito trabalho produzido e que nem sempre é visível, porque os tempos mudaram muito e hoje, para se conseguir um objectivo é preciso o dobro do esforço do que era dispensado em anos anteriores, em que o paradigma autárquico assentava em fazer obra, viesse o dinheiro de onde viesse.


Por isso é que os panoramas mudam e as posições também. No entanto, estou em crer que nem tudo é mau, apesar da conjuntura.


Estou também em crer que virão aí novidades no quadro da discussão política autárquica, para se fazer mais e melhor pelo concelho de Seia, que bem merece, a partir da situação em que actualmente se encontra. E os problemas maiores, são sem sombra de dúvida dois: A divida autárquica, que é enorme, como um pouco por todo o lado e o desemprego. No caso da dívida, é preciso dizer que não há dinheiro para nada e que ainda decorre o processo de reequilíbrio financeiro, lançado em momento oportuno pelo município. No que tem a ver com a política de emprego, o que sei é que estão também a ser feitos esforços para captação de investimento, apesar do período negro que atravessamos.


Por mim, e enquanto não desistir de estar na causa pública, de uma forma ou de outra, de modo público ou discreto, continuarei a lutar pelo que acredito e a ajudar quem se dispõem a fazer o que sabe e pode pelo nosso concelho.


O resto é conversa!



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