sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Seia de coisas



Como vem sendo hábito, vários acontecimentos envolvendo as comunidades locais, marcam mais uma vez a agenda cultural do concelho de Seia, sobretudo neste fim-de-semana.


Assim, no Sábado ao fim da tarde, teremos o XV Festival de Musica Coral em Terras de Sena, organizado pelo Orfeão de Seia, no Auditório da Casa da Cultura, que além do orfeão da terra, conta com o Coro de Leixões e a Tuna da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia.

Ainda no Sábado, mas à noite, decorrerá no Museu Natural da Electricidade uma passagem de modelos, numa acção de promoção deste espaço cultural da cidade, situado na antiga central hidroeléctrica da senhora do Desterro, na Freguesia de São Romão.

No Domingo à tarde, no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, será a vez do XII Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira, organizado pela Orquestra Juvenil da Serra da Estrela, com a participação desta formação de Seia e ainda com a Orquestra Ligeira de Gouveia e Quarteto Sax 4ever, de Coimbra.

Além de tudo isto, acrescenta-se-lhe a exposição de artes plásticas sobre o Corpo, organizada pelo Município e pela Associação de Arte e Imagem de Seia, com participação de artistas locais e nacionais, e que está patente nas Galerias da Casa da Cultura (além das sessões de cinema comercial, desta vez com “o Regresso de Johnny English”) e temos muitos pretextos para sair de casa e para dizer que Seia é uma cidade animada e rica em projectos da comunidade e para a comunidade. Ou como diria o outro - "Seia de coisas"!

Ainda na semana passada assistimos à exibição de três documentários na Casa da Cultura, realizados por pessoas de Seia.
No Sábado foi exibido “Lanificios.doc”, de Luís Silva e no Domingo o filme “Ouro Verde” de Vitor Brito e “Mais Vale Prevenir” de F. Cunhal Saraiva. Todos eles com muito público e com registos positivos à qualidade das obras apresentadas.
E no próximo dia 3 de Dezembro será a vez do Festival da Canção Jovem organizado pela Casa da Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão, que habitualmente conta com um ou outro grupo local e a fechar este ciclo, o concerto, no dia 10 de Dezembro, pelo Ensemble de Guitarras de Paranhos da Beira.
Como se vê, a tal BTL é mesmo uma grande Bolsa de Talentos Locais, que dá frutos.
E como dá para ver também, para além do acesso à cultura, há o espaço de produção cultural, onde se cruzam os espectadores e os produtores, que amiúde trocam de lugar. Ou como diria Jacques Ranciére, no seu “Espectador Emancipado”, - "uma comunidade emancipada é uma comunidade de contadores e tradutores”.

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