quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Quem conta um conto, acrescenta um ponto

Fulano disse um dia a Cicrano, já nas despedidas e à distância na rua que estreitava a lonjura; olha o Beltrano constipou-se; ah, ai sim? Coitado. Mais adiante Cicrano cruzou-se com um tipo qualquer que agora não vem ao caso e a páginas tantas disse, olha, soube agora que Beltrano depois de tanto sofrer divorciou-se. Saiu da forca!
Forca?
Coisa e tal, se calhar matou-se e pronto, analogia daqui, evidência dali, - a mim sempre me pareceu que Beltrano tinha tendências suicidas e olha, afinal finou-se. Pobre rapaz vai para debaixo da terra e arrasta a família para a dor.
Família?
A família do Beltrano que se matou a semana passada tal e tal e coisa e tal,…Pronto, o resto da história já se sabe, é a velha máxima de que, quem conta um conto acrescenta um ponto.
A história não tem muito de criativo, o que tem de invenção é que é superior à imaginação.
E assim se acrescentam pontos ao conto.

1 comentário:

Anónimo disse...

ipsi, pensei que fosse o sicrano e não o cicrano