A Comissão Politica de Seia do PS
vai levar a efeito no próximo Sábado, dia 5 de Maio, a partir das 9:30 horas no
Auditório da Casa Municipal da Cultura o Forum PENSAR SEIA – QUE CONCELHO PARA
O SÉCULO XXI?
A iniciativa, embora sendo
organizada por um partido político, é aberta a todos os interessados em dar
contributos para o debate.
Para o primeiro painel está
prevista a presença de Basilio Horta, Deputado e ex-presidente da Agência para
o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que falará sobre
Internacionalização da Economia, quando há cada vez mais empresas no nosso concelho
a exportar e outras a querer fazer o mesmo.
A oradora seguinte será Helena
Freitas, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra e membro do Laboratório de
Ideias para Portugal, seguindo-se Teresa Sá Marques, Docente da Universidade do
Porto, que abordará o tema relativo aos desafios dos territórios de baixa
densidade.
Como se vê, estas serão intervenções
direcionadas, que animarão o debate, mas é dever de todos nós participar no
debate que se seguirá, dando opiniões e apresentando visões daquilo que
consideramos pertinente para o futuro do nosso concelho.
Este é o primeiro de um conjunto
de debates que o PS de Seia pretende realizar para os seus militantes e para os
vários agentes da comunidade, de modo a dar voz aos cidadãos, num espirito de
proximidade e de valorização das ideias.
Uma terra que não debate, que não
tem epirito crítico, é uma sociedade amorfa, por isso se impões este tipo de
foruns, que vá ao encontro dos cidadãos.
Fica o convite e o desafio!
3 comentários:
Eu não tenho dúvidas é uma grande iniciativa por parte do PS Seia com um painel que não precisa apresentações.
Quero salientar a presença do Sr. Dr. Basílio Horta um grande conhecedor da economia portuguesa. As exportações são obra deste autêntico e ilustre pensador que fez dos nossos empresários o que de melhor há no mundo.
Eu também não tenho dúvidas que o Sr. Dr. Mário Jorge Branquinho é um dos maiores pensadores do desenvolvimento, ambiente, arte, ciência e cultura do concelho de Seia.
O PS Seia está de parabéns.
Assina: António Fernandes Pina.
Não conto aparecer no Forum PENSAR SEIA, por motivos conhecidos, mas acho que falta realmente um "brainstorming" coletivo alargado a todos os intervenientes da vida concelhia. Recordo o célebre debate sobre as "Perspectivas Culturais no Concelho de Seia”, organizado em 1994 pela CMS e Telecentro Rural de Seia, e a iniciativa "5ªs na Quinta", promovidas por Eduardo Brito no âmbito da sua recandidatura. O modelo de "Forum" introduz na equação alguns personagens mediáticos que trazem até nós um discurso universitário sobre o progresso e desenvolvimento, cujas fórmulas pouco flexíveis são pouco eficazes em situações de crise tão atipicamente transversais. São os próprios economistas que o dizem e a experiência do dia-a-dia confirma. Assusta-me, por exemplo, ver gente responsável apontar a criação do autoemprego como solução para uma crise de emprego. É perverso - pois eles sabem que a crise financeira é um negócio de banqueiros com profundos reflexos na economia quotidiana e o autoemprego cria pequenos negócios que são cada vez mais projetos improváveis pois dependem da aprovação dos bancos e do poder de compra dos consumidores. Não interessa discutir se o principal convidado do Forum, Basílio Horta foi um dos responsáveis pela situação a que chegámos, já que foi Ministro de quatro governos constitucionais, entre 1978 e 1983, mas interessa saber como as questões específicas que estão realmente sobre a mesa se enqaudram e integram nos modelos visionários que nos trarão certamente em jeito de iluminação. Percebo muito pouco de modelos económicos e contabilidades turísticas, mas uma coisa sei por experiência própria e facto facilmente verificável: mesmo na mais remota terra portuguesa, mesmo entre as pessoas de modesta intrução, a Serra da Estrela e Seia são locais conhecidos, com riquezas distintivas por todos identificáveis e - o mais importante - um desejável destino de viagem (turístico, enfim). E antes de se discutir em Foruns o "caminho das pedras" (tal como na conhecida anedota)e rogar a Deus o turismo de massas, seria interessante sabermos como gerir este mito turístico e dar expressão ao sonho das pessoas/turistas. É que há formas transparentes e justas de lucrar com isso. E sobretudo pereceber-se que a neve já não é o único destino, a iniciativa "Capital da Neve" foi um "tiro no pé", mas sim o "leitmotiv" de toda uma potencial economia local baseada no turismo de janeiro a dezembro. O turismo na Serra da Estrela é sobretudo a paisagem, qualidade de vida e a cultura, mas quem garante a possíveis investidores o desejado retorno no atual contexto de emergência económica?
Apregoa-se a exportação de produtos locais, que são inegavelmente únicos e exportáveis, e com apoios prometidos pelo governo, mas a economia do país - e muito menos a economia local - não deve ser reduzida à exportação, fonte maior rendimento e de equilíbrio das balanças comerciais. Deve, isso sim, encarar a exportação com fator de mobilização das forças locais para uma "invasão" cultural dos mercados além-fronteiras. Deve mobilizar e envolver a produção familiar, o pequeno produtor, o artesão. Deve envolver-se numa enorme onda positiva de gosto e orgulho regional. Deve revelar Seia ao Mundo e nunguém duvida de que ganharemos todos com isso. O resto é "franchising".
Sérgio Reis
Peço desculpa a todos os intervenientes mas acredito que o turismo de massas para a Serra da Estrela não é um mito é uma realidade que começou nos princípios do século passado com uma grande notariedade que trazia até nós centenas de pessoas.
É verdade que o tipo de turistas já não é o mesmo mas isso deve-se à má gestão e organização do que é
e deve ser o nosso território.
Estou confiante que num futuro próximo o concelho de Seia saberá cuidar e encantar os locais e os que nos visitam que foram sempre muitos.
Assina: António Fernandes Pina.
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