terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Porta da Estrela sem Director

Hoje ouvi dizer que Albano Figueiredo terá deixado a Direcção do Jornal Porta da Estrela de forma quase abrupta, sem dar tempo à administração para nomear outro director. Além do mais, sendo um dos sócios maioritários, esperariam os restantes membros que este indicasse um ou permitisse que houvesse uma passagem de testemunho serena. O que acontece é que o jornal já saiu duas vezes em Janeiro sem o nome de um Director no cabeçalho, o que não é sequer permitido por lei, mas enfim.
Ao que se sabe, os proprietários vão reunir brevemente e cada um levará um nome a sugerir para Director da publicação. Os sócios maioritários são o próprio Albano e José Manuel Brito, chefe de Redacção do Jornal.

1 comentário:

Sérgio Reis disse...

O Porta da Estrela tem um curioso historial de demissões repentinas, daquelas em que se bate mesmo com a porta para não bater com outras coisas. Em 1988, foi o Joaquim Andrade: após uma reestruturação, chegou a constar-se que o jornal ia acabar - o que mereceu um desmentido em nota da redacção, na primeira página do nº 217 (31-08-1988)- mas afinal foi o Director que saiu. Silva Brito saiu por motivos pessoais em Setembro de 1994 mas a sua colaboração posterior no PE foi muito rara (só me lembro de dois textos em 14 anos, o que não sugere muitas saudades). Eu, demiti-me em 1996 e só foi nomeado um novo Director em 2002. José Luís Vaz assumiu a direcção do PE com grande pompa e festança, mas saiu ao fim de um ano (Novembro de 2003), sem barulho. João Tilly, à data no PE, exigiu que o jornal e Luís Vaz (a quem chamou "Timoneiro")explicassem os motivos da demissão imprevista, mas nada. Nem uma palavra. Um blog anónimo "apanhou as canas" e Tilly também saiu do PE. Alcides Henriques dirigiu o jornal até à nomeação de Albano Cabral Figueiredo, em Maio de 2006.
Parece que o cargo de Director do PE, para além da carga de trabalhos que implica a direcção de um jornal, consegue levar os seus Directores até ao limite da paciência e é possível, em todos os casos, encontrar pelo menos um denominador comum.
A demissão de Albano Figueiredo, pela sua importância dentro da sociedade, marcará certamente o fim de um ciclo - a avaliar pelo desnorte do título sem qualquer indicação dos responsáveis. Mas algumas "crises" (não o percebemos todos já?) são mais uma consequência que uma causa, mais uma culpa que uma desculpa.
Oxalá o Porta da Estrela saia renovado deste imbróglio pois desempenha um papel importante em Seia. Já não bastava a falta de uma rádio local!...
Sérgio Reis