terça-feira, 17 de agosto de 2010

Há ir e ir e reentrar

Já se disse muita vez, mas nunca é demais dizer-se: O Verão marca o fim de uma etapa e Setembro o regresso a vidas novas. Há até quem preconize que o final do ano, para as pessoas, empresas e demais entidades, não devia ser no 31 de Dezembro, mas em 31 de Agosto. Uma altura propícia para efectuar balanços e balancetes. Balanços de amizades e de afectos. Altura ideal para pesar cordialidades, avaliar caminhos e rumos, sopesar laços e desfazer equívocos. É em Agosto que o ritmo de tudo abranda. É em Agosto que as pessoas param por uns dias, para descansar e para reflectir. E parando, partem depois mais tarde para o lufa-lufa da vida, quais trincheiras de bulício e azedume.

Por isso, esta é a altura ideal para começar tudo de novo. Para partir para a vida com outro ânimo e outra postura. No final do ano não! Nessa altura, tudo acontece num ápice, na ânsia das compras, na gana do açambarque e na lambo nice dos doces.

Acresce ainda que Setembro é um mês dedicado àquilo a que vulgarmente se chama “reentre”. Que é um voltar a entrar. E entrar para onde, perguntamos nós. Obviamente que reentramos, ou devemos voltar a entrar na vida e na sua azáfama gostosa, que nos leva á sobrevivência. Depois de um tempo de paragem e refrescagem, ainda que no meio de infernais labaredas.

Por isso, importa, nestes dias que nos restam de Agosto, ver a melhor maneira de pensar o caminho que andamos a seguir. Ou não! E de procurar seguir por onde achamos melhor. E num tempo de dificuldades, quanto mais se pensar, ou repensar melhor, para ver se a coisa pega. Para ver se vale a pena. Para ver se devemos pular a cerca e rumar para outras paragens. Ou não! É que às vezes damos conta e andamos há anos a rodar nos mesmos argumentos, nas mesmas falácias e nem atamos nem desatamos. E tantas vezes nem nos deixam. Mas pronto, o importante é aproveitar e fazer o balanço para medir prós e contras. Para ver se vale a pena andar por aqui. Ou não!

A situação do país pode não estar para brincadeiras, mas nós também não! O assunto é sério. E o problema não é só das instituições. Frequentemente, o problema somos nós. A Justiça pode não funcionar, mas a justiça somos nós. A saúde, as empresas, as escolas e por aí fora, são aquilo que nós somos. Ou não? Tudo tem rosto. E os rostos querem-se alegres e saudáveis. E Agosto pode contribuir para esse gosto, e Setembro também, com nova atitude e aragem nova. E pronto, que se reflicta, se divirtam e se voltem a entrar no mundo a sério, como cada um achar melhor. Porque há ir e ir e reentrar. Ou não!

2 comentários:

Anónimo disse...

Contra factos não há argumentos...lista das escolas que vão fechar...se não quiserem copiar o link e colar, vão a Correio da Manhã, 18/08/2010...e a lista está lá.
eugenio

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/lista-de-todas-as-escolas-que-vao-fechar-concelho-a-concelho

Mário Branquinho disse...

Olá Eugénio
No caso de Seia, essa era a proposta inicial, mas depois das negociações, só encerram 3 escolas: Travancinha, Carragosela e Carvalhal da Loiça.
Embora as que este ano "escaparam" para o ano não devem ter alternativa.
Não há crianças.
abraço
Mário