segunda-feira, 25 de maio de 2009

Discurso de Carlos Filipe Camelo, no anúncio oficial da sua candidatura à Câmara Municipal de Seia

"Quando em Dezembro de 2008 escrevi aos meus companheiros de partido, em consequência do anúncio da não recandidatura à Presidência do Município de Seia por Eduardo de Brito, anunciei a minha disponibilidade para protagonizar a candidatura do PARTIDO SOCIALISTA à Câmara Municipal de Seia.

Como todos compreenderão não se tratou de um acto repentino, cego ou irreflectido!

Consubstanciou, antes de mais, uma decisão ponderada, amadurecida ao longo dos anos que levo de vida política, cívica, profissional e familiar.
Fi-lo pelo Partido Socialista e para o Concelho de Seia, encarando este desafio com o espírito de missão e de responsabilidade em que fui educado, tão necessários à realização do contínuo de mudanças qualitativas na procura incessante do desenvolvimento do nosso concelho.
Sei que o caminho a percorrer exige de todos, e de mim em particular, esforço, dedicação e empenho, reconhecendo, humildemente, estar bem preparado e consciente da missão a abraçar.
Proponho-me, pois, a protagonizar o projecto “Mudar com Segurança”, consciente de poder ser o elemento incentivador das ideias e vontades de todos os munícipes, independentemente da sua simpatia ou militância partidária, que objectivem a vitória, que será uma vitória inclusiva de todos, com todos e para todos, que será uma vitória do concelho rumo ao seu “bem-estar”.

Declaro, por isso, e perante todos vós, que aceito ser candidato ao Município de Seia pelas Listas do Partido Socialista.

Para chegar até aqui houve um caminho que foi percorrido, com diferentes actores, a quem eu quero, desde já, começar por agradecer:

1).- Em primeiro lugar, à minha família por, conscientemente e de forma reflectida e generosa, ter compreendido que esta decisão implicará menos tempo e atenção para si, na certeza de que o tempo que lhe for subtraído será partilhado por um alargar da família a todo o concelho de Seia, numa verdadeira união de afectos e companheirismo, que me obrigará a dar o melhor de mim em beneficio dos outros;

2).- Gostaria também de agradecer aos militantes do PS do concelho de Seia que, de uma forma diferente, e talvez única a nível nacional, fizeram a sua escolha por directas no partido, entre dois candidatos a candidatos, recaindo a sua escolha sobre a minha pessoa.

(Aproveito o momento para saudar o meu camarada António Maximino pela lisura e maturidade política colocadas e demonstradas nesse acto eleitoral, que só dignificaram o processo, as pessoas e o partido).

Queria, agora, saudar todos os simpatizantes do Partido Socialista que em mim confiam, que acreditam no meu projecto e na equipa que venha a constituir, independentemente de qual ela seja, e que estão disponíveis para me acompanhar neste longo trilho a percorrer;

Queria também saudar todos os jovens, onde incluo, como é óbvio, os elementos da Juventude Socialista, possuidores da energia, disponibilidade e irreverência, tão próprios desta geração e que os colocarão, de forma desinteressada e apaixonada, estou certo, ao serviço desta candidatura.

Queria também saudar todos os sindicalistas, mormente os do sector têxtil, que nos seus locais de labuta têm desempenhado um trabalho responsável, sério e extraordinário, ajudando a minorar e ultrapassar os problemas das empresas locais bem como a criar alternativas às dificuldades que persistem em acontecer no sector.

Queria saudar todos os dirigentes associativos, onde incluo os elementos das equipas das Juntas de Freguesia que, nas instituições que servem dão o melhor de si em prol das populações, constituindo-se como verdadeiros exemplos de luta na procura do desenvolvimento e da sua qualidade de vida.

Queria saudar todas as mulheres, como grandes esteios da vida e do equilíbrio das famílias, garantindo-lhes que a nossa candidatura responderá, positiva e inequivocamente, ao respeito pela paridade e quiçá, aqui ou ali, ultrapassando mesmo esta situação em número, porque acreditamos que a presença da mulher na vida política está para além daquilo que é o respeito pela exigência em diploma legal de uma quota mínima, porque acreditamos que a sua presença na vida política deverá estar de acordo com aquilo que são as suas capacidades, as suas ideias e as suas vontades, numa preocupação sempre de construir, de ajudar a construir, no nosso caso, um concelho melhor.

Anuncio, no imediato, que com a nossa vitória em Outubro de 2009, a Vice-Presidência da Câmara Municipal de Seia, será, e pela primeira vez, entregue a uma mulher.

Queria saudar todas as pessoas presentes que são apartidários, os que não são socialistas, que até são militantes ou simpatizantes de outros partidos, e neles todos quantos por uma ou por outra razão estão ausentes, mas que têm a coragem, de nesta noite e nos dias que se lhe vão seguir até ao acto eleitoral, e porque em nós acreditam, de percorrerem comigo, de percorrerem com todos vós, o trilho que nos levará à vitória.
Honra-nos a sua presença e participação na apresentação desta candidatura, como sinónimo que é do verdadeiro espírito e consciência democrática que lhe está subjacente.

Queria, por fim, e faço-o por esta ordem propositadamente, saudar o meu companheiro Eduardo Brito.

Somos condiscípulos de jornada há muitos anos.
Quis o destino que partilhasse consigo e o Prof. Duarte, que daqui respeitosamente saúdo, no já longínquo ano de 1989, a tentativa de conquista da Presidência do Município.
Foram menos de 50 votos que, naquele tempo, nos separaram de tal desígnio.

No entanto, foi nesse momento de derrota, que iniciámos verdadeiramente a luta e o trabalho junto de toda a população e, à distância dos anos, compreendemos hoje como foi importante no trajecto subsequente da vida do concelho, e da nossa em particular, os ensinamentos que daí colhemos para o nosso crescimento e maturidade política.

No ano de 1993 Eduardo Brito conquista a Presidência do Município.
Foi um momento de alegria para si e para os Socialistas mas, e permitam-me que o diga, de felicidade extrema para o concelho que, nestes quase 16 anos em que o tem tido como “Grande Timoneiro”, granjeou respeito, crescimento, modernidade e desenvolvimento.

Como o próprio Eduardo costuma dizer, e hoje já aqui o repetiu e evidenciou, somos pessoas diferentes, significativamente diferentes.
No entanto, e com os demais elementos que connosco trabalharam, completámo-nos, complementámo-nos, entendemo-nos e aprendemos. Bem. Mesmo muito bem !!!!
Agradeço a Escola que com eles diariamente, ou quase, frequentei
e os professores que neles, de forma diferente, encontrei.
Obrigado Zé e Ambrósio.
Muito obrigado Marciano estejas tu onde estiveres.

O mandato que nos encontramos a terminar é lapidar para ilustrarmos de forma incontornável o que queremos dizer e demonstrar, mesmo que alguns, felizmente poucos, tendam em desacreditar aquilo que é, por si mesmo, uma evidência. Senão vejamos:

A construção do CISE, como elemento estruturante para o desenvolvimento do concelho, quer directa quer indirectamente, hoje tida como fundamental para a criação de riqueza e para uma nova visão do turismo sustentável;

A edificação do Novo Hospital, numa luta constante e consequente com a tutela, possibilitando um conjunto de valências significativas para o concelho e concelhos limítrofes, demonstrando que, e independentemente do partido a que pertencemos, entre o partido e o concelho escolhemos e escolheremos sempre, mas sempre, o concelho;

A Variante como obra que vai trazer uma nova perspectiva à cidade e da cidade, possibilitando, para além da reorganização e fluidez do tráfego, uma janela de oportunidades à sua expansão e reordenamento, assumindo-se, essencialmente, como um desafio a colocar às entidades públicas e privadas relativamente à sua capacidade de gerar (ainda) mais e maior atracção pelo seu centro.

Deixemo-nos de falsos argumentos e de medos que são protagonizados por alguns «Velhos do Restelo», felizmente poucos, relativamente a esta questão.

O reabilitar das conhecidas Casas dos Magistrados, uma para a Academia Sénior e outra para a Ludoteca, que se constituem como dois investimentos com retornos sociais muito significativos em que, o primeiro, já frutifica e se encontra a funcionar, dando um exemplo de como a população Sénior pode estar bem integrada numa comunidade que ajudou a construir e em como a capacidade de aprender, assumida nos dois sentidos, no dar e receber, efectivamente acontece, facilitando e qualificando a vida das pessoas.

O Centro Escolar que, contra ventos e marés, no tempo considerado útil será apresentado a toda a Comunidade Escolar, sendo garante e ilustrando a preocupação de que num futuro, que é já hoje, se oferecerão aos jovens todas as condições para os poder preparar para uma economia do conhecimento, da inovação e da competitividade, em que eles serão sujeitos activos.

A concretização das ETAR’s de Seia e de S. Romão, com o devido tratamento de efluentes domésticos e industriais tendo como preocupação primeira o de se contribuir para um melhor ambiente, possibilitando que os nossos rios possam de novo voltar a correr despoluídos;

A revolução silenciosa, mas infelizmente necessária, desenvolvida no campo da acção social, saúde e educação, possibilitando apoios a crianças, jovens e adultos com objectivo de, isoladamente ou em família, conceder a dignidade que cada um merece, a dignidade a que cada um tem direito.

A parceria estabelecida com a EDP com resultados visíveis na utilização e fruição de 136 ha de terreno, enquadrados entre Srª. do Desterro e a Srª. do Espinheiro, devolvendo este espaço à Comunidade com resultados impares e desejáveis ao nível da biodiversidade daquele local e a abertura do Contact Center, que emprega já hoje cerca de 250 pessoas, licenciados ou com mais do 12º ano como habilitação literária, sendo 73% destas pessoas residentes no concelho de Seia.
Goste-se ou não de ouvir, esta parceria começa, de forma clara e inequívoca, a inflectir o sentido de esvaziamento de que muitos acusaram a EDP de fazer relativamente a Seia, apontando como sua causa primeira o imobilismo e indiferença da Câmara, e logicamente dos seus responsáveis.

Será, então, que é a este arrolamento de situações, a que poderíamos juntar muitas outras, que uma das candidaturas opositoras a esta acusa de “estagnação vigente da nossa terra”?

Meus caros amigos,
não basta apelar à paixão por “Seia” e de pensar-se que os problemas se resolvem somente com o coração. É que as paixões, muitas das vezes, cegam-nos e impossibilitam-nos de raciocinar.

Nós vivemos já numa fase de maturidade e, às decisões do coração juntaremos as da razão.
Por isso, companheiras e companheiros,

. Já demos o “sim” a Seia há muito tempo. Somos-lhe completamente fiéis. Por isso, à semelhança de um homem do Norte, nós dizemos, agora e no futuro, que estamos:
“Com os dois pés, em Seia.

O mandato que se avizinha irá, porventura, ser enquadrado por um conjunto de desafios que o mundo enfrenta, e a que Seia e muito em particular o seu concelho, não estão imunes nem podem ficar indiferentes.
Neles existirão contrariedades, obstáculos e problemas, com especificidades muito próprias, que sopram da crise global.
Estou certo e consciente de que eu e a minha equipa não faremos, nem hoje nem amanhã, parte desse problema.
Nós somos, já hoje e amanhã, a solução para os problemas com que o concelho de Seia se confrontará.

Veremos, por isso, quem será, na essência, a equipa jovem portadora de saber, conhecimento e experiência necessárias para gerar as soluções, não as milagrosas ou de varinha mágica, porque essas não existem, para o ultrapassar dos obstáculos.
Não seremos, estou certo, apesar de jovens sublinho, nem uma equipa de estagiários nem em campanha de tirocínio e, muito menos seremos uma equipa que apresente promessas fáceis, irresponsáveis ou vãs, com resoluções de algibeira.
Para isso não contem connosco, para isso, não contem comigo.

Começaremos a trabalhar no primeiro dia em que tomarmos posse e não descansaremos até ao último de mandato.

Actuaremos em consciência, com prontidão e serenidade, demonstrando que, embora num quadro de crise, sabemos onde estamos e para onde podemos e queremos ir.

Mudaremos actores e politicas e, na mudança, num cenário de incerteza e insegurança, incutiremos motivação, esperança e, acima de tudo, confiança.
Por isso, nós iremos mudar com segurança.

Como todos sabem vivemos num território de montanha, e assumimos com orgulho, sem vergonha, complexo ou timidez, e em consciência, essa característica.
Somos, ao mesmo tempo, um concelho do interior de Portugal e da periferia da Europa, com difícil mobilidade interna, ainda mal servidos relativamente às principais redes de acessibilidades regionais e nacionais, portadores de um conjunto de características geográficas que têm condicionado o nosso desenvolvimento, mormente no campo económico e social.

No entanto, todos temos consciência que nem sempre foi assim! Num passado mais ou menos próximo, a localização, as características físicas e os recursos naturais existentes foram, nessa altura, fundamentais nas questões do povoamento, na formação de uma identidade colectiva, no estabelecimento de padrões culturais e de valores e princípios muito próprios da população deste território, bem como no desenvolvimento de uma multiplicidade de actividades que foram os garantes do desenvolvimento do concelho, durante dezenas e dezenas de anos.
É num contexto de incertezas, que a procura de Coesão Social vai ser o centro das preocupações da acção governativa, que resultará desta candidatura, que se quer e deseja vencedora, e (ainda) mais próxima de cada munícipe, ou seja, de cada um de vós.
Coesão social é, para nós, um conceito farto, que implica, obrigatoriamente, para o território do concelho:
bem estar colectivo para toda a população;
criação de riqueza, com emprego digno, como segredo primeiro para se combater o despovoamento do território;
Redução das desigualdades/assimetrias;
Políticas coerentes nas áreas de acção social, saúde e educação;
Participação cívica activa, mormente nas áreas da protecção ambiental;
Igualdade entre homens e mulheres, entre jovens e idosos;
Integração de migrantes, tendo em atenção as suas diversidades culturais, religiosas e civilizacionais.

Entendamo-nos, no imediato, que estes desafios não se colocam apenas ao nosso concelho!!! São, de certa maneira, comuns à generalidade das comunidades de montanha europeias, que, individualmente ou em conjunto, têm ensaiado respostas – daí que, já alguns anos a esta parte participemos, como Município, na Associação Europeia dos Eleitos de Montanha.

Sem querer fazer de forma exaustiva uma análise às linhas programáticas, que em tempo oportuno colocarei aos eleitores do concelho, gostaria de aproveitar o momento para vos esboçar algumas das fragilidades, versus oportunidades e ambições que se colocam ao território, para que, em espaço temporal de médio/longo prazos possamos desenvolver:

Colocaria como preocupação primeira, e sob o ponto de vista organizacional, o de que a governação da Câmara possa estar (ainda) mais próxima do cidadão, com a preocupação primordial de se centrar nas pessoas e na sociedade da mudança, ou seja, procuraremos ter uma relação tão perfeita quanto possível, nos dois sentidos, entre o cidadão e a administração, que gere economia de procedimentos, facilite aquela relação e a torne menos burocrática, mais competitiva, fazendo com que o território possa ser exemplo e mais-valia para a captação de investimentos.

Para isso existem soluções nas áreas das novas tecnologias –Banda Larga, criação de balcões multi-serviços móveis para as freguesias mais distantes da sede de concelho e de estruturas vocacionadas para a promoção do concelho e para a captação de investimento produtivo.

No entanto, qualquer estratégia de desenvolvimento regional sustentável determina que os recursos humanos relacionados com as actividades socioeconómicas desse território, se assumam como massa crítica e possam justificar os investimentos ali realizados, conferindo-lhe escala e dimensão política.

Infelizmente os indicadores demográficos demonstram que o concelho de Seia apresenta um fenómeno de despovoamento, desde a década de 50 do século passado, consubstanciado na diminuição da sua população, em cerca de 20%, e do crescimento significativo da freguesia sede em detrimento das demais.

Há, pois, necessidade de contrariar esta tendência, procurando fixar população jovem, dinamizando a actividade produtiva e, cumulativamente, recorrer, também, ao aperfeiçoamento de estratégias de captação de novos residentes.

Para a fixação da população local, importa ainda prosseguir os investimentos na melhoria da qualidade de vida dos munícipes, em especial nas aldeias de montanha e noutros núcleos rurais, procurando a sua qualificação em termos de infra-estruturas e de equipamentos e serviços públicos e privados.

Por outro lado, não bastará que uma parte significativa da população jovem beneficie de cursos superiores sem que os mesmos exerçam ou venham a exercer no concelho a sua profissão.
Desburocratizar e tornar mais económico o processo de recuperação de habitações em diferentes freguesias aliando a esta situação a possibilidade da promoção de imigração controlada e articulada com a existência de planos de captação de investimentos potenciadores de criação de riqueza, serão também nossas preocupações.

Torna-se igualmente essencial intervir no sentido de travar os movimentos migratórios para fora do concelho, promovendo a criação de postos de trabalho e o empreendedorismo empresarial, fomentando a criação de auto-emprego, numa parceria forte e consequente com a Sociedade Civil

A criação de mais e melhor emprego é outro desígnio que nós gostaríamos de abordar.
Não tenhamos ilusões: Sem oferta de emprego não há possibilidade de existência de qualquer política que dê entusiasmo e dinamismo ao concelho, que trave o despovoamento e contrarie o determinismo do recuo demográfico que, ao que parece estamos votados.

Eu sou daqueles que não acredito no determinismo geográfico, assuma ele os contornos que assumir.
Eu sou daqueles que não gosto de cruzar os braços, nem de assobiar para o lado, tentando ignorar tudo aquilo que possa não estar bem.
Seia, e o seu concelho, conheceram na década de 90 o momento de maior destruição de emprego no sector têxtil, tendo encontrado nessa altura, e pelas mais diversas maneiras, soluções para esses problemas de emprego.

Hoje a realidade no mundo do trabalho é ainda muito mais efémera, pelo que, a economia do concelho se deve desenvolver de forma diferente do passado em que, o sector turístico em complementaridade com os demais, pode crescer desenvolvendo-se em vários segmentos, como sejam os do Turismo de Natureza, o Turismo Sénior, o Turismo de Montanha, o Turismo Cientifico e o Ecoturismo, alargando a qualidade e quantidade da oferta hoteleira bem como dando-lhe uma maior visibilidade e interesse possibilitando, também, o desenvolvimento do projecto Aldeias de Montanha.

Outro desafio é o do concelho ter a Economia Social como um novo factor de atractividade do território e de criação de emprego (sector que já hoje emprega cerca de 600 pessoas), bem como aferir da necessidade que cada vez mais se visualiza no sentido da procura e do desenvolvimento da indústria agro-alimentar, tendo em vista o desenvolvimento e a internacionalização desta indústria, numa preocupação constante do respeito pelo ambiente.

Iremos desenvolver projectos que assumam a aprendizagem das novas tecnologias, que estimulem jovens para a economia do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo, massificando e democratizando a utilização da Internet.

O concelho de Seia possui um património natural e construído excepcional que importa preservar, valorizar e ser dado a conhecer para que possa ser partilhado.
A possibilidade colocada pela EDP de desfrutarmos da Mata da Senhora do Desterro, espaço de grande riqueza em termos de fauna e flora, abriu-nos mais uma janela de oportunidade que queremos e desejamos aproveitar para desenvolver neste local um projecto inovador de educação ambiental, divulgação científica e de lazer.
Falo-vos da criação do Parque Geo-Ecológico da Sra do Desterro, com dois elementos assumidos como fundamentais: Um, que se prende com o nascimento da Casa do Clima – “Clima House”, que nos permitirá a todos passear pelos diferentes climas do planeta e reflectir, seriamente, sob as alterações climáticas que tanto nos preocupam, a que juntaremos, uma outra, portadora de dupla característica que é, por um lado, de se assumir este micro território como parque de recreio e lazer e, a outra, de laboratório de preservação da biodiversidade direccionado para as questões da botânica e floresta, com circuitos de visita e interpretação, possibilitando permanência aos visitantes.

Por outro lado, como em tempo oportuno o enunciámos, a recuperação e requalificação de toda a baixa do Rio Seia vai ser uma prioridade, vai ser um sonho que todos queremos e desejamos concretizado

Seia tem de se tornar, por conseguinte e em definitivo, um território onde seja, cada vez mais, agradável viver e visitar.

As questões ambientais apresentadas implicam que, para além da sua localização num contexto ambiental de excelência, em que o Parque Natural da Serra da Estrela e a Serra da estrela é referência, o concelho disponha de excelentes indicadores de ambiente urbano e se afirme pela inovação e vanguardismo das políticas urbanas sustentáveis.

O caminho que nos espera é longo, difícil e penoso. As coisas lá fora não são nem estão fáceis.
Podemos não chegar aos nossos objectivos num ano, ou até mesmo num mandato. Mas, tenho esperança de que chegaremos lá.
Prometo-vos, que com pessoas como todos vós, tudo se tornará mais fácil.
Para isso, até Outubro, temos todos de nos mobilizar: De falar com as nossas famílias, os nossos vizinhos, com os nossos amigos, com os jovens e menos jovens.

Queremos ganhar em Outubro de forma clara e inequívoca embora não seja essa vitória a mudança que pretendemos.
Essa é a única forma de começarmos a mudança. E esta não pode acontecer se não alterarmos os nossos comportamentos.

Não pode acontecer sem vós, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício É necessário, pois, mudar o paradigma político, económico e social, para que se crie um novo sistema que gere entusiasmo, confiança e que a todos mobilize.

Por isso, somos os únicos com condições para promover a mudança à Mudança e de o fazer com saber, responsabilidade e Segurança.
Vamos, pois, Mudar com Segurança.
Conto convosco

Carlos Filipe Camelo"


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