Porque caminhamos, quando fazemos caminhadas?
Porque andamos, quando passamos muito tempo sentados?
Porque nos fazemos à estrada quando temos a sensação de que não saímos do lugar?
Porque temos a sensação de que nos faz bem caminhar?
Porque desfrutamos nós do ar da serra, tão puro e convidativo ao desfrute?
Porque vamos andando sabe-se lá por onde, caminhos ínvios, guiados por sinais, que as pedras consentem e as giestas fazem?
Porque andamos, quando passamos muito tempo sentados?
Porque nos fazemos à estrada quando temos a sensação de que não saímos do lugar?
Porque temos a sensação de que nos faz bem caminhar?
Porque desfrutamos nós do ar da serra, tão puro e convidativo ao desfrute?
Porque vamos andando sabe-se lá por onde, caminhos ínvios, guiados por sinais, que as pedras consentem e as giestas fazem?
Saberemos nós responder a estas e outras perguntas, quando nos fazemos ao caminho, por nós, - pela nossa saúde, tantas vezes deliberadamente maltratada - pelos outros e com os outros, em perfeita harmonia, a fugir desse caos de pressa, de nervos e afins a que chamam stress?!
Fazer ao caminho em grupo, em conversa, descontraidamente, sem subterfúgios e sem malícias. Em comunidade. Em convívio real, que vai além do virtual. Que deixa por instantes os caminhos plasmados nos ecrãs da tecnologia e se faz á estrada real. Fisicamente presente, realmente. Mas mesmo assim, com muito simbolismo e significados diversos, além daquilo que é real e perfeitamente decifrável nos horizontes das paisagens, que misturam servum com carqueja, giestas com pedras, e zimbreiros e urzes e narcisos e água e vento e sol e neve e tudo o mais que só aqui sabe tão bem. Aqui no alto da serra, a caminhar sem saber bem afinal porque caminhamos, quando andamos neste desfrute da natureza, que muitos deviam também partilhar, mas por não poderem ou não quererem, não vão, nem sabem o que perdem.
Descontraidamente, porque a serra, como se diz abundantemente, veste-se de mil cores, e sem ser aberrante é bonita, como o vestido da Laurinda, vistosa e atraente, que não falando, diz muito de si e dos seus atributos.
Altas montanhas estas que afinal percorremos e conhecemos, sem saber bem porque o fazemos tão poucas vezes, tendo aqui ao pé da porta esta riqueza imensa que nem se faz anunciar, mas que é bela e não fala nem diz mal de ninguém. Simplesmente convida.
Fotos de Humberto Gonçalves, na caminhada da serra, entre Lagoa Comprida e Vale do Rossim, 29 de Maio de 2010
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