domingo, 20 de dezembro de 2009

A Casa da Luz… Património Industrial da Senhora do Desterro, Serra da Estrela


Na próxima terça-feira, a partir das 16 horas no CISE, vai ser apresentado o livro de João Orlindo - "A Casa da Luz... Património Industrial da Senhora do Desterro, Serra da Estrela.

O livro debruça-se sobre a história, preservação, e futura valorização, da Central Hidroeléctrica da Nossa Senhora do Desterro.

Trata, numa primeira fase, da história da electrificação. Uma abordagem inicial, que espera ser uma achega ao discurso museológico a incrementar no já projectado Museu Natural da Electricidade. Aspira-se, ainda, a uma contribuição para o estudo da história da hidroelectricidade na região da Serra da Estrela.

Referindo os problemas, conjecturas e determinações que rodearam o aproveitamento hídrico da Central, o primeiro do concelho de Seia, são também referidas as grandes figuras impulsionadoras deste projecto com quase um século de história.

Apresentando o seu vasto património e dando a compreender as características técnicas que ajudavam a laborar todo este complexo da EHESE, dá-se a conhecer o pecúlio a ele inerente. Um património industrial, envolto em variadas histórias, que nos estimula para a sua preservação.

Sem esquecer todo o espaço envolvente, propõe-se um programa museológico para um museu, em que se deseja dar a conhecer e a perceber o modo de funcionamento da Central da Senhora do Desterro e das infra-estruturas confinantes. São tidos em conta os serviços a oferecer aos diferentes tipos de público que se ambiciona venha a aceder com regularidade ao espaço do museu.

Para além da exposição permanente, deixa-se em aberto a possibilidade de se realizarem exposições temporárias e propõe-se também a concretização de uma exposição itinerante: levar o museu às populações mais distantes, convertendo-o num dinamizador itinerante da cultura.

É como que a realização de uma jornada a um mundo fantástico, repleto de memória e tecnologia. Singela homenagem aos pioneiros da produção eléctrica na Serra da Estrela. Um património que… nos libertou das trevas, pois que, afinal, “No princípio era o luar”! …

A edição é do Município de Seia e da EDP Produção, contando também com o patrocínio das empresas: Manuel Rodrigues Gouveia, Intermarché de S. Romão-Seia e da Pastelaria Ribeiro, Parede-Cascais.
Parabéns antecipados ao João Orlindo e um pedido de desculpa também antecipado, por não poder estar, já que à mesma hora estarei na festa de Natal da Associação do Sabugueiro.

4 comentários:

Anónimo disse...

A Senhora do Desterro é Seia ou São Romão. Seia nunca teve centrais eléctricas. Não custa nada por Senhora do Desterro-São Romão.

Anónimo disse...

Bairismo provinciano!
A Senhora do Desterro todos sabemos que, faz parte da freguesia de São Romão, mas o território é Seia - o nosso concelho!
Deixem-se de provincianismo paroquial!

Anónimo disse...

A Senhora do Desterro faz parte da vila de São Rpmão. Não da Fregesia
de São Romão.
Lá que pertença ao concelho de Seia tudo bem, agora o vosso território acaba na raposeira.

Anónimo disse...

Re: São Romão ainda não é Vila?
Para aqueles que não estão esclarecidos...ou não querem estar, para assim dizerem o que lhes bem apetece...
São Romão é Vila desde os inícios da nacionalidade, ou seja, desde o tempo de D. Afonso Henriques. Isso mesmo, é o que nos dizem os diversos documentos (cartas de foral, cartas de doações, confirmações régias, etc.)
Já Seia não pode dizer o mesmo.E se bem me lembro, ainda à umas décadas lutavam pelo nome, Cea ou Seia? Ou seja, para além de não terem estatuto, não tinha sequer nome, variando este de documento para documento.
Quanto á importância que cada uma tem...São Romão teve desde sempre uma grande importância na região, desde a presença que um importante castro na Senhora do Desterro (veja-se o trabalho do Doutor Carlos Encarnação sobre este castro), e para além disso, foi berço de um mosteiro ligado ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que teve um papel importantíssimo no repovoamento desta região aquando das lutas com os mouros. Já Seia viveu durante séculos na sombra.
Enquanto São Romão florescia e crescia ao longo de séculos, de Seia não se sabe nada de muito importante até ao tempos das Guerras Liberais.
Esta era uma terra sem água, logo, sem industria e sem agricultura. Neste campo, São Romão e Loriga viviam a anos luz de Seia.
Até á construção da Fisel e da Fercol (duas fábricas que que hoje devem envergonhar a cidade), Seia não passava dos actuais Bombeiros de Seia, ou seja, era uma simples aldeia perdida num vale.
Seia só se desenvolveu como deve ser (continua a ser pouco), com a chegada do sãoromanense Eduardo Brito à Presidência da Câmara Municipal de Seia. Ou seja, foi um sãoromanense que trouxe, a civilização a Seia. E isto voçês não perdoam.
Sou da Vila de São Romão com muito orgulho, dado ser esta a terra do concelho que tem mais riqueza histórica, algo que muitas pessoas querem apagar dos roteiros e mapas turísticos, prejudicando não só a VILA de São Romão, mas também o Concelho.
São Romão bairro de Seia? Dentro em breve será publicado um trabalho sobre os limites de São Romão ao longo dos séculos, e muita gente vai ficar admirada sobre a dimensão que São Romão tinha antes das guerras liberais.
Bairro de Seia....é para rir de certo.
Quando se é ignorante é fácil falar. Caso não saiba, a história de Portugal não se iniciou com o 25 de Abril. Em Seia existe uma boa biblioteca onde as pessoas têm os meios para se informarem como deve ser. Ler prejudica gravemente a ignorância! Não se esqueçam disso