sábado, 5 de junho de 2010

Agrupamentos escolares de Seia


Várias foram as pessoas que me enviaram cópia de um comunicado da Câmara de Trancoso, sobre o anúncio da concentração dos Agrupamentos daquele concelho.

Nele, o Município “lamenta o teor desta decisão, discorda frontalmente da mesma e informa, que em face desta actuação, não aceitará no actual mandato autárquico, qualquer proposta de transferência de competências, ponderando mesmo, deixar de realizar todo e qualquer protocolo de colaboração”.
Em Seia, deve tomar-se a mesma posição de força, uma vez que o governo quer á força concentrar os actuais 5 agrupamentos (Loriga, Tourais – Paranhos, Escola Secundária, EB 2,3 Dr. Guilherme Correia e EB 2,3 Dr. Abranches Ferrão – Arrifana) num único agrupamento, centralizado na Escola Secundária. A Comunidade de Seia – autarquia e demais órgãos autárquicos, comunidade escolar, partidos e população em geral – não devem resignar-se e exigir que pelo menos três destes agrupamentos se mantenham.

Note-se que falamos de agrupamentos, não do encerramento de qualquer uma destas escolas, porque isso não está em cima da mesa da discussão para o próximo ano lectivo. Estamos longe de tudo, por isso, qualquer medida que s e tome, tem de ser discutida e analisada com os actores locais e deve ter-se em conta aspectos técnicos, mas sobretudo políticos, porque a política existe para resolver os problemas às pessoas.
Outra coisa bem diferente são as escolas do 1º ciclo com poucos alunos e aí, a criança, o seu bem estar, a sua aprendizagem, a sua socialização, estão a cima de qualquer posição política ou bairrista.

12 comentários:

Anónimo disse...

Esses mega-agrupamentos vão originar gigantescas unidades de gestão onde impera o anonimato, a despersonalização, a indisciplina generalizada, o absentismo e a quebra na qualidade das aprendizagens.Os alunos aprendem melhor em escolas de pequena e média dimensão. A indisciplina e a violência escolares são mais reduzidas nas pequenas escolas.
Os professores e os alunos têm maior satisfação, empenhamento e motivação quando trabalham e estudam em escolas de pequena e média dimensão.
eugenio

Anónimo disse...

a politica existe para resolver os probelmas às pessoas? essa é boa. a politica existe é para dificultar a vida às pessoas a julgar pelo que temos assistido por parte deste governo.

Anónimo disse...

Município de Gouveia reprova encerramento de escolas
O Município de Gouveia não aceita o encerramento de dez escolas do primeiro ciclo
proposto pelo Ministério da Educação para o Concelho de Gouveia.
Álvaro dos Santos Amaro, Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, classifica a
medida como “injusta, sem ter em conta a realidade territorial sendo penalizadora para
a capacidade de desenvolvimento social e educativo do Concelho”.
A proposta do Ministério da Educação propõe o encerramento de dez escolas no
Concelho de Gouveia, duas delas com projecções de 20 alunos ou mais no próximo
ano lectivo. Esta realidade é classificada pelo Presidente da Câmara Municipal de
Gouveia como incoerente com o próprio princípio subjacente à proposta do Ministério
da Educação.
Álvaro dos Santos Amaro afirma que “é diferente encerrar uma escola em Gouveia ou
em Lisboa, o impacto social desta medida têm um peso elevado para os territórios do
interior, contribuindo, ainda mais, para a sua desertificação. Temos um País a duas
velocidades e este tipo de políticas contribui para agudizar as diferenças entre litoral e
interior, propondo o autarca que o governo deve encontrar juntamente com as
autarquias soluções diferentes para problemas iguais”.
O Município de Gouveia afirma a disponibilidade de trabalhar conjuntamente com o
Ministério da Educação para encontrar soluções equitativas de gestão escolar,
salvaguardando a qualidade pedagógica e os recursos necessários para a mesma, não
aceitando medidas avulsas impostas verticalmente sem qualquer conhecimento prévio
da realidade local e das condicionantes sociais que lhe estão subjacentes. Nesse
sentido o executivo municipal tem agendada uma reunião de trabalho com a Directora
Regional de Educação do Centro.
O Município de Gouveia investiu em matéria educativa cerca de três milhões de euros
ao longo dos últimos cinco anos.
No Concelho de Gouveia todo o parque escolar foi recuperado ao longo dos últimos
oito anos, está em fase de construção uma escola básica integrada e os transportes
escolares são gratuitos, incluído no ensino secundário.
O Concelho Municipal de Educação reunido na passada Segunda-Feira, 31 de Maio,
também manifestou desacordo com as medidas propostas pelo Ministério da
Educação, uma vez que não lhe reconhece contributos para a melhoria das condições
pedagógicas e físicas para o funcionamento da rede escolar do Concelho de Gouveia.
Gouveia, 02 de Junho de 2010
Gabinete de Comunicação e Relações Exteriores

Anónimo disse...

Pode não ser verdade, mas o que se começa a ouvir é que, ás ordens que vêm de Lisboa, Seia obedece.
Não pode ser.

Antonio disse...

Em Seia, como é costume, vamos TODOS pensar nas vantagens e desvantagens. Os agentes educativos estão informados e atentos. As decisões de Gouveia ou Trancoso, são o que são. Mas a comunidade do Concelho de Seia, tem pouco a aprender com os seus vizinhos. Em termos educativos, a situação, em Seia, é bem mais complexa.

Cardoso disse...

Sou prof. do 1.º Ciclo e concordo plenamente com o Eugénio, tanto assim é, que transferi a minha filha de uma escola com muitas turmas, para outra só com duas.

Anónimo disse...

O triste disto é que se vai assistir ao beija mão do edil socialista e aceitar esta loucura sem qualquer reacção.

Ao sr. presidente do município basta recusar-se a celebrar protocolos com o futuro mega agrupamento para obrigar o governo a recuar mas isso seria ir contra o sr. Sócrates e quem sabe penhorar o seu futuro politico.

Que vai acontecer aos alunos deslocados?
Que ganham os alunos de S. Martinho e Pinhanços em ir para Sta. Comba ( como se diz por ai depois de Sta. Comba ir para Tourais)?
Que acontece aos professores colocados por 4 anos?
Que acontece aos funcionários de cada um dos agrupamentos? Vão sentar-se uns de cima dos outros na Escola Secundária?
Que se vai fazer aos orçamentos de cada um dos agrupamentos?
Como se vão realizar os departamentos com 80 ou 100 docentes?

Estas são só algumas questões mas há muitas mais

Anónimo disse...

Dizia alguém que o fecho de uma escola é o caminho para a desertificação.

Que fazer aos edificios inuteis depois das escolas fecharem? Dá-los aos clubes de caça e pescas dos amigos? Vende-los a amigos?

Não é prioridade dos deputados eleitos pela Guarda defender a sua região contra a desertificação, o desemprego, a desmotivação?
E sobre isso que se ouve dos deputados eleitos pelo circulo da Guarda? Um redondo NADA

Assim vale a pena votar

Anónimo disse...

A proposito do post, no concelho de Seia existem 4 e não 5 agrupamentos ( Guilherme Correia de Carvalho com mais de 500 alunos; Abranches Ferrão com mais de 500 alunos; Loriga com mais de 100 alunos e Tourais/Paranhos com mais de 200 alunos)

Total, cerca de 1300 alunos sem futuro imediato definido.

Já agora, quem vai pagar a alimentação de um aluno de Travancinha, por ex., que almoçava em casa dos pais e agora é obrigado a pagar 1,64€ por dia. A Autarquia paga? Não paga, não

Anónimo disse...

se fala do deputado n.º 1 eleito pelo PS na Guarda, Francisco Assis, eu pergunto se já o viu por cá? ou então se sabe onde é travancinha, loriga, santa marinha etc.? Quem votou neles agora que lhes exija responsabilidades.

Anónimo disse...

Se a ideia de 1 agrupamento é um aborto, a alternativa de 3 agrupamentos é irreal. Ninguém consegue constituir 3 agrupamentos sem que a escola secundária fique isolada (mesmo c/ 3º ciclo), situação que, há muito tempo, todos sabemos que deixará de acontecer. O problema não é 1, 2 ou 3 agrupamentos, o que importa garantir, por escrito, é a continuação dos alunos do 2º e 3º ciclos em loriga e em tourais/paranhos nos próximos anos. O resto só serve para distrair as populações do essencial e preparar as coisas para todos os alunos do 2º e 3º ciclos do concelho ficarem concentrados em Seia. Com 1, com 2 ou 3 agrupamentos, se a população perder energias com essa discussão, dentro de 1 ano a população periférica do concelho de Seia perderá o que tanto custou a ganhar. E depois? Com um, dois ou 3 agrupamentos, o que lucram as populações do interior e o que ganham as populações citadinas? Megaconfusões? Megaturmas? Megaconflitos? Megadeusdará? Quem conhece a realidade das escolas, sabe a diferença que existe entre uma escola em que os alunos são conhecidos pelos nomes e aquelas em que são conhecisos pelo número.

Anónimo disse...

Já está. Decretada a fusão dos 4 agrupamentos mais a Escola Secundária num MEGA AGRUPAMENTO por Despacho do Secretario de Estado, que por sinal, nem sabe onde fica Seia e disse que começava por este concelho porque era pacifico. Toma e embrulha

Que vai resultar disso? Veremos mas concerteza nada de bom.