Desnorte no Hospital de Seia?

É claro que é uma vergonha retirarem camas do hospital a seguir à sua inauguração.

É claro que alguma coisa, ou várias coisas não andam bem no Hospital de Seia desde que passou a integrar a Unidade Local de Saúde.

É claro e visível que há ausência de orientação em Seia, pelo facto da Direcção estar agora centrada na Guarda.
É claro e notório que há profissionais descontentes.

É claro e óbvio que, quem devia assumir as suas responsabilidades não as está a assumir.

É claro e evidente que agora o timoneiro chama-se Fernando Girão, Presidente do Conselho de Administração da ULS - Guarda e que estando ele na cidade da Guarda, onde já tem que lhe chegue, não se concentra no trabalho que deve ser feito em Seia. E em Seia, estamos numa fase decisiva para o futuro, onde alguém tem de cortar a direito. Não pode deixar-se o barco à deriva, sob pena de se perder muito do que se ganhou.

Já o Presidente Eduardo Brito alertou, no dia da inauguração, para a necessidade da permanência de alguém da administração aqui em Seia.
Mas também está bom de ver que o poder político e os seus agentes fizeram o que tinham a fazer. Reuniram meios para que o edifício se construisse e definiram as suas valências e modelo de gestão. Agora alguém tem de ter pulso firme para fazer o que tem de ser feito. Mesmo até para meter na linha quem eventualmente queira desalinhar. Para motivar equipas e seguir estratégias e orientações correctas.

Aos políticos o que é dos políticos e aos técnicos o que é dos técnicos.

O assunto é demasiado sério, e quer-nos parecer que anda nisto muito desnorte.
Como Deputado Municipal, que ainda por cima foi convidado para a inauguração, vou pedir esclarecimentos, solicitando inclusivamente uma reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal, que nunca se reuniu, para que sejam dadas explicações.